A função óbvia do jornalista é checar a fonte e a veracidade da informação. Circulou nessa quinta-feira (27/1), nas redes sociais, que São Luís teria perdido o Título de Patrimônio da Humanidade.
São Luís Patrimônio da Humanidade. Foto: Divulgação
A mensagem, que foi reproduzida, dizia que “representante da Unesco no Brasil, Lucien Adre Muñoz enviou ao Prefeito de São Luis, Edivaldo Holanda Júnior (PDT), na terça-feira (24 de janeiro), ofício onde formaliza a decisão da Unesco de desqualificar a cidade de São Luis como Patrimônio da Humanidade”.
Logo achei a notícia sem fundamento tendo em vista a reunião, na segunda-feira, dia 23 de janeiro, do prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PDT), e a presidente nacional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Kátia Bogéa, com a presença de alguns secretários, para alinhar ações conjuntas entre o município e o órgão federal, com o objetivo de obras de melhorias na área tombada como Patrimônio da Humanidade.
A Unesco, que concedeu o título em 1997, afirmou que a informação é “FAKE”. A Prefeitura de São Luís também negou o boato.
Quem visita São Luís tem como um dos cartões postais mais imponente da cidade, a Praia Grande, em pleno Centro Histórico. Foram intensificadas ações no sentido de revitalizar a área. A segurança do local foi reforçada, assim como o trabalho de limpeza, lavagem das ruas e escadarias, além da varrição e coleta do lixo, manutenção da iluminação pública, poda de árvores e restauração do calçamento.
Outras intervenções previstas para a próxima etapa são a instalação de lixeiras subterrâneas, a reforma dos banheiros do Mercado das Tulhas e a implantação de uma base da Polícia Militar na Praça Nauro Machado, que também será utilizada pelo Batalhão de Policiamento Turístico. Também serão desenvolvidas, na área do Centro Histórico, ações de saúde, como o projeto “Crack: é Possível Vencer”, para prestar assistência à população de rua e atendimento aos usuários da droga. A ação será coordenada conjuntamente pelas secretarias de Saúde municipal e estadual.
Os primeiros passos estão sendo dados, por meio de uma parceria entre a Prefeitura de São Luís e o governo do Estado. Resta agora, os comerciantes, moradores da região, e à população em geral, que frequenta a Praia Grande, fazerem à sua parte. E o desejo é que essas ações se estendam a todo o Complexo Histórico de São Luís, tombado como Patrimônio da Humanidade, pela Unesco.
Dança, luta e símbolo de resistência, a capoeira de roda poderá ser reconhecida como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Nesta quarta-feira (26/11), em Paris, capital da França, o Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural e Imaterial da Unesco anuncia sua decisão.
Foram feitos 46 pedidos de registro pelos Estados-Membros, sendo que 32 foram recomendados pelo órgão técnico do comitê, entre os quais está o da capoeira – o único apresentado pelo Brasil e um dos três bens da América Latina na lista.
Já reconhecida como patrimônio cultural pelo Iphan desde 2008, a capoeira envolve os praticantes por meio do canto, dos instrumentos típicos como o berimbau e o atabaque, em uma roda, onde os golpes se confundem com a dança. Uma prática que é, ao mesmo tempo, jogo e brincadeira.
