O podcast desta quinta-feira traz um papo com Luiz Otávio, proprietário do Habeas Copos, uma casa de festas de reggae aberta de quarta a domingo, localizada na escadaria da Rua da Palma. O espaço tem atraído um grande público, composto por jovens e adultos, tanto de São Luís quanto de fora do estado. Otávio fala sobre suas inspirações para abrir uma casa dedicada ao reggae e sobre as dificuldades de mantê-la funcionando.
Com mais de 100 mil seguidores no Instagram, o Habeas Copos, que completa 5 anos, é um grande atrativo para os fãs desse ritmo jamaicano. Confira a matéria completa aqui.
Hoje, gravamos com a maranhense Jay Lobato, moradora do bairro Sá Viana, em São Luís, que há cinco anos se dedica ao ensino da dança de reggae. Atualmente, Jay forma uma parceria com Wesley Freire, e juntos conduzem uma oficina de dança de reggae na Rotatória todas as quintas-feiras. Durante a conversa, Jay compartilhou sua paixão pelo ritmo jamaicano e sua trajetória como professora de dança de reggae. Recentemente, ela participou de um workshop em Curitiba, a convite de um amigo, o que enriqueceu ainda mais sua experiência e técnica.
A matéria completa estará disponível em breve no canal do Imirante no YouTube. Fique ligado!
Atendendo a pedidos dos meus ouvintes, decidi mergulhar na história de Bernie Lyon, um cantor que deixou uma marca profunda na cena musical brasileira, especialmente em cidades como Fortaleza, Salvador, Belém e São Luís. Desde cedo, eu sabia que Bernie não era jamaicano, mas sabia absolutamente nada sobre a sua origem. Ele nasceu em Paris, França, filho de pais imigrantes da Martinica, e seu nome de batismo é Bernard Ancinon.
Nos anos 60, Bernie fazia parte de uma banda de rock chamada Les Pollux, na França, seguindo um estilo semelhante ao dos Beatles. Ele era cantor, compositor e violonista, e sua carreira se estendeu até os anos 80. Durante esse período, lançou dezenas de singles por grandes gravadoras, como a Philips e a Polygram.
Foi somente em 1979 que Bernie adotou seu nome artístico, Bernie Lyon, e passou a focar exclusivamente no reggae, sem abandonar suas raízes na soul music. Alguns de seus hits encontraram um espaço especial em São Luís, onde sua música alcançou o topo das paradas de sucesso.
Eu me lembro vividamente de ir com meu pai ao Mercado Central em São Luís para comprar discos de vinil. Na sessão de músicas internacionais, vi cópias dos álbuns de Bernie à venda. A música que mais tocava naquela época era “Hell”, que também ganhou popularidade em outros países. Este reggae tem um estilo jamaicano tradicional e é enriquecido com harmonizações vocais femininas de fundo.
A letra de “Hell” expressa uma resignação diante de uma vida difícil, onde o narrador aceita o “inferno” como seu destino. Ele já esteve nessa situação antes e vê o “paraíso” como algo entediante, preferindo o conhecido, embora desafiador, “inferno”. A canção reflete a ideia de que, mesmo em meio ao sofrimento, existe uma forma de encontrar propósito ou um certo conforto na familiaridade com a adversidade.
“Hell” foi, sem dúvida, o maior sucesso de Bernie em sua experiência com o reggae, tanto na Europa quanto na América do Sul. No Brasil, a canção se tornou um grande sucesso nas rádios em 1980, assim como sua regravação de “Eleanor Rigby”.
A música se tornou um clássico, tocado até hoje pelos DJs de reggae em São Luís, em lugares como o Bar do Nelson, Praia Reggae, Forquilha Roots, entre outros.
Para finalizar minha pesquisa sobre o cantor, li publicações de fãs em um artigo na internet que afirmam que Bernie Lyon, que também era funcionário de um banco em Paris, faleceu em 17 de junho de 2000, aos 53 anos, vítima de uma parada cardíaca. Um fã declarou que essa notícia foi divulgada pela própria viúva do cantor.
