Bob Marley e suas muitas faces, uma lição de reggae

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Dos mais recentes álbum com o carismático rosto de Bob Marley estampado na capa, um dos poucos com que se se vale a pena gastar o dólar a quase cinco reais é The Many Faces of Bob Marley & The Wailers – A Journey Through the Inner World of Bob Marley and The Wailers (Music Brokers) Uma trinca quase didática de discos. Um CD com a raízes do reggae, com Bob Marley e outros nomes que sedimentaram o gênero, o segundo com os Wailers originais e versões com a The Wailers Band e, por fim, as influências que o reggae exerceu na Inglaterra (mais poderia ser em qualquer país do mundo, assim como o rock, o ritmo jamaicano espalhou-se pelo planeta),.

Lee Perry & The Upsetters, Derrick Morgan, Rasta Menssengers,  The Reggister’s, Johnny Osbourne, estão nas 14 faixas do CD1, vão do mento, ao rocksteady, ao ska, chegando ao reggae. A maioria é gravação do anos 60 e começo dos 70, de boa qualidade, remasterizadas. Tem as obviedades da época, embaladas em ene álbuns, feito Judge Not, uma das primeiras gravações de Robert Marley (é creditado com este nome), mas também versões muito boas de canções de Marley, a exemplo Lively Up For Yourself, com The Reggister’s.

A lição de reggae continua com os Wailers em versões dub e com o grupo originais nos anos 60. Das 14 faixas, seis são versões dub com The Wailers Band, as oito restantes gravações do Wailers – o trio Bob, Peter, Bunny –  pré-Island, cruas, mas remasterizadas. Uma árvore  que brotou num favela em Kinsgton com folhas e frutos incluídos na salada musical do planeta Terra, e assimilado como um do mais poderosos insumos musicais do planeta.

O terceiro CD intitula-se the British Scene & Infuences, de como o reggae baixou no Camdem Market, em Londres, e de lá invadiu a Inglaterra, contaminando brancos, negros, orientais. Indo dos Beatles em 1968,  ao punk engajado do The Clash , ou de gravadoras miscigenadas como a Two-Tones. Neste disco há The Selecters, The Beats, Bad Manners, The Impressions, ou Jah Wobbles & The Invaders of the Earth (baixista inglês, que tocou nos primeiros discos da Public Image Ltd), que politizaram ainda mais o reggae.  O foco é a Inglaterra mais poderia ser quase todos os  países do mundo, inclusive o Brasil, que pegou até Roberto Carlos, que no disco gravado em Abbey Road canta uma versão reggae de Eu te Amo, Eu te Amo, Eu te Amo.

JC

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