Atividade Física, saúde mental e bem estar social

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Ontem, comemorou-se em todo mundo, o dia mundial da atividade física certamente um das datas mais importantes que temos para referenciar a uma atividade, a meu ver, indispensável para garantir e promover a nossa saúde, bem maior da nossa existência.

No mundo, nos últimos trinta anos, a prática e o conceito de atividade e exercício físico, coisas diferentes, vêm se transformando. Na década 70 houve a introdução do famoso método Cooper que provocou uma verdadeira revolução no mundo todo no conceito e na prática da atividade física, movimento internacional sumarizado na famosa expressão “mexa-se” onde as pessoas começaram a perceber o quanto era importante prática da atividade e o exercício físico na promoção da saúde.

Na década de 80, prevaleceu o movimento universal da atividade física aeróbica nesta época surgem as academias e a figura do “personal training”, profissionais importantes na orientação e execução das atividades. Na década de 90 deflagra-se o culto ao corpo através do exercício físico, o fisiculturismo, e todos, homens e mulheres indo atrás do corpo belo e “sarado”, uns passaram a viver quase compulsivamente na nas academias de ginástica e fisiculturismo, atrás do corpo musculoso e bonito. Finalmente nesta evolução histórica surge a propostas designada de Wellness que é a busca de um novo estilo e qualidade de vida, através da atividade física regular, de uma dieta equilibrada e de uma atitude mental positiva, constituindo-se o bem-estar geral e como se pode alcançá-lo, que, como se pode notar esta proposta coincide com a designação de saúde conforme a OMS: bem estar físico, psíquico e social.

Todas estas fases colaboraram para a construção de uma consciência individual e social que vem a cada dia ganhando força total que é a de que praticar atividade física é um recurso indispensável para a promoção da saúde em seus diferentes sentidos.

Do ponto de vista neurofuncional, emocional e psiquiátrico sabe-se que uma boa parte das doenças mentais que acometem a população em geral advém de uma vida sedentária, desvinculada de qualquer atividade física. Depressão, transtornos de ansiedade, fobias, por exemplo, são enfermidades que poderiam evoluir de forma diferente, caso seus portadores praticassem uma atividade ou exercícios físicos. Nosso cérebro, que é a sede material das nossas vivências e de grande parte destas doenças, produz várias substâncias neurobiológicas e neuroquímicas indispensáveis à saúde mental e muitas delas só se efetivam na vigência de atividades física, e, por conseguinte, sem as quais irão fatalmente provocar problemas de saúde mental.

Danos precoces de memória, déficits de atenção, isolamento social, fobias distúrbios de relação social, são entre outros, os distúrbios onde o exercício físico exerce um papel muito importante na recuperação destes enfermos. Muitas doenças senis, pré-senis e neurológicas como doenças de Parkinson, Alzheimer, acidentes vasculares cerebrais, epilepsias, etc, melhoram clinicamente e se recuperam mais facilmente quando praticam estas atividades.

O prazer, uma das mais importantes aspirações humanas, só é garantido quando os níveis de produção das endorfinas cerebrais são adequados e, caso haja o contrário, teremos vários problemas médicos e comportamentais. Esta substância além de garantir o prazer é um poderoso analgésico endógeno. E, a atividade física é que garante a disponibilidade deste aminoácido.

Enfim, viva o dia 06 de abril, viva a atividade física, viva os professores de educação física, os personais training e todos que dedicam suas vidas promovendo saúde e bem estar de todos e se de fato querem ter mais saúde, mexam-se.

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