A notícia sobre os avanços no tratamento da malária, divulgada este mês, é a mais importante para a vida humana, este ano, no campo da ciência.
São pesquisas para encontrar uma vacina contra a malária que estão produzindo resultados animadores.
Os experimentos, primeira vez, chegaram à fase final de testes.
O estudo, publicado na revista científica britânica The Lancet, teve participação de cientistas da Escola de Medicina Tropical de Londres.
Há 20 anos busca-se uma vacina contra a malária.
A doença é causada por um parasita e transmitida ao homem por meio da picada de um mosquito.
A Pesquisa
Nos experimentos, a droga RTS – S/AS01, ofereceu proteção parcial a um grupo de 16 mil crianças de sete países africanos. Mas não foi efetiva em bebês de até três meses.
Cerca de 9 mil crianças entre 5 e 17 meses e 6,5 mil bebês entre 6 e 12 semanas receberam a vacina em sete países africanos, entre março de 2009 e janeiro de 2011. Elas foram acompanhadas até o início de 2014.
As crianças são dos seguintes países: Burkina Faso, Gabão, Gana, Quênia, Malauí, Moçambique e Tanzânia.
Depois de receber três doses da droga, os níveis de efetividade em crianças mais velhas chegaram a 46%. Mas os efeitos em bebês foram menos significativos. Apesar do desempenho limitado, os cientistas destacam os avanços.
A malária
A malária mata cerca de 500 mil crianças com menos de 5 anos no mundo, por ano, o equivalente a uma a cada minuto.
No Brasil, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o número de casos tem diminuído, tendo sido registrados, em 2014, 178 mil ocorrências, com 41 mortes.
O parasita da malária tem um ciclo de vida complexo e, ao longo dos séculos, aprendeu a resistir ao sistema imunológico humano.
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