Nos meses de outubro e novembro, é tradição em São Luís homenagear Gregory Isaacs, o lendário “Cool Ruler” do reggae. Este ano, a 13ª edição dessa celebração será realizada no dia 16 de novembro, com início às 18h, na Choperia Marcelo, no bairro da Forquilha, e promete reunir uma grande multidão de fãs e admiradores.
O evento contará com grandes atrações, como o DJ Waldiney, Helena Mello, os DJs Irmãos Metralhas e a Equipe de Ouro Mello. A banda maranhense Raiz Tribal também marcará presença, dedicando uma hora de seu repertório exclusivamente aos sucessos de Gregory Isaacs, incluindo clássicos como “Material World” e “Tune In”.
Uma das novidades deste ano é a camisa dry fit, que dará acesso ao evento e homenageará o cantor jamaicano. O modelo traz na parte frontal o continente africano nas cores do reggae, e no verso, o rosto de Gregory Isaacs formado pelos nomes dos artistas homenageados, como Lucky Dube, John Holt, Alton Ellis, Joe Higgs, Byron Lee, Barbara Jones, Albert Griffiths, Junior Murvin, Jackie Brown e, claro, Gregory Isaacs. Pela primeira vez, o tributo será realizado em um sábado, permitindo um horário estendido.
A homenagem a Gregory Isaacs contará com bandeiras, telões exibindo imagens e uma sequência musical especial em tributo a esses ícones.
O Tributo a Gregory Isaacs faz parte do calendário anual da massa regueira, e em 2014 contou com a presença de Kevin Isaacs, filho de Gregory, a convite do evento. Em outubro deste ano, Kevin participou do podcast Reggae Point, onde discutiu seu novo álbum “Get Ready”. O conteúdo estará disponível em breve no canal do imirante.com no YouTube.
Para quem deseja participar do tributo, confira mais informações aqui.
Parabéns, massa regueira! Hoje é o Dia Municipal do Regueiro, um dia especial para celebrarmos todos nós que fazemos parte dessa grandiosa história de amor pelo reggae. Quero homenagear todos que, de alguma forma, contribuíram para fortalecer e expandir esse movimento que tanto nos orgulha. A cada um que foi à Jamaica buscar discos, aos proprietários de radiolas, donos de casas de festa, artistas, bandas, DJs, colecionadores, investidores do reggae eletrônico, promotores de eventos, grupos de dança, trancistas, lojas de roupas especializadas, radialistas, jornalistas, dançarinos, pesquisadores… enfim, a todos que, de alguma forma, fazem o reggae crescer.
Meu reconhecimento vai para aqueles que estão na linha de frente, promovendo, criando e desenvolvendo o reggae. Tudo o que temos hoje — nosso legado, nossa história, nosso reconhecimento — não veio do nada. Foi fruto do trabalho árduo de quem, lá atrás, plantou as primeiras sementes, quando as músicas de reggae começaram a tocar nas rádios.
Parabéns a todos nós por alcançarmos o título de Capital Brasileira do Reggae! Nossa dança única, nossa identidade tão autêntica, se tornaram um patrimônio cultural e material do Estado, e isso é motivo de imenso orgulho.
Quero também lembrar e reconhecer aqueles que já se foram, mas que deixaram um legado insubstituível na construção desse movimento. Neste momento, só pedimos mais atenção, mais valorização, e que tudo seja dividido de forma justa. Porque o reggae é para todos! Vamos continuar lutando pelo reconhecimento que merecemos. Viva o Dia Municipal do Regueiro! O reggae vive em cada um de nós.
Atendendo a pedidos dos meus ouvintes, decidi mergulhar na história de Bernie Lyon, um cantor que deixou uma marca profunda na cena musical brasileira, especialmente em cidades como Fortaleza, Salvador, Belém e São Luís. Desde cedo, eu sabia que Bernie não era jamaicano, mas sabia absolutamente nada sobre a sua origem. Ele nasceu em Paris, França, filho de pais imigrantes da Martinica, e seu nome de batismo é Bernard Ancinon.
Nos anos 60, Bernie fazia parte de uma banda de rock chamada Les Pollux, na França, seguindo um estilo semelhante ao dos Beatles. Ele era cantor, compositor e violonista, e sua carreira se estendeu até os anos 80. Durante esse período, lançou dezenas de singles por grandes gravadoras, como a Philips e a Polygram.
