Lenda do reggae Eric Donaldson retorna ao Brasil em turnê imperdível

O aclamado cantor jamaicano Eric Donaldson está se preparando para uma extensa turnê pelo Brasil, onde sua música conquistou uma legião de fervorosos fãs. Conversei recentemente com a DJ Sandra Marley, a intermediária responsável por viabilizar seus espetáculos em diversas cidades, e ela compartilhou seu entusiasmo contagiante com o regresso do cantor à cidade de Imperatriz.

Com um tom de empolgação, Sandra Marley compartilhou: “Tive a honra de trazer Eric Donaldson para Imperatriz em duas ocasiões, nos anos de 2017 e 2018. Desta vez, deparei-me com obstáculos ao tentar trazê-lo novamente, devido à falta de apoio. No entanto, fico satisfeita por ter indicado o artista a um amigo, que agora está prestes a realizar sua terceira apresentação aqui. Além disso, estou envolvida na produção de seu show em Goiânia. Para mim, é a realização de um sonho, pois sou uma admiradora fervorosa de Eric e nutro um profundo amor por suas músicas.”

Conhecido como o “Rei dos Festivais”, título que lhe foi atribuído na Jamaica, Eric Donaldson continua a gravar faixas exclusivas destinadas às radiolas de São Luís, o que mantém sua relevância na capital. Sua última atuação em São Luís aconteceu em 5 de setembro, durante o Dia Municipal do Regueiro, um evento que atraiu uma multidão à Praça Maria Aragão.

A itinerância de Eric Donaldson pelo Brasil incluirá apresentações em várias cidades: São Paulo – SP (01/09), Fortaleza – CE (02/09), Imperatriz – MA (03/09), São Luís – MA (05/09), Goiânia – GO (06/09), São Bento – MA (07/09), Coelho Neto – MA (08/09), além de Teresina e União – PI (09/09), Zé Freitas – PI (10/09), Belém – PA (16/09) e Lago Verde – MA (17/09). Em seguida, o cantor seguirá para a Europa, onde continuará sua série de shows.

Aqueles que apreciam a lenda viva do reggae têm a oportunidade de programar-se para assistir a um espetáculo repleto de seus maiores sucessos, incluindo faixas memoráveis como “Ciderelle”, “Jah Love”, “Rocky Road”, “No Slave” e “Give Me Some Loving”.

djwaldiney

Seis anos sem Larry Marshall: relembrando sua passagem por São Luís

Larry Marshall e DJ Waldiney

No meu blog, nunca antes abordei Larry Marshall. Talvez tenha cometido um erro significativo, dado o papel crucial desse artista na formação do reggae em São Luís. Hoje, completam-se seis anos desde que ele nos deixou. Como homenagem, escolhi dedicar esta quinta-feira para relembrá-lo.

No ‘TBT’ de hoje, compartilho uma foto tirada em 2009, durante um encontro em São Luís. Na ocasião, Larry expressou sua frustração com a pirataria de suas músicas e com parcerias desfeitas. Ficou surpreso ao ver cópias piratas de seus discos nas mãos de colecionadores durante sua estadia em um hotel da cidade. Larry estava tão indignado que tinha vontade de quebrar os vinis. Lembro-me vividamente de estar no meio dessa conversa, tentando explicar que os colecionadores não tinham conhecimento da situação. Em resumo, ele visitou o Brasil duas vezes (em 2007 e 2008). Seu show foi brilhante, mesmo que o cantor parecesse cansado e sofrido.

Larry deu início à sua carreira no início da década de 60, gravando com produtores renomados como Prince Buster e Coxsone Dodd (Studio One). Seus maiores sucessos aqui em São Luís incluem faixas como ‘Your Love’, ‘Brand New Baby’, ‘Sheila’, ‘Thelma’, ‘Can’t You Understand’, ‘I Admire You’ e, por último, ‘How Can I Forget You Girl’ — um single raro e valioso na internet.

Marshall nos deixou em 24 de agosto de 2017, aos 76 anos. Ele morava em Miami com sua família e lutava contra o Alzheimer. Descanse em paz, Larry.

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São Luís: a busca pelo reconhecimento oficial como Capital Nacional do Reggae

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No Senado, um projeto de lei está em andamento para conferir o título de Capital Nacional do Reggae à cidade de São Luís. A Comissão de Educação e Cultura (CE) já aprovou a proposta, que aguarda sanção, a menos que haja recursos para análise no Plenário.

