Hoje é Dia da Fotografia

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Hoje é o Dia da Fotografia. O Portal IMirante e o Uniblog saúdam os fotógrafos profissionais que fazem deste ofício a sua forma de viver no Maranhão.

Vale lembrar que a fotografia é muito mais do que o ato de fotografar. Envolve diversas atividades, entre as quais colecionar, restaurar, avaliar, apreciar, ensinar e produzir arte com a fotografia.

Festa no Maranhão

Para comemorar o Dia da Fotografia, a Associação Maranhense de Fotografia (Amaphoto) lança, às às 19h desta segunda-feira (19), o álbum “Foto na Lata – Maranhão”.

O trabalho é resultado de oficinas de arte promovidas pela entidade com crianças e jovens de várias cidades e povoados do Maranhão, incluído São Luís e Imperatriz.

O endereço da Amaphoto é: Rua Munin no 1, atrás do Mix Mateus, depois da Curva dos Noventa, no bairro Vinhais, em São Luís).

A entrada é franca para todos os que gostam de fotografia.

Na programação, oficinas Foto na Lata, às 15h, e Brinquedo de Papel Reciclado, às 16h, direcionadas para crianças de bairros da área do bairro Vinhais; atividades esportivas, com Skate Street, às 16h; e performances com artistas trabalhando com grafite.  desta segunda-feira (19) apresentou uma matéria sobre as oficinas.

Mais informação com o fotógrafo Brawny Meireles (98) 8154-6765 (98) 3236-8986, autor do projeto Foto na Lata – Maranhão. Veja entrevista com Brawny Meireles no NaMira, no Portal IMirante

Álbum “Foto na Lata – Maranhão

O álbum “Foto na Lata – Maranhão” reúne imagens produzidas a partir de câmaras artesanais construídas por crianças e adolescentes participantes no Projeto Foto na Lata, da Amaphoto.

–         Projeto editorial: Amaphoto

–         Direção de Arte e Coordenação Editorial: Brawny Meireles

–         Arte finalização: Marcos Calda, Washington Costa e Batista freire

–         Pesquisa de texto: Brawny Meireles

–         Revisão de texto: Tasso Assunção e José Reinaldo Martins

Dia da Fotografia

O Dia da Fotografia é uma referência ao dia 19 de agosto de 1839, quando Louis Jacques Mandé Daguerre apresentou a técnica fotografia daguerreótipo na Academia de Ciências e Belas Artes, em Paris.

Daguerre teve o apoio de François Arago, membro da câmara de deputados da França.

A França comprou os diretos do daguerreótipo e liberou a tecnologia para uso em todo o mundo, o que fez desta técnica fotográfica a mais difundida pelo mundo, na época.

Ao saber do daguerreótipo, o britânico William Fox Talbot, que havia descoberto outro método fotográfico, o calótipo, apresentou seu trabalho à Royal Institution e à Royal Society, em Londres.

Talbot exigir direito de uso de patente e o calótipo perdeu espaço no mercado para o daguerreótipo que expandiu-se pelo mundo.

Os daguerreotipistas de maior destaque foram os dos Estados Unidos.

Antes de Talbot e Daguerre, em Campinas, no Brasil, Hércules Florence descobriu um método fotográfico, com resultados superiores aos de Daguerre, mas que não foi difundido.

Hercules Florence
Hercules Florence

A vida e obra de Hércules Florence só foram devidamente resgatadas em 1976, pelo historiador e fotógrafo Boris Kossoy.

Longa história

A busca de métodos semelhantes ao fotográfico é antiga. Remonta à China anterior a Era Cristã.

A invenção da fotografia, na Era Moderna, no Ocidente, não é obra de um só autor.

Começou com a da câmara escura, descrita pelo napolitano Giovanni Baptista Della Porta, já em 1558, e usada por artistas renascentistas como Leonardo da Vinci.

Vários cientistas e artistas se dedicaram em descobrir métodos fotográficos.

Um exemplo foi o italiano Angelo Sala, em 1604. Ele percebeu que um composto de prata escurecia ao Sol, supondo que esse efeito fosse produzido pelo calor.

Johann Heinrich Schulze fazendo experiências com ácido nítrico, prata e gesso, em 1724, viu que a prata halógena, convertida em prata metálica, e não o calor, provocava o escurecimento.

A primeira fotografia conhecida foi criada 1826, na França por  Joseph Nicéphore Nièpce.

Primeira fotografia
Primeira fotografia, criada em 1826, por Joseph Nièpce

A imagem foi produzida com uma câmera, sendo exigidas cerca de oito horas de exposição à luz solar. Nièpce chamou o processo de Heliografia, gravura com a luz do Sol.

Paralelamente, Daguerre, produzia com uma câmera escura.

Daguerre e Niépce firmarem sociedade e após a morte de Nièpce, Daguerre desenvolveu um processo com vapor de mercúrio que reduzia o tempo de revelação de horas para minutos, descobrindo o Daguerreótipo.

