Roy Dayes, também conhecido como Kenneth Culture, membro original do grupo de roots reggae jamaicano Culture, faleceu nesse domingo (20). Não há detalhes sobre a causa da morte de Dayes.
Nascido em Kingston, Dayes se juntou a Joseph Hill e seu primo Albert Walker em 1976 para formar o Culture, inicialmente chamado African Disciples.
O grupo gravou uma série de singles, começando com “See Dem a Come” e incluindo “Two Sevens Clash”, muitos dos quais apareceram no famoso álbum de estreia Two Sevens Clash. Essa faixa, que previa um apocalipse em 7 de julho de 1977, teve um impacto tão profundo que muitos em Kingston preferiram ficar em casa nessa data, temendo que a profecia se concretizasse.
Em 1981, o trio se separou, com Dayes gravando várias faixas solo. No entanto, em 1986, os membros originais se reuniram para produzir os álbuns Culture in Culture e Culture At Work.
Nossos sinceros pêsames à sua família e amigos. Descanse em paz.
A música “Could You Be Loved”, lançada em 1980 no álbum Uprising de Bob Marley and the Wailers, chegou a bilhões de streams no Spotify, sendo um dos maiores sucessos da banda. A faixa, lançada poucos meses antes da morte de Marley, foi premiada com ouro e platina em vários países. Já o cantor Alborosie celebra 100 milhões de reproduções de “Kingston Town” no Spotify e está otimista em alcançar 200 milhões em breve.
As músicas de Bob Marley continuam sendo ouvidas por pessoas de todas as idades ao redor do mundo. Alborosie, por sua vez, atrai novos públicos e mantém o reggae em destaque com suas canções.
Na tarde dessa quarta-feira, conduzi duas excelentes gravações para o podcast do Reggae Point. A primeira foi uma entrevista com a jornalista Karla Freire, autora do livro Onde o Reggae é a Lei, que chega à sua terceira edição. A obra aborda o surgimento do reggae na Jamaica e sua chegada a São Luís, mergulhando nas raízes, influências e impacto desse gênero musical na vida das pessoas da cidade.
Logo em seguida, entrevistei Kevin Isaacs, filho de Gregory Isaacs, juntamente com a cantora Lady Conceição e o produtor Sidney Crooks, membro original do The Pioneers. A conversa focou no álbum Get Ready, produzido por Sidney Crooks e lançado pelo Pioneers International, além do show inédito de Kevin Isaacs que acontecerá neste sábado em Bacabal. Também falamos sobre o início da carreira de Kevin e suas colaborações com seu pai no Africa Museum. Kevin destacou a importância de Sidney Crooks em sua carreira, mencionando que ele foi o produtor do álbum All I Have Is Love de seu pai em 1976, um dos maiores discos de Gregory Isaacs.
Após a gravação, seguimos para o Reggae Point na Mirante FM, onde Kevin retornou ao programa e falou diretamente com os ouvintes de Bacabal. Durante a entrevista ao vivo, ele me agradeceu:
“Waldiney, você me indicou para o GDAM e foi uma das principais pessoas a me trazer para o Brasil. Sou muito grato a você e também por tocar minhas músicas.”
Respondi que não há o que agradecer. Meu papel como DJ e radialista é exatamente esse: promover os artistas e fazer a ponte entre eles e o público. Espero que ele volte mais vezes a São Luís para fazer shows, independentemente de ser promovido por mim ou não. A cidade está sempre de portas abertas para ele.
Toda a conversa foi traduzida por Lady Conceição, esposa de Sidney Crooks, que, junto com sua família, sempre me apoia na chegada dos artistas a São Luís.
Em breve, o conteúdo estará disponível nas plataformas de streaming do Sistema Mirante de Comunicação.
“Timeless Basslines: Lloyd Parks Chapter One” é o título do novo álbum do renomado cantor e baixista Lloyd Parks, com lançamento previsto para o início de 2025.
Parks está finalizando a produção do álbum, que contará com 10 faixas, e promete apresentar uma performance em “um nível diferente”.
“Este álbum é como um documentário da minha trajetória e do que realizei nesses 50 anos de carreira”, explica Parks. “A ideia é permitir que as pessoas realmente conheçam quem é Lloyd Parks.”
Além do lançamento em plataformas digitais, Parks planeja disponibilizar o álbum em vinil, um formato que ele considera um dos mais resilientes na indústria musical.