O Projeto de Lei 81/2020, criado pelo ex-deputado Bira do Pindaré (PSB-MA), recebeu o parecer positivo do relator, o senador Cid Gomes (PDT-CE). De acordo com o deputado, a ideia surgiu devido ao reconhecimento de São Luís como a “Jamaica Brasileira” e à forte influência do reggae em sua cultura.

Na visão de Cid Gomes, o reggae, gênero musical originado na Jamaica nos anos 1960, possui um vigor artístico notável em sua melodia, ritmo, arranjos e letras. Desde o início, o reggae esteve ligado à vida da maioria das pessoas na Jamaica, que enfrentava questões sociais, e ao desejo de mudança, envolvendo igualdade, identidade negra e anticolonialismo.

No Maranhão, especialmente em São Luís, o reggae tem sido apreciado desde os anos 1970. Suspeita-se que tenha chegado por meio de ondas de rádio do Caribe ou por marinheiros que trouxeram discos ao atracar no porto. Cid Gomes enfatiza que a conexão entre o reggae e a população maranhense, incluindo afrodescendentes, foi crucial para essa adaptação cultural.

Ao longo do tempo, o reggae passou por transformações culturais no Maranhão, resultando em características únicas, como a dança em pares entrelaçados e as radiolas, caixas de som montadas nas ruas. Bandas como a Tribo de Jah, Legenda e a Orquestra Maranhense do Reggae surgiram, consolidando o gênero na região.

Apesar do preconceito inicial, o reggae conquistou espaço nas áreas periféricas de São Luís e se espalhou pelo estado. Atualmente, há o Museu do Reggae Maranhão no centro histórico da capital, único fora da Jamaica, visitado por muitas pessoas a cada ano.

Acredito que merecemos o título de “Jamaica Brasileira”, como resultado do afeto duradouro da população. Se a lei for aprovada, espero que beneficie aqueles que dependem do reggae para viver, como bandas, DJs e casas de eventos. É importante mencionar que os produtores de eventos ainda enfrentam desafios burocráticos para realizar shows. Atualmente, esses setores não recebem o reconhecimento devido, e espero que o título não seja apenas formal.

É verdade, ainda há um longo caminho a percorrer para que as autoridades reconheçam plenamente o valor do reggae em nossa cultura. Espero que, com a aprovação do projeto de lei e o possível título de “Capital Nacional do Reggae” para São Luís, isso possa ajudar a destacar a importância desse gênero musical e suas contribuições para nossa identidade cultural.

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São Luís excluída da turnê de Burning Spear

Sou um grande admirador de Winston Rodney, mais conhecido como Burning Spear, um icônico artista de reggae com mais de 50 anos de carreira, que mantém sua distintiva voz. Ele é um dos pioneiros no reggae e suas canções abordam temas ligados ao rastafarianismo, consciência negra e desigualdade econômica na Jamaica. Sua conexão com Marcus Garvey, o ativista político jamaicano, é notável.

Após anos de dedicação aos palcos, Burning Spear optou por encerrar sua carreira e já está em meio à sua última turnê mundial. Aqui no Brasil, o renomado artista confirmou shows em São Paulo (24/11) e Salvador (25/11). Isso me faz questionar por que São Luís não está incluída na programação de shows. Será que isso se deve ao desinteresse dos produtores devido aos custos elevados do evento ou à agenda lotada do próprio artista? Em minha opinião, é mais plausível acreditar que a ausência se dá por conta da disponibilidade de datas na agenda dele, mesmo considerando o contexto local. É importante destacar que a realização de grandes eventos requer apoio financeiro substancial, em vez de gestos simbólicos. Essa abordagem movimenta a economia do reggae de maneira abrangente, gerando renda direta e indireta.

Lembro-me do impacto do Maranhão Roots Reggae Festival, que ocorreu de 2001 a 2012. O festival trouxe lendas do reggae da Jamaica e do Brasil, valorizou os artistas e bandas locais, além de promover grupos de dança, DJs, artesanato, entre outros. Lamentavelmente, não houve continuidade desses projetos que poderiam ter elevado ainda mais a reputação de São Luís como a “Jamaica Brasileira”. Um exemplo é o Bloco do Reggae GDAM, que se apresenta há anos no carnaval maranhense e merecia maior atenção. É frustrante quando não se observa o devido respeito pela promoção do reggae, que, além de tudo, atrai turistas para São Luís.

