Roberto Carlos rende-se a “Fé” com Rita Benneditto

0comentário

Sem essa de ‘toc’ religioso. Até Roberto Carlos rendeu-se ao som afro-espiritual-brasileiro que é marca registrada da cantora e compositora maranhense Rita Benneditto.

rita640

Conhecida pelo show Tecnomacumba, que trouxe a música de macumba para o universo pop, ao ficar em cartaz por 11 anos ininterruptos (a mais longa turnê da música brasileira), Rita ganhou o aval do Rei para regravar seu sucesso ‘Fé’ (1978). A faixa ganhou pegada roqueira para seu novo disco, Encanto, com o qual ela inicia nova turnê a partir de 6 de março no Vivo Rio, no Rio de Janeiro. Na sequência, ela se apresenta em São Paulo, no HSBC Brasil.

Encanto marca os 25 anos da carreira de Rita, e é tão eclético (e inusitado) que tem ainda as participações especiais de um padre jamaicano (Priest Tiger) declamando o ‘Salmo 24’, e de um pai de santo incorporado em outra faixa (‘Extra’, de Gilberto Gil). Além de parcerias com Frejat, Arlindo Cruz e Paralamas. Aperta o play!

Fonte: Época

sem comentário »

Rita Benneditto lança Encanto no Rio de Janeiro

0comentário

A turnê de lançamento do disco “Encanto”, de Rita Benneditto, já tem data e local. Será no dia 6 de março, no palco do Vivo Rio, na Cidade Maravilhosa, e segue dia 27 para o HSBC Brasil (São Paulo).

rita640

Encanto marca o retorno de Rita Benneditto ao estúdio, oito anos após o lançamento do emblemático Tecnomacumba. O novo álbum comemora os 25 anos de carreira da artista que em 1989 estreou no Maranhão o show Cunhã, considerado marco inicial. Lançado pela Manaxica Produções em parceria com a Biscoito Fino, Encanto é o primeiro disco da cantora após a mudança do nome, de Rita Ribeiro para Rita Benneditto, que aconteceu em 2012.

Plim Plim

A participação de Rita Benneditto no programa “Encontros”, com Fátima Bernardes, na Rede Glo, foi adiado em função da agenda de carnaval. Em breve a produção da artista vai divulgar a nova data.

 

sem comentário »

‘A música é a minha religião’, diz Rita Benneditto

0comentário

– Encanto tem influência da religiosidade afrobrasileira, uma espécie de extensão do Tecnomacumba, projeto vitorioso em cartaz durante onze anos, mas abre caminhos, setas, aponta para outros lugares, para a música como uma entidade. É um disco que representa esse desdobramento – definiu a cantora maranhense Rita Benneditto, em entrevista concedida ao jornalista Pedro Sobrinho, na noite dessa quinta-feira (8/1), no Plugado, na Mirante FM.

Foto: Elza Ribeiro
Foto: Elza Ribeiro

Esse disco traz impressões e histórias sobre a espiritualidade e as raízes da artista e reafirma a sua maranhensidade, absorvida por meio de uma leitura universal.

– Por ser brasileira, nordestina, descendente de negros e índios, o disco reafirma toda essa história. É uma intenção de encantamento em que o Maranhão se faz presente. Eu voltei às origens e recorri aos Lençóis Maranhenses, próximo a cidade em que nasci São Benedito do Rio Preto para recarregar as energias. E lá fiz o ensaio fotográfico com a percepção do fotógrafo maranhense Márcio Vasconcelos, com quem já vinha namorando profissionalmente e admiro o trabalho feito com sensibilidade. Enfim, a música é por essência uma religião, não por uma questão de igreja, de terreiro ou de qualquer outra coisa. Ela consegue se tornar um santuário em você. Ela é a minha religião e para ela é quem bato a cabeça – ressalta.

Setlist

Durante o programa, foram executadas algumas canções que compõem o trabalho.  Encanto é o primeiro após oito anos do lançamento de Tecnomacumba (2006) e marca os 25 anos de carreira dela, com doze canções, entre inéditas e releituras. O primeiro disco com a nova identidade musical: Rita Benneditto, e a produção de Felipe Pinaud e Lancaster Lopes, gravado e distribuído pela Biscoito Fino e Manaxica Produções.

Todo o disco remete à cultura maranhense, seja em arranjos ou outros elementos. Um disco que ficou como ela queria e que traz três músicas em parceria e releituras de Gilberto Gil (Extra), Roberto Carlos (Fé), Djavan (Água), Jorge Benjor (Santa Clara Clareou) e Villa-Lobos (Estrela é lua nova), com participações de Frejat, Arlindo Cruz e Reggae B e produção de Felipe Pinaud, além do maranhense Josias Sobrinho.

