Semana Nacional sobre Drogas, o que temos que comemorar?

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Há 14 anos, como já é de costume, no período de 19 a 26 de junho comemora-se a Semana Nacional sobre Drogas. Esta data comemorativa foi instituída pela Secretaria Nacional de Política sobre Drogas – SENAD, órgão do Governo Federal encarregado, entre outras coisas, fazer cumprir a deliberações do Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas, o órgão máximo na hierarquia das instituições públicas encarregado de formular a Política Nacional sobre Drogas.

É uma ocasião repleta de eventos pelo Brasil a fora, onde grande parte dos municípios brasileiros, especialmente as capitais, realiza uma série de atividades de diferentes matizes tendo como um dos principais motivos é chamar a atenção da sociedade brasileira sobre as distintas questões relativas ao uso e tráfico de drogas.

Ao longo destes quatorze anos houve muitas mudanças no trato e nos conceitos sobre o assunto. E, estas mudanças modificaram alguns paradigmas que predominavam até então sobre a questão. Um dos principais que ocorreu foi a mudança que houve sobre a visão repressiva, discriminatórias e descriminalizante que havia sobre o uso de drogas ao colocar-se este tema no âmbito de políticas publicas possibilitando entre outras coisas o debate social amplo e democrático deste assunto.

A partir deste ponto abriram-se as portas para debate público, sem restrição, sem medo, e de forma responsável, concedendo a todos a possibilidade de dele participar em todos os sentidos. Com isto, uma das mais importantes consequênias, foi demolir os preconceitos existentes, os quais colocavam os usuários e a própria temática na marginalidade.

Muitas coisas ainda deverão mudar com a implementação deste paradigma para se poder de fato dar um significado especial a este momento. Na área da restrição da oferta (repressão do tráfico) de drogas percebe-se que houve o aperfeiçoamento significativo nas ações de combate as organizações criminosas encarregadas de fornecer drogas pra a sociedade muito embora ainda espalhem medo e o terror na população, todavia a situação está sendo enfrentada de forma competente pelo trabalho desenvolvido, especialmente pela Polícia Federal e as polícias estaduais.

Na área da assistência houve avanços significativos embora seja necessários ajustes em sua operacionalidade e em alguns conceitos sobre tratamento e recuperação. Estes avanços foram mais significativos do momento em que se passou a entender que o problema do uso de drogas não é um caso de polícia e sim de saúde pública. Daí pra frente foi sendo alocados equipamentos e ferramentas médicas e psicossociais para assegurar o tratamento e recuperação de dependentes de drogas, bem como a alocação de recursos financeiros para efetivamente bancarmos os custos com estes tratamentos destes enfermos.

No âmbito da prevenção primária, por não haver muita consistência sobre o que está sendo feito a sociedade permanece perplexa, atônita e muitas vezes sem saber o que fazer para impedir que um filho seu, adentre nesta experiência catastrófica e movediça que é a experiência com drogas. Falta, portanto medidas mais abrangentes, efetivas e seguras a serem desenvolvidas, sobretudo na área da educação para se perceber efetivamente os efeitos destas medidas.

Talvez esta seja a grande atitude que falta desabrochar na mente dos gestores públicos e dos governantes, a de entenderem que o problema do tráfico e uso de drogas são faces distintas de uma mesma moeda e que este fenômeno é evitável, como o são todos os grandes e graves problemas humanos. A adoção de medidas consistente, sérias, arrojadas e corajosas no âmbito de políticas educacionais, de saúde, de segurança e sociais corroboraria o cerco que devemos estabelecer sobre este problema. Aí sim, estaremos de fato impedindo que gerações futuras se protejam destes problemas, o que lamentavelmente não aconteceu com a nossa. Felicidades a todos nesta semana nacional sobre drogas

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Depressão: aspectos médicos, sociais e econômicos

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Na semana passada alguns jornais destacaram os rumos que a depressão seguirá nos próximos anos. Os dados foram surpreendentes, pois de acordo com – Organização Mundial de Saúde – OMS, até 2020 a depressão será a principal causa de incapacitação em todo o mundo. Muitas pessoas se tornarão incapazes e improdutivos do ponto de vista laborativo(absenteísmo) e social, o que acarretará mais prejuízos econômicos para o país e mais ônus para o caixa da previdência.

Há no globo atualmente, mais de 120 milhões de pessoas que sofrem de depressão e estima-se que só no Brasil, existam acima de 17 milhões de pessoas afetadas pela doença. Cerca de 850 mil pessoas morrem, por ano, em decorrência da enfermidade, especialmente por suicido, onde a depressão corresponde ao principal  fator de risco para cometê-lo. A OMS informa também que, nos próximos 20 anos, a depressão deve se tornar a doença mais comum do mundo, afetando mais pessoas do que qualquer outro problema de saúde, incluindo câncer e doenças cardíacas.

