José Reinaldo Martins
Jornalista e pesquisador da História da Fotografia. Mestre pela USP e pós-graduado em Gestão em Marketing pela Ufma. Um dos autores do Guia de Arquitetura, editado pela Junta da Andaluzia (Espanha) e Prefeitura de São Luís e membro do Núcleo de Estudos Interdisciplinares de Imagem e Memória (NEIIM) da USP. Um dos autores de projeto de documentário "Em busca da imagem perdida" aprovado em concorrência nacional no Projeto Arte Patrimônio do Instituto do Patrimônio Histórico Nacional/Paço Imperial/RJ e vencedor do Prêmio Fapema 2011 de Divulgação Científica.
A Associação Fotoativa, de Belém do Pará, abriu exposição de imagens fotográficas “Tempo ampulheta, paisagem na garrafa”, elaboradas pela fotógrafa do Rio Grande do Sul. Denise Helfenstein.
As imagens compartilham passagens entre fotografia e arte.
Quem for a Belém, a exposição é no casarão sede da Fotoativa, na Praça das Mercês, 19 – Centro Histórico, com entrada franca.
Oficina Convido-X
Estão abertas inscrições para Convido X, oficina de criação colaborativa com a artista pesquisadora Denise Helfenstein.
A oficina, para iniciantes e iniciados, começa sábado (5) e vai até 12 deste mês, no casarão sede da Fotoativa.
Programa
Imagens: quando, como, onde ocorrem? Como circulam, de que são feitas?
Proposição para escuta da paisagem sonora. Experiência prática envolvendo a escuta do ambiente e a produção de anotações coletivas, a se desdobrar no período entre os encontros.
Proposição para apanhador de imagens. Experiência prática envolvendo a manipulação de objetos que formam imagens e a produção de ideias para fotografia, vídeo ou outra forma de registro visual, a se desdobrar entre os encontros.
Aberta, na noite de sábado (25), a exposição com objetos ligados a arte de Ana Duarte e fotografias e figurinos da dançarina, que morreu no dia 26 de Março de 2016.
A exposição está no salão principal do Centro de Criatividade Odylo Costa, filho, próximo ao estacionamento da Praia Grande, no Centro Histórico de São Luís.
A iniciativa é do antropólogo Adalberto Rizo, entre outros parentes e amigos de Ana Duarte, com apoio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Sectur).
Na abertura, apresentações artísticas e depoimentos de artistas.
Na montagem da exposição, de autoria de Claudio Vasconcelos, é possível olhar, em um só espaço, o figurino que Ana Duarte criou em suas leituras dos movimentos da cultura popular maranhense.
Cada figurino está ao lado de uma fotografia com Ana Duarte utilizando a peça, o que possibilita uma dinâmica memoria excelente.
As fotografias são de autoria de Adalberto Rizzo, Bredan Loula, Eduardo Cordeiro e Marília de Laroche.
As leituras da cultura popular de Ana Duarte são pautadas em pesquisas traduzidas por meio de sua consistente formação profissional, o que inclui balé clássico entre outras linhas dos movimentos corporais dos quais ela tinha total domínio.
O lançamento de “Na Trilha do Cangaço – O Sertão que Lampião”, do fotografo Márcio Vasconcelos, nesta terça (31), as 19h30, no Museu Histórico e Artístico do Maranhão (Rua do Sol, 302), em São Luís, celebra um momento significante da fotografia maranhense.
Desde que chegou ao Maranhão, na segunda metade do século XIX, a fotografia foi utilizada de diversas maneiras, começando por retratar moradores de São Luís e Alcântara, ofício iniciado por aqui por um jovem viajante dos EUA de 22 anos.
Depois, a fotografia apresentou paisagens de todas as regiões do Estado, na passagem do séc. XIX para o XX, ingressou no fotojornalismo e é sempre memória de acontecimentos cotidianos e pontais, como ainda é,hoje, na era digital.
Disseram na Europa, ainda no século XIX, que a fotografia libertou a pintura da prisão de ter de representar o real, em tempo de Expressionismo.
