A assessoria de comunicação da Universidade Federal do Maranhão (Ufma) lançou informação, na manhã deste domingo (10), reafirmando a decisão do Conselho Universitário da Ufma que se posicionou, na sexta-feira (08), contra o impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff.
A reunião do Consun, presidida pela reitora Nair Portela, teve a presença do líder do MST, João Pedro Stédile, e do secretário de Estado de líder de Direitos Humanos e Participação Popular, Francisco Gonçalves.
O ex-reitor da Ufma, Natalino Salgado, e o atual vice-reitor e pro-reitor Pesquisa e Pós-Graduação, Fernando de Carvalho Silva, ao entrarem na sala da reunião do Consun e olharem João Pedro Stédile e Francisco Gonçalves na mesa se retiraram imediatamente do local, juntamente com todos os seus seguidores.
Fernando de Carvalho Silva, segundo alguns presentes, ainda ensaiou uma firme intervenção contra a presença de João Pedro Stédile na reunião, mas foi advertido por Natalino Salgado a não proceder dessa maneira, pois, na reunião, havia várias correntes representativas da sociedade e da Ufma.
Natalino Salgado, segundo professores do curso de Ciências Sociais da Ufma que não quiserem se identificar, está trabalhando firme a favor do impeachment e criticando políticos que são contra.
O Conselho Universitário da Ufma, reunido na última sexta-feira (08), aprovou, pela maioria dos conselheiros, a nota em defesa da democracia e do estado de direito.
A nota manifesta “veemente repúdio ao processo de impeachment, com frágeis fundamentos legais, contra uma presidenta democraticamente eleita, que afronta a consciência democrática e a vontade soberana do povo brasileiro, constituindo-se uma grave ameaça ao Estado Democrático de Direito”.
A nota do Conselho Universitário da Ufma diz que o “Conselho entende que a tentativa de promover o impeachment da presidenta da República, atende a interesses menores, e não aos legítimos anseios do povo brasileiro”.
Abaixo a íntegra da nota do Consun
Nota da Ascom Ufma lançada neste domingo (10)
O Conselho Universitário da Ufma, reunido na última sexta-feira, 08, aprovou pela maioria dos conselheiros, nota em defesa da democracia e do estado de direito, em que manifesta “veemente repúdio ao processo de impeachment, com frágeis fundamentos legais, contra uma presidenta democraticamente eleita, que afronta a consciência democrática e a vontade soberana do povo brasileiro, constituindo-se uma grave ameaça ao Estado Democrático de Direito”. A nota diz que o “Conselho entende que a tentativa de promover o impeachment da presidenta da República, atende a interesses menores, e não aos legítimos anseios do povo brasileiro”.
O documento afirma ainda que “as iniciativas antidemocráticas em curso representam um retrocesso e afetam gravemente o funcionamento das Instituições Federais de Ensino Superior, assim como o futuro da educação pública. Trata-se de um atentado contra direitos sociais duramente conquistados ao longo de décadas de lutas dos brasileiros”.
Na manifestação do Consun, os signatários da nota entendem que “não será através da ruptura democrática que solucionaremos os problemas que afetam a educação e a sociedade. Ao contrario, será aprofundando o diálogo, a democracia e a legalidade que enraizaremos a justiça social à qual o nosso povo tanto almeja”.