O imóvel Engenho Central São Pedro, no município de Pindaré-Mirim, uma das mais belas representações arquitetônicas do século XIX no Maranhão, está sendo restaurado. O serviço está sendo feito de forma cuidadosa para que sejam preservadas as características da arquitetura original.
Com investimento de mais de R$ 4 milhões, os trabalhos começaram em novembro, por meio de parceria do Governo do Maranhão com a prefeitura, Ministério Público Federal e Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Os tijolos da construção foram, em parte, deteriorados e vandalizados, gerando buracos na estrutura. Estão sendo recuperados e vão recobrir as falhas. A proposta é preservar o que for possível do velho engenho desativado.
A estrutura metálica, que veio da Inglaterra, também está sendo preservada. As peças que necessitarem de alguma substituição serão confeccionadas seguindo os padrões do Iphan.
A cobertura, em telhas metálicas, apresenta muitos danos por conta da ferrugem e estão sendo substituídas, dentro do processo de restauro, por telhas com as mesmas características.
No local vai funcionar um Centro Vocacional Tecnológico (CVT) do Instituto de Educação, Ciência, Tecnologia do Maranhão (Iema).
O detalhe é que o governador Flávio Dino definiu que mais de 90% da mão-de-obra fosse formada por moradores de Pindaré-Mirim.
O Governo do Estado estabeleceu um termo de cooperação técnica com o Iphan viabilizando recursos necessários para a conclusão da obra que será complementada pelo verbas do Tesouro Estadual.
O Engenho Central São Pedro, construído em 1880, deu origem ao município de Pindaré-Mirim. É uma obra simbólica, pois é um imóvel que representa um período importante da história do Maranhão. É um exemplar arquitetônico açucareiro, testemunho de um ciclo histórico agroexportador maranhense. No local eram refinadas toneladas de açúcar, atraindo lucro para a região, na segunda metade do século XIX. O engenho possibilitou que Pindaré-Mirim fosse a primeira cidade a ter luz elétrica e linha de trem no estado.
Com previsão de conclusão para outubro deste ano, o Engenho Central vai funcionar como Unidade Vocacional No local haverá salas de aula, laboratórios, auditório para 154 lugares, entre outros espaços necessários para as atividades de educacionais. A proposta é que o imóvel funcione, também, como equipamento cultural e área para exposições.
Para oferecer um ambiente agradável aos visitantes e alunos os serviços serão ampliados para a área externa do Engenho. Será construído um piso em blocos de concreto com rampas de acessibilidade, espaços para jardins com plantio de árvores regionais e grama. Além disso, no entorno será instalado postes, luminárias, bancos e lixeiras. A Secretaria de Estado da Infraestrutura (Sinfra) realizará a urbanização do entorno do prédio.
Com dados da Secap/Governo do Estado