Foi somente em 1979 que Bernie adotou seu nome artístico, Bernie Lyon, e passou a focar exclusivamente no reggae, sem abandonar suas raízes na soul music. Alguns de seus hits encontraram um espaço especial em São Luís, onde sua música alcançou o topo das paradas de sucesso.
Eu me lembro vividamente de ir com meu pai ao Mercado Central em São Luís para comprar discos de vinil. Na sessão de músicas internacionais, vi cópias dos álbuns de Bernie à venda. A música que mais tocava naquela época era “Hell”, que também ganhou popularidade em outros países. Este reggae tem um estilo jamaicano tradicional e é enriquecido com harmonizações vocais femininas de fundo.
A letra de “Hell” expressa uma resignação diante de uma vida difícil, onde o narrador aceita o “inferno” como seu destino. Ele já esteve nessa situação antes e vê o “paraíso” como algo entediante, preferindo o conhecido, embora desafiador, “inferno”. A canção reflete a ideia de que, mesmo em meio ao sofrimento, existe uma forma de encontrar propósito ou um certo conforto na familiaridade com a adversidade.
“Hell” foi, sem dúvida, o maior sucesso de Bernie em sua experiência com o reggae, tanto na Europa quanto na América do Sul. No Brasil, a canção se tornou um grande sucesso nas rádios em 1980, assim como sua regravação de “Eleanor Rigby”.
A música se tornou um clássico, tocado até hoje pelos DJs de reggae em São Luís, em lugares como o Bar do Nelson, Praia Reggae, Forquilha Roots, entre outros.
Para finalizar minha pesquisa sobre o cantor, li publicações de fãs em um artigo na internet que afirmam que Bernie Lyon, que também era funcionário de um banco em Paris, faleceu em 17 de junho de 2000, aos 53 anos, vítima de uma parada cardíaca. Um fã declarou que essa notícia foi divulgada pela própria viúva do cantor.
Antes de falar sobre o álbum “Jezebel” de Justin Hinds & The Dominoes, é importante destacar que Justin fez muito sucesso nas eras ska, rocksteady e roots reggae, e trabalhou com grandes gravadoras, como Nighthawk Records, Mango e Island Records. Esta última foi acionada na justiça devido a royalties não pagos.
“Jezebel” é um dos maiores álbuns de Justin Hinds & The Dominoes, lançado em 1976 pela Island Records. Em conversa comigo, Carlton Hinds, filho de Justin, falou sobre o título do disco. Ele explicou que é uma referência à figura bíblica de Jezebel e que as faixas exploram temas de justiça, espiritualidade e questões sociais. Carlton também comentou que a música “Carry Go Bring Come”, de 1963, uma das faixas do álbum, aborda os danos causados por fofocas e intrigas. É uma crítica direta às pessoas que espalham boatos e causam conflitos.
Carlton mencionou que está ansioso para chegar a São Luís e relembrar os grandes sucessos de seu pai. Juntos, selecionamos quatro faixas do disco para o repertório do show no dia 28 de setembro, entre elas “Natty Take Over”, “Babylon Children”, “What You Don’t Know”, “Fire”, e claro, “Carry Go Bring Come”. O cantor será acompanhado pela banda Raiz Tribal e contará comigo na apresentação, além das participações dos DJs Magno Roots JP, Helena Melo e Dread Silver. Esse show inédito será realizado na Arena Phenix, no Anel Viário. Para mais informações, acesse aqui.
O tradicional Tributo a Gregory Isaacs em São Luís, considerado uma das maiores homenagens ao Cool Ruler do reggae, está confirmado para o dia 16 de novembro na Choperia Marcelo, localizada no bairro da Forquilha. Este evento, que já é referência na cena reggae da cidade, chega à sua 13ª edição com atrações inéditas e grandes surpresas para os fãs.
Entre as novidades deste ano, destaca-se a participação da Equipe de Ouro, formada pelos DJs Magno Roots, Jackson Maia e Maykinho Luis. A banda maranhense Raiz Tribal também fará uma apresentação especial, trazendo um repertório focado nos maiores sucessos de Gregory Isaacs, revivendo o legado do artista. O DJ Waldiney, Helena Mello e os Irmãos Metralhas (DJs Carlos e Cesar) retornam ao evento e prometem grandes apresentações.
