Galeria promove Atelier Aberto de Fotografia

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Fotógrafos selecionados no V Salão de Artes Visuais de São Luís participarão do Projeto Atelier Aberto, uma ação cultural promovida pela Galeria Trapiche Santo Ângelo. Nesta sexta (23) e sábado (24) os profissionais farão registro do Centro Histórico da cidade e o resultado do trabalho será exposto em site e galerias de artes. O trabalho será desenvolvido na Galeria Trapiche Santo Ângelo, equipamento cultural da Prefeitura de São Luís, e contará com acompanhamento da direção do espaço.

Entre os fotógrafos que participarão do projeto estão Almir Valente Costa, Anna Karla Almeida, Aretha Ramos, Carolina Pitanga, Edgar Rocha, Dinho Araújo, Marília de Laroche, Renata Queiroz, Pedro Araújo e Vicente Júnior. Na dinâmica da proposta, dois grupos de fotógrafos caminharão pelo Centro Histórico de São Luís e durante o percurso farão um recorte do local a partir dos registros fotográficos, cada um com um olhar diferente sobre a realidade atual desse valioso espaço urbano.

A captura das imagens será avaliada posteriormente pelo grupo de fotógrafos e, após uma análise coletiva, as fotografias serão selecionadas, compondo um painel sobre a área. O resultado previsto é a produção de obras que serão expostas, inicialmente, num espaço virtual e, posteriormente, em galerias de arte, dentre elas a própria Galeria Trapiche.

– Essa é mais uma atividade gerada a partir das nossas propostas culturais neste espaço de excelência, que visa privilegiar os artistas visuais locais, promovendo, ainda, a integração entre os próprios artistas, já que muitos deles não se conhecem, de tal forma que o projeto irá facilitar os encontros entre os criadores de arte visual maranhense – disse Paulo Melo Sousa, diretor da Galeria Trapiche.

O PROJETO

Na proposta do Atelier Aberto podem surgir eventos culturais, tais como a realização de festivais de desenho, cerâmica, gravura, fotografia, intervenção urbana, dentre outras categorias das artes visuais. A intenção é estimular a produção dos artistas, tanto com uma temática provocativa sugerida quanto abordando temática livre, incentivando as práticas artísticas contemporâneas em artes visuais.

A primeira ação do projeto foi desenvolvida no Sítio Ecológico Panakuí, que se localiza no povoado de Coquilho, na Ilha de São Luís. Para a efetivação do trabalho, um grupo inicial de seis artistas foi convidado e todos trabalharam com a técnica da cerâmica, produzindo obras a partir da vivência no local escolhido. O Atelier Aberto prevê ainda o desenvolvimento de uma publicação que registre o processo de pesquisa dos artistas, bem como o resultado de suas atividades.

Fonte: Assessoria

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Casa do Maranhão reabre as portas

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O primeiro Centro de Interpretação Turístico-Cultural do Brasil, a Casa do Maranhão, localizada no Centro Histórico de São Luís, foi inaugurado nessa sexta-feira (19/12).

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Participaram da solenidade o governador Arnaldo Melo, ao lado da primeira-dama, Valderez Melo; a secretária de Estado da Cultura, Olga Simão, o secretário interino de Estado de Infraestrutura, Aparício Bandeira, o diretor da Casa do Maranhão, Cláudio Pinheiro, e representantes da Vale, como o diretor de Gestão Integrada, Vanderley Marques, entre outras autoridades.

O novo e moderno espaço para exposições é um equipamento com múltiplas possibilidades educacionais erguido com técnicas museológicas contemporâneas. O projeto foi viabilizado pelo Programa de Incentivo à Cultura, do Governo Federal, por meio da Lei Rouanet, com patrocínio da Vale e gerenciamento da Associação Artístico e Cultural do Maranhão. “É um momento muito especial para quem é apaixonado pela cultura maranhense e nos possibilita um amplo conhecimento da nossa riqueza cultural”, frisou Olga Simão.

Cláudio Pinheiro, diretor da Casa do Maranhão, salientou que a estrutura foi completamente reconfigurada. Nela há textos com enfoques literários, poesias, informações técnicas e infográficos, bem como diversos recursos audiovisuais.

– Aqui, o público também conhecerá os fatos mais marcantes da memória do Estado. A Casa do Maranhão é um projeto contemporâneo com diversas salas, funcionando de terça-feira a domingo – informou Pinheiro.

