A felicidade e a crise

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Nós humanos, a cada dia, nos damos conta do quão distante estamos daquilo que mais desejamos que é sermos felizes, ao longo do tempo sempre foi e será, a maior das nossas aspirações. Ser feliz, invariavelmente não custa muito porque sua revelação se dá de forma invisível e muito dos que não a conseguem é porque ainda não a conquistaram. A felicidade, contrariamente ao que muitos pensam não se consegue, se conquista, não se herda se constrói, é infinita em sua expressão e todos querem vivê-la embora, mesmo sendo efêmera. A felicidade é um “bem maior” e seu valor está na transcendência, pois nos conduz a imortalidade temporariamente.

É uma das poucas condições humanas que nos dá muito prazer, exorta sempre nossa bondade, nossa ternura, nosso humanismo, nosso amor por nós e pelos outros e nos conduz a um auto-respeito, tudo muito finito. A felicidade nos enaltece, nos recompensa nos motiva, nos protege é nos conduz a fé e esta, a DEUS.

A grande contradição, ou crise, que vive o homem contemporâneo é que a felicidade para muitos é inalcançável, porque neste momento de nossa história, o que mais se exorta, até de forma exagerada, é a materialidade do que nos encanta. Como resultado desta dualidade de “ter e ser” incentivado por uma cultura utilitarista e pragmática promove-se a derrocada de valores, importantes a nossa sobrevivência, como a bondade, a ternura, a verdade, a franqueza, a ética, o respeito ao outro, a esperança, a crença na fé e na justiça, e como ponto alto destas contradições, o profundo descuido pela moralidade, a base dos valores. E, não há homem, nem sociedade e nem cultura que se mantenham ou sobrevivam sem estes valores.

Por extensão, junto ao processo de destruição em massa destes valores, destrói-se também, sem saber, o reconhecimento de que sem eles, não sobreviveremos. Portanto a (re) construção de outros valores, sejam quais forem, é vital para nossa estabilidade. Uma das conseqüências direta desta destruição em massa destes valores históricos é o surgimento de um homem anônimo, sem alma, incrédulo e descrente. Um homem que se distancia a cada dia de si mesmo e incapaz de si olhar. Resta-nos saber através destas ações enigmáticas e sem expectativas, para onde queremos ir. Eis a cries, vital, mas ameaçadora, nos amedronta e nos deixa atônitos. Eis que, não se sabe, se esta crise de (des)construção dos valores pessoais, sociais e culturais, é certa ou errada, é justa ou injusta, atual ou ultrapassada, antiga ou moderna, o fato, todavia, é que estamos indo.

O lado positivo de tudo, é que a história nos mostra, que, quem nos faz avançar na vida, são as crises. Seja ela psicológica, social, cultural, financeira, ética, moral ou mesmo todas juntas. Não vivemos sem crise, seja aonde ela se verifique. Da mesma forma que a felicidade, nos incentiva a viver e a mudar. Os inconformados é que reformulam o mundo, os insatisfeitos fomentam a esperança e nos  incentivam para avançarmos.  

Há, portanto uma necessidade vital que se tenha esperança no surgimento de algo novo, sem derrocar a ética, enferma como no presente, tornando-se indispensável revitalizá-la pois, sem a qual, não garantiremos nossas relações sociais; o mesmo deverá acontecer com a moralidade pública, desfigurada pela corrupção, mentiras e falcatruas, práticas nocivas aos nossos destinos; que as mudanças esperadas enalteçam sentimentos nobres e indispensáveis à vida humana como a fraternidade, o humanismo, o altruísmo, a caridade, o amor, a vergonha, a decência e a modéstia, tão fragmentados no cotidiano. Finalmente que a crise atual traga resultados auspiciosos, onde o orgulho, à vaidade, a arrogância e o poder, que nos cega, restrinjam sua forças e quiçá, desapareçam entre nós.  