Enfim, Encanto é a marca de um renascimento, de um rebatismo e de fé, em todos sentidos. Tanto no sentido de esperança, quanto de mudar para melhor. A canção Fé, não por acaso, é a faixa título do disco. O lançamento do disco será em março deste ano, no Vivo Rio, na Cidade Maravilhosa. Em São Luís, o lançamento deve ocorrer, ainda, no primeiro semestre deste ano.

Faixa a Faixa

Centro da Mata – É um tema de domínio público adaptado por Rita com Felipe Pinaud. É uma vinheta que fala da caboca Jurema, que a acompanha desde o primeiro disco. “Achei importante abrir o disco com uma vinheta. É uma caboca do mundo que transcende o espaço. É como se ela se preparasse para atirar a seta para todos os lugares, e tempos e conexões, com uma levada sutil do Boi de Pindaré.

Guerreiro do Mar – Música de meus parceiros e que representa o encontro entre energias masculina e feminina. Energia de ogum com Iemanjá. Essa música tem uma pegada rock com arranjos do rock progressivo, meio Pink Floyd, uma levada de reggae. Quis trazer esse ponto. Foram viagens musicais sonoras.

Santa Clara Clareou – Faço uma referência ao Tecnomacumba. É quase uma oração, com arranjos baseado no ritmo do tambor de mina, homenageando essa manifestação, tão importante para a minha formação artística.

Pedra do Tempo – Falo da figura de Xangô, de toda a simbologia dele. Te, uma vinheta de Villa Lobos. Como eu já cantei essa música em corais, eu quis trazer essa memória afetiva.

Água – Queria muito fazer uma música que retratasse o elemento água pela importância que ela tem para a humanidade e para chamar a atenção sobre ela. É uma música de Djavan. Fiz também um arranjo trazendo a cultura maranhense no toque das caixeiras do Divino.

Banho de Manjericão – Inspirada no ritmo do terecô maranhense. Convidei o babalorixá Oboromin T’ogunjá, que incorporou o Pai Benedito das Almas de Angola e deixou uma mensagem de amor e de fé. Da fé que está dentro da gente. Um convite à transformação, à mudança… e eu faço isso nos meus trabalhos, que é ter uma visão mais ampla, mais transcendental.

Babalu – É um clássico da música. Quis trazer essa música mais anos 70 e é a primeira vez que canto uma música em espanhol, mas acho que está muito honesto. Babalu é um dos nomes do orixá Obaluaê.

Estrela é Lua Nova – É a mais antiga do disco. De Villa-Lobos em que ele . expõe a sua erudição. Ele brinca com a palavra macumba.

Fé – Sintetiza o Encanto. Sou cantora de fé, mas não de dogmas. Não sou presa a nenhuma religião. Estou ligada na música como religião, como elemento transformador. E essa música tem uma força, por ser de Robert Carlos e por termos feito um arranjo rock’n’roll, que é atemporal e todo mundo curte.

Extra – Tem a participação da banda Reggae B, (integrantes do Paralamas do Sucesso), comandada pelo Bi Ribeiro e aí eu quis resgatar para fazer a base da música. É um reggae bem 4×4, mais roots, quis fazer essa ligação com o reggae do Maranhão. A música fala também de transcendência, de Deus. Convidei o padre jamaicano rastafári Priest Tiger, que encarna o mensageiro da fé e quando traduzimos a mensagem dele vimos que se tratava do Salmo 24 (oração do Evangelho). Tudo a ver com a música, que fala do Deus que está dentro de nós.

Filha de Tupinambá – Outra vinheta de Jurema, porque como eu te falei, a seta está lá no início e prepara o CD. Toca nova vinheta, reafirma a origem de Jurema.

De Mina – É uma composição de Josias que eu adoro e que fala do tambor de mina, que me recoloca na minha aldeia. Fui gravar a voz no estúdio do Frejat e pensei que podíamos convidá-lo. O Frejat toca guitarra tem a pegada rock, que é a característica dele e ele topou e adorou participar, pirou nos arranjos. (essa música também tem a seta de Jurema chegando a seu destino final).

O que é dela é meu – É um samba do maravilhoso Arlindo Cruz em que a gente celebra a vida. A gente se encontrou em um trabalho e ele me disse que tinha uma música pra mim. Pedi pra ele mostrar e adorei. Disse que queria gravar no meu disco, daí convidei ele pra gravar e ele adorou. Não só cantou, como tocou banjo, bateu palma. Ele gosta muito do Tecnomacumba e fez essa brincadeira evidenciando a cultura africana.

sem comentário »

Rita Benneditto fala do disco “Encanto” no Plugado

1comentário

A cantora maranhense Rita Benneditto fala sobre o novo disco dela, intitulado “Encanto”, na edição desta quinta-feira (8/1), do Plugado, na Mirante FM, sob o comando do jornalista Pedro Sobrinho. O programa vai ao ar a partir das 22h.

