A história por trás do Tributo a Gregory Isaacs em São Luís

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Gregory Isaacs

Muitas pessoas perguntam como surgiu o Tributo a Gregory Isaacs. A história é longa, mas vou resumir. Tudo começou há mais de três décadas, quando comecei a gravar minhas fitas cassete para ouvir em casa. Nesse período, conseguir uma gravação era desafiador, já que o reggae era considerado algo exclusivo, e nem todos tinham acesso a essas raridades musicais. Tive sorte porque meu primo Ronaldo colecionava fitas cassete e CDs importados de reggae e me emprestava, incluindo músicas de Gregory Isaacs. Isso me ajudou a formar meu primeiro repertório musical, e a ideia de me tornar DJ começou a surgir. Naquela época, nomes famosos dominavam a cena do reggae maranhense, como Antônio José, Carlinhos Tiojolada, Ronald Pinheiro, Roberthanco, entre outros. Queria ser como eles e tive que me esforçar para isso. Com o tempo, meu envolvimento com a música de Gregory Isaacs cresceu à medida que conheci mais pessoas ligadas ao reggae. Outro primo, Tony Tavares, tinha uma extensa coleção de CDs e discos de vinil do Cool Ruler. A convite dele, passei a auxiliá-lo no programa Reggae Point da Mirante FM em 1995.

A música era altamente valorizada naquela época, e eu já tinha algumas músicas para tocar em pequenas festas do meu bairro, o Anjo da Guarda. Sempre tive um carinho especial pelas músicas antigas, incluindo as de Gregory Isaacs, Starlites, Cedric Myton & The Congos e The Gladiators. O interessante é que conheci cada um deles.

No trabalho, tive acesso à internet e, nas madrugadas em que estava de plantão, passei a estudar a vida dos artistas jamaicanos e acrescentava essas informações no rádio.

Com o tempo, me tornei fã de Gregory, o que se deve a vários fatores, incluindo sua história de vida e seu legado musical. Embora não tenha conseguido assistir ao seu primeiro show em 1991 ao lado da minha banda favorita, Tribo de Jah, devido à minha idade na época. Perdi outras oportunidades por falta de dinheiro. Percebi como o tempo e o carinho das pessoas com Gregory Isaacs e suas músicas eram as preferidas do público nas festas de reggae e no Reggae Point. Eu sempre esperava que ele voltasse. Pinto Itamaraty realizou meu sonho e o trouxe a São Luís ao lado de John Holt em 2009, um feito inédito no Brasil e a despedida dos dois para sempre. Havia dito que isso jamais seria possível, mas os amigos de infância vieram a São Luís e se apresentaram juntos.

DJ Waldiney, Gregory Isaacs e Sidney Crooks

Tive a oportunidade de conhecer Gregory Isaacs um ano antes de sua morte. Na época, não sabia que ele estava doente. Quando o encontrei, notei que ele estava fraco, calado e pouco comunicativo. Conversei com ele, tirei fotos ao lado de Sidney Crooks, até perguntei sobre sua música favorita, mas ele não conseguiu responder diante de sua vasta obra e sorriu. Ainda nos bastidores, descobri que ele estava lutando contra o câncer e enfrentando problemas de dependência química.

Show de Kevin Isaacs em São Luís

Lembro-me de vê-lo no palco em São Luís. Mesmo que não estivesse no auge, ele cantou e se despediu da cidade. Naquela época, aconselharam-me a não divulgar sua condição no rádio para não chocar os fãs. Pouco depois, perdemos ele. A notícia chegou à minha casa através do lendário Sidney Crooks às 7h30 da manhã. Automaticamente, comuniquei à TV Mirante, que noticiou a partida do cantor. No ano seguinte, promovi a primeira edição do Tributo a Gregory Isaacs, que passou pelas casas: Roots Bar, Túnel do Tempo, Patrimônio Show e Porto Seguro. Todas foram responsáveis pelo crescimento do evento, que com o tempo se tornou uma tradição em São Luís. Em 2014, a meu convite trouxe o filho dele a São Luís para uma grande apresentação.