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Virada do Ano na Praça Maria Aragão e Litorânea

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Música gospel na Praça Maria Aragão com os artistas André Valadão, Anderson Freire e Maurício Paes e, na Avenida Litorânea, Zeca Baleiro, como atração principal, o grupo de samba Argumento, as bandas de reggae de Alcântara, Barba Branca e Afrôs, além de tambor de crioula, vão animar a Noite da Virada, dia 31, em São Luís.

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A informação é do presidente da Fundação Municipal da Cultura (FUNC), Francisco Gonçalves. Ele ressalta que a programação organizada pela Prefeitura de São Luís, respeita a vasta diversidade cultural da população ludovicense.

O planejamento dos eventos está sendo coordenado pela Func, em parceria com as secretarias municipais de Trânsito e Transporte (SMTT), Segurança com Cidadania (Semusc) e Saúde (Semus); além da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Delegacia de Costumes.

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Semana dos Museus em São Luís e Alcântara

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Os museus da cidade estão em festa a partir desta terça-feira (14) até domingo (19), em comemoração ao Dia Internacional dos Museus (celebrado em 18 de maio). No Brasil, a data foi instituída por decreto presidencial como o Dia do Museólogo e criada a Semana Nacional de Museus, pelo então Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 31 de maio de 2004.

mham510A partir de então o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) passou a coordenar a realização da Semana de Museus em todo o país, com a colaboração do Comitê Brasileiro do Conselho Internacional de Museus, através dos museus estaduais e municipais e de instituições museológicas, com uma programação que a cada ano aborda um tema determinado pela instituição. Para este ano, a 11ª Semana de Museus desenvolverá sua programação sob o tema “Museu (memória + criatividade) = mudança social”, temática sugerida pelo museólogo carioca Mário Chagas e acatada pelo Ibram.

Programação

Em São Luís, a programação promovida pelo governo do Estado, realizada pela Secretaria de Estado da Cultura, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, apoiada pela empresa TIM e pelo Sistema Estadual de Cultura, será coordenada pelo Museu Histórico e Artístico do Maranhão e ocorre nos museus estaduais, Casas de Cultura da Secma, Palácio Cristo Rei (UFMA), Correios, Museu dos Capuchinhos, Fundação da Memória Republicana, Convento das Mercês, Museu do Sítio do Físico, Museu da Memória Áudio Visual e na cidade de Alcântara, no Museu Histórico de Alcântara, com atividades que compreendem exposições, cursos, oficinas, palestras, seminários, lançamentos, rodas de conversas, contação de história, cortejos e visitas monitoradas.

A Semana de Museus tem neste ano como meta participar a integração entre as instituições museológicas maranhenses, envolvendo 16 instituições de São Luis e Alcântara.

– O formato de integração das instituições serve para quer os museus possam se apresentar para a sociedade maranhense com uma programação que traz um sentido de participação onde todos tenham oportunidade de mostrar quais são e o que tem a oferecer à comunidade – destacou Maria Luiza Raposo, diretora geral do Museu Histórico do Maranhão.

– Teremos uma novidade na programação da Semana, fato inédito no Brasil, que será um Cortejo de Museus, na qual todos os participantes serão identificados por estandartes, em São Luís e em Alcântara – informou Luíza Raposo.

Outra novidade nessa programação vai ser uma mostra que acontecerá na Praça João Lisboa com exposição de material de divulgação das instituições participantes, a respeito de acervo, projetos desenvolvidos e de funcionamento.

– A temática deste ano é uma equação criada e apresentada por Mário Chagas ao Ibram que mostra o museu com uma nova museologia social onde mudanças permanentes podem acontecer no sentido de modernizar os espaços e torná-los meios de informação mais eficientes – destacou a diretora do MHAM.

Versatilidade

O início da programação será na terça-feira (14), às 9h, com a atividade Museu vai a Rua, com cortejo de museus pelas ruas do centro da cidade, com concentração de funcionários de museus, educadores, museólogos, alunos e professores de museologia em frente à Biblioteca Pública Benedito Leite, na Praça Deodoro. Haverá deslocamento do cortejo, às 10h, pela rua Grande até a Praça João Lisboa, onde haverá a 1ª Mostra de Museus, seguida de performance interativa através de multimídias e redes sociais “Para além da memória”.

