Tulipa Ruiz: ‘a celebridade na nova ordem musical brasileira’

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A cantora paulistana Tulipa Ruiz se apresenta pela primeira vez em São Luís com a turnê “Efêmera”, no Teatro Artur Azevedo. A artista conversou com o portal imirante.com sobre a trajetória de apenas quatro anos mais bastante elogiada por David Byrne, pela crítica, especialmente, o jornal inglês “The Guardian”.  Para o períodico, a cantora tem todos os ingredientes para ser a próxima grande celebridade brasileira devido à graça de suas canções e poderosa presença de palco. Show conta com a participação do músico maranhense Djalma Lúcio.

Legado

– Eu gosto de tanto dos discos de cabeceira, que são discos que eu escuto desde pequeno. Impressionante como eles me inspiram, são sempre atuais, sempre frescos. O meu desejo é de fazer uma música assim. De repente uma velhinha, uma criança vai ouvir e fazer sentido daqui há vinte anos. Não pretendo inspirar, eu pretendo expirar. O meu desejo é permanecer fresca -.

Rótulo MPB

– Essa coisa de rótulos às vezes me incomoda um pouco. A gente pode ser tanta coisa. Eu posso fazer uma viagem para Pequim, na China, e conhecer uma galera de lá e fazer uma música que não seja em português. Enfim, o gênero de um artista é uma coisa tão em processo, tão mutante. Mas ao mesmo tempo eu entendo que essas categorizações são necessárias para as pessoas entender a gente. Eu não morro de amores, mas eu aceito -.

A Crítica: ‘The Guardian’

– É uma situação nova para o artista hoje, pois antigamente a palavra celebridade era direcionada para quem tinha muito dinheiro. Mas quem faz música hoje está na curva da indústria, numa curva dos meios de comunicação. Para mim tudo isso aí ainda é muito novo. Eu ainda estou tentando entender. Agora, essa situação não me incomoda. Não tenho medo, até porque o meu pai é jornalista e crítico musical. Essas coisas que saem na imprensa não me deslubram e tampouco me assustam.

Rock In Rio

– A projeção de tocar no Rock In Rio foi uma coisa absurda. Eu conseguiu aumentar o meu público. A gente tocou junto com a Nação Zumbi e muito gente que foi ao show passou a conhecer o meu trabalho nesse dia. E o palco Sunset foi interessantíssimo e espero que nas próximas edições do festival no Brasil ele esteja presente e até mais valorizado. Lá, rolaram encontros especiais e muitos preciosos. O encontro e os ensaios com a Nação Zumbi foram legais. Acabamos fazendo o show juntos. Participar do Rock In Rio foi um momento marcante para a minha carreira, pois era um festival que acompanhei quando criança em 84, no Brasil. E de repente lá estava como atração. Foi mais um circuito para que eu pudesse apresentar a minha música. Conquistei um público novo, um público de massa. O trabalho tem sido mostrado em trilhas de novelas e apresentado no Game da Fifa, no ano passado. Enfim, tudo isso é importante, pois novas pessoas chegaram ao meu trabalho –

Efêmera

– A gente está se despedindo da turnê Efêmera. O show em São Luís será o penúltimo show. O encerramento da turnê será em Natal (RN). Está todo mundo à flor da pele nesse momento de despedida. Estamos trazendo o show pela primeira vez a São Luís e a gente lamenta que ainda tem muitos lugares por onde a turnê não passou o que fica difícil de abandonar o “Efêmera”. Fizemos um show em São Paulo, na semana passada, onde brincamos ao mudar o setlist. Coisas novas foram apresentadas no palco. Até o último segundo estou aprendendo com essa turnê que chega a São Luís. A banda é formada por Márcio Arantes (baixo), Caio Lopes (bateria), o pai Luis Chagas (guitarra) e o irmão Gustavo Ruiz, que produziu os álbuns ‘Efêmera e ‘Tudo Tanto’ (guitarra) e um repertório direcionado ao “Efêmera”.