Foto: Márcio Vasconcelos
Foto: Márcio Vasconcelos

Rita Benneditto é o nome atual de Rita Ribeiro, cantora maranhense que há dois anos mudou o sobrenome e que celebra a nova fase com o disco “Encanto” (Biscoito Fino/Manaxica Produções).

O álbum é o primeiro em oito anos desde “Tecnomacumba” e é composto por canções inéditas, como uma música feita por Arlindo Cruz para Rita, além de versões de Roberto Carlos, Djavan, Gilberto Gil e Jorge Ben Jor. O disco “Encanto” celebra os 25 anos de carreira da artista.

1 comentário »

Encanto: conceitual, marcado pela fé e devoção

0comentário

A eterna busca da originalidade é fonte de extrema angústia para músicos em todas as áreas, e algo que críticos e jornalistas cobram com veemência em um momento onde a música se tornou supérflua e perde valor cultural constantemente. Como buscar algo diferente em um segmento como a Música Popular Brasileira, onde aparentemente se tem a sensação de que se chegou a um teto, ou a um momento de saturação ? Como estimular a criatividade na busca pelo inédito e pelo novo ? Enfim, eu acredito que, ainda, tem gente na música que não perdeu o fôlego e procura surpreender o ouvinte – seja para o bem ou para o mal ?

ritabenneditto640

No meio à turbulência sem precedentes, eis como sugestão para audição a cantora maranhense Rita Benneditto, que acaba de lançar o seu sexto álbum solo, intitulado “Encanto”, o primeiro com a sua nova identidade musical, [anteriormente conhecida como “Rita Ribeiro”]. No disco, produzido por Felipe Pinaud e Lancaster Lopes, a artista Rita Benneditto expande o conceito de fé e religiosidade musical, sem se afastar da linhagem bem sucedida do projeto Tecnomacumba, cujo o show estreou em 2003, virou disco de estúdio em 2006 e ganhou registro ao Vivo em CD e DVD lançados em 2009, além de ter ficado quase onze anos em cartaz pelo País.

E já que o papo é o novo trabalho, foram dois dias de audição das treze faixas que compõem “Encanto”, produzido por Felipe Pinaud e Lancaster Lopes, com ensaio fotográfico do maranhense Márcio Vasconcelos pelos Lençóis Maranhenses, viabilizado pela Manaxica Produções, além de distribuído no mercado fonográfico pela gravadora Biscoito Fino.

É um disco conceitual e de devoção da cantora, em que predomina a musicalidade afro-brasileira, mas com um apelo ao universal. Um trabalho formatado por músicas inéditas como “Guerreiro do Mar”, de Márcio Local e Felipe Pinaud, “De Mina”, do compositor maranhense Josias Sobrinho, (com a participação de Roberto Frejat, do Barão Vermelho), aliadas a releituras de canções conhecidas de compositores como Djavan, em “Água”, Gilberto Gil, o reggae “Extra”, (participação da banda Reggae B, de Bi Ribeiro, dos Paralamas do Sucesso, e Priest Tiger), Jorge Benjor, em “Santa Clara Clareou” e Roberto Carlos, em “Fé”.

O bom em Rita é saber que ela é dona de uma voz extremamente afinada, coerente na forma como ela trabalha a carreira, opta por aquilo que acredita e lhe faz bem. Enfim, essa frase é a que melhor traduz a trajetória de uma artista: “a música é a religião de Rita Benneditto. É para a música que Rita Benneditto faz a cabeça!”

sem comentário »

CD Encanto é destaque na imprensa nacional

1comentário

O CD Encanto da cantora maranhense Rita Benneditto é destaque no site da UOL, [Clique aqui e leia], de São Paulo, em resenha escrita pelo jornalista Tiago Dias. O título da matéria é uma “cantora que une Roberto Carlos, macumba e rock para firmar tradição africana”.

ritabenneditto640

“Encanto”, é o sexto álbum de Rita – o primeiro após 11 anos da turnê de “Tecnomacumba” e com o novo nome. Ela já foi Rita Ribeiro e conquistou fãs e prestígio com esse nome até 2012, quando revelou a mudança. As razões são várias. Há uma reverência ao preto velho Pai Benedito d’Angola, ao próprio pai, que carregava o nome, ao município maranhense em que nasceu (São Benedito do Rio Preto) e um encanto pela dualidade entre masculino e feminino.