No aspecto sócio-econômico, a OMS nos informa que a depressão será a doença que mais acarretará custos econômicos e sociais para os governos, devido aos gastos com seu tratamento e por afetar a capacidade produtiva das pessoas afetadas por ela. Na Europa estima-se que a depressão gere um custo de 250 euros por habitante e atinge 21 milhões de europeus produzindo curtos para a economia em torno de 118 bilhões de euros por ano.

Ainda de acordo com o órgão, os países pobres são os que mais sofrerão com o problema, já que são registrados mais casos de depressão nestes lugares do que em países desenvolvidos. E, os custos da depressão serão sentidos de maneira mais aguda em países em desenvolvimento, já que eles registram mais casos da doença e têm menos recursos para tratar de transtornos mentais.

Estes dados mostram claramente que embora a ciência já tenha desvendado o caráter biológico desta doença, o ambiente sócio cultual e as condições psicossociais exercem um peso enorme na clínica, na epidemiologia e na recuperação destes pacientes.

O fato de vivermos em uma época conflitante, ameaçadora e instável do ponto de vista político, econômico e social, acarreta danos irreparáveis na estabilidade emocional, psicológica e social das pessoas, afetando diretamente pessoas predispostas a desenvolverem a doença. A descrença, as decepções e a desesperança sentimentos comuns no dias atuais provocam profundas ruptura psicossociais resultando também na geração de comportamentos depressiogênicos. Por últimas mudanças rápidas e inusitadas em nossas referências sociais, éticas, religiosas, e afetivos interferem predominantemente na promoção de quadros severos de depressão.

As perdas também foram objeto de estudo da OMS, que estima que em 2030, a depressão será isoladamente a maior causa de perdas (para a população) entre todos os problemas de saúde, afirmou à BBC o médico Shekhar Saxena, do Departamento de Saúde Mental da OMS.

A condição de empobrecimento da população é outro agravante que gera índices elevados de depressão. Segundo a OMS os países mais pobres apresentam mais casos de depressão do que os países ricos. “Além disso, até mesmo as pessoas pobres que vivem em países ricos têm maior incidência de depressão do que as pessoas ricas destes mesmos países”, afirma Saxena. “As pessoas pobres sofrem mais estresse em seu dia-a-dia do que as pessoas ricas, e não é surpreendente que elas tenham mais depressão.”

Segundo o médico, o aumento nos casos de depressão e os custos econômicos e sociais da doença tornam mais urgentes uma mudança de atitude em relação ao problema. “A depressão é uma doença como qualquer outra doença física, e as pessoas têm o direito de ser aconselhadas e receber o mesmo cuidado médico que é dado no caso de qualquer outra doença.”

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Os Caminhos Tortuosos do Uso da Maconha

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Os Caminhos Tortuosos do Uso da Maconha

A maconha mais uma vez entra em foco, desta feita a partir de contribuições científicas que esclarecem definitivamente alguns “mitos sobre esta erva”.  Ao mesmo tempo em
que surgem informações científicas importantes sobre os efeitos danosos da
maconha na mente e no corpo, a Comissão de Juristas que revisa o Código Penal
Brasileiro, aprova anteprojeto propondo a descriminalização do uso de drogas em
nosso país, matéria que será encaminhada ao Congresso Nacional até o final de
julho para ser votado e, quem sabe, transformado em Lei Federal.

As contribuições científicas recentes sobre a cannabis
sativa
(maconha) provêm da British Lung Foundation (BLF), uma das mais importantes e conceituadas fundações médicas do Reino Unido, que trata das doenças do pulmão, e das Nações Unidas (ONU), que nos informa os dados recentes sobre o consumo de maconha no mundo. O primeiro mito já amplamente difundido é que a maconha, por ser natural, é inofensiva. Diz a respeitável entidade médica (BLF), em seu último levantamento envolvendo 1.000 adultos, que
um terço deles erroneamente acredita que a cannabis não prejudica a saúde. E diz mais: “a falta de consciência nesse sentido é alarmante”. Os números mais recentes mostram que 30% das pessoas entre 16 e 59 anos de idade na Inglaterra e no País de Gales usaram cannabis em suas vidas.

Em outro relatório sobre o mesmo tema, a BLF diz que há evidências científicas que relacionam fumar
maconha com a ocorrência de tuberculose, bronquite aguda e câncer de pulmão.

Este mesmo estudo mostra que 88% dos pesquisados pensavam incorretamente que cigarros de tabaco seriam mais prejudiciais do que os de maconha, todavia sabe-se que um cigarro de maconha traz os mesmos riscos a que estão sujeitos os que fumam um maço de cigarros (20 unidades).

