O caso do ladrão-estagiário

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 assaltoGovernantes podem até se esquecerem do valor que tem a educação, mas bandido não. É o que comprova a experiência pela qual um amigo passou e por ele mesmo batizada de assalto-aula.

Andava o referido circulando tranquilamente pela praia da Ponta d’Areia, de bermuda e celular no bolso. Peladeiros batiam sua bolinha, uns e outros mergulhavam displicentes nas águas impróprias para o banho. E o incauto colega, sendo

arquiteto, contemplava com visão técnica o chamado espigão.

Encontrando um bom ângulo, tirou o celular, fez algumas fotos e, quando retornava chapinhando na beira d’água, foi ultrapassado por uma bicicleta.

– O celular! – disse o desconhecido brecando à sua frente.

O meu amigo ficou estático. A surpresa obviamente terrível embotara seu cérebro e ele não conseguia processar direito o que estava acontecendo. Então, montado em outra bicicleta, chega o comparsa para colocar ordem na casa. E é aí que a aula-assalto do ladrão estagiário começa.

– Ô meu irmão, a primeira coisa a fazer é anunciar o assalto, e mostrar o ferro – ele ensina ao primeiro bandido, que obedece rapidinho.

– Pode crê, é um assalto! – diz o primeiro bandido, puxando cinco palmos de faca enferrujada.

– Agora sim, na maciota, começa a debulhar o cara. Primeiro o celular – o bandido mestre continua, em tom professoral.

– Passa o celular!

– Isso. Agora, o redondo.

– Êpa! – meu amigo reagiu.

– O relógio, rapá, vamo logo.

Em fração de segundos estava acabado.

Meu amigo, que no processo recuperara um pouco do espírito, ainda pediu:

– Deixa ao menos o chip.

Por resposta ouviu alguns palavrões dos bandidos, que ao saírem fizeram tantos zig-zags que à vítima ficou impossível saber qual dos dois havia embolsado seus pertences.

Se meu amigo aprendeu alguma coisa no assalto-aula?

Creio que sim, embora não fosse ele o alvo dos ensinamentos. Pelo menos nunca mais deu bobeira tirando foto do espigão da Ponta d’Areia, pra não correr o risco de encontrar esse ou outro estagiário praticando no local.

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Carteira da biblioteca: documento essencial

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bartolomeuAssim como a carteira de identidade, de habilitação (para quem dirige) e de vacina, um outro documento deveria estar sempre à mão dos cidadãos: a carteirinha de uma biblioteca. Mas não para apresentar às autoridades sob pena de levar multa ou ter o veículo apreendido, e sim para ter acesso a um mundo que para ser visitado, o sujeito não precisa pagar taxas nem pedágios: o mundo dos livros e da leitura. Para quem mora em São Luís, esse documento, que dá ao portador a oportunidade de imunizar-se contra várias doenças provocadas pela desnutrição do espírito, pode ser adquirido com facilidade na Biblioteca Pública Benedito Leite. O serviço é rápido. No mesmo instante o leitor pode escolher, entre uma infinidade de títulos, algum para ler no sossego de casa, na fila do banco ou onde bem lhe aprouver. A Benedito Leite tem ainda a parte adulta e infantil, sendo uma boa dica do acervo destinado às crianças este “Contos e Poemas para ler na escola”, de Bartolomeu Campos de Queirós com seleção de Ninfa Parreiras. E, ops!, paga-se, sim, uma taxa para tirar a carteira. R$ 5,0 (cinco reais), ou seja, o preço de uma maçã argentina e menos que um maço de cigarros. Um valor simbólico, eu diria, mas que como forma de impulsionar a formação de novos leitores, bem poderia ser abolido.

 

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Concurso literário da Func: edital pode sair a qualquer momento

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setwPara quem está com originais na gaveta, atenção: vem aí o edital do Concurso Literário Cidade de São Luís 2015, da prefeitura de São Luís, realizado através da sua Fundação Municipal de Cultura. Entre as novidades, a inclusão de duas novas categorias: Crônica e Literatura de Cordel. Em sua última edição, o concurso já havia inovado, inserindo Literatura Infantil, categoria que leva o nome de Dona Carochinha em homenagem à radialista maranhense que encantou inúmeras gerações por meio dos seus programas. Agora os homenageados são Graça Aranha (Crônica), escritor que dispensa apresentações, e Ribamar Lopes, cordelista maranhense natural de Pedreiras, cujo importante trabalho é lamentavelmente pouco conhecido.

 

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Professor Marco Aurélio pleiteia a criação do vale-livro para crianças de Imperatriz

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Essa é uma luta que pode e deve ser incorporada em São Luís. A matéria do site da Assembleia Legislativa.