No período da tarde, às 17h, será feito o lançamento do carimbo “O Museu vai à Rua”, no Espaço Cultural dos Correios, com  deslocamento de cortejo da Praça João Lisboa até o Museu Histórico e Artístico do Maranhão,  na Rua do Sol. No mesmo local, às 19h, terá a abertura da 11ª Semana Nacional de Museus, com palestra “Museu (memória + criatividade) = mudança social”, ministrada pelo Museólogo Mário Chagas, no Teatro Apolônia Pinto e apresentação do Grupo de Choro Instrumental Pixinguinha, da Escola de Música Lilah Lisboa, nos jardins do MHAM.

Outros espaços museológicos da cidade estarão com atividades da Semana na terça-feira, se estendendo até a sexta-feira (17), com visitas e exposições diárias abertas ao público, com monitoramento de profissionais da área. Exemplo disso estão as visitas ao Museu Histórico e Artístico do Maranhão e Museu de Arte Sacra (Rua do Sol), no horário das 9h às 17h; Exposição “Fibras e Tramas de Barreirinhas”, na Casa de Nhozinho (Rua Portugal,185-Praia Grande), das  9h às 19h; Exposição Correios, por meio do Tempo, no Espaço Cultural da agência Central dos Correios (Praça João Lisboa), no horário das 8h às 17h.

Na quarta-feira (15), outras atividades serão abertas gratuitamente à comunidade, prosseguindo até a sexta-feira. No Ponto de Memória: Boi da Floresta, adolescentes e adultos poderão participar da oficina Foto na Lata, que acontecerá no horário das 9h às 11h. Enquanto no Museu dos Capuchinhos (Largo do Carmo), das 9h às 11h será ministrada a Oficina Fabricação de Fantoches para adolescentes de 12 a 17 anos. As portas do espaço estarão abertas para visitação pública, das 9h às 11h.

Ainda na quarta-feira das 15h às 15h30, o Museu Histórico e Artístico será palco para a atividade Contação de História – A Balaiada, dirigida ao público de alunos do Ensino Fundamental de Escolas Públicas. E no mesmo dia, das 15h às 17h, no Centro de Pesquisa de História Natural e Arqueologia do Maranhão (Rua do Giz, 49 – Praia Grande) será ministrada a Oficina de Réplicas da Megafauna (Dinossauros). Haverá visita mediada ao órgão diariamente, nos horários das 8h às 12h e 14h às 18h.

Mais roteiro

A Oficina Convivência com as artesãs, aberta à comunidade, acontecerá na Casa de Nhozinho, das 16h às 17h30; e na Casa da FÉsta (Centro Cultura Popular Domingos Vieira Filho-Rua do Giz-Praia Grande), das 17h45 às 19h, será aberta a exposição Divina Festa, com apresentação de Caixeiras do Divino.

Na cidade de Alcântara, a quinta-feira (16) a programação da 11ª Semana de Museus contará com o cortejo O Museu vai às Ruas, das 8h às 9h. Na Casa Histórica de Alcântara, das 9h às 12h e das 13h às 18h, acontecerá a oficina Memória e Envelhecimento, voltada para o público da terceira idade. No horário das 9h às 12h, acontecerá a Oficina de Reciclagem com Dulcinéia Nogueira, voltada para clientela de alunos do Ensino Médio de Escola Pública da zona rural; e das 10h às 16h, Exposição Devotos da Santa Croa.

No Mirante do Palácio Cristo Rei (UFMA), na Praça Gonçalves Dias, em São Luís, das 8h às 11h e 14h às 17h, terá Exposição de Biscuit. Também haverá visita ao Sítio Piranhenga, no horário das 14h às 17h, e visita mediada diariamente das 8h às 11h.

No Centro de Pesquisa de História Natural e Arqueologia do Maranhão (Rua do Giz nº 49 – Praia Grande), das 15h às 17h, será ministrada a oficina de Confecção de Cerâmica Arqueológica – Cerâmica (Arqueologia), aberta ao público.

O Teatro Apolônia Pinto do Museu Histórico e Artístico do Maranhão (Rua do Sol), será palco para o espetáculo teatral Saga de uma Ilha, que será apresentado por alunos do Centro de Arte Cênicas do Maranhão (Cacem), às 15h da quinta-feira (16).

Na sexta-feira (17), o Centro da História Natural e Arqueologia do Maranhão (Rua do Giz, nº 49 – Praia Grande) recebe o público da comunidade para a oficina de Confecção de Material Indígena, das 15h às 17h. Enquanto isso, a Fundação da Memória Republicana Brasileira, no bairro do Desterro abre as portas para a comunidade e universitários dos cursos de Turismo, História e Educação Artística, com uma Roda de conversa com diretores de Museus, das 16h às 18h.