Para os especialistas e estudiosos do assunto, fumantes de maconha fazem inalações mais profundas e
mantêm a fumaça por mais tempo nos pulmões, comparados aos que fumam cigarros
de tabaco. Esse fato provocaria mais problemas aos usuários da erva. Isso significa que alguém fumando um cigarro de maconha, traga quatro vezes mais alcatrão do que com um cigarro de tabaco e cinco vezes mais monóxido de carbono, diz a BLF.

A pesquisa mostrou também que particularmente os jovens desconhecem os riscos e quase 40% dos
entrevistados com até 35 anos de idade acredita que maconha não é prejudicial. Muito
embora se saiba há muito tempo que cada cigarro de maconha (baseado) possa desenvolver câncer de pulmão para o
equivalente aos riscos de quem fuma um pacote inteiro de 20 cigarros de tabaco, segundo a BLF.

Além do mais há danos graves no comportamento pelo fato da droga agir no cérebro especialmente nas
áreas da cognição: memória, atenção, aprendizado, concentração, inteligência e
pensamento (conteúdo e forma). As áreas afetadas são absolutamente importantes
para garantir a saúde mental, emocional e cognitiva das pessoas. Há estudos
demonstrando que o uso crônico de maconha pode provocar ou desencadear casos de
esquizofrenia, doença mental grave que requer, em muitos casos, internações
hospitalares para seu controle clínico.

Além do mais o uso recreativo de maconha pode resultar em dependência severa, outro mito que cai
por terra a partir dos conhecimentos neurocientíficos das dependências
químicas. Infelizmente, existe no imaginário social um mito de que maconha não
vicia, porém, contrariando essas opiniões leigas, a maconha provoca quadros
graves de dependência.

Finalmente, o último relatório das Nações Unidas (ONU), mostra que a maconha mantém-se no topo do ranking
internacional como a droga ilícita mais consumida com taxas entre 2,9%
e 4,3% da população com idade entre 15 e 64 anos. O Congresso Nacional tem de
ter muita responsabilidade social e médica ao votar este projeto, pois descriminalizando
o uso de drogas, pode “entornar mais o caldo” destes problemas neste país.

 

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A Base Material do Amor

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Com o avanço do conhecimento científico e tecnológico, hoje se sabe muito sobre o que se passa com a mente dos amantes e dos apaixonados. Estamos a cada momento caminhando a passos
largos no sentido de descobrir os segredos dos sentimentos e das emoções mais
profundas que coloram a vida afetiva dos seres humanos, situação nunca antes
examinada.

Um dos sentimentos mais estudados é o amor, indiscutivelmente, um dos mais importantes, por garantir a vida do homem e de muitas outras espécies. Em torno dele todos querem viver. É o sentimento especial a que mais aspiramos, pois nos torna feliz e em paz conosco e com os outros, dá prazer e nos impulsiona na vida.

Durante muitos anos, poucos foram os estudos que trataram
das bases biológicas do amor, porém da década de 1990, conhecida por “década do
cérebro”, para cá, surgiram inúmeros trabalhos relacionando-o com as atividades
do cérebro e as conexões deste com muitas outras regiões cerebrais que explicam
o comportamento de quem ama.

Com o prosseguir das pesquisas, utilizando-se métodos muito sofisticados como o PET- SCAM, ressonância
magnética nuclear e outros métodos de neuroimagem, os cientistas passaram a ter
um enorme interesse em decifrar os enigmas das sensações que se apresentam
quando estamos amando. Os estudos concluíram que a área de nosso cérebro
estimulada quando amamos é a mesma estimulada quando alguém usa drogas que
viciam, como o álcool, tabaco e muitas outras.

As conclusões foram obtidas através de imagens de ressonância magnética do cérebro de mulheres e homens que afirmaram
estar profundamente apaixonados, em períodos de tempo que variavam de um mês a
dois anos. Nesses estudos eram mostradas fotos da pessoa amada e de pessoas
parecidas com as dos participantes da pesquisa. Os pesquisadores perceberam que
haviam mudanças acentuadas na atitude das pessoas que estavam sendo pesquisadas.

O cérebro dos participantes apaixonados reagiu às fotos de seus companheiros, produzindo respostas
emocionais nas partes do cérebro normalmente envolvidas com a sensação de
motivação e recompensa, as mesmas áreas do sistema cerebral ativadas quando uma
pessoa é dependente de uma droga.

Essa região cerebral é designada de área de recompensa cerebral ou área do prazer. É uma região formada por outras
pequenas subestruturas localizadas no hipotálamo, região situada logo abaixo do
córtex cerebral. Os neurocientistas dizem que o amor romântico é uma das
emoções mais complexas e poderosas, controlada por esta região. Além do mais, a
área de recompensa é a parte indispensável para garantir a nossa sobrevivência,
sendo ela que nos ajuda a reconhecer que algo é bom.

