Wilson Marques
Autor de livros infanto-juvenis com mais de uma dezena de títulos publicados. É publicitário, jornalista profissional e leitor contumaz, sendo alguns dos objetivos do blog compartilhar experiências, alegrias literárias e aproximar leitores de todas as idades de escritores, ilustradores e outros profissionais ligados ao mundo das letras.
As apresentações dos artistas maranhenses inscritos no edital Conexão Cultural podem ser vistas também no canal do YouTube ‘Cultura do Maranhão’ (https://bit.ly/2KxWeM1), da Secretaria de Estado da Cultura (Secma).
O conteúdo é disponibilizado diariamente e cada apresentação tem de 15 a 30 minutos de duração. Podem ser vistos por lá vídeos como do violonista Luiz Júnior, da Dj Vanessa Serra, da cantora Didã, dos grupos Forró do Thop, Verde Reggae Vila e muitos outros. A produção é do próprio artista que envia para a Secretaria o link para transmissão, conforme estabelecido no edital.
O Conexão Cultural foi lançado pelo governo do Maranhão com o objetivo de reduzir os efeitos da crise do Coronavírus e fomentar a cultura em tempos de pandemia.
Até agora, foram dois editais lançados. Lembrando que os artistas inscritos no primeiro edital terão até esta quarta-feira, 29, para enviar os arquivos, e os inscritos no segundo edital deverão disponibilizar o link até sexta-feira, 1º de maio.
Importante: o vídeo deve ser atual, produzido especialmente para o Conexão Cultural e não pode reunir mais de 5 pessoas, respeitando o distanciamento recomendando pela OMS.
As dificuldades impostas pelo novo coronavírus são imensas, mas desistir parece não ser palavra que conste do dicionário de alguns dos principais livreiros de São Luís. Com lojas fechadas, faturamento desabando e um cenário difícil de prever, empresários do setor tem se virado como podem para manter seus negócios e, sobretudo, o otimismo de pé. Milton Lira, da Vozes, é um exemplo. Com sua livraria no centro fechada há mais de um mês, o empresário tem atendido a domicílio pedidos feito por telefone. “É o jeito que estamos encontrando de atender nossa clientela e manter o mínimo de atividade”, diz Milton.
Há cerca de vinte anos em funcionamento na capital, a Vozes ficou conhecida pelo seu acervo universitário, o que inclui uma diversificada oferta de títulos nas áreas do Direito, História, Filosofia, Economia, Serviço Social, entre outros. Além de livros de ficção, literatura infantil e obras de autores maranhenses.
Já a livraria Leitura, a mais robusta por aqui, com pontos de venda no São Luís Shopping e Shopping da Ilha, também trabalha no sentido de manter suas atividades a despeito da quarentena. “Iniciamos nosso delivery a pedidos dos nossos clientes e como a saúde dos nossos colaboradores está em primeiro lugar, optamos por colocá-los em casa, ficando nas lojas apenas os gestores para o atendimento dos pedidos”, diz o gerente Gilberto Andrade.
Segundo Gilberto, mesmo antes de fechar as lojas, a empresa vinha se preparando para os dias difíceis. “Vínhamos observando o cenário mundial e nos planejamos, adiantando férias e revendo pedidos”, conta, chamando a atenção para o momento, que chamou de desafiador, e que obriga a todos a agirem com cautela e a cabeça no lugar.
No entender de Gilberto, é inevitável. Todo o comércio vai sentir muito daqui pra frente, o que aponta para um encolhimento do mercado. “Mas com os pés no chão e caminhando dia após dia, podemos sair mais fortes e juntos desse momento difícil”, aposta.
Importante lembrar que a crise no setor não se deve exclusivamente ao desmantelo provocado pela pandemia. Na verdade, quem acompanha minimamente o mercado do livro sabe dos perrengues que o setor vem passando nos últimos dois anos, com duas das maiores livrarias do país enfrentando sérias dificuldades, enquanto outras juntaram-se, outras demitiram em massa e outras ainda quebraram ou seguem no caminho.
Leitores interessados em fazer pedidos para a rede Leitura podem ligar para 99145-3820 ou 99145-264.
Caxias, terra de poetas e grandes escritores, é também um campo fértil da arte popular. Comprovação disso são as diversas lendas, esses contos da tradição oral que passam de geração em geração, ensinando, divertindo, e, às vezes, acordando o medo. Algumas dessas lendas tive o prazer de juntar no livro “O Pé de Garrafa e outras lendas caxienses”, onde reúno, em mais uma aventura de Touchê e sua turma, alguns dos relatos mais conhecidos.
Estão lá, além do Pé de Garrafa, que dá título ao livro, a tocante lenda da Veneza. Neste tocante conto, a menina Vena, odiada pela madrasta, é obrigada a ir às compras, obrigando-se, para isso, a atravessar uma perigosa área de floresta. Não deu outra. Dias depois, de uma forma surpreendente, o pai fica sabendo da tragédia que acontecera à pobre criança.
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Um aspecto interessante dessa lenda é que ela conta com uma belíssima referência física: um balneário chamado Veneza, onde, de uma fonte, jorra uma água cristalina que cura os doentes. Água essa que, asseveram os caxienses, são as lágrimas da menina morta.
Outras figuras fantásticas apresentadas no livro: uma serpente alada que vive no subsolo da Igreja do Rosário, ameaçando, periodicamente, colocar tudo abaixo, e a temida Mãe d’Água, sempre pronta para levar para os seus reinos profundos todo aquele que, depois de um encontro com ela, sair contando tudo o que viu.