José Reinaldo Martins
Jornalista e pesquisador da História da Fotografia. Mestre pela USP e pós-graduado em Gestão em Marketing pela Ufma. Um dos autores do Guia de Arquitetura, editado pela Junta da Andaluzia (Espanha) e Prefeitura de São Luís e membro do Núcleo de Estudos Interdisciplinares de Imagem e Memória (NEIIM) da USP. Um dos autores de projeto de documentário "Em busca da imagem perdida" aprovado em concorrência nacional no Projeto Arte Patrimônio do Instituto do Patrimônio Histórico Nacional/Paço Imperial/RJ e vencedor do Prêmio Fapema 2011 de Divulgação Científica.
As criações de gado, presentes em grande parte do território terrestre, fazem com que bois e vacas criados com propósitos alimentares emitam mais de três quartos de toda a emissão de gases causadores do efeito estufa entre os animais da pecuária.
O dado é de uma pesquisa financiada pelo Instituto Internacional de Pesquisas em Pecuária e pela Organização Comunitária de Pesquisas Científicas e Industriais (ambos órgãos de atuação global) e divulgada na mais recente edição do periódico científico Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).
O estudo é descrito por seus autores como o mais detalhado já feito sobre o assunto e aponta Europa e Américas como os epicentros das emissões por gado de gases prejudiciais à camada de ozônio.
O estudo comparou emissões no mundo todo geradas por criações de gado bovino, animais ruminantes de pequeno porte, porcos e aves.
No total, foram analisadas 28 regiões da Terra.
De acordo com os condutores do estudo, foram coletados dados sobre alimentação de todas as culturas pecuárias abordadas pelo estudo, sobre o quão eficientemente os animais estavam produzindo leite, ovos e carne, e o volume de gases pró-efeito estufa emitidos por eles.
Assim, os cientistas observam que as maiores emissões de gases que fazem mal à camada de ozônio, propiciando o efeito estufa, se dão pelo gado bovino.
“Temos observado muitas pesquisas focadas nos desafios referentes a isso em nível mundial, mas se os problemas são mundiais, as soluções se mostram praticamente locais e muito específicas a cada situação”, disse à BBC o cientista Mario Herrero, autor da pesquisa.
“Nosso objetivo é fornecer os dados necessários para que haja um debate sobre o papel da pecuária em nossas dietas e em nosso meio ambiente e para que possamos buscar as soluções para seus desafios.”
Consumo de carne x meio ambiente
Há poucas semanas, outra pesquisa publicada no PNAS abordou as consequências prejudiciais ao meio ambiente geradas pelo alto consumo de carne.
De acordo com esse outro estudo, vem sendo observada uma tendência de aumento no consumo do alimento ao redor do mundo. A alta é puxada, especialmente, por nações em desenvolvimento e com grande potencial econômico, como China e Índia.
Tal pesquisa avaliou os hábitos alimentares de 176 países de forma inédita e reposicionou o homem em relação a seu nível trófico (métrica que é usada na ecologia para localizar espécies na cadeia alimentar).
A revista Exame, em matéria sobre mobilidade urbana, mostrou que cidades como Chicago, Las Vegas e Los Angeles, nos Estados Unidos, estão copiando tecnologias de cidades como Curitiba, Goiânia e a colombiana Bogotá.
Pelo menos, na criação de faixas especiais para ônibus, a experiência latino-americana está ganhando o mundo.
Na vizinha Belém do Pará já estão sendo construídas faixas exclusivas para ônibus, na Avenida Almirante Tamandaré.
Em Belém, é possível caminhar pelas calçadas.
Em São Luís do Maranhão, até para se comprar um pão em uma padaria ao lado de sua casa, em bairros como Renascença, um dos melhores da cidade, é preciso utilizar carros.
Carros nas calçadas
Sem guarda municipal nas ruas, as calçadas, inclusive as de órgãos públicos da Prefeitura, do Governo do Estado e de órgão federais, do Judiciário (de algumas varas Cíveis), do Ministério Público e da Universidade Federal do Maranhão, empresar privadas, clínicas e escritórios viraram estacionamentos, obrigando o esquecido pedestre a se arriscar nas ruas.
Em Belém, em Fortaleza, em Teresina, em Ouro Preto, em Olinda e todas as cidades é possível andar em calçadas.
Em São Luís não há calçadas, as calçadas existentes são ocupadas por carros e camelôs e não há árvores.
O turista que vem a São Luís sente o drama da falta de calçadas e do transporte público totalmente deficitário e sai falando o pior da cidade. Ele não volta mais e ainda faz propaganda contrária.