Surge, inspirado nesta nova situação, um homem menos contraditório, menos confuso menos Inescrupuloso, menos utilitarista, menos descrente e menos arrogante. Que este novo homem emergente reconstrua um mundo com regras mais claras de convivências, com mais princípios, e valores humanos.  Um mundo mais simples de viver, onde este homem possa olhar mais sobre si mesmo. Um homem que tenha menos medo da incerteza, mais seguro de si mesmo, que acredite mais no tempo e na sua história. Um homem moderno que não despreze sua memória do então e que esteja mais próximo do futuro que há dentro de cada um. Feliz 2013 a todos.

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A felicidade no natal

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De fato, o natal, apesar das deformações históricas, mantém-se como uma data inspiradora, sua grande razão. Ao se exortar neste momento o nascimento de Cristo, nasce dentro de nós uma sensação positiva de fraternidade, companheirismo, comunhão e afeição e este amor entre nós ,que se desabrocha dentro de cada um, nos conduz a sesnações muito agradáveis, sobretudo de paz e harmonia. Ocorre que todas estas sensações inspiradas em boa venturança, não existe só nesta data, estes sentimentos estão dentro de cada um de nós, plantados, esperando momentos especiais para desabrochrem, isto é, eles não nascem só nesta data, mas existem permanentemente na gente. Na realidade, após o natal, voltamos para o cotidiano, para a mundaneidade, para o dia a dia às vezes crú e duro, fato que nos conduz a momentos mais pragmáticos, mais competitivos e que faz brotar outras viências internas bem diferentes às do natal e a sensação que se tem é que as sensações natalinas, desapareceram. Entretanto elas se mantém. Ao meu ver, o mais importante, é que se possa em cada dia ou em pequenos momentos de cada dia, nos permitirmos  experimentar o humanismo, a fraternidade, o companheirismo e o amor ao próximo da mesma forma como experimentamos na ocasião do nascimento de Jesus Cristo. Esta aproximação com ELE nos faz muito bem para o nosso espírito e para  nossa mente. Uma forma de promovermos e garantir nossa saúde mental e a paz social é amando e sendo solidário.
Um natal muito feliz para todos e 2013 repleto de paz e harmonia entre os homens.

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Aprovado reembolso de EMT

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Aprovado reembolso de EMT: Planos de saúde terão que repassar os valores do procedimento nos próximos dias

Publicado em 14 de dezembro de 2012 
Foi aprovado nessa sexta-feira, 14 de dezembro, em reunião na Câmara Técnica Permanente da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), em São Paulo, o reembolso para o procedimento de Estimulação Magnética Transcraniana (EMT).

Representando a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), na reunião de inclusão do procedimento EMT – contendo as diretrizes de utilização com os respectivos CID-10, o psiquiatra Marco Antônio Marcolin e o suplente do Conselho Fiscal da ABP, Sérgio Tamai.

“Esta foi a segunda reunião, onde na primeira foram solicitadas alterações no texto. Desta vez tivemos unanimidade na votação. Trata-se de um procedimento novo, cuja interferência da ABP foi fundamental para a incorporação do método, junto às seguradoras de saúde. Agora, os planos de saúde terão de repassar os valores referentes ao 3C mais uma Unidade de Custo Operacional (UCO) de 5,30”, disse Marco Antônio Marcolin.

Para entender – A estimulação magnética teve aprovação em outubro de 2008 do órgão governamental americano Food and Drug Administration (FDA) para tratamento de depressões e para o planejamento de neurocirurgias. No Brasil, a pesquisa para o reconhecimento da técnica foi realizada pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

Em maio deste ano, o Conselho Federal de Medicina (CFM) reconheceu a técnica de Estimulação Magnética Transcraniana como ato médico privativo, onde passou a ser cientificamente válida para uso nacional, com indicação para depressões uni e bipolar, alucinações auditivas nas esquizofrenias e planejamento de neurocirurgia.

Após a aprovação do CFM fez-se um levantamento de custos, onde foi encaminhado para a ABP, que concordou e remeteu para a Câmara Técnica da Associação Médica Brasileira.

