Um ABC bem humorado de São Luís

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Você sabe o que é lombra, pai dégua, bazugar,  engrisilha? Ou já usou expressões tipo “a valença é que”, “baixar a matraca” ou “tirar do…. com gancho?”.

Se você for maranhense, é quase certo que sim. Se não for (e ainda que seja), pode ampliar sua base de conhecimentos sobre a cultura da região lendo o “ABC bem humorado de São Luís”.

A obra de José Ewerton Neto com ilustrações de Davi Coelho foi lançada na última feira de livros de São Luís e, ao contrário do que o título possa sugerir, não se trata de uma simples coletânea de verbetes regionalistas como existem muitas por aí.

Segundo Ewerton, a idéia de escrever o ABC (na verdade uma coletânea de crônicas) surgiu depois de ler “O bê-a-bá de Brasília”, quando então o escritor passou a publicar em sua coluna no jornal O Estado do Maranhão textos explorando o linguajar típico do seu estado, ao mesmo tempo em que, apropriando-se da carga humorística que por si só essas expressões carregam, enriqueceu-os com “interpretações livres e, quiçá, inventivas, sobre as suas origens”.

Em bom maranhês, por exemplo, Coronel é urinol, penico. E, no comentário de Ewerton, “Gabriel Garcia Marques só escreveu ‘Ninguém escreve ao coronel’ porque nunca veio a São Luís.”

 

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Neymar Neymar Neymar…

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Ligo a TV, Neymar. Ligo o rádio, Neymar.

Abro o jornal, Neymar.

Vejo o programa de fofocas, Neymar.

Na revista de celebridades, Neymar.

Vendendo cuecas, Neymar.

Nas livrarias, perfil de Neymar.

Vendendo carro, Neymar.

Vendendo televisão, Neymar.

Vendendo xampu anticaspa, Neymar.

Vendendo celular, Neymar.

Pra capitão da seleção, Neymar.

Para salvar nosso futebol, Neymar.

Para a vaca não ir pro brejo, Neymar.

Para sermos hexa ainda neste século, Neymar.

Para mostrar à Alemanha (e à Holanda) que continuamos os melhores do mundo, Neymar.

Para Dunga dar certo, Neymar.

Para Galvão Bueno continuar narrando os jogos da seleção, Neymar.

Para chorarmos cantando o hino nacional, Neymar.

Para a Globo faturar mais, Neymar.

Para pegar a Bruna Marquezine, Neymar.

Para o Brasil ser feliz, Neymar.

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Motorista de Deus

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Chamei um taxi e em vez de motorista veio um filósofo. Contou um pouco da sua história rapidinho. Era um sujeito valente, que andava às vezes com dois revólveres na cintura. “Queria ser um cara perigoso, porque achava isso bonito”, lembra. Era destemido.

Trabalhava à noite e passou por vários perrengues, transportando passageiros inconfiáveis para bairros distantes, em plena madrugada. Treinava tiro ao alvo e talvez se alguma proposta “decente” surgisse naquela época, viraria pistoleiro. Então teve um aneurisma. Passou por três cirurgias, o que lhe deixaram um afundamento lateral do crânio, mas sobreviveu. Na verdade, nasceu de novo, pois depois disso, como ele diz, “me entreguei a Jesus e passei a ser outro homem”, de modo que hoje é agradecido pelo ataque que não lhe deixou nenhuma sequela.

Sua vida de fato mudou, da água pro vinho, como se diz. Continua na praça, mas agora sua arma é uma bíblia, que ele mantém no painel à frente do banco do carona, à mostra e disponível. Por recomendação médica, não trabalha mais à noite. E quem entra em seu carro é quase certo que irá escutar, além da sua história, algumas palavras inspiradas de fé e filosofia teológica.

Um dos seus passageiros habituais é um dependente químico, a quem ele não cansa de “pregar”. O sujeito faz tratamento, passa seis meses “limpo”, mas então volta a fumar, ou “fritar” a merla, em inevitáveis recaídas que o deixam cheio de angústia. Um dia o motorista lhe disse: “Irmão, vou dar um conselho pra você nunca mais voltar a fumar isso. Está vendo essa pastilha aqui, do tamanho de uma unha? Pois coloque ela no chão, pise com o calcanhar e diga: em nome de Jesus, nunca mais vou voltar a fumar essa droga, porque ela é pequena e eu sou grande, porque ela é uma simples pedra, e eu sou um espírito de Deus, e sendo eu de Deus, nada pode me derrubar”.