Lixo e segurança
Isso sem falar na total falta de segurança e na sujeira que ocupa São Luís, com a Prefeitura pintando meio fio quebrado, as praças sem canteiros etc.
A população de São Luís ainda não foi educada para jogar lixo na lixeira; não há lixeiras suficientes na cidade e os motoristas, grosseiros e buzinadores, em seus carrões, jogam lixo pela janela, o que é uma total falta de educação.
Os esgotos da Caema estão estourados e a sempre trechos que a Cemar/Prefeitura deixam sem iluminação.
Transporte Público
Os ônibus pulam as paradas, ou não param, são sujos e não possuem lixeiras. Não há abrigo de paradas e nem calçamento.
Praticamente não há linhas de ônibus em avenidas com a dos Holandeses.
Com todos esses problemas e as praias poluídas, a única saída é ir para shopping.
Por Isso, não adianta a Setur (do Estado e da Prefeitura) gastarem dinheiro com stands e passagens promovendo São Luís em feiras e exposições, em outros estados e no exterior.
Quem está vindo a São Luís não volta e ainda sai falando mal, o que é muito triste.
Para disciplinar o transporte público e organizar as calçadas nem é preciso tanto dinheiro; basta iniciativa pública.
Como, historicamente, as gestões municipais de São Luís, desde a década de 1970, são reféns das empresas de ônibus, inclusive a atual, nada se faz para ajeitar o sistema de transporte.
As gestões municipais ficam, eternamente, fazendo propaganda de que estão ‘ajeitando a casa’ e nunca fazem nada.
Sem planejamento
Em São Luís, nas décadas de 1980 e de 1990 e início do século XXI, avenidas como a Jerônimo de Albuquerque ainda foram erguidas e ampliadas como se fossem ‘ruelas’ pelos gestores públicos.
Isto décadas depois da construção de Brasília e mais de um século depois da construção de Belo Horizonte, duas cidades amplas.
Os gestores conseguiram investir em moradias, para eles, em outras cidades e países e ignoraram o Maranhão.
Um neurocientista americano que fazia estudos com criminosos violentos descobriu, por acaso, que ele próprio tinha “cérebro de psicopata”.
Casado e pai de três filhos, James Fallon, professor de psiquiatria e comportamento humano da University of California, Irvine (UCI), disse à BBC Brasil que a descoberta fez com que ele reavaliasse seus conceitos a respeito de quem era. E transformou suas convicções enquanto cientista.
A experiência de Fallon, descrita no livro The Psychopath Inside, teve grande repercussão na internet.
Comentando o caso, um neurologista ouvido pela BBC disse que estamos interpretando os conhecimentos gerados pela genética de maneira “perigosa”.
“Os profissionais estão atribuindo importância excessiva para a carga genética de uma pessoa, como se isso, por si só, fosse capaz de determinar o futuro de um ser humano”, disse Eduardo Mutarelli, professor do Departamento de Neurologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
Para ele, a experiência de Fallon ajuda a reequilibrar o debate que contrapõe a influência da herança genética à do meio (nesse caso em particular, a influência civilizadora da família e da sociedade sobre o indivíduo).
Revelação Perturbadora
A descoberta de Fallon aconteceu em 2005, quando ele analisava tomografias de cérebros de assassinos em série na universidade. Ele queria ver se encontrava alguma relação entre os padrões anatômicos dos cérebros desses pacientes e seu comportamento.
Fallon explicou que, para ter uma base de comparação, tinha colocado na pilha tomografias de membros de sua própria família – a ideia era usá-los como modelos de cérebros “normais”.
Ao chegar ao fim da pilha, onde estavam os exames de sua família, o cientista viu uma tomografia que mostrava um padrão claro de patologia. “O exame mostrava baixa atividade em certas áreas dos lobos frontal e temporal que estão associadas à empatia, moralidade e ao auto-controle”.
Fallon contou que, no começo, pensou que fosse um engano. Mas feitas as checagens, o neurocientista, que estudava psicopatas há mais de duas décadas, viu-se às voltas com uma realidade um tanto quanto incômoda: o cérebro representado naquele exame era seu.
“As mesmas áreas do cérebro estavam completamente apagadas, como nos piores casos que eu tinha visto”, disse Fallon.
Para se certificar, Fallon fez mais algumas investigações.
Exames do seu DNA confirmaram que ele tinha genes alelos associados à ausência de empatia e comportamento agressivo e violento.
Fallon também se submeteu a um teste usado por muitos pesquisadores e psicólogos para avaliar tendências anti-sociais e psicopáticas, a Robert Hare Checklist.