Para Marco Antônio Marcolin esta foi uma importante decisão que contou com a intervenção da ABP para que pudesse chegar à aprovação do repasse das operadoras de saúde. “A Associação teve significativa participação neste processo. Agora, é encaminhada uma ata de reunião, que consta o número do procedimento, onde os especialistas que utilizam o método, já podem exigir seus direitos”, finalizou o psiquiatra.

Fui pioneiro na introdução desta técnica entre nós e desde esta época que realizamos tratamentos com emt. Tata-se de uma técnica indolor, não invasiva e altamente eficaz no tratamento, especialmente de depressão, zunbido,  TOC e alucinações auditivas de pacientes esquizofrênicos e, agora com os custos asegurados pelas operadoras de saúde, a população pode ter acesso facilitado a esta forma importante de tratamento da psiquiatria e da neurologia.

 

 

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Gritos pela Paz

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Há três semanas assistimos a duas grandes mobilizações sociais que ocorreram respectivamente nos dias 18 e 23 de novembro em nossa cidade na Avenida Litorânea. Uma promovida pela Maçonaria denominada Dia Mundial em Memória às Vítimas de Trânsito, a outra organizada pelo Ministério Público do Estado, denominada “Conte até Dez”.

Em ambas a manifestação observou-se a participação de muitas pessoas que juntos aos organizadores buscavam sensibilizar e chamar a atenção dos outros para os graves problemas da violência em suas várias expressões bem como a necessidade de buscarmos continuamente a paz social.

“Conte até 10” é uma expressão antiga que foi muito utilizada em uma novela, onde Paulo Gracindo em seus rompantes contava até dez para controlar seu ímpeto para não agir com violência. Só a guisa de informação em 2010 no Brasil foram cometidos 49.932 homicídios por pessoas que nunca mataram antes e que mataram por impulso. Sendo as situações mais comuns, brigas de trânsito, discussões em bares e outros desentendimentos por motivos fúteis que acabaram tendo um final trágico. Portanto o grande mérito da campanha é termos serenidade mesmo em momentos de exaltação de nosso ânimo para não engrossarmos a lista de crimes cometidos de forma intempestiva e impulsiva.

A campanha da Maçonaria realçando a memória pelas vítimas de trânsito revelou a dor, o sofrimento pelas perdas inaceitáveis de pessoas que morreram prematuramente e de forma violenta, ocasionadas por um trânsito desorganizado, cruel e criminoso em consequência da incúria do poder público em não nos oferecer um trânsito seguro e saudável, pois falta entre outras coisas, leis mais ostensivas contra os que cometem tais crimes.

Na realidade sob qualquer enfoque, vive-se em uma sociedade insegura, temerosa e assustada. As pessoas parecem estranhar uma as outras, pois a impressão geral que se tem é que todos podem lhe dá o calote ou tirar proveito uns dos outros. Há uma espécie de desconfiança mórbida entre todos e, a partir destas incongruências psicossociais surge a violência como uma característica desta mesma sociedade.          Devidos os altos índices de problemas médicos, econômicos, sociais e previdenciários, a violência em nosso país se tornou predominantemente uma questão de saúde pública provocando altos índices de morbi-mortalidade em nossa população.

No Brasil nos últimos cinco anos 850 mil pessoas morreram por fatores diretamente ligados a violência, número este que não é qualquer doença chega a atingir epidemiologicamente. Ocorre que o mais preocupante de tudo, é o fato de não dispormos de medidas de claras e bem definidas a serem aplicadas de curto, médio e longo prazo ara controlar esta situação, pois se verifica que muito pouca coisa efetivamente está sendo feita para o controle social e epidemiológico da violência na sociedade. Psicológica e socialmente toda pratica violenta guarda consigo algo em comum que é a dor e o sofrimento em suas vítimas, só isto ao meu ver, deveria influenciar os distintos poderes na priorização das medidas para o enfrentamento da situação psicossocial social da violência, justamente para garantir o bem maior que todos aspiram, que é o de vivermos em paz.