Nos últimos anos, no Maranhão, a fotografia parece apresentar-se no caminho inverso e está parecendo pintura. É bela
[Lembrando que o termo belo é complexo e gerador de controvérsias e debates, a grande maioria ideias infrutíferas, cansativas e entendidas somente por meia dúzia de ‘mentes brilhantes’ que ninguém ousa contestar]
Na fotografia, o belo vem de um ofício, é simples e gera um debate idem.
Márcio Vasconcelos já mostrou carnes em matadouros em tons vermelhos fortes. Belo? Repugnante?
A impressão é que, na trajetória de Marcio Vasconcelos, o que é visível como belo parece consequência, suave e sutil da memória, de um ofício. Ele busca mesmo é o registro, a pesquisa, como é comum entre fotógrafos que saem pelo mundo afora.
Fica legal assim. Cláudia Andujar buscou os Yanomami. Era o que interessava a ela. A presença do belo é decorrência e não suplantou o ofício, a missão. E isso é ótimo. E como é emocionante olhar as fotos que ela fez.
Da cultura popular ao centro histórico de São Luís, que parece morar em Márcio Vasconcelos, a busca de raízes maranhenses na África, ele chegou a um momento tranquilo em que o ofício o levou, neste momento, a uma viagem ao Sertão do Nordeste.
Como foi em décadas de ‘madrugas’ em festas de São João. Todo mundo brincando e Marcio Vasconcelos lá, fotografando.
E é por ai. Quem for a Rua do Sol hoje verá traços de toda essa trajetória dele pela fotografia.
Se é maturidade, arte, inovação ou ‘o belo’, é com a galera entendida.
As fotos mostram um passeio pelo mundo de Lampião, um mundo que ainda vive no Nordeste de hoje. Simples e belo.
Um instante preciso na trajetória da fotografia no Maranhão, pontualmente na Rua do Sol, muito perto de onde funcionou o ateliê de Gaudêncio Cunha, profissional que teve a fotografia da paisagem do Maranhão como ofício, na paisagem do Maranhão na passagem do século XIX para o XX. Belíssimas!
Com informações e fotos enviadas pela assessoria de comunicação do jornalista Fernando Oliveira.
Claudia Andujar é uma das mais importantes referências da fotografia do Brasil.
O trabalho fotográfico dela com a cultura dos índios Yanomami é reconhecido internacionalmente.
Principalmente a forma simbólica que ela criou para traduzir a religiosidade desse povo amazônico.
Mas, o que está em cartaz no Instituto Moreira Salles, no Rio de Janeiro, é outra fase da trajetória profissional de Claudia Andujar, anterior ao universo Yanomami.
São fotografias experimentais que ela produziu nas décadas de 1970 e 1980.
Entre as imagens, o cotidiano de quatro famílias de contextos muito distintos: uma baiana dona de uma próspera fazenda de cacau, uma da classe média paulista, uma de pescadores caiçaras isolada em uma praia de Ubatuba (SP) e uma mineira religiosa.
Claudia Andujar nasceu na Suíça, em 1931. Fixou residência em São Paulo, em 1957, naturalizando-se brasileira.
Uma imagem realizada pelo fotógrafo dinamarquês Mads Nissen é a fotografia do ano segundo o júri da 58ª edição do World Press Photo, maior prêmio dedicado ao fotojornalismo no mundo. As fotos são referentes a 2014.
O registro mostra o casal gay Jon e Alex durante um momento íntimo, em São Petersburgo, na Rússia, pais onde a vida de gays é considerada uma das mais difíceis do mundo, depois dos países islâmicos.
A coordenadora do júri nesta edição, Michele McNally, diretora de fotografia do jornal The New York Times, comentou ao site do World Press Photo que a imagem vencedora precisa ter estética, impacto e potencial para se tornar icônica.
Veja as demais fotografias vencedoras. Tem algumas impressionantes, como a de um macaquinho acuado pelo domador, de Lionel Messi de olho gosto na taça da Copa, entre outras.
Um dos mais importantes centros do pensamento fotográfico do Brasil, a Associação Fotoativa, sediada em Belém, completou 30 anos na quinta-feira (14).
A Fotoativa é um grupo de fotógrafos, artistas e um grande número de pessoas, atuantes, ativistas, artistas, seres humanos entrelaçados pelas tramas da luz no território de experimentação Fotoativa.
