O Museu do Reggae de São Luís comemora sete anos de atividades, destacando-se como um espaço de preservação da memória e da cultura reggae no Maranhão. Sob a coordenação de Ademar Danilo, o museu tem cumprido o papel de registrar e valorizar a relação profunda entre o reggae e a capital maranhense, conhecida como “Jamaica Brasileira”.
Desde sua inauguração, em 2018, o museu vem promovendo exposições, homenagens e encontros que relembram a trajetória do reggae no estado. Esses eventos têm sido importantes para dar visibilidade a artistas, radiolas, DJs e dançarinos que ajudaram a consolidar o gênero como parte do cotidiano cultural de São Luís.
Museu do Reggae
Ao longo desses anos, o espaço também se tornou ponto de referência para turistas e admiradores da música jamaicana, além de fomentar diálogos entre o reggae local e o internacional. A curadoria busca equilibrar a preservação de peças históricas, como discos raros e fotografias, com a promoção de novas iniciativas culturais.
Museu do Reggae
A celebração dos sete anos do museu é uma oportunidade para refletir sobre sua contribuição ao fortalecimento da identidade cultural de São Luís, mantendo viva a conexão entre o reggae e a cidade que o abraçou de forma tão singular.
São Luís se prepara para receber um dos maiores eventos de reggae do ano: o Rasta Reggae Festival, programado para o dia 10 de maio de 2025, a partir das 17h, no Centro de Comercialização de Produtos Artesanais do Maranhão (CEPRAMA). O festival promete uma programação recheada de atrações internacionais inéditas no Brasil, além de valorizar os talentos locais.
Entre os destaques, está o lendário trio jamaicano The Heptones, conhecido por suas harmonias marcantes e por sua contribuição significativa na transição do ska e rocksteady para o reggae nos anos 1960 e 1970. Formado em Kingston, Jamaica, em 1965, o grupo atualmente conta com Earl Morgan, Robert Dacres e Carlton Scarlett, que apresentarão grandes sucessos como Book of Rules, Diana e Our Love Affair.
Outra presença ilustre é Keith Porter, único membro original remanescente do grupo The Itals, que retorna a São Luís após mais de duas décadas para cantar clássicos como Inna Dis Ya Time, Seeing Is Believing e outros sucessos.
O festival contará ainda com um show inédito de Don Campbell, muito popular em São Luís por músicas como Storm Is Over Now e Rise. Don colaborou na produção do álbum This Carry Go Bring Come, de Justin Hinds, produzido por Sidney Crooks, e possui várias participações em álbuns de reggae na Inglaterra.
Representando a cena local, o cantor George Gomes, Barba Branca e Capital Roots prometem um repertório voltado para o reggae roots, interpretando trabalhos autorais e covers.
Dub Brown, um dos maiores nomes do reggae maranhense, transita entre o reggae produzido para as famosas radiolas e o roots reggae. Com tantos sucessos em seu repertório, é difícil escolher o que será apresentado, mas Man a Man não pode faltar, sendo uma das mais tocadas nos bares da capital maranhense.
Para completar a programação, DJs e radiolas garantirão uma sequência saudosista que promete agradar a todos os públicos. Entre eles, DJ Waldiney, Helena Mello, Diego Rastaman, Ademar Danilo, Alex Prado, Equipe de Ouro, R3 Radiola Roots (AL), Rodolfo Roots (AL) e Radiola Wellington Som.
O Rasta Reggae Festival reafirma o título de São Luís como a “Jamaica Brasileira”, celebrando a cultura reggae, parte integrante da identidade da cidade.
Ingressos estarão disponíveis nas Lojas Radical e Bonita, na Rua Grande. Para mais informações, acesse aqui.
São Luís, reconhecida como a capital brasileira do reggae, será palco da celebração dos 80 anos de Sidney Crooks, também conhecido como Norris Cole, uma das maiores figuras do reggae mundial.