Tributo a Gregory Isaacs em São Luís

Sem absolutamente nenhum patrocínio, chegamos à 12ª edição do evento. Ele é o artista mais querido em São Luís, e nem mesmo Bob Marley é tão homenageado como ele por aqui. Neste evento, buscamos preservar o legado de Gregory, tocando tanto seus sucessos conhecidos quanto músicas menos populares. Neste ano, o evento será realizado no dia 12 de novembro, na Choperia Marcelo, e terá como atrações inéditas: Super Memory Vinyl e os Irmãos Metralhas, além da DJ Sandra Marley e eu mesmo, DJ Waldiney. As camisas do evento estão disponíveis em diversos pontos da cidade. Veja aqui.

Em resumo, o Tributo a Gregory Isaacs é uma celebração do legado desse grande artista que continua tocando o coração das pessoas, mesmo daquelas que não são fãs de reggae. Suas músicas têm um impacto duradouro e especial, e é uma honra homenageá-lo a cada ano.

djwaldiney

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Irmã de John Holt fala sobre a vida do artista

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Patsy Holt e John Holt

Nove anos após o falecimento de John Holt, Patsy Holt relembra carinhosamente seu irmão. Em uma entrevista ao Jamaica Observer, ela expressou que “mesmo que ele tenha partido, Holt jamais será esquecido.”

John Holt, um dos destacados vocalistas do reggae, sucumbiu a uma doença relacionada ao câncer. Sua série de sucessos, incluindo “The Tide is High” e “Stick by Me,” foram lançados tanto em sua carreira solo como quando ele era membro do grupo The Paragons.

Quando John Holt faleceu em 20 de outubro de 2014, no The Wellington Hospital, em Londres, uma das pessoas ao seu lado era sua irmã mais velha, Patsy.

Patsy compartilhou: “Eu nunca vou esquecê-lo, tínhamos uma relação muito próxima.” Ela também lembrou as ambições de carreira de John, dizendo: “O sonho dele era ser um grande cantor ou jogador de críquete.”

Os Holts viveram na comunidade de classe média de Kingston, em Greenwich Farm. Sua família tinha fortes conexões com o críquete, incluindo tios e primos.

Antes de alcançar o sucesso como artista, John Holt venceu vários concursos de talentos. Ele se destacou como membro do grupo The Paragons durante a era do rocksteady nos anos 1960, antes de seguir uma carreira solo no final dessa década.

Patsy Holt, a quarta filha de seus pais, era apenas um ano mais velha que seu irmão famoso. Ela mencionou “Stick by Me,” “The Tide is High,” “Stealing, Stealing,” “If I Were A Carpenter,” “A Love I Can Feel,” e “This Whole Heart of Mine” como suas músicas favoritas de John Holt. 

djwaldiney

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JC Lodge conversa com DJ Waldiney nessa terça-feira em São Luís: Confira agora!

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Durante minha turnê pelo norte do Maranhão, acabei perdendo o show inédito da talentosa cantora JC Lodge. No entanto, mesmo estando distante, fiz questão de apoiar a divulgação do evento, pois acredito fortemente em iniciativas como essa. Gostaria de destacar a incrível atenção que recebi por parte dos membros da Resistência Reggae, que se esforçaram para manter-me informado sobre tudo o que estava acontecendo. Um agradecimento especial ao João Neto, que intermediou um breve encontro com a cantora em um hotel de São Luís.

Nesse encontro, tive a oportunidade de observar de perto tudo o que já tinha ouvido falar sobre June Lodge: uma pessoa simples e extremamente atenciosa, assim como seu marido, Errol O’Meally, que também é seu empresário e irradia um carisma impressionante. Apesar das várias perguntas que tinha em mente, para não prolongar muito o encontro, decidi questioná-la sobre sua experiência de trabalho com Peter Tosh, especialmente considerando que haviam se passado 36 anos desde a data de sua morte em 11 de setembro. A resposta de June Lodge foi reveladora:

Eu: Como foi trabalhar com Peter Tosh?
JC Lodge: Peter Tosh era incrivelmente profissional e tinha uma visão musical precisa. Embora não fosse particularmente amigável e não sorrisse muito, era uma pessoa simples. Lembro-me de vê-lo comendo em uma cuia no estúdio, o que me impressionou; eu até quis uma cuia para mim também. No entanto, tivemos um pequeno contratempo relacionado ao pagamento, e meu gerente teve que ser muito firme para garantir que recebêssemos o pagamento alguns dias após o trabalho. Isso não foi tão positivo, mas era típico de Peter. Ele era um artista extremamente talentoso, e tenho grande respeito por ele.