Por isso quero parabenizar o ministério público que juntamente com outros órgãos, entre os quais o poder judiciário, por desenvolverem esta campanha, bem como a Maçonaria de nosso Maranhão pelo brilhantismo de sua  iniciativa e que sirvam de exemplos e inspiração para outros seguimentos da sociedade lutar para a garantirmos a PAZ para todos.

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Dependentes de eletrônicos e redes sociais

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O apego disfuncional ou patológico por computadores, jogos eletrônicos, redes sociais e Internet, passou a ser, entre outras coisas um problema de saúde. Nos Estados Unidos, país que lidera em acessos estes sistemas (rede), a estimativa realizada pela Associação Psiquiatra Americana – APA, que é uma das mais importante instituição no mundo que trata das doenças mentais, mostrou que entre 6 a 10% dos 189 milhões de internautas deste país, sofrem de dependência. E, como já havíamos dito em artigos anteriores neste Jornal, dependência do ponto de vista psiquiátrico, quando conceituada fora dos seus limites funcionais é uma enfermidade.

Trata-se portando, de uma relação doente que se estabelece entre o usuário e estes sistemas eletrônicos. No Brasil, as estatísticas são imprecisas, mas sabe-se que já é grande o número, especialmente de crianças e adolescentes enfermos que procuram consultórios de psiquiatras para se tratarem.

Do ponto de vista fenomenológico e comportamental, há muita semelhança entre os distúrbios compulsivos que ocorrem nestas atividades (jogos eletrônicos, internet, uso de redes sociais, telefones celulares, etc) com as compulsões verificadas entre os dependentes químicos (de álcool e outras drogas), pois em ambas as condições há um elo comum, qual seja o prazer ocasionado pelo uso destes atrativos. Neste sentido os estudos levam a crer que a área cerebral estimulada para a obtenção deste prazer é uma região denominada de área recompensa cerebral, uma minúscula região encontrada em áreas profundas do cérebro formadas por estruturas ricas em dopamina, um neurotransmissor indispensável a nossa saúde mental.

O grande desafio que a neurociência ainda não desvendou é distinguir o exato momento em que houve a transposição da condição de usuário funcional destes sistemas e se transformarem em viciados ou dependentes destas diferentes situações. De tal forma que, embora se saiba que existam as duas condições na utilização destes atrativos, nem sempre é fácil identificar o momento em que as pessoas adoecem.

O apego doentio às redes sociais tais como, facebook, twitter, orkut, Linkedin), já é identificado. No Brasil, campeão mundial de acesso a redes sociais é o país em que os usuários passam maior tempo conectados segundo, o último relatório do instituto ComScore. Aponta ainda que 90,8% dos brasileiros que acessam a internet acessam redes sociais.  E vejam que apenas 37,8% dos brasileiros estão conectados à internet. As mulheres são as que mais os acessam estas redes, chegando a consumir 58% do tempo gasto em acessos a estas redes.

Um aspecto relevante nesta constatação é a comorbidade que há entre os dependentes destes sistemas, e doenças mentais previamente existentes, pois  muitas destas pessoas que apresentam estes transtornos já tinham outras doenças que simplesmente desenvolvem através destes atrativos da internet. Neste caso o tratamento para a recuperação destas pessoas é bem mais complexo.

 

 

 

 

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O Trânsito, a saúde e o comportamento

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Um dos maiores problemas na área pública na atualidade é a questão urbana do trânsito nas cidades. Vejam por exemplo, que na recente disputa eleitoral os candidatos se esforçavam para apresentar para seus eleitores os melhores projetos nesta área justamente por reconhecerem que realmente é um grave problema que deve ser enfrentado e que gera queixas constantes das pessoas pela situação caótica, confusa, desconfortável e patogênica, como ele se encontra.

Passou a ser um tema de primeira ordem até em um cenário internacional, pois a mobilidade urbana, o bem estar das pessoas e a segurança no trânsito que todos aspiram se transformou em uma situação muito difícil.