Nascido em 24 de fevereiro de 1945, em Westmoreland, Jamaica, Norris iniciou sua jornada musical em Kingston, onde formou o grupo The Pioneers com Winston Hewitt e Derrick Crooks. Em 1966, gravaram a primeira música, mas foi com a nova formação, incluindo Jackie Robinson e George Dekker, que o grupo alcançou sucesso global.
Com mais de 50 anos de trajetória, Norris se destacou como vocalista e produtor, trabalhando com artistas como Gregory Isaacs, Dennis Brown, Owen Gray, Justin Hinds, Marcia Griffiths e Delroy Wilson. Há duas décadas, ele se estabeleceu em São Luís ao lado da esposa, Lady Conceição, cantora e administradora do selo Pioneers International, tornando-se uma figura central no reggae local e fortalecendo o vínculo cultural entre Maranhão e Jamaica.
Black Steel
A comemoração de seus 80 anos, no dia 22 de fevereiro de 2025, no Central Roots, reunirá nomes consagrados do reggae. Entre os destaques está o multi-instrumentista jamaicano Black Steel, que já colaborou com lendas como Freddie McGregor, Lee Perry e Augustus Pablo, além de ter integrado o Twinkle Brothers. Com sucessos em São Luís, como “He Don’t Love Like I Do” e a versão de “Everybody Plays the Fool”, Black Steel se consolidou como uma das figuras mais importantes do gênero.
O evento também contará com Sly Foxx, cantor jamaicano que fez sua estreia em São Luís em 2005 e ganhou destaque nas rádios locais desde o final dos anos 1990. Hoje, Sly é um dos principais representantes do reggae de radiola no Brasil.
Outro nome confirmado é Norris Junior, filho de Lady Conceição e Norris Cole. Desde cedo envolvido com a música, Junior destacou-se como cantor e instrumentista. Aos sete anos, ganhou um teclado de Eddy Grant e, aos dez, lançou o sucesso internacional “War inna Babylon”, com Cedric Myton. Com apresentações em diversas cidades e parcerias, como a banda Raiz Tribal, ele se firma como uma grande promessa do reggae.
A banda maranhense Raiz Tribal, conhecida por suas performances e repertório que mistura composições próprias com clássicos jamaicanos, também marcará presença. Liderada por Gil Enes, a banda já participou de grandes eventos como o República Reggae e o Mega Tributo a Gregory Isaacs.
A programação começará às 17h, com DJs locais como Dread Silver, Gilson Roots, Elizabeth Lago, Faragi, Helena Melo, Jorge Black e Ulisses, que trarão ao público sucessos marcantes do reggae.
O Central Roots está localizado na Rua da Palma, Centro, e é uma das principais casas de reggae em São Luís.
Na última sexta-feira, recebi o cantor jamaicano Winston Curtis no programa Point Point da Mirante FM para um bate-papo sobre sua carreira. Também participaram os colecionadores Rubinho Star, de Fortaleza, e Lorinho Lovette, de Belém, além do cantor Honey Boy. Winston Curtis, que fará show neste sábado no Porto da Gabi, falou sobre sua trajetória e influências.
Aos 76 anos, ele contou que é natural de Kingston e destacou como suas principais inspirações no reggae John Holt, do Paragons, e o americano Eddie Lovette.Ele lembrou que se mudou para a Inglaterra aos 15 anos, onde formou uma banda, e mencionou sua admiração pelos Bee Gees e Beatles, cujas músicas ele regravou em versões de reggae e soul.
DJ Waldiney, Winston Curtis, Honey Boy, Loirinho Lovette e Rubinho Star
Falamos sobre Welcome You Back Home, seu maior sucesso em São Luís. Ele explicou que a música foi gravada em homenagem ao autor, Jackie Opel, logo após seu falecimento. Ele também mencionou que descobriu que a música era um hit no Brasil por meio de seu amigo Honey Boy, que gravou os vocais de apoio.
Winston e Honey Boy se conheceram na Trojan Records. Na época, Honey Boy ainda não cantava, mas os dois formaram uma parceria que resultou em vários singles e álbuns, muitos deles conhecidos em São Luís.