O Ministro do Turismo da Jamaica, Edmund Bartlett, esteve em São Luís na segunda-feira, 19, para cumprir uma agenda que ressaltou as profundas conexões culturais entre o Maranhão e a Jamaica. Acompanhado pelo governador Carlos Brandão, o ministro visitou os Lençóis Maranhenses, o Museu do Reggae e o Palácio dos Leões. Ao término da visita, a comitiva realizou uma entrevista coletiva no Museu do Reggae, onde foi reforçada a importância do reggae como um símbolo cultural que une as duas regiões.
Durante a visita, foi celebrado o Acordo de Cooperação Brasil-Jamaica para o Turismo Sustentável, uma medida que visa promover o desenvolvimento do turismo de forma sustentável em São Luís e fortalecer os laços culturais entre os dois países.
O acordo tem como um de seus principais objetivos reforçar a conexão entre o Maranhão e a Jamaica, duas regiões com uma rica herança afrodescendente. Essa parceria não só abre novas oportunidades econômicas e culturais, mas também fortalece o reconhecimento do reggae como patrimônio imaterial, tanto no Brasil quanto internacionalmente.
Em entrevista comigo, Ademar Danilo comentou:
“São Luís é a capital nacional do reggae. Não foi à toa que o ministro veio da Jamaica para conhecer nossa cidade. Isso é fruto de uma grande luta da nação regueira, uma luta que tem muitos nomes envolvidos nesse movimento desde sempre. Durante essa visita, foi anunciado um voo Brasil-Jamaica com o HUB, ou seja, com uma grande conexão em São Luís. Quem quiser ir para a Jamaica, saindo de Porto Alegre, São Paulo, Brasília, Campo Grande, Cuiabá, Recife, ou de qualquer lugar no Brasil, poderá passar por São Luís e daqui seguir para a Jamaica. Isso é uma contribuição muito grande para o turismo do Maranhão, especialmente para o turismo de São Luís.
Imagina agora, nós passando a associar o reggae com os Lençóis Maranhenses, o reggae com a história colonial de São Luís. Isso é extremamente positivo para o Maranhão. Como eu digo, o reggae só faz bem para o Maranhão.
Além dessa ação, teremos também a doação de instrumentos importantes e equipamentos históricos do reggae na Jamaica, que serão doados ao Museu do Reggae. Além do voo e da doação, também haverá cursos de inglês para os regueiros. Olha só, o governo do Estado vai oferecer cursos de inglês para o povo do reggae do Maranhão. Também teremos cursos de pós-graduação, a nível universitário, aqui para o povo do reggae.
Essa visita do ministro do Turismo da Jamaica, junto com o ministro do Turismo do Brasil, Celso Sabino, e o governador do Maranhão, Carlos Brandão, trouxe só boas notícias para o povo do reggae”.
Antes de falar sobre o álbum “Jezebel” de Justin Hinds & The Dominoes, é importante destacar que Justin fez muito sucesso nas eras ska, rocksteady e roots reggae, e trabalhou com grandes gravadoras, como Nighthawk Records, Mango e Island Records. Esta última foi acionada na justiça devido a royalties não pagos.
“Jezebel” é um dos maiores álbuns de Justin Hinds & The Dominoes, lançado em 1976 pela Island Records. Em conversa comigo, Carlton Hinds, filho de Justin, falou sobre o título do disco. Ele explicou que é uma referência à figura bíblica de Jezebel e que as faixas exploram temas de justiça, espiritualidade e questões sociais. Carlton também comentou que a música “Carry Go Bring Come”, de 1963, uma das faixas do álbum, aborda os danos causados por fofocas e intrigas. É uma crítica direta às pessoas que espalham boatos e causam conflitos.