O deputado estadual Professor Marco Aurélio (PCdoB) esteve na sede da Academia Imperatrizense de Letras (AIL), na última quinta-feira (16), para tratar de uma importante ação em prol da educação local. Com o objetivo de oportunizar o acesso literário a crianças da rede municipal de imperatriz, Marco Aurélio tem buscado junto à Secretaria Estadual de Educação a liberação de recurso na ordem de R$ 100 mil para a criação do Vale-Livro.

O convênio servirá para a criação de cinco mil vales, no valor de R$ 20 reais, distribuídos para crianças da rede municipal, os quais poderão ser trocados por livros durante a 13° Edição do Salão de Livros de Imperatriz – Salimp. Atualmente, o Salimp cresce anualmente e chega a movimentar mais de R$ 2 milhões por edição.

Na avaliação do parlamentar, o convênio é uma iniciativa importantíssima para dar oportunidade de acesso à literatura para muitas crianças que visitam o salão e às vezes não dispõem de recursos para a aquisição de livros.

“A democratização cultural e o acesso às literaturas são indispensáveis para o desenvolvimento da nossa educação. É nosso dever dar esse direito àqueles que anseiam por informação, mas não possui condições”, disse.

O Salimp acontece desde 2003 e é realizado pela Academia Imperatrizense de Letras. Este ano o evento acontece em outubro, no Centro de Convenções.

 

 

 

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Estudante indígena escreve livro para ensinar idioma nativo às crianças de seu povo

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O estudante indígena Luciano Ariabo Quezo, graduando do curso de Letras da UFSCar, escreveu o livro didático “Língua e Cultura Indígena Umutina no Ensino Fundamental” para ensinar a língua Umutina-Balatiponé a alunos do 4º ano da escola indígena de seu povo, Julá Paré. Foram impressos 180 exemplares do material, que é composto por exercícios bilíngues (umutina-português) e dividido em quatro unidades, abordando a História do Povo; Artesanatos; O corpo humano com classes animais; e por último as narrativas do povo.

Formado por cerca de 600 pessoas, os Umutina vivem em uma reserva em Barra do Bugres, no interior do Mato Grosso, onde moram índios de diferentes etnias. Há apenas uma escola indígena na região e o ensino das línguas locais dependia, antes da disponibilização do livro, exclusivamente da vontade e do esforço dos integrantes da própria aldeia. Luciano, que além de autor é também o ilustrador do livro, notou que havia a necessidade de produzir materiais que auxiliassem os professores no exercício do ensino do idioma originário quando analisava, por meio de um outro projeto de pesquisa apoiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em quais situações eram trabalhadas a língua materna na escola Julá Paré.

O indígena é uma das poucas pessoas que falam Umutina no mundo. Aos 25 anos, o estudante conta que aprendeu a falar a língua com um ancião que era seu vizinho. “Às vezes eu dormia na casa dele, e desde muito novo eu já tinha interesse em saber mais sobre a história e a cultura do povo local a que eu também pertenço”, relata o indígena. O ancião, com mais de 100 anos, faleceu em 2004, e atualmente não existem mais idosos com o conhecimento tão amplo quanto o dele. O estudante conta que como não foram todos os jovens que tiveram o privilégio de aprender um pouco da língua, ele quer reforçar a revalorização do idioma. “Como forma de apoiar esta luta enquanto acadêmico em Letras, encontrei essa maneira de colaborar. Com esse livro quero despertar cada vez mais nos jovens o interesse sobre a história e a cultura do povo, através de um produto social imprescindível para uma sociedade, a língua”, relata Luciano.

Apesar de ser o primeiro projeto de autoria de um indígena apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), o trabalho não é a primeira iniciativa. Para a construção do livro didático, o estudante buscou outras produções indígenas e o resultado surgiu de diversas inspirações. Durante o processo também houve uma consulta e o acompanhamento dos professores e lideranças que iriam futuramente receber o material. Além de professores, as crianças e as pessoas mais velhas, Luciano conta que a intenção é que o material atinja o povo de maneira mais abrangente, pois seu conteúdo é formado por atividades que exigem pesquisas fora da sala de aula e algumas indagações com o propósito de formar diálogo entre a criança e seus pais, não ficando essa responsabilidade somente aos professores e os mais velhos.

O estudante está certo de que com a realização desse trabalho ele pode motivar outros indígenas a fazerem mais livros didáticos. “Tenho certeza que este resultado gera um impacto positivo sim, e que certamente incentiva os demais parentes indígenas a construírem projetos e submetê-los à agência ou fazerem até mesmo sem apoio algum, como já acontece há muito tempo”, relata o indígena.