Foto: Márcio Vasconcelos

1 comentário »

Novo disco de Rita Bennedito disponível no iTunes

0comentário

O disco “Encanto” da cantora maranhense Rita Benneditto, que tem produção de Felipe Pinaud e da própria Rita, está desde o último dia 4, disponibilizado no iTunes para download.

ritabeneeehoriz041114

Encanto conta com as participações de Arlindo Cruz e Bi Ribeiro, dos Paralamas do Sucesso, e traz algumas releituras, como o samba “O Que é Dela é Meu e Fé”, de Roberto e Erasmos Carlos. O ensaio fotográfico do disco foi produzido pelo maranhense Márcio Vasconcelos.

Para ouvir Encanto clique Aqui.

sem comentário »

Rita Benneditto: a longevidade do Tecnomacumba

0comentário

Há doze anos na estrada com Tecnomacumba, a cantora Rita Benneditto faz show em São Paulo antes de apresentar seu novo trabalho, que tem lançamento marcado para setembro. Para comemorar o sucesso e a longevidade de Tecnomacumba Rita canta no Theatro NET São Paulo dia 31 de julho,(quinta-feira), antes de se dedicar a apresentações do novo CD, Encanto.

ritaBiRibeiro640x480

SOBRE O SHOW

Tecnomacumba é uma intervenção cultural de grande sucesso que vem reafirmar a identidade do povo brasileiro. O show idealizado e produzido por Rita Benneditto nasceu em uma temporada no Rio e ganhou vida própria por todo o País e até no exterior, quando colocou seu pé no mundo em um mega festival na cidade de Dakar- Senegal- África que reuniu artistas de vários continentes.

Os dois CDs (um de estúdio e outro ao vivo) e o DVD foram feitos por exigência desse público fiel e apaixonado pela mistura promovida por Rita Benneditto.

Devido ao grande sucesso de Tecnomacumba e por ser considerada uma das mais criativas e talentosas interpretes da MPB contemporânea, Rita Benneditto ganhou o prêmio de Melhor Cantora – Categoria Canção Popular no Prêmio da Música Brasileira – 2010.

– Tecnomacumba é uma intervenção cultural que busca mostrar o quanto a MPB deve às religiões africanas. E essa intervenção, contra todos os prognósticos de um mercado musical que desaprendeu a lidar com a longevidade dos shows de música ou simplesmente com a música que não é descartável, contra todos os prognósticos, Tecnomacumba está fazendo doze anos de existência e resistência. Vou fazer um grande show para encerrar essa temporada – promete Rita Benneditto.

Com o mesmo clima que conquistou o público, o show segue renovando. Seja no repertório que cresceu com adesão de músicas como De mina (de Josias Sobrinho) e Mamãe Oxum (domínio público). Ou ainda pela nova banda “Cavaleiros de Aruanda” que agora conta com Felipe Pinaud (guitarras e vocais), Lancaster (baixo e vocais), Pedro Mamede (bateria, e programações eletrônicas)

Ao longo dessa trajetória muitos artistas aderiram à intervenção cultural de Rita Benneditto, participando do show Tecnomacumba: Maria Bethânia, Alcione, Ney Matogrosso, Beth Carvalho, Margareth Menezes, Sandra de Sá, Mart´nália, Zeca Baleiro, Leci Brandão, Davi Morais, Otto, Nicolas Krassik, Totonho e os cabras, Marcos Suzano, Lanlan, Lucas Santana, Carlos Malta e Daúde.

ENCANTO

Depois dessa apresentação Rita passa a se dedicar ao show de lançamento do novo CD, Encanto. O novo álbum tem a produção musical de Felipe Pinaud e Lancaster Lopes e será lançado em setembro numa parceria da Manaxica Produções com a gravadora Biscoito Fino. O disco conta com as participações de Frejat, Arlindo Cruz e da banda Reggae B.

ENSAIO

Rita Bennedito esteve recentemente no Maranhão para ensaio fotográfico do novo trabalho. A cantora escolheu os Lençóis Maranhenses como cenário para as fotos do encarte de “Encanto”. O trabalho é assinado pelo fotógrafo maranhense Márcio Vasconcelos, além do também maranhense Edilson Ferreira, que veio do Rio de Janeiro, especialmente, para cuidar da produção do figurino, composto de peças do estilista Victor Dzenk.

SOBRE RITA BENNEDITTO

Rita Benneditto – A popularidade de Tecnomacumba é estratégica nesse momento em que sua criadora se apresenta publicamente com um novo nome: Rita Benneditto (até então, ela se apresentava como Rita Ribeiro). Rita começou sua carreira há mais de vinte anos. Há algum tempo descobriu a existência de nomes artísticos coincidentes com o seu, inclusive em Portugal. Assim, a artista, que sempre foi ligada ao sagrado – vide o sucesso do show Tecnomacumba, que já dura doze anos – resolveu então atender aos sinais e mudar seu nome artístico. Escolheu um sobrenome que é, ao mesmo tempo, uma homenagem ao seu pai, que se chamava Fausto Benedito Ribeiro; à sua terra natal, São Benedito do Rio Preto, cidade do Interior do Maranhão; e também um nome abençoado. Benedito tem origem no latim, Benedictus, que significa abençoado, louvado, consagrado.