Uma das grandes novidades desta edição será a camisa oficial do evento, que estará à venda em breve. Com um design exclusivo, a parte frontal da camisa traz o mapa do continente africano nas cores do reggae, um tema recorrente nas canções dos anos 70, que falavam sobre a repatriação para a terra-mãe, a África.
No verso da camisa, a imagem de Gregory Isaacs será formada pelos nomes de 10 artistas que também serão homenageados no evento: além de Gregory, as lendas do reggae Lucky Dube, Alton Ellis, John Holt, Barbara Jones, Jackie Brown, Byron Lee, Albert Griffiths, Junior Murvin, Joe Higgs e David Isaacs.
Outro destaque será a exibição de um chapéu estilo panamá autografado, que pertenceu ao próprio Gregory Isaacs. O acessório, que se tornou uma marca registrada do artista em suas apresentações, será exposto durante o evento. O chapéu foi gentilmente doado ao DJ Waldiney pela viúva de Gregory, June Isaacs.
O Tributo a Gregory Isaacs em São Luís faz parte de uma série de homenagens realizadas em todo o Brasil e no mundo durante os meses de outubro e novembro. Na Jamaica, por exemplo, o evento Red Rose for Gregory acontece anualmente em outubro, reunindo diversos artistas jamaicanos em um grande show em homenagem ao cantor, que faleceu em 25 de outubro de 2010, em Londres.
Em 2014, o Tributo em São Luís já contou com a presença de Kevin Isaacs, filho de Gregory Isaacs, reforçando ainda mais o prestígio do evento, que se consolidou como o maior tributo a Gregory Isaacs no país.
Para mais informações e detalhes sobre a venda das camisas, acesse aqui.
Nesse sábado, ocorreu o tão esperado show do cantor jamaicano Winston Groovy no Ceprama, em São Luís, e foi simplesmente incrível! Uma multidão aguardava ansiosa há mais de 15 anos por essa lenda do reggae, e ele não decepcionou.
Winston Groovy mostrou toda sua simplicidade e carisma, esbanjando respeito pelos fãs. Ele tirou fotos, autografou discos de vinil e participou de resenhas, sempre com um sorriso no rosto. A voz dele está a mesma de sempre, inalterada, marcando a noite do Jamaica Brasileira Festival.
Além dele, várias atrações locais deram um show à parte, entre DJs e a radiola Estrela do Som.
Foi um evento que mostrou a força do reggae em São Luís e o respeito que o povo maranhense tem pelo ritmo jamaicano. Sem dúvida, uma noite pra ficar na memória da gente. E que venham os próximos festivais de reggae!
Na tarde dessa quinta-feira, iniciaram as gravações do podcast Reggae Point. Para a estreia, nada melhor do que uma entrevista exclusiva com o cantor jamaicano Winston Groovy, que retorna a São Luís para seu segundo show no dia 20 de julho, no CEPRAMA, durante o Jamaica Brasileira Festival. Também participaram do bate-papo o produtor do evento George Castro e o também produtor e DJ Rubens Oliveira, conhecido como Rubens Star.
Durante a entrevista, Winston Groovy falou sobre sua admiração por São Luís do Maranhão, onde sua música é bastante tocada há mais de 30 anos. Ele mencionou que adora gravar músicas que falam sobre amor, seu tema preferido. Atendendo a um pedido meu, Winston cantou as músicas “Not Now” e “Puppet And Clown”. Ele também discutiu seu repertório para o show, destacando que “I Don’t Mind” é uma de suas canções favoritas.
O Jamaica Brasileira Festival terá início às 18h e contará com várias atrações, incluindo a banda maranhense Capital Roots.
Tivemos também um bate-papo bastante descontraído com o jornalista, escritor, DJ e produtor Otávio Rodrigues, que atua em várias frentes da comunicação, com uma conhecida trajetória no universo da música afro-caribenha, em especial a jamaicana.
Também conhecido como “Doctor Reggae”, ele trouxe informações sobre o Fórum do Reggae e a Lei Junior Black que está em processo de sancionamento.
O primeiro programa será exibido no dia 18 de julho nos canais de streaming do Sistema Mirante de Comunicação em vídeo e áudio.