Luciano pretende dar continuidade a esse projeto. Enquanto isso não ocorre, ele participa de outras atividades que possuem a mesma relevância, como integrante do grupo de pesquisa Linguagens, Etnicidades e Estilo em Transição (LEETRA), no Departamento de Letras (DL) da própria UFSCar. O grupo tem como uma das metas produzir diversos materiais que tratam de temáticas de povos indígenas, baseando-se na lei 11.645/08, que prevê a inclusão de elementos da cultura indígena nos currículos de todas as escolas brasileiras.

da Universidade Federal de São Carlos

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Prefeitura promove Semana do Livro Infantil na Biblioteca Municipal

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func

A Prefeitura de São Luís, por meio da Fundação Municipal de Cultura e Biblioteca Municipal José Sarney, promove, entre os dias 13 e 18 de abril, a Semana do Livro Infantil, com atividades voltadas para crianças e jovens. A programação acontecerá na sede da Biblioteca Municipal e encerrará na Praça Viva Bairro de Fátima, além de visita ao Hospital da Criança, no bairro da Alemanha.

No espaço da biblioteca, será montada exposição em homenagem aos dois maiores escritores de livros infantis no mundo e no Brasil, Hans Christian Andersen e Monteiro Lobato. A programação contará com jogos culturais, contação de histórias, apresentações teatrais, lançamento de livros e mediação de leitura, com atividades das 8h30 às 10h30.

“A leitura é o principal instrumento de transformação social e cultural. Promover atividades de incentivo à leitura para as crianças é possibilitar uma formação cultural ampla, e esta é uma das principais metas da Biblioteca Municipal. Um espaço para a população que precisa ter mais visibilidade”, afirmou o presidente da Func, Marlon Botão.

O secretário municipal de Educação, Geraldo Castro Sobrinho, também destacou a importância do incentivo à leitura para os educandos. “O universo literário proporciona às crianças o exercício do lúdico e do fantástico, o desenvolvimento da criatividade e dos aspectos cognitivos, todos fatores indispensáveis para o desenvolvimento integral das habilidades de nossas crianças,”, disse o titular da Semed.

Além das atividades de mediação de leitura, a programação terá a presença dos escritores maranhenses de livros infantis e do patrono da 8ª Feira do Livro de São Luís, Wilson Marques. Na ocasião, os escritores vão sortear os livro, com sessão de autógrafos. “O livro desperta o prazer pela leitura e se torna uma importante ferramenta de construção de valores e experiências. Ser escritor de literatura infantil é uma missão”, declarou o escritor e bibliotecário Márcio Almeida.

Na sexta-feira (17), a programação acontecerá na praça da igreja católica do Bairro de Fátima (Viva Bairro de Fátima), às 15h, com exposição de livros, apresentação teatral, bate papo com os escritores e distribuição de livros.

No sábado (18), a programação encerra com visita às crianças do Hospital da Criança, no bairro da Alemanha, com a presença dos personagens Emília e Visconde, do livro Sítio do Pica Pau Amarelo e distribuição de livros infantis.
“Durante a programação, nós vamos promover também uma campanha de doação de livros de literatura que serão distribuídos para as bibliotecas comunitárias da cidade”, ressaltou a coordenadora da Biblioteca Municipal, Rita Oliveira.

A programação da semana do livro infantil é coordenada pela Fundação Municipal de Cultura (Func), por meio da Biblioteca Municipal José Sarney, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação (Semed) e a Universidade Federal do Maranhão.

MÊS DO LIVRO INFANTIL

O dia 2 de abril é dedicado internacionalmente ao livro infantil pela data de nascimento do escritor Hans Christian Andersen. Considerado o primeiro autor a adaptar fábulas para a linguagem do livro infantil, o escritor é autor de obras mundialmente consagradas, como “O Patinho Feio”, “Soldadinho de Chumbo”, “A Pequena Sereia”, entre outros.

No dia 18 de abril comemora-se nacionalmente o Dia do Livro Infantil em homenagem ao nascimento de Monteiro Lobato. O escritor foi o primeiro a perceber a necessidade de inserir elementos da cultura nacional nas histórias para as crianças, além de ser considerado um dos precursores da literatura paradidática. É criador dos personagens do Sítio do Pica Pau Amarelo, uma das obras mais famosas e eternizadas em programas de televisão.

A Biblioteca Municipal fica localizada na Rua do Correio, s/n, Bairro de Fátima.

PROGRAMAÇÃO

Dia 13/04 – 08h30 às 10h30

Escola convidada: CE Antonio Jorge Dino

. Exposição em homenagem a Monteiro Lobato
. Jogos culturais e dinâmicas de leitura
. Lançamento de livro e bate papo com escritores Daniel Victor, João Marcelo e Dilercy Adler
. Hora do conto
. Oficina de criatividade
. Sorteio de livros

Dia 14/04 – 08h30 às 10h30

Escola convidada: UEB São Sebastião

. Exposição em homenagem a Monteiro Lobato
. Jogos culturais e dinâmicas de leitura
. Lançamento de livro e bate papo com escritores Marcio Almeida e Francimeire Cavalcanter
. Hora do conto
. Oficina de criatividade
. Sorteio de livros

 

 

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Chegada de Lampião no Inferno

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Grandes clássicos da literatura de cordel tem como personagem central o cangaceiro Lampião, a exemplo desse A chegada de Lampião no Inferno, deliciosamente interpretado por Mário Arruda.