Em seguida, perguntei a June Lodge sobre seu artista de reggae favorito:

Eu: Quem é seu artista de reggae favorito?
JC Lodge: Eu não tenho um favorito específico. Tenho muitos artistas favoritos, e novos talentos continuam surgindo, então minha lista de favoritos nunca para de crescer.

Também quis abordar o sucesso de suas músicas “To Love Somebody” e “Someone Loves You Honey” no Maranhão:

Eu: “To Love Somebody” e “Someone Loves You Honey” são suas músicas mais tocadas no Maranhão. Como você recebeu essa informação?
JC Lodge: Ficamos surpresos ao descobrir o quão popular minha música é no Maranhão. O entusiasmo de vocês significa muito para nós, e estamos considerando investir mais na promoção da música, até mesmo a possibilidade de criar um vídeo. Sua paixão pela nossa música é verdadeiramente inspiradora, e mal podemos esperar para compartilhar mais novidades com vocês. Fiquem atentos para atualizações emocionantes.

E para finalizar, uma mensagem de June Lodge para seus fãs em São Luís:

JC Lodge: Agradeço do fundo do meu coração por todo o amor que vocês têm demonstrado e pelo apreço pelo meu trabalho. É para isso que vivo, para criar música que as pessoas apreciem. É uma alegria saber que vocês estão gostando. Muito obrigada! E por favor, saibam que estou sempre trabalhando em novas músicas. Visitem JC Lodge Music no YouTube, onde encontrarão ainda mais canções minhas para amar, espero.

João Neto, Wagner Roots, JC Lodge, DJ Waldiney e Errol O’Meally

Durante nossa conversa, também tive a oportunidade de conversar com Errol O’Meally sobre sua canção “Make It To You” de 1983, que ele escreveu. Perguntei se a música se referia ao relacionamento dele com JC Lodge, ao que ele respondeu que não. Era apenas uma mensagem sobre como podemos ser melhores para alguém que amamos de verdade. Ao final, fui presenteado com um CD autografado da cantora e um LP contendo seu novo single, que vocês podem ouvir em primeira mão no Reggae Point da Mirante FM.

djwaldiney

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São Luís se prepara para o 12º Tributo a Gregory Isaacs: Homenagem ao Papa do Reggae

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Gregory Isaacs

São Luís já começa a se preparar para o evento anual que homenageia o lendário cantor jamaicano Gregory Isaacs, tão adorado na “Jamaica Brasileira” quanto o icônico Bob Marley, o rei do reggae. Indiscutivelmente, Gregory Isaacs é o cantor de reggae mais celebrado nas festas e nas rádios do Maranhão. Este ano, a 12ª edição do Tributo a Gregory Isaacs: Homenagem ao Papa do Reggae está marcada para o dia 12 de novembro e terá como palco a Choperia Marcelo, localizada no bairro da Forquilha. O evento disponibiliza uma camiseta personalizada que exibe imagens emblemáticas do cantor em diferentes fases de sua vida, bem como representações de singles que o consagraram em nossa região, acompanhadas das cores simbólicas do reggae. As camisetas já estão disponíveis para compra, e mais informações podem ser encontradas aqui.

O Tributo a Gregory Isaacs já deixou sua marca em algumas das casas de reggae mais icônicas da ilha e, este ano, encontra sua nova morada na Choperia Marcelo. Prometem-se 12 horas de homenagens ao “Cool Ruler” do reggae, com um repertório recheado de clássicos jamaicanos de outros artistas. O evento tradicional está agendado para começar às 14 horas e contará com a presença de atrações de destaque, incluindo DJ Waldiney, Dread Silver, Sandra Marley e a estreia no palco do Tributo Oficial das equipes de DJs: Super Memory Vinil e os Irmãos Metralhas. Uma estrutura de grande porte será montada para receber o público, que tem comparecido fielmente em todas as edições e contribuído para elevar ainda mais o status das homenagens ao artista jamaicano. O Tributo a Gregory Isaacs já contou com grandes atrações, como a extinta equipe Mega Vibes, Capital Roots e até mesmo o filho de Gregory, Kevin Isaacs.

