Quem escreve costuma cometer um desses erros nas suas primeiras produções: colocar os originais na gaveta e não mostrar pra ninguém, ou submeter o texto à apreciação de amigos e parentes. No primeiro caso, não ligamos o plug da tomada ao outro pólo do processo, que é o leitor, e aí a coisa não anda. No segundo, nos expomos aos comentários pouco construtivos de quem (apesar da boa vontade) não tem formação para produzir uma crítica consistente ou que, por não querer nos melindrar, derramma elogios infundados sobre o trabalho.
Felizmente começa a ganhar espaço no Brasil um serviço essencial para quem está procurando um lugar como autor no mundo dos livros, ou mesmo já faz parte dele: o do agente literário. O que são as agências literárias? Essencialmente são empresas que fazem a ponte entre autores e editoras na busca de publicação de obras inéditas, ou cuida dos interesses dos autores junto às editoras no caso de obras já publicadas e agenciadas. Entretanto, chamo atenção para um outro serviço das agências, que a meu ver é importantíssimo: a LEITURA CRÍTICA. Tendo como clientela autores publicados ou não, a leitura crítica oferecida pelas agências é um serviço que vai oferecer a você uma análise profissional e honesta (honestíssima!) sobre o seu texto.
O trabalho é feito por gente tarimbada que analisa a obra sobre diversos aspectos, dá um parecer sobre a adequação e potencialidades do livro junto ao mercado e, o que é muito legal, oferece sugestões a fim de que o autor possa melhorar sua história até chegar ao melhor resultado final possível. Para quem tem livros na gaveta, sugiro buscar os serviços de O AGENTE LITERÁRIO, agência que, atenção, trabalha apenas com obras INFANTIS E INFANTOJUVENIS. Sediada em São Paulo, O Agente Literário está oferecendo serviços excelentes, inclusive, de forma inédita no país, agenciando ilustradores. Eu experimentei: submeti à leitura crítica o meu livro independente QUEM TEM MEDO DE ANA JANSEN? e o resultado foi compensador.
A agência foi ainda responsável pela publicação, pela Editora SESI-SP, dos meus A MENINA INHAME e OS DOIS IRMÃOS E O OLU, contos africanos que transpus para versos de cordel. Os livros, com ilustrações de Taisa Borges, nos aproximam do imaginário de um povo irmão, que habita um continente muito próximo e ao mesmo tempo muito distante. Suas características se encaixam em nossa ancestralidade da mesma forma que a África se encaixa ao nosso continente, como podemos perceber no mapa-múndi. Recontada em formato de cordel, esta lenda nos mostra o poder das palavras e por que devemos pensar antes de tomar algumas atitudes ou manifestar certos pensamentos em relação aos outros, pois, ao agirmos de modo injusto, as consequências podem ser definitivas. Ambas as obras fazem parte da COLEÇÃO QUEM LÊ SABE POR QUÊ, que visa a promover o estímulo à leitura e o desenvolvimento de acervos, melhorando o desempenho escolar. É composta por livros paradidáticos voltados a crianças e jovens, além de livros sobre temas relacionados à leitura e à formação de um público leitor.