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A face politicamente incorreta de Guevara

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cheFãs de Che Guevara devem ler com estômago embrulhado o “Guia Politicamente incorreto da América Latina” (Leandro Narloch e Duda Teixeira – Editora Leya) . Na primeira parte da obra, que se ocupa em desancar monstros sagrados da Esquerda latina, o guerrilheiro argentino que se transformou num dos maiores ícones das lutas libertárias dos tempos modernos é rebaixado à condição de assassino sanguinário, líder paranoico e gestor público estúpido.

Costumamos ouvir que antes da revolução Cuba era uma espécie de quintal dos Estados Unidos, onde havia gente miserável, ricaços americanos iam se refestelar em cabarés e mafiosos mantinham rentáveis negócios escusos. Bem, isso era verdade, admitem os autores. Como era verdade também que Cuba  era uma ilha de prosperidade comparada a outros países da região, na qual atividades como um florescente turismo puxava outros setores da economia (a exemplo da construção civil), que não paravam de crescer.

Se era assim, o que levou o país a ser palco de uma revolução socialista? O problema era a política, e o grande responsável atendia pelo nome de Fulgêncio Batista.

Depois de assumir o poder pela segunda vez, em 1952, Batista instituiu uma ditadura. Um regime que brindou os cubanos com prisões, desaparecimento de opositores, perseguição de empresários que não o apoiavam e torturas, além de censura e proibições. E que gerou um clima de revolta que foi naturalmente canalizado para o principal opositor do regime, Fidel Castro, líder que, em 1959, à frente de um grupo de guerrilheiros, terminou por derrubar o ditador.

Os cubanos, é lógico, comemoraram a volta da democracia. Porém, após a queda de Batista, teve lugar uma peripécia decisiva: o embate entre a classe média e o grupo de guerrilheiros que, comandados por Fidel Castro, haviam angariado imensa popularidade durante a luta contra o ditador. Sorrateiramente, ensina o Guia, o grupo dominou o governo provisório recém-instalado, declarou-se marxista-leninista e fundou o regime no qual Che Guevara (cujo currículo politicamente incorreto virá a seguir) iria se destacar.

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O fiasco da educação pública no Brasil

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1409252411874-sala-de-aula-destruidaTirar o filho do colégio e continuar sua formação em casa. Foi essa a decisão radical da família da jovem Lorena Dias, de 17 anos. Preocupados com o bullyng que a menina sofria, com as greves e a presença de drogas na escola em que estava matriculada em Contagem (MG), os pais decidiram se responsabilizar pela sua educação, e deu certo. No final do ano passado, Lorena foi aprovada em jornalismo em Brasília, depois de prestar o Enem. Mas, como o ensino domiciliar não é reconhecido no Brasil, precisou entrar na justiça para poder frequentar as aulas na universidade.

A liminar favorável à jovem foi concedida pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, com sede na capital federal, para que ela obtivesse o certificado de conclusão do ensino médio. Uma decisão inédita no país, de acordo com Alexandre Magno, diretor jurídico da Aned (Associação Nacional de Educação Domiciliar). E que ainda pode ser derrubada pelo IFB (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia) e o Inep (Instituto ligado ao MEC), que emitem o documento.

De qualquer modo, a história de Lorena contribui para manter exposta essa vergonhosa chaga que parece não ter cura no Brasil: o do quase completo fracasso do nosso sistema público de educação. Não é à toa que ao menos 2.000 famílias praticam ensino domiciliar no país, segundo a Aned. E muito mais praticariam se tivessem as condições financeiras e intelectuais para tanto, a fim de não exporem seus filhos a um sistema que está longe de ser o que nossos jovens e crianças realmente merecem.

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Comunicação da Assembléia lança seu Manual de Redação

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Num momento em que a qualidade dos textos jornalísticos arrisca ser esquecida por completo, a diretoria de Comunicação da Assembléia Legislativa toma uma iniciativa na contramão desse processo e lança o seu Manual de Redação. A publicação, que parece ser pioneira na Casa, tem como referência manuais já consagrados de grandes órgãos de comunicação nacionais, a exemplo do manual da Folha de São Paulo. O manual da AL foi lançado na sexta-feira passada durante workshop para profissionais da imprensa do legislativo, evento que teve por objetivo apresentar aos assessores parlamentares a estrutura e serviços do Complexo de Comunicação da Assembléia, que conta com TV, Rádio e Web Mídias.

 

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