Nièpce e Daguerre
Daguerre e Niépce

A popularização dos daguerreótipo deu origem às especulações sobre o fim da pintura, o que libertou a pintura de pretender imitar a realidade, dando origem a movimentos como o Impressionismo.

Várias técnicas fotografias surgiram na segunda metade do século XIX e ao longo do XX, até a fotografia digital, hoje, usada por milhões de pessoas em todo o mundo.

Independente da imagem em movimento (televisão, cinema etc.), a fotografia, como imagem estática, é uma prática cada vez mais apreciada.

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Museu Áudio Visual adquire maior acervo de foto antigas do MA

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Foto 2 - Mavam compra de acervo fotográfico
Visão da Praia Grande, em São Luís

Este blog e o Jornal O Estado do Maranhão (edição deste domingo, dia 11, Caderno Alternativo) são as primeiras mídias da atualidade a divulgarem as três imagens históricas de São Luís que estão aqui postadas, sendo uma um retrato de uma moradora da cidade do Século XIX.

Foto antiga da Praia Grande

Observem bem a fotografia acima. É uma visão panorâmica, inédita, da Praia Grande, na qual o espaço onde fica, hoje, o estacionamento é parte do mar do estuário do Rio Bacanga e ainda não havia o Anel Viário, o Aterro do Bacanga e o prédio da Câmara Municipal de São Luís.

O local onde fica, hoje, uma agência do Banco do Brasil e o Shopping do Cidadão são balcões, provavelmente para descarga de mercadorias. Somente nesta imagem há inúmeros detalhes como a presença de um veículo ao lado esquerdo da imagem.

Museu adquire acervo

As fotografias fazem parte do maior acervo de fotografias antigas do Maranhão: cerca de 30 mil imagens compiladas pelo historiador Antônio Guimarães. Este tesou da memória maranhense foi adquirido pelo o Mavam, Museu da Memória Áudio Visual do Maranhão, da Fundação Nagib Haickel.

Convite

O acadêmico e apoiador das artes audiovisuais, Joaquim Haickel convidou estudiosos em história da fotografia, fotógrafos e cineastas para apresentar parte do acervo, que inclui imagens avulsas, álbuns, cromos e negativos de São Luís e do interior do Maranhão, dos séculos XIX e XX.

Tive o privilégio de ser um dos convidados de Joaquim Haickel. Olhar fotografias antigas de São Luís, a maioria inédita em termos de divulgação na mídia atual, foi um prazer para os convidados e, particularmente para mim, que há 20 anos procuro e estudo as imagens do passado de São Luís. Chamou a atenção fotografias panorâmicas de trechos do centro histórico de São Luís.

Foto 1 - Mavam compra de acervo fotográfico
Joaquim Haickel apresenta o acervo ao diretor do IFMA, Carlos Alexandre Amaral, jornalista José Reinaldo Martins e cineasta Beto Matuck

Presentes também ao encontro, o cineasta Beto Matuck; o diretor geral do Instituto Federal do Maranhão (Ifma) – campus São Luís Centro Histórico, Carlos Alexandre Amaral; historiador e fotógrafo do Ifma, Eduardo Cordeiro; e o fotógrafo André Lucap.

Outro tempo

São Luís sem o Anel Viário e o Aterro do Bacanga, parece invadida pelo mar. É como se ás águas estivessem querendo tocar os casarões coloniais, em um cenário carregado de bucolismo. Tive um grande impacto ao colocar os olhos nas imagens da urbanidade de São Luís dos séculos XIX e XX.

Foto 4 - Mavam compra de acervo fotográfico
Barragem do Bacanga na década de 1970

São milhares de imagens congeladas da vida econômica, social e cultural da cidade.

Os transeuntes, as várias marcas de carros que trafegaram pelas ruas e praças, ao longo do século XX, entre carroças, os comércios, os movimentos políticos, a vida doméstica, escolar

Entre as fotografias, belíssimos retratos de pessoas do século XIX, cuidadosamente retocados por fotógrafos que ainda carregavam em si a chama dos pintores artífices.

Foto 3 - Mavam compra de acervo fotográfico
Retratos de senhora do século XIX, cuidadosamente retocado

O cenário é um convite para pensar a viagem de São Luís pelo tempo: uma cidade que navega entre o virtual e o real, entre a opulência e a ruína.

Nos detalhes das fotografias surgem situações colidentes, seja por uma placa de um estabelecimento comercial ou por uma criança descalça caminhando sozinha por ruas que lembram trechos sofisticados de cidades européias.

As imagens convidam para um passeio e longas horas de conversas. Olhamos casas comerciais, como a padaria Santa Maria; o Cine Éden, na Rua Grande, onde é possível ler o letreiro do filme de arte em cartaz; as pessoas transitando pelas ruas

Há uma visão do bairro São Francisco sem nenhum edifício; a Ponta d’Areia tomada pelo Mar, com o Forte Santo Antônio dentro de uma pequena Ilha.

Cada imagem, na visão de Haickel, são descobertas e fontes de inspiração. “Uma só destas 30 mil fotografias pode gerar um grande documentário”, afirmou.