Tulipa Ruiz X Djalma Lúcio

– Estou ansiosa para conhecer o trabalho de Djalma Lúcio. Fiz um passeio por São Luís e encontrei alguns amigos daqui que conhecem o trabalho dele. E todos foram unânimes em dizer que iriam ao Teatro Artur Azevedo assisti a mim e ao Djalma –

Djalma Lúcio X Tulipa Ruiz

– É um privilégio, uma surpresa participar da abertura do show da Tulipa Ruiz. O convite surgiu de um jeito inesperado para mim e aceitei o desafio. Ao mesmo tempo é uma sincronia linda porque descobri há menos de um mês o CD “Efêmera”. Eu estou ouvindo o disco e achando tudo lindo. Descobri umas referências prováveis dela, de Caetano Veloso e de outros artistas que gosto. Isso me estimulou para que preparasse um show econômico, curto, solo e intimista para guitarra. Em um ‘set’ pequeno iremos mostrar canções do EP “Conforme Prometi no Reveillon”, de 2010, além de uma canção inédita que estará no meu próximo disco, e ‘Haicai’ feita no período da Catarina Mina, e que as pessoas pedem em show. E lógico iremos atender -.

Foto: David Fortes/Imirante.com

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Back2Black: adiado para novembro

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O evento Back2Black que estava para acontecer entre os dias 24 a 26 de agosto, na Estação Leopoldina, no Rio de Janeiro, foi adiado para novembro.   O Festival que irá acontecer na semana da Consciência Negra, de 23 a 25 de novembro, no mesmo local, conta com a cantora Jill Scott,  os artistas Fatoumata Diawara, a dupla Amadou e Mariam, Concha Buika, o rapper somali K´Naan, o sul-africano Hugh Masekela e Jupiter Okwess, além dos artistas nacionais, Flávio Renegado, e o rapper Criolo, também farão apresentações.

A primeira edição internacional do festival brasileiro, ocorreu em Londres no dia 30 de junho, às margens do rio Tâmisa, e contou com artistas africanos, europeus e americanos, além das apresentações de Gilberto Gil, Jorge Ben Jor e Luiz Melodia.

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Versão brasileira do Back2Black, no Rio

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A cantora norte-americana Jill Scott se apresenta na quarta edição do Back2Black, que ocorre de 24 a 26 de agosto, na Estação Leopoldina, no Rio.

A idealizadora do evento, Connie Lopes, afirmou que o evento terá ainda a cantora Fatoumata Diawara e a dupla Amadou e Mariam, ambos do Mali, a intérprete guineense Concha Buika, o rapper somali K´Naan e o jazzista sul-africano Hugh Masekela, além dos brasileiros Flavio Renegado e Criolo –que faz show com a participação do vibrafonista etíope Mulatu Astatke.   Criolo e Mulatu Astatke retomam a parceria da versão londrina e primeira edição internacional do festival brasileiro.

A festa ocupou um antigo mercado de peixes, nas margens do rio Tâmisa, onde promoveu performances de Gilberto Gil, Jorge Ben Jor e Luiz Melodia, entre outros artistas nacionais, africanos, europeus e americanos.

O rapper paulistano Criolo é uma das atrações do Back2Black, no Rio, em agosto. Divulgação/Getty Images.

De Volta ao Rio

A edição carioca do B2B traz pela primeira vez ao Brasil a cantora Jill Scott, ganhadora de dois prêmios Grammy. Ela mostrará sua mistura de jazz, soul, hip hop e “spoken word” registrada em discos como “Who Is Jill Scott? Words and Sounds Vol. 1” (2000) e “The Light of the Sun” 2011).   Três atrações da versão inglesa do Back2Back também vêm ao Rio. A malinesa Fatoumata Diawara faz um show enérgico, mesclando referências de soul, jazz, blues e rimos tradicionais de seu país, cantando, tocando guitarra e realizando coreografias africanas.

Também do Mali, a dupla Amadou e Mariam faz uma performance empolgante de afro-blues, um mix de música do Mali, rock e blues, com percussão marcante e barulhentas guitarras. O casal apresenta no Rio canções de seu disco mais recente, “Folila” (2012), que tem participações de Kyp Malone e Tunde Adebimpe, do TV on the Radio, Santigold, Theophilus London e Jake Shears (Scissor Sisters), entre outros.   Outro artista que fez apresentação de alto nível em Londres e vem ao país é o trompetista e cantor sul-africano Hugh Masekela, que faz jazz com referências de música da África do Sul, num show suingado e bem-humorado.

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Back2Black: celebração de ritmos

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O festival Back2Black, pioneiro na valorização da cultura negra mundial no Brasil, crescerá em sua edição 2012, firmando-se como um dos mais completos eventos culturais do país. De 24 a 26 de agosto, a centenária Estação Leopoldina servirá novamente como plataforma para shows, debates, exposições e intervenções artísticas. Esse ano o B2B terá uma edição em Londres, integrando a programação paralela às Olimpíadas de 2012. O b2bUK acontecerá em um antigo prédio de Old Billingsgate, entre 29/06 e 01/07.