– Eu sou uma artista que se relaciona profundamente com os mistérios da existência. Cantar, para mim, não é só um meio de sobrevivência ou uma questão de prazer e vaidade. É antes de tudo, me relacionar com o sagrado. Então, alguns fatos me levaram a concluir que o sagrado estava me sinalizando para a troca de nome. Mesmo sabendo do trabalho que é fazer essa mudança após cinco discos e uma carreira de mais de vinte anos, decidi atender aos sinais. Escolhi então um sobrenome que é, ao mesmo tempo, uma homenagem ao meu pai e à minha terra natal, e cujo significado é “abençoado, bendito””, conta Rita, que ainda consultou um numerólogo de sua confiança para chegar à melhor grafia para seu novo nome artístico, garantindo as melhores vibrações possíveis. Louvada seja Rita Benneditto!

sem comentário »

Rita Benneditto canta nos 400 anos de São Luís

0comentário

Num bate papo informal, na manhã de domingo, (16/9), no CroaSonho, na avenida Barata Ribeiro, em Copacabana, no Rio de Janeiro, a cantora Rita Benneditto disse estar feliz com o convite de participar neste sábado (22/9), do show de 400 anos de São Luís, neste idealizado pelo governo do Estado, na Lagoa da Jansen. Durante a conversa de aproximadamente 40 minutos com direito a um café da manhã, ela falou do processo de transição da nova identidade artística. Falou do sucesso do Tecnomacumba e garantiu não estar com pressa para lançar novo CD. Rita Benneditto vai estar na mesma noite, em que se apresenta a dupla renomada sertaneja Zezé Di Camargo e Luciano. Rita definiu o encontro com o gênero sertanejo como extremamente interessante. “Eu vou cantar também para o público de Zezé Di Camargo e Luciano. “As pessoas terão a oportunidade de conviver com a diversidade existente na Música Brasileira Contemporânea “, ressaltou.

Na Mira – Você vive um momento de transição com a mudança da identidade artística para Rita Benneditto. O público já está familiarizado, reagindo com aceitação ao novo sobrenome ?

Rita Ribeiro – Eu acredito que o processo é um pouco lento. Não é assim tão instantaneo mudar um nome depois de mais de 20 anos de carreira. Não é fácil, não é banal. Isso requer toda uma reestruturação para mim e também para o meu público. O primeiro impacto da mudança foi extremamente positiva. Eu percebi que tenho um público fiel. Uma galera que já me acompanha há muitos anos. Tenho recebido várias manifestações de apoio por parte do público. De gente que fala que tanto faz ser Rita Ribeiro ou Rita Benneditto, o importante é o que eu faço, é a minha história com a música. Alguns comentam que gostaram da mudança. Outros acham estranho. Eu ainda não fiz um trabalho de divulgação a nível nacional por questões particulares. Mas eu gosto de dizer de cara que eu quis mudar o nome. Independente de mudar existiam fatos reais que me levaram a tomar essa decisão. Comecei a observar o surgimento de homônimos, de muitas pessoas públicas com o mesmo nome na minha área. Existe uma Rita Ribeiro escritora, além de uma cantora portuguesa com o mesmo nome, gerando alguns conflitos. Uma dessas Rita Ribeiro resolveu fazer o registro artístico impossibilitando todas as outras de usarem o nome. Percebendo que a energia do estica pra lá e puxa pra cá é desgastante resolvi mudar de nome. Foi uma decisão extremamente delicada. Mas embarquei. Me sinto acolhida e familiarizada com a nova identidade. Antes de qualquer decisão procurei um numerólogo.

Na Mira – E como a numerologia interferiu na mudança ?

Rita Ribeiro – Em lugar de entrar com um longo e, possivelmente, desgastante processo na justiça e já que sempre fui ligada ao sagrado – vide o sucesso do show Tecnomacumba– resolvi então atender aos sinais e mudar o meu nome artístico. Escolhi um sobrenome que é, ao mesmo tempo, uma homenagem ao meu pai, que se chamava Fausto Benedito Ribeiro; à minha terra natal, São Benedito do Rio Preto, cidade do Interior do Maranhão; e também por ser um nome abençoado. Pensei também em São Benedito, que é um santo padroeiro das festas populares no Maranhão, especialmente, o tambor de crioula. E mais, Benedito tem origem no latim, Benedictus, significa abençoado, louvado, consagrado. Eu sou uma artista que se relaciona profundamente com os mistérios da existência. Cantar, para mim, não é só um meio de sobrevivência ou uma questão de prazer e vaidade. É antes de tudo, me relacionar com o sagrado. Então, alguns fatos me levaram a concluir que o sagrado estava me sinalizando para a troca de nome. Eu consultei um numerólogo de minha confiança para chegar a uma melhor grafia para novo nome artístico, garantindo as melhores vibrações possíveis. Se pensou na fusão do feminino, Rita, com o masculino, Benedito. Isso é muito forte, imponente. E para me respaldar o numerólogo sugeriu que eu escrevesse o Benneditto com dois (N) e dois (T), pois teria um potencial maior de carisma, sucesso e de mídia espontânea. O nome já está registrado para nao ser surpreendida novamente. Estou feliz com a mudança.