Carlton mencionou que está ansioso para chegar a São Luís e relembrar os grandes sucessos de seu pai. Juntos, selecionamos quatro faixas do disco para o repertório do show no dia 28 de setembro, entre elas “Natty Take Over”, “Babylon Children”, “What You Don’t Know”, “Fire”, e claro, “Carry Go Bring Come”. O cantor será acompanhado pela banda Raiz Tribal e contará comigo na apresentação, além das participações dos DJs Magno Roots JP, Helena Melo e Dread Silver. Esse show inédito será realizado na Arena Phenix, no Anel Viário. Para mais informações, acesse aqui.
O tradicional Tributo a Gregory Isaacs em São Luís, considerado uma das maiores homenagens ao Cool Ruler do reggae, está confirmado para o dia 16 de novembro na Choperia Marcelo, localizada no bairro da Forquilha. Este evento, que já é referência na cena reggae da cidade, chega à sua 13ª edição com atrações inéditas e grandes surpresas para os fãs.
Entre as novidades deste ano, destaca-se a participação da Equipe de Ouro, formada pelos DJs Magno Roots, Jackson Maia e Maykinho Luis. A banda maranhense Raiz Tribal também fará uma apresentação especial, trazendo um repertório focado nos maiores sucessos de Gregory Isaacs, revivendo o legado do artista. O DJ Waldiney, Helena Mello e os Irmãos Metralhas (DJs Carlos e Cesar) retornam ao evento e prometem grandes apresentações.
Uma das grandes novidades desta edição será a camisa oficial do evento, que estará à venda em breve. Com um design exclusivo, a parte frontal da camisa traz o mapa do continente africano nas cores do reggae, um tema recorrente nas canções dos anos 70, que falavam sobre a repatriação para a terra-mãe, a África.
No verso da camisa, a imagem de Gregory Isaacs será formada pelos nomes de 10 artistas que também serão homenageados no evento: além de Gregory, as lendas do reggae Lucky Dube, Alton Ellis, John Holt, Barbara Jones, Jackie Brown, Byron Lee, Albert Griffiths, Junior Murvin, Joe Higgs e David Isaacs.
Outro destaque será a exibição de um chapéu estilo panamá autografado, que pertenceu ao próprio Gregory Isaacs. O acessório, que se tornou uma marca registrada do artista em suas apresentações, será exposto durante o evento. O chapéu foi gentilmente doado ao DJ Waldiney pela viúva de Gregory, June Isaacs.
O Tributo a Gregory Isaacs em São Luís faz parte de uma série de homenagens realizadas em todo o Brasil e no mundo durante os meses de outubro e novembro. Na Jamaica, por exemplo, o evento Red Rose for Gregory acontece anualmente em outubro, reunindo diversos artistas jamaicanos em um grande show em homenagem ao cantor, que faleceu em 25 de outubro de 2010, em Londres.
Em 2014, o Tributo em São Luís já contou com a presença de Kevin Isaacs, filho de Gregory Isaacs, reforçando ainda mais o prestígio do evento, que se consolidou como o maior tributo a Gregory Isaacs no país.
Para mais informações e detalhes sobre a venda das camisas, acesse aqui.
O República do Reggae anunciou a data e a programação completa para este ano. O festival, que acontece no dia 30 de novembro, promete com atrações de peso. Entre os destaques internacionais, estão o marfinense Alpha Blondy, que retorna aos palcos após se recuperar de um tratamento nas cordas vocais, a poderosa voz de Etana, e as lendas Clinton Fearon, Eek-A-Mouse, e Steel Pulse. A cena nacional também será bem representada, com shows de Tribo de Jah, Mato Seco, Edson Gomes e Leões de Israel.
Reconhecido como o maior festival de reggae da América Latina, o República do Reggae, realizado anualmente em Salvador, Bahia, continua fortalecendo o gênero no Brasil e atraindo milhares de fãs de reggae de todo o país.
Enquanto isso, São Luís, conhecida por sua forte ligação com o reggae, enfrenta desafios para manter a cena viva. A cidade luta para realizar shows de reggae, muitas vezes sem o apoio dos órgãos competentes. Projetos são ignorados ou arquivados, e os poucos eventos que acontecem são sustentados pela paixão dos regueiros locais. Os altos custos para trazer artistas internacionais ao Brasil dificultam ainda mais a realização desses shows.