Ele diz que viciados, traficantes ou ladrões que entram no seu carro, gostam de ouvir suas palavras, porque se sentem consolados, ainda que se admirem deles mesmos por não conseguirem, apesar de concordar com cada frase, deixar o caminho torto. “Quando virei crente, não mudei meu comportamento com os amigos e conhecidos que permaneceram no mundo. De jeito nenhum. Sou o mesmo com cada um deles”, diz, e completa: “Porque o homem que se aproxima verdadeiramente de Deus deve ser como o rabo do cavalo: quanto mais cresce, mais se chega perto do chão”.

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8ª FELIS abre editais

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Instituição ocupará casarão colonial no Centro Histórico de São Luís

 

 

 

 

 

 

 

A oitava feira de livros de São Luís, que ocupará o Convento das Mercês e outros espaços do bairro do Desterro, não contará mais, por motivos de força maior, com o Museu da Língua Portuguesa.  Já o compositor e poeta César Teixeira, um dos homenageados, teria declinado do convite, sem mais explicações. Mas, entre perdas e danos (sendo a mais significativa a impossibilidade da feira acontecer, como no ano passado, na Praia Grande, por conta de obras do PAC), a organização da 8ª FELIS continua prometendo uma grande festa e tornou público três editais para quem estiver interessado em participar lançando livros, proferindo palestras ou realizando apresentações artístico-culturais.

Para o lançamento de livros poderão se inscrever autores maranhenses com livros publicados este ano. A inscrição poderá ser feita pelo autor, co-autor ou responsável legal pela obra. Caso o número de inscritos não seja suficiente para preencher as vagas disponibilizadas, a organização abrirá espaço para lançamento de livros publicados em anos anteriores. Pessoas físicas e jurídicas poderão se inscrever com propostas de espetáculos teatrais, contação de histórias, performances, intervenções artísticas, entre outros. O resultado será publicado dia 5 de setembro e mais informações podem ser obtidas no blog da Func.

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Func divulga integrantes da comissão julgadora do concurso Cidade de São Luís

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A FUNC divulgou os nomes que compõem a comissão julgadora do concurso literário Cidade de São Luís. Confira abaixo. Mais detalhes no blog da fundação: http://funcsl.wordpress.com/

A comissão está sendo presidida pela professora doutora Márcia Manir Miguel Feitosa, que desenvolve pesquisas e estudos na área de Literatura Brasileira e Portuguesa, Literatura e Cultura Maranhense, Estudos Literários, entre outras áreas.

Na categoria “Jornalismo Literário”, estão julgando as obras o professor e doutor em Comunicação Social, José de Ribamar Ferreira Júnior, e a jornalista e doutoranda em Bioética, Mônica Manir Miguel.

Na categoria “Ensaios”, estão julgando as obras o professor e doutor em Literatura, Rafael Campos Quevedo, e a professora e doutora em Letras, Maria Luisa Scher Pereira.

Na categoria “Literatura Infantojuvenil”, estão julgando as obras a professora e doutora em Educação, Leoneide Maria Brito Martins, e a professora e doutora em Teoria da Literatura, Fernanda Maria Abreu Coutinho.

Na categoria “Peça Teatral”, estão julgando as obras o dramaturgo, diretor e ator Lauande Aires Cutrim, e o professor de teatro e mestre em Cultura e Sociedade, Abimaelson Santos Pereira.

Na categoria “Poesias”, estão julgando as obras o poeta, professor e doutor em Geografia Humana, Samarone Carvalho Marinho, e a professora e pós-doutora em estudos literários, Ida Maria Santos Ferreira Alves.

Na categoria “Contos”, estão julgando as obras o professor e escritor, mestre em Educação, José de Ribamar Neres Costa, e o professor e doutor em Teoria e História Literária, Rinaldo Nunes Fernandes.

Na categoria “Novela”, estão julgando as obras o jornalista e escritor Herbert de Jesus Santos, e a professora e doutora em Letras Ana Márcia Alves Siqueira.

Na categoria “Romance”, estão julgando as obras o escritor e membro da Academia Maranhense de Letras, Waldemiro Antônio Bacelar Viana, e a professora e pós-doutora em literaturas lusófonas, Jane Fragan Tutikian.

 

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Morre João Ubaldo Ribeiro, de embolia pulmonar

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O escritor João Ubaldo Ribeiro, de 73 anos, morreu na madrugada desta sexta no Rio de Janeiro. Nascido ilha de Itaparica na Bahia, o autor de “Sargento Getúlio”, “A casa dos budas ditosos” e do livraço Viva o povo brasileiro,entre outras grandes obras, é um dos maiores da literatura brasileira e de língua portuguesa, tendo arrebatado importantes prêmios, como o Prêmio Camões (2008), que é o mais importante em língua portuguesa. Era o sétimo ocupante da cadeira 34 da Academia Brasileira de Letras, sendo eleito em outubro de 1993, na sucessão de Carlos Castello Branco.