“Psicopatas alcançam acima de 30 pontos no teste de Robert Hare”, disse Fallon. “A pontuação máxima é 40. Eu alcanço 18, 20 ou 22. Tenho vários traços em comum com psicopatas, só não sou criminoso. Nunca matei nem estuprei ninguém e prefiro vencer uma discussão com argumentos do que com força física”, diz.
Charme Perigoso
Análise mostrou que cérebro de Fallon tinha traços em comum com psicopatas Fallon contou que quando compartilhou suas descobertas com a família e com amigos, eles não se surpreenderam. Gradualmente, o neurologista começou a se ver do ponto de vista das pessoas que o conheciam bem.
“Tive várias conversas reveladoras com minha mãe. Ela me disse que sempre percebeu um lado sombrio em mim e tomava cuidado especial para neutralizar essas tendências e incentivar outras, mais positivas”, conta.
Nessas conversas, a mãe também contou ao filho que vários antepassados dele pelo lado paterno tinham sido criminosos temidos. Entre eles, Lizzie Borden, acusada de matar o pai e a madrasta em 1892.
Para a esposa, era como se existissem dois James Fallon convivendo num único homem.
“Sou casada com duas pessoas, uma é inteligente, engraçada e afetuosa. A outra é um sujeito perverso, de quem eu não gosto”, disse a mulher do neurologista em uma entrevista para a TV.
“Tenho muito jeito para lidar com estranhos, faço muita caridade. Mas sou uma decepção como marido. Posso ver um bebê que não conheço e ficar com os olhos cheios de lágrimas, mas não sinto uma conexão emocional profunda com minha própria família”, diz.
Fallon descreveu alguns dos traços típicos de um psicopata: “Psicopatas possuem um narcisismo agressivo, charme, desenvoltura aliada a superficialidade, senso de superioridade, tendência a manipular, são emocionalmente rasos, não sentem culpa, remorso ou vergonha”.
“Podem ser magnânimos e generosos, mas são emocionalmente frios”, afirma.
Teria Hitler, por exemplo, sido um psicopata?
“Não. Hitler era capaz de sentir empatia pelas pessoas e tinha relacionamentos próximos, então eu diria que ele não era um psicopata. Já Stalin, por exemplo, tenho quase certeza de que sim. Ele não era próximo nem dos próprios filhos”, observa.
“A capacidade – ou não – de sentir empatia é essencial para estabelecer uma pessoa é um psicopata”, diz o neurologista.
Amor de Mãe
James Fallon diz não ter dúvidas de que foi o amor da família que impediu que ele realizasse seu “potencial” e se tornasse um criminoso violento.
“Sou uma pessoa agressiva e vingativa, gosto de manipular as pessoas, sinto prazer no poder. Mas todos foram tão amorosos comigo, tenho uma mãe afetuosa e uma esposa maravilhosa”, afirma.
“Além disso, não tive experiências de abandono, abuso ou traumas violentos na infância. Tudo isso neutralizou minha biologia”, relata.
O neurologista confessou que não teria feito essa afirmação cinco anos antes. “Eu costumava achar que a genética era tudo. Hoje, estou convencido de que a biologia é importante, mas a genética pode ser modificada pelo meio ambiente”, diz.
Gene X Meio
Para Fallon, descoberta lhe mostrou importância do ambiente sobre o desenvolvimento pessoal
As revelações de James Fallon, descritas no seu livro e em palestras – algumas disponíveis na internet – revivem um debate que há muito intriga especialistas: somos produto da nossa herança genética ou do meio em que vivemos?
Para o neurologista da USP e do Hospital Sírio Libanês Eduardo Mutarelli, o caso de Fallon reforça o papel da sociedade (ou seja, do meio) na formação do indivíduo. E ajuda a combater uma certa tendência “determinista” na forma como nosso potencial genético vem sendo interpretado por médicos hoje.
“A genética hoje trabalha muito com probabilidades, com potencial genético e fatores de risco”, disse Mutarelli.
O médico citou como exemplo doenças como o Mal de Alzheimer ou o Mal Parkinson.
“Com o conhecimento atual, sabemos que existe uma certa carga genética associada a essas doenças. Mas você carrega um certo fator de risco e isso vai se transformar em doença caso outras coisas contribuam para isso”, explicou.
“Você não se cuida, não come direito, esses são fatores de risco para que a pessoa venha a desenvolver a doença”, observa.