Preservar

 Tive vontade de tocar nas imagens, como que quisesse ser transportado para um tempo passado congelado pelo clique fotográfico. Fui lembrado pelo fotografo Eduardo Cordeiro, que o recomendável é tocar o material somente com luvas. A medida é necessária para preservar as ‘joias raras’.

E é justamente com o objetivo de preservar os originais e digitalizar todo o acervo que o Mavam adquiriu as fotografias. Joaquim Haickel ressaltou que a proposta é garantir que as imagens do Maranhão sejam preservadas para as futuras gerações. “O museu é um polo de memória, documentação e pesquisa”, afirmou.

O Mavam, agora, é detentor do maior acervo de imagens fotográficas históricas do Maranhão, pois, possui, também, outro acervo: do Estúdio Edgar Rocha. As fotografias adquiridas do historiador Antônio Guimarães serão numeradas, higienizadas e catalogadas. Somente depois poderão ser disponibilizadas a pesquisadores.

“O nosso objetivo, depois de todo o trabalho de limpeza e acondicionamento é criar um espaço em que pesquisadores sejam os protagonistas na divulgação e preservação das imagens”, afirmou Joaquim Haickel. Para ele, o acervo abre inúmeras possibilidades de concepção de produtos e subprodutos a partir do conteúdo e técnicas condensadas nas fotografias.

Pesquisas

As possibilidades de pesquisas, para historiadores, antropólogos e sociólogos são as melhores possíveis. Um dos pontos cruciais é saber quem são os autores das imagens, o que motivou a concepção fotográfica e como e quando o ato foi realizado. É a partir deste ponto que se constrói a História da Fotografia.

Entre as propostas iniciais colocadas em prática pelo Mavam, a partir do acervo, um documentário sobre o trabalho do colecionar Antônio Guimarães, que dedicou parte de sua vida para reunir e salvar as imagens e, em um segundo momento, criar uma serie de 13 documentários de 26 minutos sobre os fotógrafos maranhenses do século XIX e XX.

Ifma e Fundação Nagib Haickel

Depois da reunião no Mavam, Joaquim Haickel, em nome da Fundação Nagib Haickel, reuniu-se com o reitor do Instituto Federal do Maranhão (Ifma), Francisco Roberto Brandão.

Foto 5 - Mavam compra de acervo fotográfico
Joaquim Haickel conversa com o reitor do Ifma, Francisco Brandão, e o fotógrafo Eduardo Cordeiro

Os dois mantiveram contatos sobre a parceria das duas instituições no sentido de criar um Núcleo do Pensamento Fotográfico no Centro Histórico de São Luís. A superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) no Maranhão deverá participar da parceria.

O espaço intermediaria o acesso de historiadores, fotógrafos, jornalistas, artistas, cineastas, professores e estudantes, sobretudo os do Ifma – Campus Centro Histórico de São Luís, ao acervo. Será, também, um núcleo de promoção do pensamento fotográfico e terá a incumbência de criar alternativas pedagógicas de apresentar as imagens ao grande público por meio de canais como exposições, seminários, palestras e produções audiovisuais.

Memória

O Mavam está aberto para receber arquivos fotográficos, e audiovisuais de famílias, de empresa e de instituições. O museu se compromete em digitalizar as imagens para os interessados que permanecerão, se assim desejarem, com os originais e receberão uma cópia do material digitalizado em CD, DVD ou HD, como melhor lhe aprouver, permitindo e autorizando, no entanto, que o Mavam e a sociedade maranhense tenham acesso ao material.

O objetivo do Mavam, afirmou Joaquim Haickel, é preservar a memória fotográfica, fílmica e audível do Maranhão. Os interessados devem entrar em contato o Mavam (Avenida Senador Vitorino Freire, 42 – Anel Viário, bairro do Desterro). Fone: (98) 81243244 / 99744799.

 Projetos

O Mavam está desenvolvendo também outros dois importantes projetos: telecinar filmes produzidos por realizadores maranhenses em plataforma de 8 mm, super 8, e 16 mm e digitalizar o material em mídia magnética de áudio e vídeo em diversos formatos e padrões, preservando assim boa parte da memória de nossa terra.

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Homenagem ao fotógrafo Martin Chambi

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Boda de Don Julio Gadea, foto Martin Chambi

O Uniblog vai, a partir de hoje, vai divulgar fotografias antigas e abrir espaço para debates. Será na categoria Fotografia e História

A primeira fotografia é “Boda de Don Julio Gadea, prefeito de Cuzco”, de autoria de Martin Chambi (1891-1973).

É uma homenagem a um mestre da fotografia.

Martín Chambi Jiménez ou Martín Chambi de Coaza nasceu em PunoPeru,  em 5 de novembro de 1891, e morreu em Cuzco, em 13 de setembro de 1973.

Tinha tudo para somente mais um fotógrafo de sua época, mas, a forma apurada de conceber as imagens o coloca com um dos mais originais fotógrafos de todos os tempos.

Destaque para as imagens pioneiras de índios latino-americanos.

Chambi, conhecido como o “mago da luz”, é hoje mundialmente celebrado.

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