Mestrado inédito na Uema
A Universidade Estadual do Maranhão (Uema) está dando início a um mestrado inédito: Cartografia Social e Política da Amazônia.
A aula inaugural será na próxima quinta-feira (22), às 9h, no auditório do Centro de Ciências Sociais, no campus da Uema de São Luís (bairro do Tirirical). Veja o convite.
A primeira turma, formada por 11 alunos, inclui líderes de comunidades quilombolas e pessoas ligadas a grupos de quebradeiras de coco.
O tema da aula, “Cartografia social e saberes dos povos e comunidades tradicionais da Amazônia”, será ministrado pela diretora do Museu de Astronomia e doutora em História Social pela Universidade de São Paulo (USP), Heloisa Bertol Domingues.
Às 11h haverá o lançamento do Catálogo dos Povos e Comunidades Tradicionais: Nova Cartografia Social pelos professores Alfredo Wagner Berno de Almeida e Emmanuel de Almeida Faria Júnior.
O Programa de Pós-Graduação em Cartografia Social e Política da Amazônia é resultado de uma parceria firmada entre a Uema, por meio do Departamento de Ciências Sociais e o Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da Universidade Federal de Minas Gerais (Ufmg).
Já tem Associação Temporária aprovada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de pessoal de Nível Superior (Capes).
Mais informações no Site: www.ppgcspa.uema.br ou no seguinte endereço: Centro de Ciências Sociais Aplicadas – Campus da Uema (bairro do Tirirical, em – São Luís MA – CEP: 65055 970). Contatos pelo email: [email protected]
Área de concentração
Estado, comunidade tradicional e territorialidade da Amazônia
A área de concentração do Mestrado em Cartografia Social e Política da Amazônia estabelece uma interconexão entre as áreas da ciência política e da antropologia observando no mapeamento dos aspectos étnicos, políticos, culturais, sociológicos, econômicos e geográficos, no trato com as questões do Estado, povos e comunidades tradicionais e territorialidades amazônicas.
Linhas de pesquisa
1. Cartografia social, povos e comunidades tradicionais, territorialidades e movimentos sociais na Amazônia
Tem como objetivo refletir teoricamente sobre a Amazônia à luz dos temas cartografia social, territorialidades e movimentos sociais. A chamada cartografia social evidencia a perda de hegemonia das condições de produção do conhecimento cartográfico, que resulta das experiências de autocartografia e divergem dos mapas oficiais por deslocarem o foco da análise do quadro natural para a reflexão crítica sobre a dinâmica de situações de conflito e antagonismo social. As condições de produção desses mapas em inúmeras formas de mobilização, desde movimentos sociais organizados a diferentes formas associativas.
2. Narrativa, memória e identidades coletivas na Amazônia
Visa desenvolver estudos sobre os elementos que compõem o patrimônio cultural imaterial, entre eles as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas, bem como objetos, artefatos e lugares, reconhecidos por povos, comunidades ou grupos, como elementos de seu patrimônio cultural elementos de seu patrimônio cultural, comumente acionados na afirmação de suas identidades. Fará uso das narrativas orais e escritas, de forma a cartografar a memória coletiva dos povos, grupos e comunidades que vivenciaram diferentes processos de ocupação e que atuaram como agentes sociais importantes no delineamento de formas de organização política da Amazônia.
3. Estado, Governo, políticas de desenvolvimento e territorialidades na Amazônia
Desenvolver análises acerca do Estado, enquanto poder político e enquanto campo de disputa pela legitimação de modelos de desenvolvimento em construção na sociedade. Tais análises contribuirão para a compreensão das intervenções governamentais que visam a implementação de políticas de desenvolvimento, conjugadas com interesses econômicos privados, na Amazônia. A reflexão crítica desses processos implica um diálogo permanente entre diferentes disciplinas, em particular a ciência política, a antropologia, a sociologia, a economia e a geografia, visando uma interpretação mais acurada da dinâmica do capitalismo, em sua face mundializada, na região amazônica.