Em relação à vinda de Burning Spear ao Brasil, considero simplesmente inaceitável que um artista do calibre dele esteja realizando sua última turnê sem incluir São Luís, onde ele possui uma base de fãs significativa. Existe uma comunidade engajada com o reggae por aqui que poderia facilitar a realização do show em São Luís. No entanto, é necessário que haja um acesso mais direto às pessoas que têm o poder de fortalecer o movimento enraizado na capital há cinco décadas. Estarei na expectativa por uma nova abordagem nos shows internacionais de reggae, que leve em consideração a importância de incluir São Luís no roteiro do artista.

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‘Night Nurse’, de Gregory Isaacs, atinge 100 milhões de streams no Spotify

A música “Night Nurse”, cantada por Gregory Isaacs e parte do famoso álbum de 1982 com o mesmo nome, recentemente superou a marca de 100 milhões de reproduções no Spotify. Essa faixa, lançada em 1982 pela Island Records com o selo Mango, é fruto da colaboração entre Isaacs e Flabba Holt. Essa canção se destaca como uma das músicas mais conhecidas no amplo repertório do cantor, que construiu uma carreira impressionante ao longo de mais de quatro décadas e gravou mais de 500 álbuns.

Em 2010, Gregory Isaacs trouxe uma perspectiva mais profunda sobre “Night Nurse”. Ele esclareceu que a música não abordava sua batalha pessoal contra as drogas, como muitos haviam presumido. Isaacs explicou que a canção explorava o papel fundamental de uma pessoa próxima durante momentos difíceis. De acordo com ele, quando alguém se sente mal durante a noite, com dor de estômago ou de cabeça, a primeira pessoa a quem recorremos é nossa companheira. Metaforicamente, essa pessoa se torna nossa principal cuidadora, assemelhando-se a uma enfermeira.

O álbum musical composto por oito faixas foi reconhecido no Reino Unido, graças à venda de mais de 60.000 cópias em 2021. Além disso, o álbum alcançou a 32ª posição na parada de álbuns do Reino Unido, apresentando várias outras músicas renomadas de Isaacs.

Apesar do seu inquestionável talento, o artista indicado ao Grammy por cinco vezes enfrentou uma carreira repleta de desafios e um potencial frequentemente subestimado. Durante seu auge, ele ficou conhecido como o “Cool Ruler” por conta de seus vocais distintamente suaves e estilo descontraído. Entretanto, também lutou contra um vício em cocaína, que teve um impacto considerável em sua vida.

Em outubro de 2010, aos 60 anos, Isaacs faleceu em Londres devido a um câncer de pulmão. Sua primeira visita a São Luís ocorreu em 1991, quando se apresentou ao lado da banda Tribo de Jah. Sua última performance na capital maranhense ocorreu em 2009, juntamente com John Holt. Desde sua partida, acontece em São Luís o Tributo a Gregory Isaacs, que chega à sua 12ª edição em 2023. O evento está programado para o dia 12 de novembro, um domingo, na Choperia Marcelo, localizada no bairro da Forquilha. O tributo já contou com a participação do filho do artista, Kevin Isaacs.

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Stephen Marley volta com novo álbum e convidados de peso

Na sexta-feira, dia 19, Stephen Marley anunciou o lançamento do seu álbum intitulado “Old Soul”. O álbum será lançado através das gravadoras Tuff Gong Collective, UMe e Ghetto Youths International. Com 8 prêmios Grammy conquistados, ele disponibilizará essa preciosidade digital no dia 15 de setembro de 2023.

Confira só: estamos falando do quinto álbum solo desse artista. E olhe só a galera de peso que está nessa! Eric Clapton, Ziggy Marley, Damian Marley e Buju Banton estão no esquema. Dá para garantir o seu vinil duplo, CD ou até mesmo um kit com camiseta diretamente no site oficial, o stephenmarleymusic.com.

A vibe musical desse álbum está simplesmente incrível. Durante a pandemia, o Stephen montou um estúdio improvisado na fazenda da família, na Flórida. Ele usou tambores, baixo, violão acústico e flauta para criar sua música, e o resultado ficou demais.