Eu mesmo estou batalhando para trazer Carlton Hinds ao Brasil para o Tributo a Justin Hinds, uma das maiores lendas do reggae mundial, em 28 de setembro, em São Luís. No entanto, sem apoio financeiro, essas iniciativas se tornam quase impossíveis.
Muitos fãs de reggae de São Luís viajam para Salvador para participar do República do Reggae, mas se houvesse mais apoio, poderíamos trazer alguns desses grandes artistas para se apresentarem aqui. Alpha Blondy, por exemplo, fez seu único show em São Luís em 2006, debaixo de muita chuva. Com um cachê em torno de 500 mil reais, é difícil imaginar que ele voltaria sem um suporte financeiro significativo. Enquanto isso não mudar, continuaremos fora da rota de grandes turnês internacionais, como as recentes de Burning Spear e Bunny Wailer. Mas seguimos com fé, na esperança de dias melhores para o reggae em São Luís!
No podcast desta quinta-feira (15), temos um bate-papo com os coordenadores do Grupo de Dança Afro Malungos (GDAM) sobre a trajetória de 38 anos do grupo e seus projetos sociais, como o “Sonho do Bom Menino”. Conversamos sobre as oficinas de dança e percussão, além do Projeto Chama pra Dançar, que oferece aulas de reggae coladinho. Também discutimos o Bloco do Reggae, fruto do GDAM, que há 18 anos encanta São Luís, mas ainda não recebe o apoio merecido dos órgãos competentes para se movimentar no período carnavalesco. Acesse o link aqui e compartilhe!
Danny Clarke, membro original do grupo The Meditations, conhecido por cantar nos maiores sucessos da banda, faleceu em Clarendon, Jamaica, no dia 27 de julho. Clarke, que havia sofrido vários derrames nos últimos anos, morreu em um asilo aos 71 anos.
Junto com Winston Watson, Clarke formou o Meditations em 1973. Entre os grandes sucessos do grupo estão “Woman Is Like A Shadow” e “Woman Piabba”, esta última imortalizada nos salões de reggae em São Luís.
The Meditations também participaram como vocalistas de apoio em várias músicas de Bob Marley, incluindo “Punky Reggae Party”, “Blackman Redemption” e “Rastaman Live Up”.
“Stand in Love”, lançado em 2002 pelo selo Meditations Music, foi o último álbum a contar com Clarke, que retornou à Jamaica há 12 anos. Winston Watson faleceu em Nova York em março de 2019.
O cantor jamaicano Carlton Hinds, filho da lenda do reggae Justin Hinds, virá ao Brasil para uma única apresentação em São Luís no dia 28 de setembro, na Arena Phenix, no Anel Viário.
Cantor e percussionista, Carlton fez parte da última formação do The Dominoes ao lado do pai e seu irmão Michael Hinds, e se apresentaram juntos na primeira edição do Maranhão Roots Reggae Festival, promovido pelo Sistema Mirante de Comunicação.
Carlton confessou estar muito feliz por voltar a São Luís e desta vez como cantor, onde será acompanhado pela banda Raiz Tribal, que já está ensaiando o repertório do artista.
Justin Hinds transitou pelo ska, rocksteady e early reggae, sendo uma estrela da música jamaicana de quem Bob Marley era fã.
Seu incrível álbum “Jezebel” traz uma excelente produção, onde encontramos sucessos de Justin, como “Natty Take Over” (do filme “Rockers”), “Fire” e o clássico “Carry Go Bring Come”, que imortalizou a voz de Justin Hinds no hall das inesquecíveis da música jamaicana.
O cantor foi vítima de câncer em 2005.
Os ingressos estão disponíveis nas lojas Sapequara na Cidade Operária e São Cristóvão e nas lojas Radical e Bonita na Rua Grande.
Este show tributo começará às 18 horas e contará também com as apresentações do DJ Waldiney, Helena Melo, Dread Silver e Magno JP.