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Cinema para crianças e jovens no Teatro da Cidade, antigo Roxy

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O extinto Cine Roxy, que teve um passado de glória e terminou seus dias melancolicamente, exibindo filmes não recomendados para menores, hoje tem uma nobre função. Depois de reformado, transformou-se no Teatro da Cidade, ainda na gestão de João Castelo, e conta atualmente com uma programação razoavelmente interessante e bastante democrática.

Agora, por exemplo, o espaço retoma sua vocação para o cinema e exibe a mostra Guarnicêzinho, que acontecerá até a sexta-feira (25), das 9h às 10h30, com sessões de filmes em curta metragem. Serão apresentados 3 ou 4 filmes por dia, divididos por blocos, e com classificação indicativa para crianças de 6 a 12 anos e para o público da Educação Infantil. Escolas públicas municipais estão previamente agendadas para participar das sessões.

Das 15h às 16h30, serão exibidos os filmes da Mostra Jovem, que tem os adolescentes e alunos do Ensino Fundamental e Médio como público alvo. Antes de cada exibição, o público receberá informações sobre a linguagem audiovisual e destaques sobre a programação.

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Conheça os jurados do concurso literário Cidade de São Luís

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O que não falta é gente ansiosa pela divulgação do resultado do concurso literário Cidade de São Luís, que premiará ainda este ano uma série de obras entre poesia, romance, contos, livro infanto-juvenil, entre outros. Mas os escritores precisarão de um pouquinho mais de paciência, pois a esperada lista ainda não tem data exata para vir a público.

Enquanto isso, a Fundação posta em seu blog (provavelmente amanhã), a relação dos jurados que estão analisando os trabalhos e seus respectivos currículos, sendo que um detalhe deve ser observado: é a primeira vez, pelo menos na história recente do concurso, que pessoas não só de São Luís mas também de outros estados fazem parte do júri, medida tomada no sentido de resgatar a combalida credibilidade do evento, que está em sua trigésima quinta edição.

Lamentavelmente, até onde sei, o concurso só contemplará com prêmio em dinheiro os trabalhos que ficarem em primeiro lugar, o que é pouco para uma capital onde o concurso em questão é o único do gênero. No total (o que parece um recorde), 104 trabalhos dos diversos gêneros foram inscritos.

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Nobel do Tropical fecha as portas

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Depois de vinte anos no mercado a Livraria Nobel, do Shopping Tropical, fechou as portas. O motivo alegado, segundo placa afixada na fachada da loja, é problemas de mercado. Na verdade o previsível está acontecendo: o fechamento de livrarias pequenas com a chegada a São Luís de uma grande rede, no caso a mineira Leitura, que inicialmente instalou-se no Shopping da Ilha, abriu loja no aeroporto e estará presente também no Shopping São Luís, onde a mesma Nobel já havia encerrado suas atividades. Vale lembrar que a Nobel cumpriu durante essas duas décadas um importante papel como difusora de cultura e que, mesmo não tendo o porte de uma mega-livraria, certamente fará falta.

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Convento das Mercês será palco da oitava feira de livros de São Luís

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A oitava feira de livros de São Luís deverá acontecer este ano em novo espaço. Depois dos bons resultados obtidos em 2013 na Praia Grande, o evento ocupará as dependências do Convento das Mercês, além da Praça do Desterro e Museu da Língua Portuguesa. A mudança deu-se em função das obras do PAC, que prevê a recuperação, entre outros imóveis de valor histórico e arquitetônico, de alguns prédios do bairro, a exemplo do sobrado ocupado pela Secretaria Estadual de Cultura e Teatro João do Vale.

Para o presidente da Associação dos Livreiros do Maranhão (ALEM), Milton Lira, a novidade não deverá prejudicar a festa literária porque o espaço é adequado e o evento já se encontrar consolidado, fazendo parte do calendário cultural da cidade.

Esse é o quarto local de realização da feira, desde que o evento foi criado na administração de Tadeu Palácio. Começou na Maria Aragão, com grande repercussão, mas em seguida entrou em declínio no governo João Castelo, com sua última edição no Ceprama. Com Edvaldo Holanda na prefeitura e Francisco Gonçalves à frente da FUNC, a feira ganhou fôlego novo. Tendo como cenário o coração do centro histórico, a chamada Felis aconteceu com sucesso em 2013, apesar de algumas vozes preverem um fiasco. A promessa este ano é repetir a dose.

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