São Luís sem calçadas e transporte público

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A revista Exame, em matéria sobre mobilidade urbana, mostrou que cidades como Chicago, Las Vegas e Los Angeles, nos Estados Unidos, estão copiando tecnologias de cidades como Curitiba, Goiânia e a colombiana Bogotá.

Pelo menos, na criação de faixas especiais para ônibus, a experiência latino-americana está ganhando o mundo.

Na vizinha Belém do Pará já estão sendo construídas faixas exclusivas para ônibus, na Avenida Almirante Tamandaré.

 

Belém Av Almirante Barroso
Faixas para ônibus na Avenida Almirante Tamandaré, em Belém

 

Em Belém, é possível caminhar pelas calçadas.

Em São Luís do Maranhão, até para se comprar um pão em uma padaria ao lado de sua casa, em bairros como Renascença, um dos melhores da cidade, é preciso utilizar carros.

Carros nas calçadas

Sem guarda municipal nas ruas, as calçadas, inclusive as de órgãos públicos da Prefeitura, do Governo do Estado e de órgão federais, do Judiciário (de algumas varas Cíveis), do Ministério Público e da Universidade Federal do Maranhão, empresar privadas, clínicas e escritórios viraram estacionamentos, obrigando o esquecido pedestre a se arriscar nas ruas.

Em Belém, em Fortaleza, em Teresina, em Ouro Preto, em Olinda e todas as cidades é possível andar em calçadas.

Em São Luís não há calçadas, as calçadas existentes são ocupadas por carros e camelôs e não há árvores.

O turista que vem a São Luís sente o drama da falta de calçadas e do transporte público totalmente deficitário e sai falando o pior da cidade. Ele não volta mais e ainda faz propaganda contrária.

Lixo e segurança

Isso sem falar na total falta de segurança e na sujeira que ocupa São Luís, com a Prefeitura pintando meio fio quebrado, as praças sem canteiros etc.

A população de São Luís ainda não foi educada para jogar lixo na lixeira; não há lixeiras suficientes na cidade e os motoristas, grosseiros e buzinadores, em seus carrões, jogam lixo pela janela, o que é uma total falta de educação.

Os esgotos da Caema estão estourados e a sempre trechos que a Cemar/Prefeitura deixam sem iluminação.

Transporte Público

Os ônibus pulam as paradas, ou não param, são sujos e não possuem lixeiras. Não há abrigo de paradas e nem calçamento.

Praticamente não há linhas de ônibus em avenidas com a dos Holandeses.

Com todos esses problemas e as praias poluídas, a única saída é ir para shopping.

Por Isso, não adianta a Setur (do Estado e da Prefeitura) gastarem dinheiro com stands e passagens promovendo São Luís em feiras e exposições, em outros estados e no exterior.

Quem está vindo a São Luís não volta e ainda sai falando mal, o que é muito triste.

Para disciplinar o transporte público e organizar as calçadas nem é preciso tanto dinheiro; basta iniciativa pública.

Como, historicamente, as gestões municipais de São Luís, desde a década de 1970, são reféns das empresas de ônibus, inclusive a atual, nada se faz para ajeitar o sistema de transporte.

As gestões municipais ficam, eternamente, fazendo propaganda de que estão ‘ajeitando a casa’ e nunca fazem nada.

Sem planejamento

Em São Luís, nas décadas de 1980 e de 1990 e início do século XXI, avenidas como a Jerônimo de Albuquerque ainda foram erguidas e ampliadas como se fossem ‘ruelas’ pelos gestores públicos.

Isto décadas depois da construção de Brasília e mais de um século depois da construção de Belo Horizonte, duas cidades amplas.

Os gestores conseguiram investir em moradias, para eles, em outras cidades e países e ignoraram o Maranhão.

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