Aos 76 anos, Parks continua sendo uma figura influente na música. Ele começou sua carreira no final dos anos 1960 e tocou em alguns dos maiores sucessos dos anos 1970, como Fire Burning de Bob Andy, Everything I Own de Ken Boothe e How Could I Leave de Dennis Brown. Suas contribuições também são ouvidas em clássicos como Hard Drugs e Number One de Gregory Isaacs, além de Cottage in Negril de Tyrone Taylor.
Fundador da We The People Band em 1975, Parks ainda participa de gravações, embora com menos frequência do que nas décadas de 1970 e 1980. Para ele, a produção musical mudou, e não necessariamente para melhor.
“As pessoas, incluindo os produtores, não procuram mais a excelência, mas o que acreditam que pode funcionar comercialmente. E, por isso, a música acaba sofrendo”, disse Parks.
A turnê The Wailers Legend 40th Anniversary passará pelo Brasil no mês de outubro, com pelo menos 10 cidades já confirmadas. Adiantando: São Luís está fora da rota deles, e todos nós sabemos o motivo. Os shows de reggae realizados em São Luís têm sido feitos à base da coragem dos produtores, sem nenhum recurso. Além disso, há uma pequena parcela que não colabora com absolutamente nada e ainda critica fervorosamente quem produz com esforço próprio. Todos sabem que, para movimentar um show, é preciso dinheiro. Sem apoio, não há como realizar o evento. O maior patrocinador de um show internacional em São Luís, hoje, é a própria massa regueira, e ponto final.
A turnê do grupo The Wailers passará pelas seguintes cidades: dia 09 em Campinas (SP), 10 em Porto Alegre (RS), 11 em Florianópolis (SC), 12 na Praia do Rosa (SC), 13 no Rio de Janeiro (RJ), 15 em Juiz de Fora (MG), 17 em Brasília (DF), 18 em Curitiba (PR), 19 em São Bernardo do Campo (SP), e 20 em São Paulo (SP).
Carlton Hinds, filho caçula da lenda do reggae Justin Hinds, esteve em São Luís no último sábado para se apresentar na Arena Phenix, onde centenas de pessoas reviveram os grandes sucessos de seu pai, falecido em 2005. Acompanhado pela banda Raiz Tribal, o cantor subiu ao palco por volta de meia-noite e meia, abrindo o show com “If It Fire You Want”.
No repertório, também não faltaram clássicos como “Fire”, “Natty Take Over”, “Sinners” e “Carry Go Bring Come”. Carlton, o mais novo dos 10 filhos de Justin Hinds, ficou extremamente feliz por poder se apresentar em São Luís e receber o carinho tanto dos maranhenses quanto de pessoas de outras cidades que vieram prestigiá-lo.
Carlton, que honra o legado de seu pai, já se apresentou na Jamaica, em Cuba e em alguns países da Europa. Conhecido por sua simplicidade e alegria, ele também gravou músicas para as radiolas de reggae locais. Durante sua participação no podcast do Reggae Point, compartilhou histórias sobre momentos vividos ao lado de seu pai e de Bob Marley. O episódio estará disponível em breve no canal do Imirante.com no YouTube.
O cantor jamaicano Carlton Hinds chegou a São Luís e fará uma apresentação inédita neste sábado (28), na Arena Phenix, localizada no Anel Viário. O membro original dos Dominoes foi recebido com carinho por fãs e amigos no Aeroporto Internacional Marechal Cunha Machado. Entre os presentes estavam os artistas Norris Junior, Sidney Crooks e Conceição Crooks.
O show contará com o apoio da banda Raiz Tribal e as participações dos DJs Dread Silver, Helena Melo, Magno JP e DJ Waldiney. O repertório trará grandes sucessos de seu pai, Justin Hinds, falecido em março de 2005. Além da apresentação, Carlton Hinds cumprirá uma agenda intensa de gravações para radiolas de reggae locais e participações em podcasts, incluindo uma aparição especial no programa Reggae Point da Mirante FM.
Carlton Hinds, além de sua carreira solo, fez parte dos grupos “The Dominoes” e “The Jamaican All Stars” ao lado de seu pai, Justin Hinds. Em 2001, ambos estiveram no Brasil durante a primeira edição do “Maranhão Roots Reggae Festival”, onde, junto com a Fully Fullywood Band, realizaram um show inesquecível. Naquela época, Carlton era apenas um jovem percussionista, destacando-se ao lado de seu mentor nesse grande evento.
No último fim de semana, São Luís foi palco de um grande show com Al Griffiths, herdeiro de Albert Griffiths, fundador da banda The Gladiators. O cantor se apresentou na casa Rasta Reggae Beira Mar, acompanhado pela banda Barba Branca, e atraiu um grande público. Al Griffiths reviveu clássicos do repertório de seu pai, como “Watch Out”, “Ship Without a Captain” e “Bongo Red”, levando o público a cantar junto em cada música. Sua performance foi impecável, provando que o legado de The Gladiators está em boas mãos.
