O governo de Israel vai realizar uma pesquisa, com a duração de três anos, em busca de mais manuscritos e outras antiguidades na região do Mar Morto, no deserto da Judeia.
A expedição será conduzida por uma equipe governamental. É a primeira pesquisa arqueológica em larga escala na região em 20 anos. Deve começar em dezembro deste ano.
Os arqueólogos planejam investigar grutas no deserto próximo ao Mar Morto, na região onde os manuscritos bíblicos mais antigos do mundo foram descobertos em 1947.
Manuscritos já descobertos
Alguns dos manuscritos encontrados, entre 1946 e 1956, contêm livros inteiros da Bíblia, do Antigo Testamento, entre os quais o famoso texto completo de Isaías.
O total dos manuscritos, até agora achados, é de 972. São trechos da Bíblia Hebraica e outros textos não bíblicos, entre os quais manuais relacionados com a vida diária na comunidade dos essênios, em Qumran, responsáveis pelas cópias e preservação de manuscritos.
Os textos, até agora encontrados, foram escritos entre os anos 408 a.C. e 318 d.C. A escrita é em hebraico, aramaico, grego e nabateu, a maioria em pergaminhos, mas alguns, também, em papiros e em cobre.
Os manuscritos estão divididos em bíblicos e cópias de textos da Bíblia hebraica, que compõem cerca de 40 por cento de todo o material.
Outros manuscritos religiosos, que incluem documentos conhecidos da época do Segundo Templo, como o Livro de Enoque, dos Jubileus, Tobias, e Sirá, compõem cerca de 30 por cento do material achado.
Os 30 por cento restantes são compostos pelos chamados “manuscritos sectários” – documentos previamente desconhecidos que trouxeram luz sobre as crenças dos grupos religiosos judeus da época, como as Regras da Comunidade, o Rolo da Guerra, Habacuque e as Regras das Bênçãos.
Alguns dos manuscritos foram preservados e mantidos intactos durante estes últimos quase 2.500 anos.
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