“Old Soul” é uma jornada musical que atravessa diversas culturas e estilos. E tem mais: ele chamou um time de convidados especiais pra somar. Ele e o irmão Ziggy fazem uma parceria emocionante na faixa “There’s A Reward”, uma homenagem cheia de história. E a surpresa final? Uma versão acústica poderosa de “I Shot The Sheriff”, um clássico do Bob Marley, com a contribuição do mestre Eric Clapton.

E pra celebrar em grande estilo, o Stephen Marley vai cair na estrada com a turnê “Old Soul Unplugged 2023”, que rola de 8 de setembro a 22 de outubro. É a hora perfeita pra mergulhar nessa viagem musical, concorda?

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“She’s Royal” de Tarrus Riley atinge 100 milhões de visualizações no YouTube

O videoclipe da música “She’s Royal” de Tarrus Riley, sucesso de 2006, ultrapassou 100 milhões de visualizações no YouTube nesta semana. As imagens, que mostraram Riley cantando para sua rainha caribenha, foram dirigidas por Rupert Campbell e Richard Delapenha.

A música foi produzida pelo lendário saxofonista Dean Fraser para o álbum “Parables” de Riley na VP Records.

“She’s Royal” é a música mais tocada de Riley no Spotify, atualmente com 33 milhões de reproduções. É seguida por “Superman”, com 20 milhões de reproduções, e “Lighter” com Shenseea, com 17 milhões de reproduções.

“Powerful”, sua colaboração com Major Lazer e Ellie Goulding, tem mais de 280 milhões de reproduções no Spotify.

É válido mencionar que Tarrus Riley e Dean Fraser estiveram reunidos no Love Land Reggae, realizado na Lagoa da Jansen em São Luís no ano de 2014, e também participaram do Reggae Point da Mirante FM.

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“Reggae maranhense perde um gigante: falece Junior Black, o Homem Pedra”

Na manhã desta quarta-feira (16), uma notícia triste abalou os corações ligados ao reggae maranhense. Aos 60 anos, perdemos José de Ribamar Leite Santos, mais conhecido como Junior Black, uma figura icônica do reggae por aqui. Ele faleceu em casa mesmo, após enfrentar um período difícil com um AVC e tratamentos de diálise.

Apesar de tudo, o Junior nunca perdeu o ânimo. Ele encarava as noites como DJ com um sorriso no rosto, mesmo tendo uma saúde frágil e sem ajuda financeira. Sempre fez parte do grupo que ama o que faz, não é verdade? A paixão pela música reggae era tão grande que ele dependia dela para viver.

Nascido em 11 de janeiro de 1963, Junior Black iniciou sua jornada musical no final dos anos 70, quando começou a frequentar festas com uma variedade de ritmos, despertando seu interesse pela profissão de DJ e radioleiro. Além disso, Junior já trabalhava em uma oficina consertando aparelhos eletrônicos, como amplificadores de som e rádios. Embora tenha estudado física, não concluiu o curso, trabalhou na extinta CEMAR e foi proprietário de famosas radiolas de som maranhenses, como Black Power, Sonzão do Junior Black, Rebel Lion e até mesmo do famoso clube Kingston 777. O apelido “Junior Black” surgiu a partir da radiola Black Power, com a qual ele se destacou no cenário.

Junior, dotado de uma incrível sensibilidade para selecionar canções de reggae que se tornariam sucesso nos salões de reggae de São Luís, realizou viagens à Jamaica e Londres para cuidadosamente escolher singles e LPs. Durante mais de 30 viagens no passado em busca de raridades em vinil, ele abasteceu seu negócio e negociou com outros empresários do ramo.

No mês de julho deste ano, ele participou do programa Reggae Point da Mirante FM, onde compartilhou suas histórias e sua contribuição para a festa Reggae das Antigas. Esse evento, ocorrido no Restaurante Porto Seguro, reconheceu sua influência e dedicação ao crescimento do movimento reggae no estado, homenageando-o com um troféu. Além disso, Junior teve uma passagem rápida pelo Reggae Point como locutor em 1991. Ele também apresentou vários programas de rádio e TV em São Luís dedicados ao ritmo jamaicano.