Na Mira – São Luís festeja 400 anos. Não são quatro meses, nem quatro anos ou quarenta anos. São quatro séculos de existência. Como você traduz o convite para fazer parte da festa ?

Rita Ribeiro – Fiz questão de fazer parte da festa. O meu compromisso é com o povo do Maranhão. O povo ludovicense. Com a história da minha cidade. De acordo com a sua pergunta estamos comemorando 400 anos e não 40 anos. Uma história extremamente rica. São Luís é um patrimônio histórico mundial. Já foi chamada de Atenas Brasileira, por conta de sua tradição de poesia e cultura. Já teve o apogeu industrial no período da produção de algodão. Tem personalidades importantes na sua história, entre eles, Sousândrade, Ferreira Gullar, Aluísio Azevedo, os mestres Felipe e Leonardo, na cultura popular. Tem a tradição do povo negro representado pela Casas da Minas, Nagô e Fanti Ashanti. Temos os índios Tupinambás, Guajajara. São Luís foi a primeira cidade fundada por franceses e depois colonizada por portugueses e holandeses. Temos uma culinária e indumentárias muito ricas. Tudo nosso é muito rico. Eu faço questão de estar em São Luís reverenciando a cidade. Isso não impede para que eu feche os olhos para alguns desequilíbrios no campo social no Maranhão, especialmente, em São Luís. Nós temos consciência desses problemas, mas também devemos ter consciência da nossa capacidade de transformação. Nós temos que delegar a nós essa responsabilidade acima de tudo. Eu penso assim. Sou uma artista, uma comunicadora. Eu acho que é uma responsabilidade minha estar em São Luís comunicando com o meu povo, comemorando com ele a mnha cidade. Se as pessoas estão lá é porque elas também tem consciência. Temos que equilibrar a balança das coisas. Não podemos deixar para trás tantos anos de história, simplesmente, porque o momento não seja mais adequado. Temos mais é que reverter isso a partir de nós mesmos e com festa.

Na Mira – Você poderia adiantar para o público o que está reservado em seu ‘set’ para o sábado, dia 22, na Lagoa da Jansen ?

Rita Ribeiro – Infelizmente só vou em São Luís anualmente. Fui na festa dos 399 anos e retorno para festejar os 400. É pouco tempo para usufruir da minha cidade. É pouco tempo para estar em contato de maneira mais constante com o povo da minha terra. Eu acabei montando um repertório para esse show fazendo com que as pessoas possam escutar sucessos representativos na minha carreira, dos meus discos lançados, e que todo mundo gosta de cantar. Fazemos isso para continuar essa cumplicidade. Eu também estou levando um pouco do repertório do Tecnomacumba, que também são músicas populares, músicas conhecidas. Estou levando algumas novidades pontuais. Uma delas é uma Mina Gegê, de autoria de Josias Sobrinho, que fez pra mim e conta a história da Mina no Maranhão. O resto eu prefiro deixar para o momento no palco. Ah, irei acompanhada de um quarteto de baixo, guitarra, bateria e percussão. Faremos um show bem diverso e divertido.

Na Mira – A dupla sertaneja Zezé Di Camargo e Luciano dividirão à noite com você. Você já vivenciou uma experiência com a música sertaneja ? E o que você acha dessa diversidade imposta pela na atual conjuntura pela indústria cultural em que o ecletismo de estilos e gostos é a palavra de ordem.