A área de recompensa cerebral é riquíssima em dopamina cerebral, um neurotransmissor envolvido com o prazer,
com a alegria e com a felicidade. A dopamina desta região está presente em
grande quantidade, todas as vezes que ocorre uma estimulação desta região. A
área de recompensa cerebral se articula com muitas outras regiões do cérebro,
onde outras funções são realizadas, portanto é uma região interarticulada.

Os trabalhos demonstram que amar é uma experiência altamente prazerosa e indispensável para nossa vida e, em
particular, para nossa saúde. Através do amor nós nos sentimos mais aptos, mais
inteligentes, e com mais disposição. Sentimo-nos mais corajosos e mais seguros.
Todo nosso corpo funciona melhor, a autoestima e autoconfiança ainda mais.
Todos os que amam se sentem mais seguros, mais companheiros e mais solidários.
O amor desperta em cada um de nós, um sentimento de fraternidade e torna as
pessoas mais sensíveis, fato, por sinal, incomum nos dias atuais.

Nosso sistema imunológico se torna mais hígido, os sistemas cardiorrespiratório,
renal, digestivo e osteomuscular melhoram seus desempenhos e todo corpo torna-se
melhor e mais saudável. Sexualmente há uma maior disposição e melhor
desempenho, bem como na qualidade dessa experiência.

Porém como a expressão do amor reflete a integridade de muitas funções neuroquímicas e neurofuncionais do cérebro, há
a possibilidade de muitos adoecerem sob a égide da experiência amorosa, são os
que adoecem expressando o amor. Os disfuncionais se expressam através de ciúmes
patológicos, amores exageradamente possessivos e violentos, dependência
mórbida, perda da identidade, da autonomia e da liberdade. Essas expressões
psicopatológicas fazem com que os amantes se desconfigurem nas relações
afetivas, restando tão somente sofrimento de dor. Às vezes, de tão doentia a
relação, as pessoas chegam a cometer crimes ou praticar o suicídio.

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A fobia, o fóbico e o telefone celular.

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A Era da Informação, também conhecida como Era Digital,
que compreende o período que vem após a Era Industrial, surge no princípio do
século XX mais especificamente a década de 1980 e caracterizou-se como o
momento da redefinição de novos paradigmas da comunicação, pelo surgimento, entre
outras coisas, dos microprocessadores, da rede de computadores (internet), da
fibra óptica, do computador pessoal e, entre outras tecnologias. Foram inovações
que vem marcando a história e o desenvolvimento do homem na terra, e estes
descobrimentos redefine um novo processo nas experiências pessoais e sociais. Pode-se
afirmar que a era digital, na escala do desenvolvimento antropológico, colabora para a reinvenção de outro homem, o “homem tecnológico”.

Estes novos conhecimentos impostos pela evolução
científica e tecnológica, não se estabeleceu de forma imediata, abrupta e
imprevista, muito pelo contrário, surge de forma progressiva e sistematizada,
porém com uma velocidade surpreendente que nos dá a sensação de estarmos
vivendo em outro mundo, totalmente diferente ao que vivíamos até então, ao
ponto de já se notar claramente o “passado e o presente” sem grandes lapsos no
tempo.  Isto é o “ontem e o hoje” parecem coisas
muito diferentes apesar de estarmos no “presente”. São inovações que
conferem ao homem moderno sensações múltiplas de medo, insegurança, prazer e
apreensão sobre sua vida, já muito distante do calor de sua caverna.

Como não podia ser diferente, esta nova era está também
interferindo sobremaneira, na definição transcultural do adoecer psiquiátrico do
“homem tecnológico” redefinindo comportamentos psicopatológicos disfuncionais estabelecidos
nas suas relações com estas tecnologias atuais, que estão ao seu serviço. Isto
é, já se identifica clinicamente, nos dias atuais, grupo de pessoas que estão
adoecendo mentalmente por causa de usos inadequados destas ferramentas de uso
no seu cotidiano. Isto é, estão surgindo enfermidades psiquiátricas eletrônicas
e, as que mais se destacam e que mais vem sendo estudadas, é o jogo patológico
dependência de celulares( nomofobia)

O jogo disfuncional ou patológico já está classificado
psicopatologicamente como doença relacionada ao controle dos impulsos. E os pacientes
se caracterizam clinicamente como tendo dificuldades para controlar (impulso)
seu desejo de jogar, apesar dos prejuízos que isto lhe acarreta além de outros
danos psicossociais.  Depreendem muito tempo no jogo, e apresentam dificuldades em abandoná-lose e quando o fazem,
passam mal.