Gregory Isaacs nos deixou aos 59 anos, após uma batalha de um ano contra o câncer de pulmão. Suas letras românticas o destacaram como uma figura proeminente no mundo do reggae. Iniciando sua carreira de gravação na adolescência, ele alcançou a fama nos anos 1970 com sucessos como “Love is Overdue” e “All I Have Is Love”.

Em 1982, lançou uma de suas maiores músicas, “Night Nurse”, que até ganhou uma versão pelo grupo “Simply Red”. Durante sua carreira, Isaacs enfrentou problemas legais devido ao vício em cocaína, uma droga que ele descreveu em entrevistas como “uma grande escola, mas que cobra o preço mais alto”.

Isaacs deixou um legado impressionante na cena do reggae, gravando dezenas de álbuns ao longo de sua carreira, com seu último lançamento em 2008, o álbum “Brand New Me”.

Seu último show em São Luís foi em 2009, ao lado de John Holt.

djwaldiney

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JC Lodge encanta São Luís no Resistência Reggae Festival

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Resistência Reggae Festival

No último sábado, dia 09, a cantora JC Lodge realizou seu primeiro show no Brasil, e o público de São Luís foi incrivelmente receptivo no Resistência Reggae Festival. Não faltaram seus maiores sucessos, como “Make It To You”, “To Love Somebody” e “Someone Loves You Honey”, que emocionaram a todos.

June Lodge expressou sua gratidão pela calorosa recepção que recebeu em São Luís e pela incrível energia do público durante o show, onde todos se uniram para cantar suas músicas. Para ela, aquela noite foi simplesmente maravilhosa e não pode ser colocada em palavras.

A cantora foi acompanhada pela banda Capital Roots, que também brilhou, junto com a cantora Regiane Araújo.

João Neto, membro do Resistência Reggae, destacou que, apesar dos desafios enfrentados, o público valorizou o espetáculo, demonstrando a força do reggae na ilha e a viabilidade de realizar eventos desse porte. 

Além disso, o Resistência Reggae Festival prestou uma comovente homenagem a DJ Junior Black, que nos deixou recentemente aos 60 anos, vítima de um infarto. 

São Luís, com orgulho, recupera seu lugar no cenário de grandes shows internacionais, e essa experiência, sem dúvida, fortalecerá ainda mais a cena reggae na capital maranhense.

djwaldiney

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São Luís e a magia do reggae: um dia inesquecível na Jamaica Brasileira

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Reggae Total

A celebração na Praça Maria Aragão foi realmente especial, marcando o início das festividades do Dia Municipal do Reggae, em meio às comemorações do 411º aniversário de São Luís. O público vestiu as cores do reggae e desfrutou de apresentações incríveis de talentosos artistas e DJs locais, além dos emocionantes shows de Fauzi Beydoun, Dona Marie e Eric Donaldson, que brilharam.

Eric Donaldson

Lourenço Viana destacou a necessidade de fortalecer o movimento reggae na ilha com eventos desse porte, enquanto Onelio Costa elogiou a superestrutura, a segurança e o brilho do show de Eric Donaldson na Praça Maria Aragão.

Donna Marie

Túlio Jamaica ficou encantado com o show de Donna Marie, enfatizando sua voz inigualável e relembrando automaticamente as músicas tocadas no Espaço Aberto, junto ao DJ Antônio José.

Fauzi Beydoun

Ediane Silva, com sabedoria, nos lembrou que merecemos ser lembrados não apenas nesse dia, mas devemos estar à altura do título de Jamaica Brasileira. Ela se emocionou com o show de Fauzi Beydoun, que aprendeu a gostar com seu pai.

Suas palavras nos fazem refletir sobre a importância desse legado em São Luís. É lamentável que tenhamos perdido muitos shows de reggae nacionais e internacionais devido à falta de valorização desse gênero em nossa região. Devemos promover festivais com bandas locais e buscar apoio de diferentes segmentos ligados ao reggae, incluindo os grupos de dança que fazem admiráveis trabalhos sociais.

