Lançamento do “Atlas da Carne” em São Luís

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Os impactos da cadeia da produção da carne e o que isso tem a ver com o desmatamento serão alguns dos temas em debate, nesta quinta-feira, dia 13/10, a partir das 18h, no Auditório do Curso de Arquitetura da UEMA, às na Rua da Estrela, 472, 63, São Luís, Maranhão.

Atlas da Carne: Vocês têm fome de quê? Foto: Divulgação
Atlas da Carne: Vocês têm fome de quê? Foto: Divulgação

A palestra, organizada pela Fundação Heinrich Böll Brasil, será feita por Fábio Pacheco, da Associação Agroecológica Tijupá, Itaan Santos, Professor de veterinária da UEMA, Sergio Schlesinger, um dos autores do Atlas e consultor da FASE, Maureen Santos, coordenadora do Programa de Justiça Socioambiental da Fundação Heinrich Böll Brasil e Sidney Rezende, jornalista e diretor do portal SRZD.

Na ocasião, haverá o lançamento do “Atlas da Carne”. Elaborada por pesquisadores do Brasil, Chile, México e da Alemanha, o “Atlas da carne – fatos e números sobre os animais que comemos” traz uma pergunta inquietante: você sabia que a produção de carne está relacionada ao desmatamento da Amazônia?

A publicação mapeia a produção industrial de carne no mundo e como ela atinge recursos hídricos e solos, influencia as mudanças climáticas e aumenta a desigualdade. Registra ainda como a criação animal em escala industrial traz consequências como a fome, já que a produção intensiva fica sempre em primeiro plano, em detrimento das necessidades nutricionais de cada país.

O cercamento de terras para esse objetivo também causa o deslocamento de pequenos produtores, intensificando problemas sociais. A perda de biodiversidade também é outra grave consequência desse avanço sobre as terras.

O Atlas, portanto, indica esses e outros impactos do consumo de carne, seja ela bovina, suína, de aves e de outros tipos como búfalos e ovelhas.

A publicação busca disseminar o máximo de informação quanto aos efeitos da produção de carne e às alternativas a esse modelo predador. Segundo o Atlas, se o consumo de carne continuar crescendo, em 2050 os agricultores e agricultoras terão que produzir 150 milhões de toneladas extra de carne, agravando os problemas.

O Atlas da Carne estimula, assim, reflexões sobre como implementar uma pecuária “ecológica, social e ética” como contraponto ao agronegócio nos Estados Unidos, na União Europeia e na América Latina. A publicação traz alternativas ao atual modelo, como a de produzir e consumir a carne localmente, evitando o transporte por milhares de quilômetros. Quer, assim, mostrar ao consumidor de carne toda a cadeia de produção.

No Brasil, onde a crise hídrica já bateu à porta, para cada 1 quilo de carne, gastam-se 15 mil litros de água. E a criação intensiva, visando à exportação, leva ao uso de fármacos para erradicar doenças e acelerar a engorda. A contaminação do solo e da água, entre outras, são as consequências. A despeito disso, a demanda global por carne aumenta, mais rapidamente nos países emergentes e de forma cadenciada nos Estados Unidos e na Europa.

O Atlas que chega agora ao Brasil já foi publicado na Europa em inglês e alemão. O país ilustra bem a cadeia de produção, pois é um dos maiores produtores de soja do mundo, grão utilizado sobretudo como ração animal. Ao consumir a carne, o cidadão ingere também agrotóxico, usado no cultivo desse defensivo agrícola.

No Brasil, a sanha por terra de produtores de soja e outros levam à grilagem, à expulsão de pequenos agricultores e a assassinatos de líderes camponeses e indígenas. A produção da soja também leva ao supracitado desmatamento na Amazônia, visto, em maior escala, no Cerrado e no Pantanal, que sofrem também com o avanço das áreas de pastagens, pondo em risco importantes biomas.

A pecuária intensiva gera quase um terço dos gases de efeito estufa em nível global. Diante disso, a afirmação de que a América Latina é a região que mais exporta carne bovina e de aves em todo o mundo deve ser relativizada. O Atlas da Carne traz à tona esse debate cada vez mais urgente.

No próximo dia 6, A Fundação Heinrich Böll Brasil promoverá uma ampla discussão sobre a publicação. Na ocasião será lançado também o livro “Cadeia industrial da Carne – Compartilhando ideias e estratégias sobre o enfrentamento do complexo industrial do complexo industrial global da carne” da FASE, parceira da Fundação Böll, que também discute o tema.

Serviço:

Lançamento Atlas da Carne – Fatos e números sobre os animais que comemos

Quando: 13/10 – 18h às 22h

Onde: Auditório do Curso de Arquitetura da UEMA – Rua da Estrela, 472 – São Luís – Maranhão

Palestrantes:

Fábio Pacheco, da Associação Agroecológica Tijupá

Itaan Santos, Professor de veterinária da UEMA

Sergio Schlesinger, Um dos autores do Atlas e consultor da FASE

Maureen Santos, Coordenadora do Programa de Justiça Socioambiental da Fundação Heinrich Böll Brasil

Moderação: Sidney Rezende: jornalista e diretor do portal SRZD.