Este quadro também é encontrado entre os usuários
disfuncionais de telefones celulares, fato que levou os pesquisadores ingleses
a designarem este fenômeno de “nomofobia” denominação proveniente
da justaposição de dois termos: NOMO (no móbile) e FOBOS (pavor, medo
disfuncional). Este transtorno está localizado psicopatologicamente no âmbito da
ansiedade.

Neste sentido, dois aspectos merecem ser colocados. O Primeiro é que o jogo patológico já é uma doença reconhecida e classificada pela OMS, desde 80. A nosofobia, ainda não foi classificada como doença,
merecendo ainda muitos estudos para sê-la. Estima-se que na a próxima
classificação da OMS, prevista para 3013, estes transtornos já figurem na nova
Classificação Internacional das Doenças.

O segundo fato, é que muitos destes “enfermos eletrônicos”,
já são portadores de muitos transtornos psiquiátricos que ainda não havia se
revelado e que por conta destas ligações patológicas com equipamentos ou
atividades eletrônicas, passaram a apresentar. Das doenças mais comuns encontradas
em populações pesquisas, destaca-se:  depressivos, tímidos, solitários, inseguros de si mesmo, fóbicos sociais, esquizofrênicos,
ansioso, personalidades doentias. Enfim os eletrônicos, equipamentos ou
atividades podem representar escapes psicopatológicos para muitas pessoas.

 

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Drogas, descriminalização em foco

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Mais uma vez o tema da descriminalização de drogas vem à baila. Desta vez reaparece com força total na grande imprensa motivada pelo projeto de lei da Comissão de Juristas que trabalham na reforma do Código Penal Brasileiro.

Embora seja um tema antigo e controverso, o assunto em si, avançou muito nos últimos
anos e sempre tem como ponto central as propostas de mudanças na legislação
brasileira que prevê sanções a usuários de drogas em diferentes áreas do
direito. O ponto alto do debate foi a proposta de se mudar o artigo 16 da Lei
6.368/76, que previa prisão a usuários de drogas. Desde então foram surgindo
outras legislações com o propósito de tirar definitivamente da égide do Direito
Penal a prerrogativa de lidar com a questão.

Surgiu, então, a Lei 10.259/2001 que deu mais um passo importante no sentido de
despenalizar o uso de drogas. A última alteração legislativa ocorreu com a
promulgação da Lei 11.343/2006, que em seu artigo 28 propõe penas alternativas
aos usuários de drogas.

Agora, uma comissão de juristas nomeados pelo Senado Federal para rever o Código Penal Brasileiro elabora um
anteprojeto sobre descriminalização do uso de drogas, recomendando, também,
outras medidas neste âmbito, incentivando ainda mais a polêmica.

Um dos argumentos que sustentam as propostas é que nosso país deveria seguir a tendência internacional de
descriminalização do uso de drogas. Porém, nunca houve uma reflexão profunda
sobre se as evidências internacionais se adequariam ou não a nossa realidade.
Não se deve, por melhor que seja uma experiência internacional, replicá-las em
nosso país sem a devida adequação à nossa realidade, nossa história, nossa
cultura, nossa etnia e nossas características sócio demográficas. Não se deve,
em uma situação tão complexa como essa, fazer-nos engolir “goela abaixo”,
qualquer experiência, por mais bem sucedida que seja.

A comissão propõe também reduzir em um terço a pena de reclusão de traficantes de
15 anos para 10 anos, na tentativa de se reduzir a superpopulação carcerária
presa por tráfico de drogas. Porém, o problema da superpopulação carcerária
terá de ser resolvido por medidas específicas e não liberando traficantes de
drogas, que todos querem ver na cadeia em razão de todos os males que causam à
sociedade.

A comissão de juristas propõe que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária
defina a quantidade de drogas a ser consumida pelos usuários. Ora, como um
órgão de governo com tamanha responsabilidade pode se dispor a dizer para quem
é dependente ou mesmo usuário qual quantidade consumirá? Quem vai respeitar
esse limite, já o dependente não tem controle sobre essa decisão?

A comissão vislumbra também a possibilidade
dos usuários plantarem pés de maconha e ou de outras drogas em suas casas. Como
se estas plantas fossem inofensivas ou não pudessem causar inúmeros problemas a
nossa saúde.

Estes três pontos elencados neste artigo são de fato polêmicos, merecerão mais
oportunidades de nos aprofundarmos mais em cada um deles para vermos melhor as
consequências para nossa na sociedade e para os usuários e dependentes de
drogas,  para os quais qualquer esforço
de nossa parte em ajudá-los, torna-se pequeno ante ao tanto que precisam.