Espero sinceramente que possamos posicionar São Luís no devido lugar que merece na cadeia produtiva do reggae. Que este dia exemplar sirva de inspiração às autoridades, mostrando que somos, indiscutivelmente, a ‘Jamaica Brasileira’, algo que vai além de títulos. Viva São Luís pelos seus 411 anos, a verdadeira terra do reggae!

djwaldiney

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JC Lodge no Brasil: organizadores do Resistência Reggae Festival compartilham os bastidores do show Imperdível

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Bate-papo com os produtores do Resistência Reggae Festival

No dia 01 de setembro, o Reggae Point teve uma entrevista especial com os membros do Resistência Reggae, João Neto e Oderdan Silva, na Mirante FM. Durante o bate-papo, eles compartilharam empolgação pelo próximo show internacional de reggae da JC Lodge, marcado para 09 de setembro, como parte da primeira edição do Resistência Reggae Festival. Essa será a estreia da cantora no Brasil, incluindo paradas em cidades como Belém e São Luís em sua breve turnê.

JC Lodge, famosa por sucessos como as reinterpretações de “To Love Somebody” e “Someone Loves You Honey”, está ansiosa pelos shows e tem mantido contato com seus fãs brasileiros há algum tempo.

João Neto afirmou: “Ela é muito atenciosa com seu público e está ansiosa para visitar o Brasil. Estamos orgulhosos em poder trazê-la e realizar um sonho.”

Além disso, João Neto explicou a escolha do repertório, que incluirá seus maiores sucessos e uma homenagem à saudosa Barbara Jones: “Barbara Jones teve a oportunidade de conhecer a cena musical brasileira, mas infelizmente não conseguiu fazer um show por aqui, o que foi uma decepção para seus fãs. Nada melhor do que homenageá-la incluindo algumas de suas músicas no repertório de JC Lodge.”

Oderdan Silva enfatizou os preparativos finais para o Resistência Reggae Festival em São Luís e convidou todos que acreditam no trabalho deles a celebrar esta noite especial. Eles também destacaram a escolha da experiente banda maranhense Capital Roots para acompanhar a cantora durante o show.

O Resistência Reggae está retomando os shows internacionais, enfrentando desafios financeiros, mas demonstrando que é possível com fé e uma equipe dedicada.

No programa, houve sorteio de camisas do evento e agradecimentos especiais foram direcionados à Mirante FM pelo espaço concedido.

O Resistência Reggae Festival, que contará com um show exclusivo de JC Lodge, está oferecendo camisas personalizadas à venda em postos autorizados e promete uma superestrutura no Spazzio, no Cohatrac, com início às 17 horas e apresentações de talentos locais. Para conferir a programação completa, acesse: Resistência Reggae.

É de extrema importância que as autoridades reconheçam a relevância do reggae no cenário estadual e ofereçam apoio aos produtores de eventos, minimizando a burocracia que tem sido um obstáculo até o momento.

É fundamental destacar a importância das discussões no Fórum do Reggae do Maranhão, realizado em São Luís, abordando diversas questões cruciais para a cena reggae local, incluindo a criação de leis e programas de fomento cultural, a revisão de propostas e a análise de projetos significativos. A próxima reunião está agendada para o dia 12 de setembro na sede do GDAM, no Parque do Bom Menino, Centro de São Luís.

djwaldiney

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Gregory Isaacs em destaque: Reggae Point apresenta 10 álbuns importantes em São Luís e sua carreira notável

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O programa Reggae Point da Mirante FM proporciona uma análise minuciosa da vida de Gregory Isaacs, o aclamado cantor jamaicano de reggae. Sua carreira, que tocou corações com suas canções românticas e também abordou questões sociais e espirituais rastafáris, deixou um legado inigualável. Neste artigo, explorarei 10 álbuns cruciais que moldaram sua notoriedade em São Luís, MA, até os dias atuais. DJs e colecionadores de vinil ainda mantêm viva a essência do artista ao tocar faixas que mencionarei aqui.