Festa
O calendário de comemorações, que vai de agosto de 2014 a agosto de 2015, começou no sábado (16) com a ocupação da Praça das Mercês, no Centro Histórico de Belém.
Na mostra, organizada na Praça, trabalhos de artistas de várias partes do mundo.
Entre as projeções em exposição, duas de Marcus Ramusyo, do Maranhão: Baraka Redux (2013,45 segundos) e Há 3 tipos de Déspotas (2012, 40 segundos).
A imagem de uma tempestade em forma de nave espacial – batizada de Dia da Independência – ganhou o concurso de fotos de viagem da National Geographic deste ano.
A competição teve mais de 18 mil concorrentes. É uma das mais disputadas do mundo.
A Revista National Geographic, criada em 1888, é prestigiada em quase todos os países, por suas reportagens com belas fotografias de paisagens e texto de conteúdo científico.
A imagem é de uma tempestade nas proximidades da cidade de Julesburg, no estado do Colorado, Estados Unidos.
No Maranhão está chegando o tempo de sol forte, muitos ventos, poucas nuvens e chuvas.
De agosto a outubro será possível olhar o belo pôr do sol no Maranhão.
Entre os lugares bonitos para ver o pôr do sol, em São Luís, a Praça do Palácio dos Leões e a Avenida Beira-Mar, dois belos espaços pouco explorados turisticamente.
O pôr do sol é belo, também, na Praia da Ponta d’Areia e na Praça Gonçalves Dias.
O mesmo acontece em todo o litoral do Maranhão.
O artista plástico e fotógrafo Claudio Costa colheu um pôr do sol da Praia do Outeiro, litoral do município de Cedral.
O momento é de preparar as câmaras fotográficas para direcioná-las em direção ao que é iluminado pelo sol de fim de tarde do Maranhão.
Estimado como um dos mais completos fotógrafos brasileiros da atualidade, Miguel Chikaoka, será homenageado, nesta terça-feira (6), às 19h, em Belém.
O tributo será no relançamento do livro Navegante da Luz, escrito pela pesquisadora Marisa Mokarzel sobre o artista e educador Miguel Chikaoka.
Será durante o Café Fotográfico, evento mensal promovido pela Associação Fotoativa, destacado centro do pensamento fotográfico brasileiro.
Aromatizado pelo sabor do café, o encontro acontece no Cine Teatro do Centro Cultural SESC Boulevard e tem entrada franca.
O Livro
O livro foi produzido a partir de textos sobre o artista e seu trabalho, levantamentos de notícias em periódicos, catálogos, acervos fotográficos, vídeos e entrevistas.
O projeto foi contemplado pelo Ministério da Cultura e pela Fundação Nacional de Artes (Funarte), no Edital Bolsa Funarte de Estímulo à Produção em Artes Visuais 2013.
Marisa Mokarzel é doutora em sociologia.
Miguel Chikaoka
Miguel Chikaoka é paulista, vive e trabalha em Belém desde 1980, onde idealizou os projetos de criação da Associação Fotoativa e Agência Kamara Kó Fotografias.
Suas obras transitam entre imagens, instalações e objetos de caráter conceitual, pautados na experiência de religação dos sentidos.
Participou de diversas exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior.
Em 2012, recebeu o Prêmio Brasil de Fotografia e a Comenda da Ordem do Mérito Cultural por sua contribuição à fotografia brasileira.
O brasileiro Ricardo Teles foi o vencedor, na categoria ‘Viagem’, do Prêmio Sony World Photography, um dos mais prestigiados do mundo.
O prêmio foi para a fotorreportagem Estrada dos Grãos.
As imagens documentam a vida das pessoas – principalmente caminhoneiros – envolvidas no transporte de grãos no Brasil, desde as fazendas na região Centro-Oeste até os portos.
O prêmio de Fotógrafo do Ano foi para a americana Sara Naomi Lewkowicz, pela série “Shane and Maggie”, sobre abuso e violência doméstica nos Estados Unidos.
As imagens vencedoras do Prêmio Sony World Photography de 2014 e as finalistas serão expostas entre os dias 1º e 18 de maio na Somerset House, em Londres.