O nosso maior interesse é ver florescer neste país leis mais avançadas que possam
contribuir de fato para o crescimento de todos. Estas e muitas outras questões
serão postas para que os parlamentares decidam que rumo tomaremos nesta área e
que o façam com bastante lucidez, conhecimento e bom senso para que este debate
nos faça avançar na direção de um maior e melhor controle deste e de muitos
outros problemas que assolam a sociedade brasileira.

 

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Dia 31 de maio, Dia Mundial SemTabaco

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O link abaixo nos leva a página do INCA, que trata da data de hoje onde se comemora, desde 1987 o Dia Mundial sem Tabaco. A data foi criada pela OMS com o intuito de prevenir os danos a saúde provocado pelo consumo de tabaco. Particularmente, considero uma das datas mais significativas para a saúde individual pública, pois como se sabe, o cigarro responde por 50% das doenças humanas evitáveis, isto é, se nós seres humanos nos livrássemos do fumo deixaríamos de morrer de 50% das doenças que nos matam. Só no Brasil morrem 200 mil pessoas por ano por causa do tabagismo.

O tabagismo é uma das mais graves dependências químicas e, contrariamente ao que muita gente pensa deixar de fumar não é uma tarefa simples. Exige esforço, determinação, disposição psíquica e acima de tudo motivação. A dependência tabágica, em nosso país responde por 9% dos usuários de tabaco daaí porque estima-se que haja neste país próximo de 20 milhões de pessoas dependentes(viciadas) em tabaco em suas diferentes formas de uso. Graças a evolução dos conhecimentos desta matéria, chegamos a patamares de recuperação muito grande. O surgimento de modernos farmacos antitabágicos, modernas técnicas de abordagem do tabagista, as psicoterapias cognitivo-comportamentais, (por sinal uma das técnicas mais recomendadas na recuperação destes paciente), as grande ações do governos especialmente desenvolvidas pelo INCA, todas estas medidas justapostas fizeram com que houvesse mudanças acentuadas no cenário de recuperação e tratamento do tabagismo no Brasil.

Este país dispõe de um dos mais importantes programas de combate ao tabagismo do mundo e o melhor da América Latina. Portanto, é hora dos fumantes se tocarem e tomarem medidas mais ostensivas sobre sua doença e procurem tratamentos sobre este grande mal que assola a humanidade. A Secretaria de Saúde do Estado atravésda da Coodenação do Programa de Tabagismo, muito bem conduzido pela minha amiga Tereza Carvalho, oferece, através dos consultórios de tabagismo, que já existem em nossa cidade, assistência integral a quem deseja parar de fumar. Portanto, procurem este apoio só você ganha. Vá em frente e VIVA este 31 DE MAIO, e MUITOS OUTROS COM MUITA SAÚDE. PARABÉNS A ESTA DATA E ABAIXO O TABAGISMO

http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/dia_mundial_sem_tabaco/site/2012
www2.inca.gov.br
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Atividade física, envelhecimento e doença de Alzheimer

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A cada dia crescem as evidências que o homem
contemporâneo, produto de uma era repleta de novos conhecimentos, pode viver
mais e melhor. Esta é certamente uma das mais importantes notícias que todos
nós queríamos ouvir, pois a busca da longevidade e da vida eterna é uma das
mais antigas aspirações dos seres humanos e isto está se concretizando a passos
largos.

Não é utópico nem exagero. O homem moderno em
pouco alcançou patamares significativos de longevidade como nunca houve em
outra época em seu desenvolvimento histórico.

Nos últimos 50 anos demos um salto muito
grande na qualidade e em nosso estilo de vida atingindo índices de longevidade
nunca antes alcançados, pois estamos vivendo mais e melhor. Sabe-se, que para
atingirmos isto houve uma coincidência de fatores que garantiram estas
conquistas quanto nossa maior longevidade: os avanços no crescimento da nutrologia,
da bioquímica da imunologia, na farmacologia (surgimento de modernos e fármacos
mais eficientes para o controle e combate ostensivo de doenças, da ergonomia e,
principalmente, os conhecimentos de neurofisiologia e neuroquímica cerebral e do
comportamento. Não se pode desconsiderar os avanços imprescindíveis no campo da
tecnologia médica, os avanços sociais e econômicos, sobretudo na distribuição
da renda e a maior participação de todos na cadeia produtiva e no trabalho.

Particularmente, na área da neurofisiologia e da neuroquímica cerebral, muitas pesquisas científicas têm evidenciado que a
atividade física protege o envelhecimento cerebral e da doença de Alzheimer. Duas
condições que ameaçam a nossa saúde e a nossa longevidade.