Derrick Morgan desembarcou no Brasil em 26 de outubro de 2011, precisamente em São Luís, MA, onde fez sua única apresentação no país. Estive presente no Aeroporto Internacional Marechal Cunha Machado para recepcioná-lo, juntamente com diversos fãs e colecionadores de reggae que estavam lá para autografar seus discos de vinil. Em uma breve conversa comigo, Derrick disse que já tinha ouvido falar em São Luís e sua história sobre o reggae. Destacou também a escolha do seu repertório do show, voltado para o reggae roots, diferentemente de seus shows habituais focados no ska.
Derrick ficou conhecido em São Luís por seus álbuns gravados nos anos 70 e 80, muitos deles em colaboração com seu cunhado, Bunny Lee.
Acompanhado de sua esposa, Nellie Morgan, que o auxilia nos palcos devido à sua visão comprometida, seu show ocorreu em 29 de outubro e contou com a banda Capital Roots. Não faltaram “Angela”, “Two Times”, “Babylon Is Public Enemy” e “Sunday Monday”. A baiana Fabiana Rasta, que residia em São Luís na época, emocionou o público ao interpretar “I’m Living”, originalmente gravada por Derrick ao lado de Hortense Ellis.
No dia seguinte ao show, Derrick participou de uma confraternização conosco e amigos de Belém e Fortaleza que vieram prestigiar seu show, organizada pelo produtor Rubens Star.
Nessa ocasião, tivemos a oportunidade de apresentar a ele nossa coleção de discos de vinil, o que o deixou bastante feliz. Derrick Morgan completa nesta quarta-feira 84 anos. Ele é uma das maiores lendas do reggae mundial, tendo sua música como fonte de inspiração para muitos.
Seu filho Merrick Morgan costuma compartilhar momentos sobre seu pai no Instagram, e no ano passado, Derrick gravou um dubplate para o Reggae Point da Mirante FM.
Que a música de Derrick Morgan continue a encantar e inspirar gerações futuras.
Para quem estava com saudades, o Mega Vibes Festival está de volta no dia 31 de março, com horário diferenciado, a partir das 15 horas. A proposta é de 11 horas de discotecagem com vinis, apresentando sete atrações de São Luís e uma de São José de Ribamar. Os DJs vão se apresentar com seus toca-discos, trazendo raridades na Choperia Marcelo, que oferece conforto e uma megaestrutura de palco, som, iluminação e cerveja gelada.
Falando um pouco sobre minha história, comecei como ouvinte de reggae através de rádio no bairro Anjo da Guarda, onde subi pela primeira vez no palco de uma radiola chamada “Deusa do Som” no Festejo de Nossa Senhora da Penha. Organizava festas no Anjo da Guarda com a “Anjinha do Som” e participei de vários eventos na Área Itaqui-Bacanga e pelo Norte do Estado, como a tradicional Regata de Outeiro, Cedral (MA).
Neste ano de 2024, completo 29 anos como DJ e criei grandes projetos para o reggae maranhense, como o Mega Vibes, Reggae Solidário, Reggae das Antigas, Velharia, Projeto Agarradinho, Réveillon Sunshine, Reggae com Elas, Reggae Coladinho e o maior Tributo a Gregory Isaacs do Brasil.
Também sou apresentador do Reggae Point da Mirante FM, onde já são quase 30 anos na produção do programa. Sou um modesto colecionador de discos de vinil de reggae.
No dia 31, teremos a honra de receber a discotecagem do lendário Natty Márcio, que tem enorme representatividade no reggae, incluindo uma apresentação no show de Joe Higgs em São Luís, em 1994, além de ter colaborado com o repertório do Reggae Point na época de Fauzi Beydoun. Natty Márcio vem de uma família regueira em São Luís.
A história da Clínica Reggae começou em um barzinho no bairro São Francisco, em 1991, onde funcionava sempre nos finais de semana. Márcio lembra que as pessoas se encontravam, tomavam uma cerveja, curtiam umas “pedras” e depois desciam para o Espaço Aberto. Ele também mencionou que, nesse mesmo período, sua mãe, a senhora Aliete, trabalhou na Clínica São Marcos entre 1990 e 1999, como copeira. Em 1993, surgiu um convite de Otávio Rodrigues para fazer a sonorização de final de ano em uma clínica de fisioterapia, com a extinta radiola Jah Lion. Com o fim das atividades da radiola Jah Lion, surgiu a ideia inovadora da Clínica Reggae Vinil, com um convidado especial.