Muitos fatores certamente colaboram para isto. Ausência de uma malha viária moderna que garanta maior trafegabilidade, veículos defeituosos e absoletos, engenharia de trânsito deficitária, aumenta descontrolado do número de veículos, falta de investimento em educação para o trânsito nas escolas, fiscalização precária no cumprimento das leis de trânsito, e muitos outros fatores, que juntos, concorrem para transformar o trânsito nas cidades como um grande problema de saúde pública, mas do que de segurança propriamente dita, embora seja a área em que formalmente seja tratado.

Como problema de saúde pública o trânsito está relacionado a uma variedade enorme de situações entre os quais: aos acidentes, que são cada vez maiores e de diferentes tipos os quais provocam altos índices de morbidade e mortalidade, a invalidez permanente ou transitória precoce, aos altos índices de violência, à tensão, a ansiedade descontrolada, estresse, transtornos depressivos graves, e a muitos outros comportamentos psicopatológicos, diretamente relacionados a ele.

 Estes agravos são tão importantes que já temos uma especialidade médica, denominada de Medicina de Tráfego, que se preocupa com esta situação, pois se encarrega de promover o bem estar físico psíquico e social do ser humano que se desloca, qualquer que seja o meio que propicie a sua mobilidade. Esta especialidade é reconhecida pela Associação Médica Brasileira- AMB, pelo Conselho Federal de Medicina- CFM.  

Um estudo do Centro Latino-Americano de Estudo de Violência e Saúde Jorge Careli (Claves), ligado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), realizado em 2007, sobre o impacto e a magnitude que as lesões no trânsito causam ao setor saúde, demonstrou que foram registradas 38.419 mortes geradas por acidentes de trânsito, naquele ano, sendo que 9.657 eram pedestres (76,5% do sexo masculino); 8.078 motociclistas (89,4% homens); e 7.982 passageiros (79% eram homens).

Outros trabalhos ilustram o tamanho dos prejuízos humanos, emocionais e materiais gerados por mortes prematuras e incapacidades quase sempre irreversíveis, pois se registram em média 35 mil mortes a cada ano, com perdas calculadas em torno de R$ 28 bilhões de reais. Sem contar o fato de os veículos de transportes terrestres, principalmente os carros de passeio (mais de 80%), jogam na atmosfera quantidade superior a 27,5 milhões de toneladas de resíduos poluentes, conforme dados de 2007.

Outro grave problema de saúde que tem sua expressão também no trânsito é o uso de álcool e outras drogas entre motoristas que trafegam em nossas ruas e estradas. No Brasil 45 mil pessoas morrem atropeladas por alguém que dirige embriagado anualmente, e 75 mil pessoas morrem pelos acidentes. Estes índices provavelmente aumentarão nos próximos anos se não forem tomadas decisões mais rigorosas nesta área. Além do mais os elevados índices de violência e homicídios ocasionados pelo uso de outras drogas como o crack, entre os que dirigem.

O impacto também na área comportamental e emocional ocasionado por um trânsito caótico é muito grande e o número de pessoas que estão adoecendo por conta disto é significativo. Os transtornos tipo estress – pós traumático, transtorno do sono, irritabilidade exagerada, comportamento agressivo e violento, e outros distúrbios emocionais e sociais são queixas muito comuns especialmente em populações que trabalham e/ou vivem no trânsito. O importante, portanto, é que se desenvolva uma política de transito mais humanizada, que respeite e valorize a vida e que possa produzir prazer e não tristeza e sofrimento nas pessoas que dele fazem parte.

 

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Atividade física, envelhecimento e doença de Alzheimer

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A cada dia crescem as evidências que o homem
contemporâneo, produto de uma era repleta de novos conhecimentos, pode viver
mais e melhor. Esta é certamente uma das mais importantes notícias que todos
nós queríamos ouvir, pois a busca da longevidade e da vida eterna é uma das
mais antigas aspirações dos seres humanos e isto está se concretizando a passos
largos.

