Realidades sobre o Transtorno Obsessivo Compulsivo – TOC

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Também conhecido como TOC o transtorno obsessivo-compulsivo é uma das doenças que no âmbito da psiquiatria ainda causa muita estranheza e dificuldades no seu diagnóstico e tratamento.

É um transtorno que cursa de forma lenta e insidiosa ao ponto da pessoa após certo tempo de exposição aos seus sintomas, já apresenta graus variados de sofrimentos a partir, entre outras coisas, de rituais psicopatológicos impostos pela doença. O TOC apresenta um quadro clínico exuberante, cuja descrição é praticamente universal, embora clinicamente seu diagnóstico não seja fácil.

Em geral os sintomas iniciais da doença fazem com que muitos pacientes os mantenham escondidos, pois embora reconheçam que seu comportamento não vai bem, eles tem muito medo de serem ridicularizados ou de serem descriminados pela presença destes sintomas. Em geral são pensamentos ou atitudes repetitivos que se instalam em sua mente e sobre os quais não tem mais comando ou controle. São pensamentos, idéias ou imagens contrárias a sua convicção, moralidade ou crença e condenáveis e ameaçadores que sobre os quais não consegue expulsá-los da mente.

Uma publicação recente da Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP mostra que o TOC é um transtorno com sintomas heterogêneos, com um grande número de possibilidades de apresentações fenomenológicas.  Os diversos sintomas tendem a ocorrer no mesmo paciente e mudar de conteúdo ao longo do tempo.

 Além disso, frequentemente os sintomas do TOC se relacionam com sintomas de outras doenças, caracterizando a comorbidade psiquiátrica que é a existência de mais de uma doença no mesmo sujeito, fato que dificulta mais ainda seu manejo terapêutico e seu diagnóstico. A comorbidade mais freqüente do TOC é com a depressão e com outros transtornos de ansiedade tipo doença do pânico, fobia social e ansiedade generalizada.

Ainda no trabalho da ABP, são identificadas várias manifestações psicopatológicas que ocorrem no TOC, envolvendo principalmente alterações da vontade, do pragmatismo, do humor/afetividade, do pensamento e do juízo e de realidade, não havendo, todavia consenso sobre quais destes distúrbios é o mais importante na fisiopatológica (causa) deste transtorno.

Como vimos acima, um das características principais da doença é a persistência de idéias, pensamentos, ou outras vivências psicológicas, que se impõe na mente destas pessoas ameaçando seu equilíbrio e paz interior pelo caráter absurdo das idéias, pensamentos ou imagens que povoam sua mente ao mesmo tempo não consegue demove-los, a isto denomina-se obsessão.

Quando a obsessão vem acompanhada de rituais físicos, como limpar as mãos dezenas de vezes, ou examinar inúmeras vezes se fechou ou não a porta da geladeira, da janela ou do quarto ou mesmo outras dúvidas sobre suas atitudes, de forma descontrola, onde a própria pessoa reconhece o absurdo destas atitudes e não consegui alterá-las, denomina-se de compulsão. Portanto a compulsão tem haver com a atitude e a obsessão com o pensamento, as idéias ou as fantasias.

O tratamento do TOC é realizado com medicamentos e com psicoterapia. A técnica recomendada é a Terapia Cognitivo Comportamento – TCC e os medicamentos recomendados para seu tratamento são os anticompulsivos e anti obsessivos da categoria dos antidepressores e ansiolíticos. A aplicação destas duas estratégias tem oferecido um prognóstico favorável a estes pacientes. Podemos ainda sugerir a opção do tratamento com estimulação magnética transcraniana – EMTr um recurso formidável para o controle deste transtorno.

 

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