Estudos com um grupo de mais de 700 indivíduos idosos sem demência, desenvolvendo níveis
elevados de atividades físicas nas 24 horas, avaliada objetivamente pela actigrafia
(que mede o ciclo de atividade/repouso através dos movimentos do pulso), verificaram
que estes indivíduo apresentavam um menor risco para o desenvolvimento da
doença de Alzheimer, bem como uma taxa mais lenta de declínio cognitivo. Esta
descoberta dos pesquisadores apóia os esforços dos mesmos para incentivar a atividade
física, mesmo em pessoas muito idosas.

A maioria dos estudos demonstra que a atividade física diminui o risco de
declínio cognitivo e demência. Por outro lado segundo os pesquisadores, uma
pessoa com baixa atividade física diária apresenta um risco mais de 2 vezes
maior de desenvolver Doença de Alzheimer (DA), em comparação com um que
participe com alta atividade física cotidiana global. O nível de atividade
física cotidiana global também foi associado com uma taxa mais lenta de
declínio cognitivo global, particularmente para a memória episódica, memória de
trabalho, velocidade na percepção e habilidades visuais / espaciais. Isto é,
todas as funções cognitivas se beneficiam com atividade física regular.

Os estudos também demonstram que não é só de exercício físico, mas
também um incremento das atividades sem exercício, estão associados com uma
maior desempenho cognitivo na velhice. Indivíduos mais velhos, para quem a
participação no exercício formal esteja limitado por problemas de saúde, pode
se beneficiar de um estilo de vida mais proativo através do aumentos de todo o
espectro de atividades de rotina. Isto é mesmo que a pessoa não pratique
formalmente o exercício mas se tem uma vida ativa, também se beneficiam
evitando muitos transtornos neuropsiquiátricos.

Estes resultados podem ter importantes implicações práticas para a saúde
pública, pois motivar os idosos a serem fisicamente ativos, mesmo que a
mobilidade seja limitada, pode diminuir seu risco de desenvolver Alzheimer e
muitas outras doenças. Práticas como cozinhar, lavar pratos, jogar cartas, e
até mesmo a atividade no cenário de mobilidade reduzida, como mover uma cadeira
de rodas com os braços, são exercícios e atividades físicas, em que as pessoas
idosas podem se beneficiar.

Portanto acabou-se definitivamente o  mito e a falsa crença preconceituosa que
atividade física é coisa só para manter a beleza, o que também é salutar ,
porém a atividade física e a adoção de uma vida ativa nos faz viver mais e
melhor, pois estas práticas nos impede de sermos acometido de doenças senis
graves e avassaladoras em populações de idosos, tais como a demência de
Alzheimer e outras demências vasculares.

 

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O STF, o traficante e a sociedade.

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Há duas semanas, caiu como uma bomba entre nós a decisão do Supremo Tribunal
Federal – STF de conceder um Habeas Corpus a um traficante de drogas que se
encontrava preso, há três anos, sem ter sido julgado.

A decisão do Tribunal foi baseada em entendimento da maioria dos ministros sobre
a inconstitucionalidade do artigo 44 da Lei 11.343/2006 (Lei de Drogas), o qual proíbe a concessão de liberdade provisória aos que cometem crime de tráfico de entorpecentes.

Ao ouvir a notícia fiquei estarrecido, pois a meu ver estaria havendo um tremendo
abrandamento da prisão de criminosos terríveis que abastassem nossa sociedade,
e particularmente nossos jovens, de drogas, um dos mais sérios problemas sociais, de segurança e de saúde do nosso povo.

Além do mais, ao examinar melhor a situação, percebi que minha perplexidade e indignação se baseavam também no fato de ver que a decisão do Egrégio STF poderia, entre outras coisas, gerar um tremendo precedente no Brasil, embasando os Tribunais de outras instâncias a decidir de igual maneira, ou seja, permitindo que traficantes de drogas, presos em flagrante, sejam soltos e respondam em liberdade.

Pus-me a pensar que a decisão do STF poderia pôr em risco as conquistas da sociedade brasileira, que aspira por normas jurídicas mais rígidas, mais severas e mais ostensivas contra estes bandidos que representam um elo fortíssimo para a manutenção dos problemas do uso e tráfico de drogas entre nós.

Fiquei a pensar, como um leigo nas letras jurídicas e como um cidadão que sou, será que o Egrégio Tribunal, atento exclusivamente à inconstitucionalidade do artigo da lei, não suspeitou que isto poderia influenciar estes criminosos a se manterem no crime sabedores que são agora que poderão responde-los em liberdade. Pedagogicamente se sabe que a certeza da punição pode inibir a conduta delituosa.

