Nesta sexta-feira, dia 9 de junho, na Casa do Nhozinho, na rua de Nazareth, próximo à praça Dom Pedro II, ocorre o evento “Arte na NAVE – Festa na Roça” com shows musicais, quadrilha, tambor de crioula, djs, capoeira, estandes, brechós e comidas típicas. Com muito forró pé de serra, coco, bumba meu boi e toda musicalidade que faz parte do São João do Nordeste.
Serviço:
O quê: Arte na NAVE-Festa na Roça Onde: Casa de Nhozinho, Rua de Nazaré, Centro Histórico de São Luís, atrás do Banco do Brasil Quando: 9 de junho (sexta-feira)
Entrada gratuita
O Coletivo DiBando realiza nesta quinta (1º/6) e sexta-feira (2/6) a primeira atividade do projeto Intersecção, que tem como ação principal apresentar mensalmente, até o fim do ano, duas produções em artes cênicas, espetáculos, performances, intervenções urbanas ou workshop´s, criações do próprio coletivo, assim como de parceiros e jovens criadores.
A apresentação e vivência ocorrem, respectivamente, às 19h da quinta-feira (1º), e às 16h na sexta-feira (2), na sala Cecílio Sá, no casarão do LABORARTE, que fica localizando na Rua Jansen Muller, 42, Centro. O ingresso custa R$ 20,00, com direito a meia entrada e venda antecipada no LABORARTE, na Cadê Beltrano, ou em comunicação direta com o coletivo por meio da página e site.
Nesta quinta-feira (1º) será contada com a apresentação da obra Sino, uma encenação com características performativas, que passeia entre a dança, o teatro e a música, e tem como impulso criador as relações entre memória pessoal e a ancestralidade afrobrasileira.
Num percurso atemporal entre o navio negreiro, as festas de terreiro e arquétipos da mitologia africana, a obra é atravessada pelo sincretismo, memória e pelo questionamento “o que é ser negro hoje?”. Quem assina a criação da obra é a performer, dançarina e atriz Tieta Macau, que também realiza na sexta-feira (2), workshop “O chamado para um corpo-memória que busca estratégias na performance, dança e música afrobrasileira para conectar o corpo às raízes ancestrais, populares e urbanas”. Como uma plataforma de pensamento/ação que visa constituir uma linha de intersecção entre ancestralidade e memória político-corporal e possibilitar, de forma lúdica, a construção de um depoimento-história pessoal do corpo a partir do encontro com a identidade.
A música é um elemento que compõem integralmente o trabalho Sino, e se divide entre percussão, voz e violão, com canções que passeiam pelos cantos de matrizes africanas, cantos populares e músicas de domínio popular.
Além da performer/dançarina, a obra também conta com a participação dos músicos-performerS: Fernanda Preta(voz), Hugo César (violão), Jânia Lindoso e Dandara Ferreira (percussão), na iluminação e montagem conta com Renato Guterres e maquiagem de Juliana Rizzo.
O projeto Intersecção é uma iniciativa independente do Coletivo DiBando, e tem como principal objetivo democratizar e ampliar o acesso às artes cênicas para além dos calendários de eventos já estabelecidos, assim como revelar o trabalho dos novos criadores e diretores da cidade. Conta com o apoio e parceria do Laboratório de Expressões Artísticas (LABORARTE), a Organização em prol da Natureza, Arte, Vida e Ecologia (NAVE) e a Cadê Beltrano?.
Na tarde do último dia 25 de março, diversas pessoas aderiram a um movimento a favor da igualdade de gêneros e valorização do corpo da mulher. Tudo começou nas redes sociais, a partir da obra de uma artista plástica paranaense, radicada em São Luís, Maria Zeferina. Diversas pessoas fizeram fotos no mural e lançaram nas redes com a hashtag #PqOCorpoÉMeu e #ArteFeminista . A obra fica em um muro, na rua de Nazaré, Centro Histórico de São Luís, que foi feito durante o evento “Eita Pequena Arteira – EPA VII” , que aconteceu semana passada, com o tema “Só mulher de responsa” . Todos os anos diversos artistas participam do evento para discutir o papel da mulher na sociedade.
Rebecca Alexandre, é presidente da Ong Nave, que junto com o Grupo Afrôs promoveu o evento, ela fala da repercussão que a obra de arte teve na cidade. “Muitas vezes as obras de arte estão em galerias, em lugares privados, que o povo não tem acesso, por você ter uma obra de arte que tá na rua, as pessoas podem se identificar com ela, sobretudo, mulheres, mas homens também se identificaram com a obra, as pessoas se identificaram tanto e foram se fotografando e colocando as fotos nas redes sociais.” Disse.
Maria Zeferina falou da importância de discutir o universo feminino através da sua arte, ”o que realmente fez ela acontecer foi o convite da Rebecca pro EPA, que o Epa é um movimento que traz essa discussão do feminino, e ele apareceu dentro desse contexto depois foi muito legal por que depois que ele já existiu foram acontecendo leituras do que ele significa, por que os elementos vão surgindo sozinhos, pra mim tem a questão do amor da mulher, um amor incondicional, a coisa da planta, que é viva, fala dessa relação que as mulheres tem com a natureza, que a gente vai descobrindo aos poucos.”
O movimento mobilizou homens e mulheres de toda as idades e de diversas partes da ilha, a performer, Tieta Macau, participou e diz que iniciativas como esta legitimam a luta a favor dos direitos das mulheres no estado , “enquanto movimento eu acho que é muito legal que esteja acontecendo vejo que as pessoas estão se organizando mais trabalhando em prol de muitas lutas, em relação ao feminismo, a gente tá em 2016 e a gente ainda consegue ver mulheres agredidas por seus namorados, mulheres dentro de relacionamentos abusivos, mulheres com medo de andar na rua, com medo, por serem mulheres e estarem sempre em situação de risco. Acho que quanto mais a gente se unir , conversar e saber de nossos direitos melhor.”
A jornalista Inara Rodrigues veio participar por que viu nas redes sociais e se sentiu tocada pela causa, “é um movimento extremamente relevante por que ele levanta a questão do empoderamento do corpo feminino, aquelas velhas novas frases “Meu corpo minhas regras” e o “Corpo é meu eu faço o que eu quiser” mostram que a mulher tem o direito de fazer com o corpo dela o que ela quiser e ninguém pode interferir na forma dela se comportar , nem nas roupas que ela usa , que não dizem quem ela é , não mudam seu caráter , não alteram sua forma de ser, suas responsabilidades sua inteligência e isso que tá sendo mostrado de uma forma inteligente através da arte”.
No fim da tarde ainda aconteceu uma roda de conversa onde foram discutidas as questões de gênero. Em São Luís, de acordo com a Delegacia Especial da Mulher, 15 casos de violência conta a mulher são registrados por dia, os principais estão relacionados a violência de gênero, envolvendo ameaças e lesão corporal.