A Clínica Reggae Vinil é uma história de superação, segundo Natty Márcio.
Outra grande atração do evento é a Discool Music, formada pelo Gilson Roots, que começou a ser DJ em 1999, inspirado pelos festejos que acompanhava realizados pela sua família. Seu tio possuía a radiola Natty Som e, desde muito jovem, ele acompanhava a programação. Morando no Rio Anil e Bequimão, ele passou a tocar com a radiola Eldorado Som, o que lhe deu oportunidades. Mais tarde, começou a tocar no Cajueiro Som, desenvolvendo seu trabalho. Tocou no Cultura Bar na Deodoro e no Kingston 777 por 12 anos. Em seguida, passou para as radiolas Tsunami e FM Natty Nayfson e Mega Digital, onde encerrou sua carreira com uma radiola de grande renome, totalizando 15 anos como DJ de radiola.
A equipe Discool Music tem 12 anos de existência, tanto com vinil quanto digital, e o DJ possui 27 anos de experiência. A Discool Music foi inaugurada em 20 de julho de 2012, no Clube dos Oficiais, com a Mega Vibes.
Temos agora a primeira dupla de DJs, Mr. Bill e Nando Marley, que formam a Play Disco. Bill lembra que o grupo se formou na casa de festas Espaço Roots, no Anil. Inicialmente, era composto por ele e Lucas Freire. Quando essa parceria terminou e o público já estava familiarizado com os discos de vinil, ele decidiu formar sua própria equipe, comprando equipamentos e nomeando-a como Equipe Espaço Roots, em referência ao local.
Com o tempo, a equipe começou a receber convites para tocar em eventos, inclusive no Vinil Festival. Após um período, renomeou a equipe para Play Discos, inspirado no seu trabalho anterior na loja “Music Play”.
A estreia ocorreu em 5 de novembro de 2017, ao lado de seu amigo Nando Marley. Em 30 de abril do mesmo ano, participaram da Batalha do Vinil na Chopperia Marcelo, onde foram premiados como a “Melhor Equipe de Vinil”, considerando a animação da torcida, a performance do DJ e a sequência musical apresentada.
Temos ainda a Verbal Discos, formada em 2014 e que não deixa de ser uma extensão do programa de mesmo nome da Rádio Web Verbal. Ao assumir a gestão da Rádio, Valdeci Alves direcionou a programação musical para o reggae, atingindo um grande público de maranhenses, paraenses e cearenses através da inclusão de DJs desses estados na programação, visando atender aos gostos musicais locais.
O programa Verbal Discos convidava colecionadores e equipes de vinil da ilha, proporcionando um espaço de divulgação da cultura reggae de vinil. O programa era transmitido ao vivo todos os sábados pelo site da rádio.
No início, a Verbal Discos contou com o apoio do DJ Frank Wailer e do DJ Darlly Matos, que fazia parte da programação da Rádio e se apresentaram nos bares da capital maranhense. Atualmente, Valdeci segue carreira solo, mantendo sua característica com um reggae mais suave e cadenciado. Com sua experiência no assunto, ele promete grandes emoções no Mega Vibes Festival.
Agora, temos uma trinca de DJs que formam a Equipe de Ouro, composta inicialmente por DJ Magno Roots e Jackson Maia. Magno é dono do Point do Magno Roots, localizado no bairro de Fátima em São Luís. Sua casa já recebeu grandes nomes do reggae mundial, como John Holt, Ijahman, Horace Andy, Dennis Brown, Lloyd Parks, entre outros.
A história da Equipe de Ouro começou em 2011, mas antes existia o grupo de colecionadores Black Roots. Nessa época, Magno investiu em discos de vinil de reggae e montou sua primeira equipe com Jackson Maia, em um domingo de Páscoa, ao lado da Mega Vibes. Segundo Magno, o nome surgiu do Batalhão de Ouro do Bumba Meu Boi de Maracanã, onde ele é percussionista. O rack da equipe é todo artesanal, inspirado no bairro do Maracanã.