Durante o programa, Winston gravou uma mensagem de Natal para a Mirante FM e convidou todos para o show deste sábado.
São Luís e Belém estão na rota do cantor, compositor e produtor jamaicano Winston Curtis, que visita o Brasil pela primeira vez. O show de estreia será neste sábado, dia 30, no Porto da Gabi, em São Luís. Na semana seguinte, dia 7 de dezembro, Curtis se apresenta em Belém. Ambas as cidades, conhecidas por sua forte ligação com o reggae, prometem recepcioná-lo calorosamente.
Winston Curtis desembarcou em São Luís nesta quarta-feira (27) e já é aguardado ansiosamente por uma legião de fãs. Ao longo de sua carreira, o artista lançou sucessos como as versões de “The Long and Winding Road” e “My Desire”. Entre os salões de reggae de São Luís, porém, o destaque vai para a música “Welcome You Back Home”, originalmente de Jackie Opel, ex-integrante dos Skatalites. Este clássico, que é um verdadeiro hino nos clubes da cidade, promete emocionar o público ao ser apresentado ao vivo.
Além de canções que exploram temas como amor e espiritualidade, que o consagraram como uma lenda do reggae, Curtis também se destacou como produtor. Ele foi responsável por álbuns de grande impacto, como “Arise”, do cantor Honey Boy, e “Selassie I Rockers”. Sua própria discografia também é marcante, com o álbum “Winston’s Greats” (1977).
O show deste sábado contará com um line-up de peso. Entre as atrações confirmadas estão a banda Capital Roots, a radiola Estrela do Som, além das equipes Equipe de Ouro, Resistência Reggae Vinil, Vinil Woman, Discool Music, Mega Pai D’Égua (Belém) e Equipe Conexão Rasta (Belém).
Vernon Maytone, Lady Conceição, Diego Rastaman e DJ Waldiney
O podcast do Reggae Point antecipa seus entrevistados até dezembro e já revela um spoiler do que vem por aí na telinha do imirante.com no YouTube.
Karla Freire e DJ Waldiney
Na próxima quinta-feira, teremos uma entrevista com a jornalista Karla Freire, autora do livro Onde o Reggae é a Lei, que chega à sua terceira edição. A obra aborda o surgimento do reggae na Jamaica e sua chegada a São Luís.
Ruy Pinto, Paulinho e DJ Waldiney
Em seguida, contaremos com a presença da dupla de seguranças Rui Pinto e Paulinho, que compartilharão histórias vividas no reggae, incluindo a vinda inédita de Gregory Isaacs a São Luís, em 1991.
Cristinha Griffhts e DJ Waldiney
Também entrevistei Cristina Griffiths, a primeira locutora de reggae do Brasil, que conquistou uma legião de ouvintes no Maranhão na década de 1990. Ela conta sua trajetória no rádio e fala sobre seus planos futuros.
Diego Rastaman, DJ Waldiney, Vernon Maytone e Lady Conceição
Além disso, teremos um bate-papo exclusivo com o astro Veron Maytone, do The Maytones. A lenda viva do reggae falou sobre a origem do grupo e os bastidores do álbum Madness.
Nelson Melo e DJ Waldiney
Celebrando os 30 anos do Bar do Nelson, Nelson Melo relembra como tudo começou até o bar se tornar uma referência no reggae em São Luís.
Para acompanhar, acesse o canal imirante.com no YouTube, inscreva-se e ative as notificações. O podcast é quinzenal e uma extensão do programa Reggae Point da Mirante FM, que está no ar desde 1991 e atualmente é apresentado por mim, DJ Waldiney.
Kevin Isaacs, Lady Conceição, Sidney Crooks e DJ Waldiney
Kevin Isaacs esteve em uma conversa especial com o DJ Waldiney sobre o álbum Get Ready, lançado pelo selo Pioneers International.
A entrevista contou também com a participação do produtor Sidney Crooks e sua esposa, Lady Conceição, que compartilharam insights sobre o processo de gravação do álbum, já disponível em vinil e nas principais plataformas de streaming.