Mas trazendo a discussão de volta para o caso de James Fallon, Mutarelli faz uma ressalva: “No caso dele, se ele tem um exame de imagem de cérebro que é igual ao de um psicopata, ele só não é psicopata porque foi bem educado”.
“O lobo frontal está desregulado, a alteração existe na experiência dele e a ressonância mostra a alteração, ou seja o gene foi ativado. Ele só não é um serial killer por causa da família”, reforçou o professor.
E concluindo: “O jeito de mudar o mundo é educando”
O Twitter está se associando a uma companhia de Cingapura para disponibilizar seu serviço de mensagens de 140 caracteres a usuários de mercados emergentes que têm telefones móveis sem acesso à internet.
A U2opia Mobile, que tem uma sociedade similar com o Facebook, lançará seu serviço de Twitter no primeiro trimestre do ano que vem.
Os usuários terão que digitar um simples código para ter acesso aos temas mais populares do momento no Twitter, disse Menon.
Mais de 11 milhões de pessoas usam o serviço Fonetwish do U2opia, que dá entrada ao Facebook e ao Google Talk por meio de um celular sem necessidade de conexão de dados.
O Twitter, que conta com 230 milhões de usuários, protagonizou uma bem-sucedida abertura de capital no mês passado que avaliou a companhia em cerca de 25 bilhões de dólares.
A Microsoft anunciou a instalação no Brasil de um data center de sua plataforma de serviços de nuvem Windows Azure.
A nova plataforma, a primeira no Brasil e a nona do projeto Azure no mundo, ficará no estado de São Paulo — a empresa não revela a sua localização exata por motivo de segurança — e começa a operar no início do primeiro semestre de 2014.
Os investimos são de US$ 1 bilhão.
Ao todo, os serviços de armazenamento do Windows Azure estão disponíveis em 89 países.
A inauguração, nesta quinta-feira (7), às 15h, no município de Santo Antônio dos Lopes, no Maranhão, do Complexo Parnaíba, é um marco em termos de aplicação de tecnologia, pelas empresas Eneva e E.ON, no campo da produção de energia.
A Eneva vem da extinta MPX. A empresa passou por grandes transformações, desde setembro, com controle compartilhado entre doempresário brasileiro Eike Batista com a empresa E.On, conforme acordo de acionistas vigente.
A E.On é uma empresa alemã, de ponta, que atua na distribuição de gás natural e na geração e distribuição de energia elétrica.
Em Santo Antônio dos Lopes, pela primeira vez, na iniciativa privada, a produção de gás e a geração de energia se integram, em uma mesma região, com ganhos para a segurança energética.
A inauguração terá a presença da governadora Roseana Sarney e do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.
O gás produzido na Bacia do Parnaíba representa cerca de 40% da produção em terra (onshore) do combustível no Brasil.
Eneva no Maranhão
A Eneva tem dois empreendimentos no Maranhão:
Itaqui, usina termelétrica a carvão mineral em São Luís
Complexo Parnaíba.
Juntos, os dois empreendimentos somam mais de 1.200 MW em operação, aumentando a confiabilidade do fornecimento de energia elétrica para o Maranhão.
Complexo Parnaíba
A atual capacidade instalada em operação do Complexo é de 845 MW, correspondentes às usinas termelétricas Parnaíba I (676 MW) e Parnaíba III (169 MW).
Os investimentos são de R$ 4,2 bilhões no Complexo Parnaíba (gás e energia).
A capacidade contratada é de 1.425 MW, energia suficiente para abastecer o equivalente a 6,4 milhões de famílias.
A operação comercial da primeira turbina do Complexo foi iniciada em fevereiro de 2013, apenas 18 meses após o início de sua construção.
Capacidade instalada licenciada é para alcançar até 3.722 MW.
Atualmente, o consumo de gás natural pelas usinas é de aproximadamente 5,5 milhões de metros cúbicos por dia.
São 33 poços de exploração já foram perfurados. Destes, 22 tiveram indicação de gás.
O Complexo está sendo implantado com concepção modular, utilizando turbinas de altíssima eficiência.
Investimentos e empregos
Eneva tem sete empreendimentos de geração de energia em funcionamento (Pecém I, Pecém II, Parnaíba I, Parnaíba III, Itaqui, Tauá e Amapari), totalizando 2,3 GW, e outros 580 MW em construção que, juntos, equivalem a aproximadamente 15% da capacidade térmica do Sistema Interligado Nacional.
São 3.700 empregos gerados no auge das obras do Complexo Parnaíba.
São cerca de 500 pessoas da região de Santo Antônio dos Lopes capacitadas em cursos das áreas de construção civil, soldagem e operação de usinas termelétricas.