Sai nos próximos dias pela Clara o livro João Pedro Borges: violonista por excelência, uma biografia do grande violonista maranhense carinhosamente conhecido como Sinhô.

A homenagem é mais do que merecida. João Pedro participou de importantes momentos da música nacional, teve papel preponderante na afirmação da moderna música popular brasileira produzida no Maranhão e, ao longo de toda a vida, preocupou-se com a formação de novos talentos, atuando como professor.

Apresentado pelo editor, Felix Alberto, e pelo também violonista maranhense Turíbio Santos, músico de renome internacional que desempenhou papel fundamental na vitoriosa carreira de João Pedro, o livro traz um resgate da vida e obra do artista num texto produzido por mim, em grande parte a partir de conversas com o biografado.

João Pedro Borges: violonista por excelência é o primeiro livro da série Perfis Maranhenses, que tem como propósito oferecer ao público leitor biografias de personagens cujas obras são de inquestionável importância para a arte e a cultura do estado.

Na última feira de livros de São Luís (cujos bons resultados ainda estão sendo contabilizados) o escritor e convidado Mario Prata falou do seu mais recente interesse literário e o resultado foi um instrutivo bate-papo sobre literatura policial, seguido de uma boa notícia: pelo visto, em breve o autor de O diário de um magro brindará seus leitores com alguma obra nessa linha, cuja produção no mundo não se encontra apenas farta, mas de alto nível. Aproveitei para sugerir ao escritor, que está mergulhando fundo no assunto, uma lista (que agora compartilho), de alguns nomes que atualmente melhor representam o gênero.

Lawrence Block – Norte americano. Famoso pelos seus livros de mistério, entre os mais conhecidos os das séries que tem como personagens principais o detetive particular Matthew Scudder e o bibliófilo e livreiro que, nas horas vagas, é ladrão.

Ruth Rendell – Nascida em Londres em 1930, é autora de cerca de cinquenta romances divididos em três tipos principais: histórias policiais, de suspense sombrio e os que começou a publicar em 1980 sob o pseudônimo de Barbara Vine.

P. D. James – Escritora britânica reconhecida como uma das que mais influenciaram o gênero do romance de mistério. Considerada uma mestra na construção de seus personagens, como também de atmosferas repletas de detalhes.

Adrea Camilleri – Assim como Gabriel Garcia Marquez criou Macondo, Camilleri também ambienta suas histórias num espaço geográfico fictício, no caso a cidadezinha imaginária de Vigàta, situada na igualmente inventada província de Montelusa. Protagonizam seus romances policiais o comissário Salvo Montalbano.

Donna Leon – Nascida em Nova Jersey em 1942, Donna Leon trabalhou como guia de turismo na Itália, passando ainda por vários empregos como professora em escolas europeias e asiáticas. É fenômeno comercial e de crítica na Europa e nos Estados Unidos.

Nahhing Mankell – Sueco criador do inspetor Kurt Wallander, que protagoniza vários de seus romances policiais.

Roberto Ampuero – O chileno Ampuero nasceu am Valparaíso, em 1953. Conhecido por suas histórias policiais protagonizadas pelo detetive Cayetano Brulé.

 Leonardo Padura – Cubano, Leonardo Padura Fuentes é escritor e jornalista sendo considerado um dos melhores daquele país.

Nota: Bom chamar a atenção para o nome de Ruth Rendell, autora de Carne Trêmula, que virou filme pelas mãos do diretor espanhol Pedro Almodóvar. Apontada como sucessora de Agatha Christie como “Rainha do Crime”, neste livro Rendell oferece aos leitores um thriller tenso e fascinante, mas, detalhe: o que interessa a autora não é (como em Agatha Christie e tantos outros autores) a ação de desvendar o crime, mas sim explorar os elementos psicológicos e circunstanciais que levaram à consumação do crime. Nos contos de Uma agulha para o diabo, por exemplo, os assassinatos não são, em geral, o elementos que dão o  start às histórias, mas o seu desfecho.