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Saberes Tradicionais e Etnográfico em debate em SLZ

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Foi aberto nessa quarta-feira, dia 6 de abril, no auditório do Curso de Arquitetura e Urbanismo, localizada na rua da Estrela, e na Casa do Maranhão, na rua do Trapiche, ambos na Praia Grande, o Seminário Internacional Centro de Ciências e saberes: trabalho Etnográfico e Cartografia Social e na Exposição: Saberes Tradicionais e Etnografia.

Lançamento dos livros das coleções Narrativas quilombolas e Luta e resistência quilombolas na Casa do Maranhão. Foto: Divulgação
Lançamento dos livros das coleções Narrativas quilombolas e Luta e resistência quilombolas na Casa do Maranhão. Foto: Divulgação

O evento, promovido pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), vai até sábado, dia 9 de abril, reúne pesquisadores de diferentes Estados e países, quilombolas, pescadores, quebradeiras de coco e indígenas para discutir temas relacionados a etnografia e os saberes de povos e comunidades tradicionais.

Na abertura, o seminário contou com a participação do reitor da UEMA, Gustavo Pereira da Costa, da diretora do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST), Heloisa Bertol Domingues e de agentes sociais que, na oportunidade, apresentam suas experiências sobre a construção de Centros de Saberes em suas comunidades.

O Seminário e a Exposição, de acordo com os organizadores, são atividades do “Projeto Centro de Ciências e Saberes: experiência de criação de Museus Vivos na afirmação de saberes e fazeres representativos dos povos e comunidades tradicionais” financiado pelo CNPq e promovido pelo Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia (PNCSA/UEA), pelo MAST e pelo Programa de Pós-Graduação em Cartografia Social e Política da Amazônia (PPGCSPA).

Integrada à programação do Seminário, aconteceu, também, a Exposição “Saberes Tradicionais e Etnografia”, aberta ao público durante todo o evento, de 9h às 20h, na Casa do Maranhão. Nesse local, além da apresentação de peças escolhidas pelos próprios agentes para representar seus saberes e fazeres, ocorre a exibição de vídeos, apresentações culturais, venda de livros e produtos tradicionais.

Sabedoria Popular

Paralelo a essas atividades, foi realizado, nessa quarta-feira, 6/4, na Casa do Maranhão, o lançamento dos seguintes livros: livros da coleção “Narrativas Quilombolas” e “Luta e resistência quilombolas”;

Nesta quinta-feiram, dia 7/4, será lançado o livro “Regime tutelar e faccionalismo: política e religião em uma reserva Ticuna”, de João Pacheco de Oliveira. Na sexta-feira, dia 8/4 lançamento dos livros das aulas inaugurais do PPGCSPA, pela professora Heloísa Maria Bertol Domingues, Otávio Guilherme Velho e José Sérgio Leite Lopes.

Sobre o Seminário

Ao longo dos três dias estão sendo realizadas mesas de discussão sobre os seguintes temas: “Conhecimentos Tradicionais e Normas Legais na Pan-Amazônia”; “Saberes, literatura dos viajantes na Amazônia e Museus”; “Os Museus e as representações dos povos e comunidades tradicionais” e “As experiências do Projeto ‘Centros de Ciências Saberes’”.

Além da participação dos pesquisadores do Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia e dos agentes sociais, os debates contam com a presença de pesquisadores convidados de diferentes universidades e instituições de pesquisa nacionais e internacionais.

Dentre os convidados internacionais destacamos: Alfredo Vitery (Equador); Eleazar Jose Yriza (Venezuela); Horácio Usquiano, Ministério das Relações Exteriores (Bolívia); Mario Garreta Chindoy (Colômbia); Mille Gabriel, curadora do Museu Nacional (Dinamarca); Richard Kipruto, representante do povo Endorois (Quênia).

O homenageado do Seminário é o doutor de ossos de Canelatiua, Domingos Ribeiro, porta-voz dos interesses de uma territorialidade específica, conhecida como Terra da Pobreza, localizada no território étnico de Alcântara.

Sobre a exposição

imagem exposição “A Exposição “Saberes Tradicionais e Etnografia” agrupa Centros de Ciências e Saberes, que constituem uma rede de associações de base comunitária de pesquisadores e de instituições científicas, que visa fortalecer o patrimônio cultural de povos e comunidades tradicionais na Amazônia, através de uma relação dinâmica entre conhecimentos científicos e saberes tradicionais.

O “Projeto Centro de Ciências e Saberes: experiências de criação de Museus Vivos na afirmação de saberes e fazeres representativos dos povos e comunidades tradicionais” está apoiado em trabalhos de pesquisa etnográfica com povos e comunidades tradicionais, de etnicidade definida, e viabiliza condições efetivas para a consolidação de um novo domínio de investigação acadêmica, abrangendo a produção e a divulgação dos saberes tradicionais.