Rita Ribeiro – Será uma experiência pioneira. Vai ser legal porque estarei em contato com o público de Zezé Di Camargo e Luciano. Quanto a gosto musical é uma coisa indiscutível. Eu não sou apaixonada, enloquecida pela música sertaneja. Não compro discos, não gosto dos timbres das vozes. Não canto música sertaneja. Mas eu gosto de algumas músicas de Zezé Di Camargo e Luciano, sem nenhuma demagogia. Eu respeito o trabalho deles, pois são profissionais da música brasileira que alçaram voo e tiveram o trabalho reconhecido no cenário da Música Popular Brasileira. Eles falam de amor, uma coisa que o brasileiro adora. Uma característica do brasileiro, principalmente, do grande público que gosta dessa abordagem de amor que os sertanejos tratam com muita particularidade e que deu muito certo. Não é a minha melhor música, mas eu tenho respeito pelo trabalho desses caras. Eles têm um talento, uma força. Isso será importante para mim pois nesse encontro vou estar também com um público que não é meu. As pessoas vão assistir Zezé Di Camargo e Luciano e vão assistir Rita Benneditto. Mas é bom que se diga: eu vou abrir o show de Zezé Di Camargo e Luciano. Eu sou do Maranhão. Eu sou de casa. Eu estou recebendo a dupla. Eu sou anfitriã de Zezé Di Camargo e Luciano (brinca) e ao mesmo tempo irei recepcioná-los logo em seguida. Eu acho isso muito interessante. É a diversidade. Cada um com a sua sonoridade. Eu e meu quarteto numa pegada mais rock´n´roll. Eu tenho uma tendência mais rock´n´roll na atitude do meu som. E depois todo aquele aparato de super banda com aquelas coisas que já estamos acostumados de ver. As pessoas vão conviver com um panorama diverso da música brasileira. Você gosta de sertanejo, você gosta de Música Popular Brasileira Contemporânea. Vai ser extremamente interessante.

Na Mira – Falando do Tecnomacumba. O público já se desapegou dele ou continua ávido pelo projeto ?

Rita Ribeiro – O Tecnomacumba é um projeto atemporal. Quando eu penso que as pessoas se desencantaram, elas ficam enloquecidas pelo projeto. Nem eu mais tenho uma explicação muito lógica para esse fenômeno. Mas acredito que o Tecnomacumba pegou na veia do povo brasileiro, porque ele mexe com o imaginário, a memória cultural e afetiva do povo brasileiro. Há um hiato, um vazio nesse contexto. Quem hoje no Brasil faz música com essa temática tão escancarada quanto eu ? Eu chamo o Tecnomacumba de um manifesto de brasilidade. Uma intervenção cultural que trouxe à tona a herança da religião africana para a música brasileira. Eu digo que a música brasileira deve muito a religiosidade africana. Por isso, me respaldei de compositores que bebem nessa fonte como Toninho e Romildo, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Jorge Benjor, Nei Lopes, Arlindo Cruz, Clara Nunes, Maria Bethânia. E mais, esse projeto deu certo porque foi concebido no Rio de Janeiro. O povo carioca é extremamente religioso e ‘linkado’ com a religião de matriz africana. No Rio, São Jorge é um Deus. Macumba aqui é mais forte do que na Bahia. Não estou preocupada em fazer disco para público religioso. Não faço apologia a religião. Mas deixo bem claro que tenho como matriz a religiosidade africana. Enfim, o que fiz com o Tecnomacumba é uma representação da cultura popular brasileira, principalmente, a nordestina em formato de show, disco e DVD, em que a entidade principal é a deusa música. Ela consegue transcender qualquer tipo de preconceito. A música se faz presente de maneira absoluta. Eu aproveitei [ela] a música para difundir ao povo brasileiro a herança cultural africana que, de repente, ficou debaixo do tapete. Eu consegui elevar o nome dessa cultura a nível de mitologia. Há 9 anos faço o show do projeto sem parar. Sei que ainda tem muita gente que associa o Tecnomacumba de forma pejorativa. Modéstia à parte, eu tenho feito um grande serviço à música brasileira apresentando mantras maravilhosos construídos pelo povo negro. Me sinto feliz e realizada com o Tecnomacumba.

Na Mira – Mesmo com o sucesso do Tecnomacumba e do que ele representa em sua trajetória artística, o público, a crítica, cobra um novo disco seu. Isso é normal nesse mercado da música ?

Rita Ribeiro – Eu também acho que preciso de apresentar um novo disco. Agora, sou uma cantora independente desde 2003. Ser independente não é fácil. Às vezes eu questiono essa forma de cobrança do mercado e do público que exigem do artista que ele grave um disco por ano. Vejo Marisa Monte. Ela passa seis anos sem gravar e todo mundo acha ‘cult’. Que bom que ela pode passar todo esse período da vida dela reelaborando o que ela quer mostrar dentro da sua linhagem musical, no jeito Marisa Monte de fazer as coisas. Bom, eu lancei em 2009, o Tecnomacumba em CD e DVD. Estou em fase de pré-produção do novo disco, a príncipio, vai se chamar ‘Encanto’.  Ele está sendo estruturado. Vou esperar um pouco mais para explicar sobre esse projeto. Uma outra coisa que me preocupa no fato de ser independente é que saímos do patronismo das gravadores e passamos a ser reféns dos editais. Estamos com a lei Rouanet que nós dá uma carta de anuência para que possamos viabilizar os projetos. Portanto, ficamos a mercê desses editais. Não é um papo rançoso, pois não parei de trabalhar. O Tecnomacumba está aí resistindo ao tempo como uma peça de teatro que tem longa vida em cartaz. È preciso rever esse tipo de pensamento e perceber que a música pode seguir a mesma trilha do teatro nesse sentido. Quanto ao meu trabalho é de formiguinha, construído de degrau em degrau. O público que está comigo é porque gosta do que faço.