No Ponto de Memória do Boi da Floresta, a comunidade participa da Rodada de Tambor de Crioula, às 16h30. No Convento das Mercês, alunos do curso de teatro do Cacem apresentam o espetáculo A Voz de Ana, às 18h.

Para fechar a programação do dia, no Museu da Memória Áudio Visual do Maranhão, às 19h o público poderá assistir a Exibição de Documentários. No Museu dos Capuchinhos (Largo do Carmo) adolescentes da comunidade podem participar de uma Oficina de Pintura que será ministrada no sábado (18), das 9h às 11h.

No domingo (19), o Encerramento 11ª Semana Nacional de Museus será no Ecomuseu Sítio do Físico, com uma Exposição de objetos arqueológicos (achados que afloram com a chuva) e visita ao Sítio do Físico, das 8h30 às 11h30, com concentração no estacionamento do Centro de Criatividade Odylo Costa, filho para o cortejo de museus.

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Um Carnaval Qualquer Nota !

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Tão logo acaba o carnaval vem a velha e furada análise sobre a folia no Maranhão. É a música que não toca no rádio. É a escola de samba que deixou de desfilar por falta de verba. É a comissão julgadora que deu o voto errado para escola de samba. É o reggae que invadiu o carnaval sem ser maranhense. É a decoração que foi feita no dia da folia. É a música baiana, cearense, pernambucana, paraíbana que atrapalham o artista maranhense. Enfim, algumas pessoas ainda apostam que esses são os empecilhos para o bom andamento da consolidação da Maranhensidade.

Não gostaria de falar sobre o assunto, mas alguns detalhes vivenciados no carnaval me chamaram atenção. Ao assistir o Carnaval da 2ª, no Laborarte, presenciei um grupo formado por meninas no palco misturando axé com música maranhense. Essa fusão me fez questionar o conceito de maranhensidade.

Primeiro, era um grupo de artistas maranhenses, ou seja, teoricamente inserido na Maranhensidade. E porque cantar axé ?

A indústria cultural tem nos ensinado desde a revolução industrial que nada está incólume a ela: a China, o MangueBeat, o RecBeat, o BumbaBeat, Fatboy Slim com Daniela Mercury e Caetano Veloso em cima do trio, Bono Vox cantando com Gilberto Gil, escola de samba do Rio de Janeiro em cima do trio elétrico em Salvador, o frevo comemorando 100 anos e sempre se reinventando e as marchinhas da época do vovó flertando com o funk da Zona Norte carioca.

Essas meninas que me chamaram atenção fazem parte de uma geração que combina festas por Blogs e Orkuts, baixam música pela internet e provavelmente pensem a questão étnica como uma forma plural. Afinal de contas, acabamos de assistir ao lançamento mundial do filme Antonias, onde mulheres escolheram como expressão maior a linguagem do hip hop, mesmo sendo da Terra da Garoa de Adoniran Barbosa.

Baseado no profissionalismo, Chico Science, entre outros homens carangüejos, da grande Recife, tentaram mostrar ao mundo o maracatu e a música de raiz de Pernambuco processadas com elementos musicais universais que soassem familiares e cotidianos aos ouvidos de londrinos, parisienses, nova-iorquinos, entre outros terráqueos sem xenofobia. Sem fazer uma leitura exótica, desses ritmos nativos vieram todos a Pernambuco conhecer o estado bruto e autêntico da música de raiz: essa é grande sacada do mestre Science.

Mas voltando ao conceito filosófico da Maranhensidade, reclamações à parte, é bom lembrar que a música de Chico Science não toca em rádio. Essa é uma das discussões mais antigas quando se refere à chamada Música Popular produzida no Maranhão, discussão essa que aborreceria até Ramsés III.

Já que o carnaval envolve musicalidade é bom que se diga que nós temos um carnaval histórico, cuja as brincadeiras alavancaram São Luís na condição de terceiro melhor carnaval do Brasil. Isto pôde ser notado na matéria veiculada pela Rede Globo de Televisão, recentemente, enfocando a ilha, Salvador e Recife no contexto nacional. Agora, o que será que aconteceu com o nosso carnaval ?

E foi pensando no Carnaval da 2ª do Laborarte e na performance daquelas destemidas meninas que me lembrei de uma frase célebre de Humberto Gessinger, vocalista dos Engenheiros do Hawaii: “o Papa é Pop” e para acrescentar o raciocínio é bom dizer que com música não se duela e nem se cria fronteiras.

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