Como atividades culturais, o evento recebe o Tambor de Crioula, Bambaê de Caixa de Penalva e Cajari e as Encantadeiras.

Os homenageados da exposição são: Manuel da Conceição, liderança camponesa de Imperatriz, que vai estar presente ao evento e a antropóloga Lygia Sigault (in memorian).

Programação

Dia 6/04/2016

Local: Auditório da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo-UEMA. Rua da Estrela, 472, Centro Histórico

17h

Cerimônia de abertura

Gustavo Pereira Costa, Reitor da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA)

Heloisa Bertol Domingues, Diretora do Museu de Astronomia (MAST)

Cynthia Carvalho Martins, Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Cartografia Social e Política da Amazônia (PPGCSPA/UEMA)

Alfredo Wagner Berno de Almeida, Coordenação do Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia (PNCSA/UEA)

Conferência

Homenagem a Domingos Ribeiro

18h30

Caminhada pelo Centro Histórico até a Casa de Cultura do Maranhão

Local: Casa de Cultura do Maranhão

Av. Beira Mar, Centro Histórico

19h

Exposição e Lançamento de livros

Abertura da exposição Saberes Tradicionais e etnografia

Lançamento dos livros das coleções Narrativas quilombolas e Luta e resistência quilombolas

Atividade cultural: Tambor de Crioula

Dia 7/04/2016

Local: Auditório da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo-UEMA. Rua da Estrela, 472, Centro Histórico

8h30 – 12h30

Mesa redonda 1 Conhecimentos Tradicionais e Normas Legais na Pan-Amazônia

Horácio Usquiano. MRE, Bolívia

Sheilla Borges Dourado. PNCSA, Brasil

Alfredo Vitery, Equador

Mario Garreta Chindoy, Colômbia

Eleazar Jose Yriza, Venezuela

Debatedor: Alfredo Wagner, Brasil

Coordenação: Antônio João Castrillón, UFTM, Brasil

14h30 – 18h30

Mesa redonda 2. Saberes, literatura dos viajantes na Amazônia e Museus

Mille Gabriel, Museu Nacional da Dinamarca

Heloísa Bertol Domingues, Museu de Astronomia (MAST)

Rosa Acevedo, UFPA

Camilla do Valle, UFRRJ

Debatedor: João Pacheco de Oliveira Filho, Museu Nacional

Coordenação: Helciane de Fátima Abreu Araujo, UEMA

Local: Casa de Cultura do Maranhão. Av. Beira Mar, Centro Histórico

19h – Lançamento de Livro

Regime tutelar e faccionalismo: política e religião em uma reserva Ticuna, de autoria de João Pacheco de Oliveira

Atividade cultural: Bambaê de Caixa

Dia 8/04/2016

Local: Auditório da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo-UEMA Rua da Estrela, 472, Centro Histórico

8h30 – 12h30

Mesa redonda 3Os Museus e as representações dos povos e comunidades tradicionais

Richard Chemuchuk, EWC, Quênia

Rosa Acevedo, UFPA

Patrícia Portela, UEMA

Debatedor: Sheilla Dourado, PNCSA

Coordenação: Horácio Antunes, UFMA

14h30 – 18h

Mesa redonda 4 As experiências do Projeto “Centros de Ciências Saberes”

Nice Machado Aires, MIQCB

Querubina Silva Neta, MIQCB

Leonardo dos Anjos, MABE

Francisco Paredes, AARJ

Altaci Corrêa Rubim e Edney Samias, Kokama/PNCSA

Maria de Fátima de Jesus, Pará

Debatedores:Alfredo Wagner, PNCSA e Heloísa Bertol Domingues

Coordenação: Cynthia Carvalho Martins, UEMA

Local: Casa de Cultura do Maranhão – Av. Beira Mar, Centro Histórico

19h Atividade cultural: Show das Encantadeiras

Dia 9/04/2016

8h30 – 12h30

Reunião de intercâmbio e cooperação científica do Projeto Ciências e Saberes

Local: prédio do Programa de Pós-Graduação em Cartografia Social e Política da Amazônia, Campus da UEMA

16h – 18h

Visita à Casa das Minas

18h

Visita ao Centro de Cultura Negra do Maranhão

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Alunos da Uema em competição de Rally

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Um grupo formado por 17 alunos da Universidade Estadual do Maranhão (Uema) representa o Estado, a partir desta quinta-feira (31/3)  até domingo, dia 3 de abril, na 22ª edição da competição ‘Baja Sae Brasil’, que desafiou estudantes de todo o país a conceberem um protótipo de veículooffroad.

Os maranhenses trabalharam durante mais de um ano no projeto do “Vitasse” e agora vão experimentá-lo nas provas de rally em São José dos Campos. A equipe Bumba meu Baja – formada de uma mescla entre estudantes de Engenharia Mecânica e Engenharia de Produção – já embarcou para a competição nacional, da qual participam, ao todo, 80 grupos de todo o país.

O projeto é uma das iniciativas da universidade de fomento à pesquisa e ao desenvolvimento de novas tecnologias.

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