José Reinaldo Martins
Jornalista e pesquisador da História da Fotografia. Mestre pela USP e pós-graduado em Gestão em Marketing pela Ufma. Um dos autores do Guia de Arquitetura, editado pela Junta da Andaluzia (Espanha) e Prefeitura de São Luís e membro do Núcleo de Estudos Interdisciplinares de Imagem e Memória (NEIIM) da USP. Um dos autores de projeto de documentário "Em busca da imagem perdida" aprovado em concorrência nacional no Projeto Arte Patrimônio do Instituto do Patrimônio Histórico Nacional/Paço Imperial/RJ e vencedor do Prêmio Fapema 2011 de Divulgação Científica.
“Enquanto os especialistas dizem que a criptografia funciona no Whatsapp, parece que a versão mais recente do app deixa um rastro forense de todas as suas conversas, inclusive depois que você as apagou, limpou ou arquivou… Mesmo se você escolher ‘apagar todas as conversas’. Na verdade, a única forma de apagá-las parece ser apagar o app completamente”.
Quem afirma é Jonathan Zdziarski, especialista em segurança digital do sistema iOS, a respeito do aplicativo Whatsapp usado por 1 bilhão de usuários ativos por mês.
Diante da investigação de Zdziarski, muitas pessoas dizem que a criptografia do Whatsapp é um ‘mito’ ou até uma ‘mentira’.
Até agora, o app não respondeu às alegações do especialista.
Zdziarski afirma que o Whatsapp “não parece estar tentando preservar dados intencionalmente”.
Segundo a pesquisa dele, feita em iPhones, o registro não é eliminado nem apagado da base de dados, o que deixa um artefato forense que pode ser recuperado e reconstruído em sua forma original.
Na prática, isto significa que os rastros da mensagem ficam no telefone. “A comunicação efêmera não é efêmera no disco”, alertou.
Por isso “as autoridades podem, potencialmente, emitir uma ordem exigindo que a Apple obtenha seus registros de conversas, o que podem incluir mensagens apagadas”, mas salvas na nuvem.
Ou até reconstruir mensagens a partir da informação encontrada no telefone. E este problema não é exclusivo do Whatsapp.
Tudo indica que não existe uma solução perfeita para este problema.
Zdziarski recomenda, ao usuário de iPhone o uso de iTunes para estabelecer uma senha de backup grande e complexa.
Outras saídas é desabilitar os backups na nuvem
O usuário pode, também, de vez em quando, deletar o WhatsApp do telefone para limpar a base de dados.
No entanto, é bom não confiar totalmente nem nessas medidas.
Especialistas afirmam que não existe criptografia à prova de balas, apenas ‘criptografia mais forte’.