A sequência de grandes shows em São Luís continua: recentemente, Kevin Isaacs, filho de Gregory Isaacs, fez uma apresentação especial no Dia Municipal do Reggae. Agora, no próximo sábado (28), Carlton Hinds, filho de Justin Hinds, fará seu show inédito na ilha. Que venham mais eventos como esses!
Após uma década de ausência, Al Griffiths, filho de Albert Griffiths, fundador da lendária banda de reggae The Gladiators, retorna a São Luís para uma aguardada apresentação neste sábado, no Rasta Reggae, localizado na Avenida Beira-Mar. O cantor, muito esperado pelos fãs maranhenses, será acompanhado pela banda local Barba Branca.
Al Griffiths mantém vivo o legado de The Gladiators, uma das bandas mais influentes da história do reggae, conhecida por clássicos como “Roots Natty”, “Bongo Red” e “Hello Carol”. Fundada em 1968 por Albert Griffiths, a banda se tornou uma referência mundial no roots reggae, com letras de forte teor social e harmonias marcantes. Desde o falecimento de Albert, em 2020, Al tem a missão de continuar levando o som e a mensagem de seu pai pelo mundo.
Em entrevista, Al compartilhou sua profunda conexão com o trabalho de seu pai, mencionando que, desde criança, acompanhava Albert nas turnês e conhecia todas as músicas escritas por ele.
Antes de chegar a São Luís, Al Griffiths comemorou seu aniversário no último domingo, em Fortaleza, onde também fez uma excelente apresentação.
Com grandes expectativas para a apresentação, os fãs de reggae em São Luís aguardam um show carregado de clássicos dos Gladiators.
O Ministro do Turismo da Jamaica, Edmund Bartlett, esteve em São Luís na segunda-feira, 19, para cumprir uma agenda que ressaltou as profundas conexões culturais entre o Maranhão e a Jamaica. Acompanhado pelo governador Carlos Brandão, o ministro visitou os Lençóis Maranhenses, o Museu do Reggae e o Palácio dos Leões. Ao término da visita, a comitiva realizou uma entrevista coletiva no Museu do Reggae, onde foi reforçada a importância do reggae como um símbolo cultural que une as duas regiões.
Durante a visita, foi celebrado o Acordo de Cooperação Brasil-Jamaica para o Turismo Sustentável, uma medida que visa promover o desenvolvimento do turismo de forma sustentável em São Luís e fortalecer os laços culturais entre os dois países.
O acordo tem como um de seus principais objetivos reforçar a conexão entre o Maranhão e a Jamaica, duas regiões com uma rica herança afrodescendente. Essa parceria não só abre novas oportunidades econômicas e culturais, mas também fortalece o reconhecimento do reggae como patrimônio imaterial, tanto no Brasil quanto internacionalmente.
Em entrevista comigo, Ademar Danilo comentou:
“São Luís é a capital nacional do reggae. Não foi à toa que o ministro veio da Jamaica para conhecer nossa cidade. Isso é fruto de uma grande luta da nação regueira, uma luta que tem muitos nomes envolvidos nesse movimento desde sempre. Durante essa visita, foi anunciado um voo Brasil-Jamaica com o HUB, ou seja, com uma grande conexão em São Luís. Quem quiser ir para a Jamaica, saindo de Porto Alegre, São Paulo, Brasília, Campo Grande, Cuiabá, Recife, ou de qualquer lugar no Brasil, poderá passar por São Luís e daqui seguir para a Jamaica. Isso é uma contribuição muito grande para o turismo do Maranhão, especialmente para o turismo de São Luís.
Imagina agora, nós passando a associar o reggae com os Lençóis Maranhenses, o reggae com a história colonial de São Luís. Isso é extremamente positivo para o Maranhão. Como eu digo, o reggae só faz bem para o Maranhão.
Além dessa ação, teremos também a doação de instrumentos importantes e equipamentos históricos do reggae na Jamaica, que serão doados ao Museu do Reggae. Além do voo e da doação, também haverá cursos de inglês para os regueiros. Olha só, o governo do Estado vai oferecer cursos de inglês para o povo do reggae do Maranhão. Também teremos cursos de pós-graduação, a nível universitário, aqui para o povo do reggae.
Essa visita do ministro do Turismo da Jamaica, junto com o ministro do Turismo do Brasil, Celso Sabino, e o governador do Maranhão, Carlos Brandão, trouxe só boas notícias para o povo do reggae”.