Sua influência no universo do reggae é incontestável, consolidando-o como um dos cantores mais proeminentes e icônicos. Com uma voz expressiva, habilidades excepcionais como compositor e carisma inegável, ele forjou uma reputação lendária. Apesar de ser famoso por suas canções de amor que revelavam sua vulnerabilidade romântica, Isaacs também compartilhou observações sociais perspicazes e nutriu o orgulho negro, em linha com figuras notáveis como Bob Marley e Dennis Brown.

Apesar de seu auge ocorrer nas décadas de 70 e 80, Isaacs já tinha deixado sua marca na Jamaica muito antes disso. Seu catálogo musical é impressionante, mesmo diante dos desafios impostos por problemas de vício, resultando em algumas obras de qualidade inferior ao longo dos anos.

Em um podcast, o produtor Sidney Crooks compartilhou comigo que, durante o auge da fama, enquanto gravava o disco “All I Have Is Love”, a voz de Gregory Isaacs estava impecável.

Sua vida pessoal tumultuada, incluindo detenções por posse de cocaína, frequentemente o colocava em manchetes sensacionalistas. No entanto, ele era respeitado, especialmente nas comunidades carentes de Kingston, graças aos seus eventos beneficentes.

Nascido em 1950, Gregory Isaacs cresceu em áreas desfavorecidas da Jamaica, onde sua paixão pela música começou a florescer. Desde a adolescência, ele já ganhava reconhecimento local por suas apresentações, interpretando músicas de artistas como Sam Cooke.

Há muito mais para discutir sobre sua vida, mas destaco que as décadas de 70 e 80 foram vitais para solidificar sua presença musical. Na Jamaica, ele fundou o selo African Museum e lançou sucessos independentes, além de colaborar com vários produtores.

Em 1973, ele conquistou o estrelato com “All I Have Is Love”, gravado no estúdio Channel One. Sua colaboração com Alvin Ranglin da GG Records resultou no grande sucesso de “Love Is Overdue” no ano seguinte, reforçando ainda mais sua trajetória.

Dentro desse contexto, o Reggae Point destaca álbuns como “In Person (1974)”, “All I Have Is Love (1976)”, “Mr. Isaacs (1977)”, “Extra Classic (1978)”, “The Lonely Lover (1980)”, “More Gregory (1981)”, “Night Nurse (1982)”, “Private Beach Party (1985)”, “All I Have Is Love, Love, Love (1986)” e “Encore (1987)” que desempenharam papéis cruciais na popularidade de Gregory Isaacs em São Luís. Essas obras contribuíram para sua influência duradoura no cenário do reggae. Essa influência é evidenciada nas homenagens realizadas, como o maior Tributo a Gregory Isaacs no Brasil, programado para 12 de novembro na Choperia Marcelo.

djwaldiney

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Dread Sandro: uma jornada de paixão pelo reggae

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Kingston

Sandro Abel Gonçalves Borges, também conhecido como Dread Sandro, teve sua paixão pelo reggae despertada aos 13 anos. A partir dos 15 anos, deu início à sua jornada como colecionador, com o apoio de seu pai, que era radioleiro. Impulsionado por sua paixão pela música, fez sua primeira viagem internacional à Jamaica aos 23 anos, em 1991, marcando um momento inesquecível. Sua influência notável na cena reggae de São Luís o levou a ser reconhecido como Dread Sandro.

Sua reputação foi solidificada no Maranhão por meio de inúmeras viagens em busca de discos raros, contribuindo para a construção da identidade musical com o ritmo jamaicano. Suas incursões o levaram a Londres cinco vezes e à Jamaica vinte e cinco vezes, onde não hesitou em explorar até as favelas mais perigosas para adquirir preciosos vinis.

Trenchtown

Durante suas jornadas no país caribenho, Sandro cruzou caminhos com algumas figuras emblemáticas do reggae. Em sua primeira viagem, ele conheceu Gregory Isaacs, seguido por encontros com John Holt, Winson Jerrett, Earl “Chinna” Smith, George Faith e o músico Byron Lee. Durante sua estadia, teve a oportunidade de assistir a um show da banda de Byron Lee, “The Dragonaires”, em um hotel, e também avistou Junior Byles em 1994, mendigando nas ruas de Kingston. Junior Byles parecia estar desgastado e desorientado, a ponto de suas palavras não parecerem coerentes. Esse encontro marcou os primeiros vislumbres que Sandro teve desses artistas notáveis.