Kevin Isaacs, filho do lendário Gregory Isaacs, aproveitou sua passagem por São Luís antes de seguir para Bacabal, onde fez um show em homenagem a seu pai.
Durante o bate-papo, ele relembrou o início de sua carreira ao lado de Gregory, seus álbuns Father e Sun and Dad, e comentou sobre as gravações que fez para as radiolas locais, onde suas músicas são sempre requisitadas.
O podcast pode ser acessado no canal do Imirante.com no YouTube e nas plataformas de streaming da Mirante FM.
Nos meses de outubro e novembro, é tradição em São Luís homenagear Gregory Isaacs, o lendário “Cool Ruler” do reggae. Este ano, a 13ª edição dessa celebração será realizada no dia 16 de novembro, com início às 18h, na Choperia Marcelo, no bairro da Forquilha, e promete reunir uma grande multidão de fãs e admiradores.
O evento contará com grandes atrações, como o DJ Waldiney, Helena Mello, os DJs Irmãos Metralhas e a Equipe de Ouro Mello. A banda maranhense Raiz Tribal também marcará presença, dedicando uma hora de seu repertório exclusivamente aos sucessos de Gregory Isaacs, incluindo clássicos como “Material World” e “Tune In”.
Uma das novidades deste ano é a camisa dry fit, que dará acesso ao evento e homenageará o cantor jamaicano. O modelo traz na parte frontal o continente africano nas cores do reggae, e no verso, o rosto de Gregory Isaacs formado pelos nomes dos artistas homenageados, como Lucky Dube, John Holt, Alton Ellis, Joe Higgs, Byron Lee, Barbara Jones, Albert Griffiths, Junior Murvin, Jackie Brown e, claro, Gregory Isaacs. Pela primeira vez, o tributo será realizado em um sábado, permitindo um horário estendido.
A homenagem a Gregory Isaacs contará com bandeiras, telões exibindo imagens e uma sequência musical especial em tributo a esses ícones.
O Tributo a Gregory Isaacs faz parte do calendário anual da massa regueira, e em 2014 contou com a presença de Kevin Isaacs, filho de Gregory, a convite do evento. Em outubro deste ano, Kevin participou do podcast Reggae Point, onde discutiu seu novo álbum “Get Ready”. O conteúdo estará disponível em breve no canal do imirante.com no YouTube.
Para quem deseja participar do tributo, confira mais informações aqui.
Roy Dayes, também conhecido como Kenneth Culture, membro original do grupo de roots reggae jamaicano Culture, faleceu nesse domingo (20). Não há detalhes sobre a causa da morte de Dayes.
Nascido em Kingston, Dayes se juntou a Joseph Hill e seu primo Albert Walker em 1976 para formar o Culture, inicialmente chamado African Disciples.
O grupo gravou uma série de singles, começando com “See Dem a Come” e incluindo “Two Sevens Clash”, muitos dos quais apareceram no famoso álbum de estreia Two Sevens Clash. Essa faixa, que previa um apocalipse em 7 de julho de 1977, teve um impacto tão profundo que muitos em Kingston preferiram ficar em casa nessa data, temendo que a profecia se concretizasse.
Em 1981, o trio se separou, com Dayes gravando várias faixas solo. No entanto, em 1986, os membros originais se reuniram para produzir os álbuns Culture in Culture e Culture At Work.
Nossos sinceros pêsames à sua família e amigos. Descanse em paz.
A música “Could You Be Loved”, lançada em 1980 no álbum Uprising de Bob Marley and the Wailers, chegou a bilhões de streams no Spotify, sendo um dos maiores sucessos da banda. A faixa, lançada poucos meses antes da morte de Marley, foi premiada com ouro e platina em vários países. Já o cantor Alborosie celebra 100 milhões de reproduções de “Kingston Town” no Spotify e está otimista em alcançar 200 milhões em breve.
As músicas de Bob Marley continuam sendo ouvidas por pessoas de todas as idades ao redor do mundo. Alborosie, por sua vez, atrai novos públicos e mantém o reggae em destaque com suas canções.