Não é utópico nem exagero. O homem moderno em
pouco alcançou patamares significativos de longevidade como nunca houve em
outra época em seu desenvolvimento histórico.

Nos últimos 50 anos demos um salto muito
grande na qualidade e em nosso estilo de vida atingindo índices de longevidade
nunca antes alcançados, pois estamos vivendo mais e melhor. Sabe-se, que para
atingirmos isto houve uma coincidência de fatores que garantiram estas
conquistas quanto nossa maior longevidade: os avanços no crescimento da nutrologia,
da bioquímica da imunologia, na farmacologia (surgimento de modernos e fármacos
mais eficientes para o controle e combate ostensivo de doenças, da ergonomia e,
principalmente, os conhecimentos de neurofisiologia e neuroquímica cerebral e do
comportamento. Não se pode desconsiderar os avanços imprescindíveis no campo da
tecnologia médica, os avanços sociais e econômicos, sobretudo na distribuição
da renda e a maior participação de todos na cadeia produtiva e no trabalho.

Particularmente, na área da neurofisiologia e da neuroquímica cerebral, muitas pesquisas científicas têm evidenciado que a
atividade física protege o envelhecimento cerebral e da doença de Alzheimer. Duas
condições que ameaçam a nossa saúde e a nossa longevidade.

Estudos com um grupo de mais de 700 indivíduos idosos sem demência, desenvolvendo níveis
elevados de atividades físicas nas 24 horas, avaliada objetivamente pela actigrafia
(que mede o ciclo de atividade/repouso através dos movimentos do pulso), verificaram
que estes indivíduo apresentavam um menor risco para o desenvolvimento da
doença de Alzheimer, bem como uma taxa mais lenta de declínio cognitivo. Esta
descoberta dos pesquisadores apóia os esforços dos mesmos para incentivar a atividade
física, mesmo em pessoas muito idosas.

A maioria dos estudos demonstra que a atividade física diminui o risco de
declínio cognitivo e demência. Por outro lado segundo os pesquisadores, uma
pessoa com baixa atividade física diária apresenta um risco mais de 2 vezes
maior de desenvolver Doença de Alzheimer (DA), em comparação com um que
participe com alta atividade física cotidiana global. O nível de atividade
física cotidiana global também foi associado com uma taxa mais lenta de
declínio cognitivo global, particularmente para a memória episódica, memória de
trabalho, velocidade na percepção e habilidades visuais / espaciais. Isto é,
todas as funções cognitivas se beneficiam com atividade física regular.

Os estudos também demonstram que não é só de exercício físico, mas
também um incremento das atividades sem exercício, estão associados com uma
maior desempenho cognitivo na velhice. Indivíduos mais velhos, para quem a
participação no exercício formal esteja limitado por problemas de saúde, pode
se beneficiar de um estilo de vida mais proativo através do aumentos de todo o
espectro de atividades de rotina. Isto é mesmo que a pessoa não pratique
formalmente o exercício mas se tem uma vida ativa, também se beneficiam
evitando muitos transtornos neuropsiquiátricos.

Estes resultados podem ter importantes implicações práticas para a saúde
pública, pois motivar os idosos a serem fisicamente ativos, mesmo que a
mobilidade seja limitada, pode diminuir seu risco de desenvolver Alzheimer e
muitas outras doenças. Práticas como cozinhar, lavar pratos, jogar cartas, e
até mesmo a atividade no cenário de mobilidade reduzida, como mover uma cadeira
de rodas com os braços, são exercícios e atividades físicas, em que as pessoas
idosas podem se beneficiar.

Portanto acabou-se definitivamente o  mito e a falsa crença preconceituosa que
atividade física é coisa só para manter a beleza, o que também é salutar ,
porém a atividade física e a adoção de uma vida ativa nos faz viver mais e
melhor, pois estas práticas nos impede de sermos acometido de doenças senis
graves e avassaladoras em populações de idosos, tais como a demência de
Alzheimer e outras demências vasculares.

 

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