Na Mira – São Luís agora é quatrocentona. Daqui pra frente é chegada a hora da serpente acordar de vez ?

Rita Ribeiro – Eu acho que sim. Temos que ter um pensamento diferente dessa serpente. Todo mundo diz que a cabeça está na Fonte do Ribeirão. Á Fonte do Ribeirão é uma fonte de água. E quando se fala em uma fonte não se fala em ciclos, se fala em fluxos. Se está dormindo debaixo de nós e se acordarmos ela iremos abaixo. Temos que mudar esse pensamento. Eu sei que a serpente tem vários cultos. Para os cultos africanos ela tem uma força positiva muito grande. A serpente dourada nos rituais pagãs, os da Mina Gegê, que se chama Dan, é muito poderosa, e deu origem a Daomé [como diz o samba enredo da Flor do Samba]. O maranhense, o ludovicense tem total consciência disso. A gente não pode pensar nessa serpente parada, sem ação, esperando qualquer vacilo nosso para afundar com a nossa ilha. Se a gente pensar num movimento ascendente de evolução, de mudança, de transformação, essa serpente passa a ser a nossa parceira. E passa a vibrar positivamente na nossa cabeça, no nosso pensamento, na nossa história. Não sei se é uma viagem cósmica (rsrsrs), mas se pensarmos contra o contrário, o negativo de que vamos afundar, teremos um espiral de crescimento. Eu trago a minha terra comigo para qualquer lugar que eu vou. Eu tenho orgulho de ser maranhense, de ser criada em São Luís, orgulho do meu povo. E quero pensar que esse povo seja capaz de fazer uma grande transformação necessária para nossa história, para que a gente possa comemorar mais 400 anos de maneira mais consciente e evolutiva.

sem comentário »

Rita Ribeiro agora é Rita Benneditto

0comentário

Rita Ribeiro agora passa a se chamar artísticamente de Rita Bennedito. O anúncio foi feito publicamente pela cantora maranhense.

A artista começou sua carreira há cerca de vinte anos e desde então sempre teve problemas com homônimos, inclusive em Portugal.

Por este motivo, algumas vezes usar outro nome artístico lhe passou pela cabeça, até que foi surpreendida este ano com o registro da marca “Rita Ribeiro” no INPI por terceiros, o que a impede de continuar utilizando o nome que sempre foi ligado à sua carreira de sucesso e desencadeou a mudança para Rita Benneditto.

Numerologia & Homenagens

Em lugar de entrar com um longo e, possivelmente, desgastante processo na justiça, a artista, que sempre foi ligada ao sagrado – vide o sucesso do show Tecnomacumba, que já dura nove anos – resolveu então atender aos sinais e mudar seu nome artístico. Escolheu um sobrenome que é, ao mesmo tempo, uma homenagem ao seu pai, que se chamava Fausto Benedito Ribeiro; à sua terra natal, São Benedito do Rio Preto, cidade do Interior do Maranhão; e também um nome abençoado. Benedito tem origem no latim, Benedictus, que significa abençoado, louvado, consagrado.

– Eu sou uma artista que se relaciona profundamente com os mistérios da existência. Cantar, para mim, não é só um meio de sobrevivência ou uma questão de prazer e vaidade. É antes de tudo, me relacionar com o sagrado. Então, alguns fatos me levaram a concluir que o sagrado – aquilo que Gilberto Gil e Caetano Veloso chamam de ‘mistério’ – estava me sinalizando para a troca de nome. Mesmo sabendo do trabalho que é fazer essa mudança após cinco discos e uma carreira de mais de vinte anos, decidi atender aos sinais. Escolhi então um sobrenome que é, ao mesmo tempo, uma homenagem ao meu pai e à minha terra natal, e cujo significado é “abençoado, bendito””, conta Rita, que ainda consultou um numerólogo de sua confiança para tomar a decisão.

Novidade

Rita Benneditto já ensaia com a banda Cavaleiros de Aruanda para a gravação de seu sexto CD. Na companhia de Felipe Pinaud (guitarra), Lancaster (baixo) e Lucio Vieira (bateria e programações), a artista vai dar voz a músicas inéditas de Arlindo Cruz e Nei Lopes – feitas pelos compositores especialmente para Rita – entre regravações de temas de Edu Lobo, Jorge Ben Jor e Tom Jobim (1927 – 1994).

sem comentário »
https://www.blogsoestado.com/pedrosobrinho/wp-admin/
Twitter Facebook RSS