Para o escritor e artista gráfico César Landucci, objetos como martelo, travesseiro, óculos ou sapato são muito mais do que ferramentas ligadas às trivialidades do dia a dia. São também, e talvez principalmente, coisas mágicas, que tem o poder de despertar em quem os observa com os olhos da imaginação e da curiosidade, maneiras novas e mais estimulantes de encarar o cotidiano e a própria vida.
Algumas frases pinçadas do livro coisa&tal (Mercuryo Jovem, 2009) onde Landucce “com doses de humor e nonsense, lança um novo olhar sobre o cotidiano, assim como fazem os jovem de coração e mente, durante o processo de descoberta do mundo”:
Existem vários tipos de CADEIRA, mas a melhor cadeira do mundo é aquela em que a gente está sentado.
A CHAVE serve para ligar o carro e abrir e fechar as portas. Sem a chave o mundo não liga.
As CANETAS nunca acabam porque a gente acaba perdendo elas antes.
O ESPELHO é tão útil na vida da gente que até o carro do meu pai tem um espelho pra ele ficar olhando pra trás, enquanto o carro vai para frente.
César Landucci é paulistano. Formou-se em artes plásticas na FAAP, na década de 1970. Foram quase vinte anos como editor de arte e ilustrador, até que montou seu estúdio, o aeroestúdio.
Em 1993 recebeu o prêmio Jabuti de projeto gráfico para a coleção Acorda, bicho-homem, da editora FTD. Foi o editor de arte de outros três Jabutis. Em 2005 recebeu o Malba Tahan pela edição do livro Leonardo desde Vince, da Cortez Editora. Ilustrou na Folha de S. Paulo até 2007, para o LeiaLivros e para o Folhetim na década de 1980.
Os meus livros O tambor do Mestre Zizinho e A lenda do Rei Sebastião e o Touro Encantado em cordel, ilustrados por Dedê Paiva, tem projeto gráfico de Landucci, pela aeroestúdio.
obrigado, wilson. valeu!