Sabemos que o enfrentamento do problema das drogas passa obrigatoriamente pelo controle ostensivo ao tráfico e, para tanto, é necessário que se busque leis mais severas contra os criminosos. Da mesma forma que estamos caminhando para a busca de “tolerância zero ao álcool”, para punir infratores que dirigem embriagados no trânsito deste país, devemos também buscar “tolerância zero ao tráfico de drogas”, para punir criminosos que fomentam a violência, enriquecem ilicitamente com a morte e infelicidade de muita gente inocente.

Eis o drama. Por um lado, os Doutos da lei defendem rigorosamente a Constituição contestando  um artigo de uma lei que é importante e que vem contribuindo muito para se avançar no trato destas questões. Por outro lado, a sociedade ficou confusa e perplexa com a medida,pois em sua realidade e em seu imaginário, quer medidas mais severas e mais ostensivas contra os estes criminosos.

Espero que esteja completamente equivocado, mas com a decisão  tomada pelo STF, a impressão que tenho é que haverá um terrível abrandamento no trato com traficantes de drogas e o que todos querem é que haja cada vez menos tolerância com estes criminosos.

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“Um ponta – pé na bunda”

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Finalmente encerran-se os debates em torno da
redação final da chamada “Lei Geral da Copa”, um texto que regulamentará os jogos
da copa do mudo de 2014. Alguns temas polêmicos desde o início esquentaram os
debates sobre a lei, entre os quais, a liberação do consumo de bebidas
alcoólicas nos estádios brasileiros por ocasião dos jogos.

Da forma como o projeto foi apresentado para o debate no
Congresso Nacional não havia muito que fazer para mudar as exigências da FIFA.
Mesmo assim, esperava-se que os parlamentares, especialmente acerca da
liberação de bebidas alcoólicas nos estádios, pudessem dar outro rumo à questão,
já que sabidamente o consumo de álcool neste país é um grave problema de saúde
pública.

Mas isso não aconteceu. Enquanto na Câmara dos Deputados passou-se
mais de seis meses debatendo a assunto, no Senado Federal, sob rigorosa pressão
do executivo, pelo menos é o que alegam alguns, não houve demora e logo a
matéria foi aprovada na íntegra, conforme texto enviado pela Câmara.

Que pena! O parlamento brasileiro, ao aprovar essa lei, perdeu uma
grande chance de demonstrar seu compromisso em defender nossos interesses e não
se subordinar à pressão econômica de grupos internacionais que não querem saber
se temos ou não problemas com álcool.

O consumo de álcool entre nós representa um grave problema na
área da saúde pública. Infelizmente não disseram isso ao aprovarem a lei, mas
ao contrário, demonstram-se indiferentes às inúmeras questões do consumo de
álcool. Apresentaram à população brasileira desculpas esfarrapadas para
justificar seus votos. Mas nós sabemos que, no fundo, o que estava em jogo são
lobbys poderosos de representantes das indústrias internacionais fabricantes de
cervejas e de outras bebidas. Nosso país se curvou aos interesses da FIFA,
muito bem representada pelos Srs. Blatter e Jérôme, este último protagonista do
episódio do “pé na bunda” na comissão organizadora da copa.

O que fizeram com a aprovação desta lei foi rasgar um
dispositivo histórico que tínhamos em nossas mãos, o Estatuto do Torcedor, que
proibia a venda destas bebidas nos estádios há 10 anos, interferindo nos
gravíssimos problemas que tivemos com essa prática nesses ambientes. Com o Estatuto,
houve uma redução drástica da violência nos estádios, que resultou em redução
de mortes de muitos torcedores.  Nada disso
adiantou, rasgaram o documento e autorizaram a venda de álcool.

Os parlamentares aprovaram um documento que, entre outras coisas,
mantém os índices de 70% dos acidentes de trânsito que estão relacionados ao
uso de bebida alcoólica. Ignoraram que, destes acidentes, 60% dos envolvidos
morrem no local; que mais de 90% dos homicídios brasileiros são cometidos sob a
influência de álcool; que 1/3 dos suicídios, idem; que 25% dos acidentes de
trabalho estão relacionados ao consumo de álcool e altos índices de absenteísmo
laboral.

Então vejam: o que o parlamento nacional fez, ao aprovar a Lei
Geral da FIFA, foi referendar outros interesses que não os nossos. Desconsideraram
o sofrimento da população na luta pela redução do consumo de álcool entre nós. Agora
o Sr. Blatter e o Sr. Jérôme não se preocuparão mais com os atrasos das obras, muito
menos com a votação de seu projeto no Brasil, “país do futebol”. Agora, seus
interesses estão garantidos, tudo é festa e sorrisos de ambos os lados. Jamais
mandariam de novo um “ponta-pé na bunda” de ninguém,
porém nós brasileiros envolvidos com a saúde coletiva, com a moralidade
pública, com o bem estar e a segurança de nossa população, poderiam tê-lo feito.

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