Hoje à noite, o “Homem Pedra” – como também era conhecido – será velado na Pax União, no Centro. O enterro está programado para as 10h da manhã no Jardim da Paz. A tristeza toma conta daqueles que o conheciam, mas as lembranças do sorriso e do amor dele pelo reggae continuarão vivas. O Junior Black certamente deixará saudades.

djwaldiney

“Rastaman Vibration” na lista das Melhores Capas de Álbuns de Todos os Tempos pela Billboard

Na semana passada, a revista Billboard revelou sua lista das Melhores Capas de Álbuns de Todos os Tempos.

A capa do álbum de Bob Marley and The Wailers foi uma das selecionadas; “Rastaman Vibration”, lançado pela Island em 1976, ficou em 22º lugar.

O artista gráfico e fotógrafo jamaicano Neville Garrick projetou a capa de “Rastaman Vibration” e ficou extasiado com o reconhecimento.

“Estou muito animado, considerando que foi a primeira capa de álbum que tive a oportunidade de fazer para Bob Marley, que se tornou uma figura histórica na música em todo o mundo”, disse ele.

Garrick ficou conhecido por projetar várias capas de álbuns de Marley, bem como cenários para o festival Reggae Sunsplash ao longo dos anos 1980. Ele também trabalhou com Burning Spear, Steel Pulse e outras grandes estrelas do reggae.

A capa de álbum mais bem classificada é “The Velvet Underground & Nico” de 1967, projetada por Andy Warhol.

@djwaldiney

J C Lodge iluminando São Luís no Resistência Reggae Festival

Há vários anos, São Luís tem sido agraciada com espetáculos de reggae internacionais incríveis. Tive a oportunidade de testemunhar apresentações memoráveis que deixaram uma marca duradoura em minha memória. A lista de lendas que já se apresentaram nesses palcos é verdadeiramente impressionante. Nomes como Dennis Brown, Jimmy Cliff, The Wailers, Big Mountain, U Roy, Big Youth, The Itals, The Gladiators, Donna Marie, Eric Donaldson, Owen Gray, Gregory Isaacs, John Holt, entre muitos outros, fazem parte desse legado. Esse período áureo englobou os anos 90 até 2012, e incluiu o notável encerramento do Maranhão Roots Reggae Festival, onde ícones como Bob Andy, Marcia Griffhts, Ken Boothe, Cedric Myton, Tribo de Jah, Culture e Lloyd Parks brilharam intensamente na capital.

Em contrapartida, perdi o show de Johnny Orlando durante o carnaval deste ano. Se minha memória não falha, essa teria sido sua quarta apresentação em São Luís. No entanto, é perceptível que o apoio e incentivo a esses eventos estão gradualmente diminuindo. Produtores estão hesitantes em investir devido aos custos significativos envolvidos.

Mas a esperança continua viva. Receber a notícia recente de que a cantora britânica J C Lodge será a atração principal da primeira edição do Resistência Reggae Festival trouxe uma onda de entusiasmo. Este festival, mesmo enfrentando desafios sem apoio cultural, está empenhado em ressuscitar os shows de reggae em São Luís. Lembro-me do inspirador show de Vernon Maytone em 2019, que celebrou o 10º aniversário do grupo Resistência Reggae.

Valorizar essa iniciativa é crucial, permitindo que São Luís recupere seu lugar no cenário dos shows de reggae internacionais. É decepcionante que artistas como Burning Spear e Max Romeo estarão no país em novembro, enquanto São Luís, conhecida como “Jamaica Brasileira”, não faça parte da turnê de encerramento desses renomados artistas jamaicanos.

J C Lodge, autora de sucessos como “Someone Loves You Honey”, continua cativando fãs. Suas músicas não apenas encantaram a Holanda, com vendas de mais de 500.000 cópias e um disco de platina, mas também tocaram os corações ao redor do mundo com composições como “Make It Up” e “You Can Dance”. A colaboração dela com figuras como Peter Tosh e Ruddy Thomas solidifica o lugar dela na história do reggae.

A voz envolvente de J C Lodge e as letras profundas dela, que abordam temas como amor, relacionamentos e questões sociais, continuam ressoando.

A aguardada turnê da artista passará por São Luís em 9 de setembro no Spazzio e em 16 de setembro no Parque dos Igarapés.

djwaldiney

Perfil

DJ, locutor e produtor do programa Reggae Point (Segunda a sexta: 19h às 21h / Domingo: 08h às 10h)

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