A BBC de Londres voltou ao tema envolvendo a singularidades no processo reprodutivo das abelhas.
Quando o assunto é sexo no mundo animal, é comum pensar que os machos são mais “promíscuos” que as fêmeas. Com as abelhas é diferente.
Os machos, no mundo animal, costumam procurar o maior número de fêmeas possível para tentar aumentar suas chances de inseminar com sucesso.
Já as fêmeas são naturalmente seletivas, porque elas precisam investir muita energia no processo de dar à luz.
Também as fêmeas não aumentam suas chances de reprodução só por ter vários parceiros sexuais.
Abelhas-rainha
Existe um exemplo do comportamento oposto na natureza: as abelhas.
No começo da vida, a abelha-rainha faz vários voos de acasalamento. Os diversos machos morrem assim que depositam nela seus espermatozoides.
Os espermatozoides ficam então armazenados na rainha, que os usa ao longo de toda a sua vida.
No caso das abelhas-rainha, existe um lado positivo na “promiscuidade”. Quanto mais parceiros a abelha-rainha teve, maior é a produtividade das abelhas-operárias na colmeia.
Acredita-se que a diversidade genética na colmeia – um resultado do fato de a abelha-rainha ter tido múltiplos parceiros – aumenta a resistência dos insetos a doenças.