Para abrilhantar ainda mais o evento, temos Elizabeth Lago, a única mulher DJ do evento, que desempenha um grande papel no movimento reggae como DJ. Sua história começa em 1996, ano em que teve seu primeiro contato com o reggae no Coqueiro Bar Ponta D’areia. A partir desse momento, nunca mais deixou de se envolver com o reggae, conhecendo as grandes radiolas e frequentando diversos clubes do gênero, como Espaço Aberto, Coqueiro Verde, Marítimos, Toca da Praia e Choperia Internacional, além de participar de diversos festejos ligados ao reggae.
Em 2012, começou a criar playlists de reggae para aniversários de amigos, o que se tornou uma prática comum e despertou o interesse em se tornar DJ, devido à grande receptividade de suas seleções musicais.
Em 2013, recebeu o convite para sua primeira apresentação em um bar e passou a ser DJ oficial aos domingos, sendo ocasionalmente convidada para outros espaços. Na época, tocava música digitalmente.
Em 2015, criou o “Reggae das Mulheres” e teve seu primeiro contato com a equipe de vinil, fazendo sua primeira apresentação neste evento discotecando com discos de vinil. Essa experiência foi transformadora e a motivou a se aperfeiçoar. No mesmo ano, fez sua primeira turnê, tocando no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília. Ao retornar, integrou a Equipe Discool Music, com DJ Gilson Roots, que foi seu grande professor e inspiração no reggae em vinil.
Em 2018, estreou sua própria equipe, a “Vinnyl Woman”, que hoje é uma das principais de São Luís e está entre as mais requisitadas no momento.
Para fechar a programação do Festival, teremos uma grande representante de São José de Ribamar, a Balneário Roots Vinil. Formada em 2015, a equipe foi inicialmente composta pelo colecionador e DJ de reggae Elton Almeida e José Renilson, mas este último teve um curto período no grupo. Elton continuou com o empreendimento apesar das dificuldades em manter seu trabalho como DJ.
A equipe teve grandes apresentações em sua cidade e participou de eventos na capital maranhense, como o Vinil Festival e Rotações 33 a 45, onde foi considerada uma das melhores em sequências musicais.
Neste ano, Elton fez uma nova parceria e trouxe o DJ Ramon Costa para se juntar à Balneário Roots Vinil e em pouco tempo já participaram de grandes eventos.
Elton disse que o objetivo deles é levar alegria aos eventos através das canções jamaicanas e preservar a cultura do vinil em nossa região.
Portanto, o Mega Vibes Festival retorna para valorizar a discotecagem de reggae em vinil e proporcionar momentos de alegria com performances de cada atração, cada uma com seu estilo único. Para mais informações, acesse aqui.
Nessa sexta-feira (09), tive a oportunidade de conversar com Junior Dread durante o Reggae Point da Mirante FM. Ele compartilhou detalhes de sua carreira, começando com sua estreia em São Luís no Maranhão Roots Reggae Festival de 2005, aos 17 anos, acompanhando Dennis Alcapone. Desde então, Junior Dread participou de grandes eventos em São Luís, como no bloco do Reggae GDAM e no aniversário da Mega Vibes, além de acompanhar Al Griffiths, filho de Albert Griffiths da banda The Gladiators. Seu currículo é impressionante, com viagens por vários países, colaborações com o produtor Mad Professor e shows ao lado do sul-africano Lucky Dube em dois grandes eventos no Brasil.
Durante a entrevista, exploramos a questão da valorização da cultura reggae no país, especialmente em São Luís, onde há um jogo de interesses políticos que muitas vezes afeta o cenário musical.
Junior Dread ressaltou a qualidade dos artistas locais, como Raiz Tribal, Capital Roots e Cena Roots, e expressou seu orgulho em retornar à “Jamaica Brasileira” e reconhecer São Luís como a capital do reggae no Brasil, onde ele tem muitos amigos.
Ele também falou sobre sua versatilidade artística, navegando por diversas vertentes do reggae, desde o roots até o reggae eletrônico feito para as radiolas locais. Recentemente, ele esteve em estúdio gravando novas músicas, incluindo seu trabalho autoral, que tem sido bem recebido na Europa, resultando em um convite para se apresentar no Rototom Festival na Espanha este ano.
Para o show deste sábado (09) no Secreto Bosque, Junior Dread preparou um repertório variado, com músicas autorais e covers no estilo de São Luís. Sua presença no palco é marcada por dedicação e profissionalismo, o que o torna um grande representante da nova geração do reggae. Não perca a oportunidade de conferir esse talento ao vivo.