A Prefeitura de São Luís está de parabéns: lançou através da Secretaria Municipal de Educação (SEMED) o projeto “Tendas Literárias”, com a entrega de 56 mil livros que serão disponibilizados em espaços criados nas escolas da rede municipal. O ato de lançamento, que contou com a presença da primeira dama de São Luís, Camila Holanda e do secretário de Educação, Geraldo Castro, aconteceu no último dia 5, na Unidade de Educação Básica (U.E.B) Rosa de Saron, no Cajupari, zona rural da capital. A escola é a primeira unidade a ser contemplada pelo projeto, que prevê 18 tendas literárias e 225 cantinhos da leitura a serem instalados nas unidades de ensino municipal. Impossível não lamentar, por outro lado, a ausência de obras de autores maranhenses entre os títulos escolhidos para fazer parte do projeto. O que, a rigor, não é novidade. Como acontece historicamente, escritores da terra não conseguem ver suas obras incluídas em listas de compras governamentais, e continuam amargando um ostracismo que, estranhamente, não combina com os discursos institucionais, sempre a lembrar o orgulho de fazermos parte de uma “Atenas Brasileira”, onde viceja o talento de poetas e intelectuais.
Infelizmente, não são valorizados os autores da terra. Eu, no ano passado, levei meu livro para apreciação da SEMED e nunca obtive sequer resposta.
Imagine: um livro que, além de entreter, traz mensagem de inclusão, respeito, amor e tolerância e ainda propõe dicas para trabalhar em sala de aula a produção textual e oralidade não tem oportunidade.
Por isso, estamos trazendo uma proposta de valorização da nossa literatura, já que os nossos governantes não se interessam: é a FLAEMA – FEIRA DO LIVRO DO AUTOR E EDITOR MARANHENSE.
Abraços.
Imagine só, 56 mil livros e nenhum autor maranhense. A conclusão é simples: essa é uma luta perdida. Autores maranhenses não rendem caixa para campanhas eleitorais.