Gregory Isaacs e Dread Sandro

Em março de 1995, enquanto estava na Jamaica comprando discos com Junior Black, receberam a notícia da morte do cantor Delroy Wilson. Eles rapidamente ligaram para o programa Reggae Dance (Rádio Cidade) e compartilharam a triste notícia ao vivo com o locutor Carlos Nina, tornando-se os primeiros a informar o Brasil. A Jamaica perdia então uma de suas primeiras estrelas, e o país se uniu em luto, com todas as rádios homenageando o artista.

Dread Sandro e Eric Donaldson

Dread Sandro também teve um papel crucial na aproximação de Donna Marie e Eric Donaldson para apresentações em São Luís, exercendo uma influência indireta no cenário musical local. Mesmo que as oportunidades financeiras no mundo do reggae não tenham sido abundantes, ele conquistou reconhecimento ao vencer competições de colecionadores e ao trazer músicas que se tornaram sucessos na ilha.

A importância da humildade no âmbito do reggae é uma lição que Dread Sandro enfatiza, incentivando os jovens a respeitarem e aprenderem com os mais experientes. Ele lamenta a falta de valorização das pessoas que ajudaram a disseminar o reggae na ilha e torná-la a capital do reggae no Brasil. Ele destaca que o reggae é uma expressão de paixão, não apenas um comércio.

Mesmo com as mudanças trazidas pela era digital, Dread Sandro permanece ativo nos cenários musicais, se apresentando em locais como o Bar do Nelson e o Real Bar em São Luís, sempre que chamado. Sua dedicação se estende a compartilhar conhecimento com as gerações mais jovens, na esperança de que elas possam continuar nutrindo o movimento reggae, apesar dos desafios do mercado atual. Ele sublinha a importância da inovação, desde que acompanhada de profissionalismo para se destacar.

Dread Sandro e Junior Black

Dread Sandro também falou sobre a perda de seu amigo Junior Black: “Ele era muito gente boa, dono de uma calmaria e simplicidade incrível. Sua partida representa uma perda imensurável para o movimento reggae no Brasil.”

Recentemente, tanto ele quanto Junior Black foram agraciados com um troféu na festa Reggae das Antigas, organizada por mim, em reconhecimento à sua contribuição na disseminação do ritmo no estado. Além disso, tivemos a honra de contar com a apresentação deles no evento.

djwaldiney

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Seis anos sem Larry Marshall: relembrando sua passagem por São Luís

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Larry Marshall e DJ Waldiney

No meu blog, nunca antes abordei Larry Marshall. Talvez tenha cometido um erro significativo, dado o papel crucial desse artista na formação do reggae em São Luís. Hoje, completam-se seis anos desde que ele nos deixou. Como homenagem, escolhi dedicar esta quinta-feira para relembrá-lo.

No ‘TBT’ de hoje, compartilho uma foto tirada em 2009, durante um encontro em São Luís. Na ocasião, Larry expressou sua frustração com a pirataria de suas músicas e com parcerias desfeitas. Ficou surpreso ao ver cópias piratas de seus discos nas mãos de colecionadores durante sua estadia em um hotel da cidade. Larry estava tão indignado que tinha vontade de quebrar os vinis. Lembro-me vividamente de estar no meio dessa conversa, tentando explicar que os colecionadores não tinham conhecimento da situação. Em resumo, ele visitou o Brasil duas vezes (em 2007 e 2008). Seu show foi brilhante, mesmo que o cantor parecesse cansado e sofrido.

Larry deu início à sua carreira no início da década de 60, gravando com produtores renomados como Prince Buster e Coxsone Dodd (Studio One). Seus maiores sucessos aqui em São Luís incluem faixas como ‘Your Love’, ‘Brand New Baby’, ‘Sheila’, ‘Thelma’, ‘Can’t You Understand’, ‘I Admire You’ e, por último, ‘How Can I Forget You Girl’ — um single raro e valioso na internet.

Marshall nos deixou em 24 de agosto de 2017, aos 76 anos. Ele morava em Miami com sua família e lutava contra o Alzheimer. Descanse em paz, Larry.

djwaldiney

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