No line-up:

29 JUN – Macy Gray, Luiz Melodia, Marcelo D2, Linton Kwesi Johnson & Dennis Bovell, Emicida e Sany Pitbull

30 JUN – Roots Manuva, Criolo, Hugh Masekela, Femi Kuti, Fatoumata Diawara, Tono, Renegado

1º JUL – Gilberto Gil, Amadou & Mariam, A Curva da Cintura (Toumani Diabaté + Arnaldo Antunes + Edgard Scandurra), Mart’nália + Lura, Natasha Llerena + Aline Frazão.

Celebração ao ritmo

“O Back2Black é um projeto nascido da urgência em refazer pontes, devolvendo a África ao Brasil. Ninguém contesta a forte matriz africana da cultura brasileira, embora ela tenha sido ignorada durante algumas décadas”, defende Connie Lopes, uma das idealizadoras do festival, ao lado de Julia Otero, que completa: “A ideia é mostrar a influência africana na nossa cultura contemporânea. O festival é uma celebração ao ritmo, ao som, à consciência social e econômica, às cores e aos estilos de um mundo pop e novo”.

O sucesso extraordinário das primeiras edições do festival demonstrou o interesse dos brasileiros pelos ritmos, artes e pensamentos produzidos na África, e em todos os territórios de matriz africana no mundo.

Passaram pela Leopoldina nos últimos dois anos quase 30 mil pessoas, que tiveram a oportunidade de ouvir a música ou os ensinamentos de grandes figuras do mundo contemporâneo, como o criador do Live Aid Bob Geldof, a escritora africana Dambisa Moyo, o rapper MV Bill, o diretor de cinema Gavin Hood, o poeta Breyten Breytenbach, Banda Black Rio, Macy Gray, ASA, Tono, Chaka Khan, Oumou Sangaré, Jorge Ben Jor, Seu Jorge & Almaz, Aloe Blacc, Tinariwen, Ed Motta, Dona Ivone Lara, Gilberto Gil, Erykah Badu, Angélique Kidjo, Seun Kuti, Vieux Farka Touré e Carlinhos Brown, entre outros, além de encontros musicais inéditos, como o de Marisa Monte com Youssou N’Dour, o de Arnaldo Antunes com Toumani Diabaté e de Ana Moura com Gilberto Gil.

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Back2Black em Londres

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O festival brasileiro Back2Black terá sua primeira edição na capital britânica como marco do Festival de Londres 2012, a grande festa cultural organizada por causa dos Jogos Olímpicos.

Gilberto Gil, um dos principais expoentes da música popular brasileira, estará no cartaz deste festival criado em 2009 para exaltar a cultura africana e sua diversidade, em sua primeira incursão fora do Rio de Janeiro, anunciou a organização Barbican, coprodutora do evento.

Entre os outros artistas que se apresentarão durante três noites do festival, de 29 de junho a 1º de julho, figuram também Macy Gray, Marcelo D2, Luiz Melodia, Linton Kwesi Johnson & Dennis Bovell, Roots Manuva, Femi Kuti, Amadou & Mariam, Arnaldo Antunes e Mart’nália.

Os organizadores informaram que esta primeira edição do Black2Black dá ênfase especial às “conexões britânico-africanas” através de uma mistura de gêneros que vão do samba ao hip hop, passando por blues, reggae e rock.

Para recriar o ambiente da estação Leopoldina do Rio, o lugar escolhido para o Back2Black londrino é o agora restaurado mercado de peixes de Billingsgate, no leste da capital.

Além das apresentações ao vivo em três palcos simultâneos, o festival incluirá também bate-papos, oficinas e exposições como a da artista brasileira Bia Lessa que servirá como pano de fundo, assim como comida e bebida típicas do Brasil e da África.

O Back2Black faz parte do Festival de Londres 2012, no auge da Olimpíada Cultural que acontecerá entre 21 de junho a 9 de setembro para acompanhar os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos.

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Back2Black

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Após três edições no Brasil, o festival Back2Black vai ganhar uma versão internacional em Londres. A edição inglesa vai integrar a programação cultural paralela às Olimpíadas 2012 e será sediada no antigo mercado de Old Billingsgate.

Realizado nesta terça (30) em São Paulo em versão reduzida e no Rio de Janeiro nos dias 26, 27 e 28 de agosto, o festival Back2 Black teve como atrações principais Macy Gray, Chaka Khan e Aloe Blacc, além dos brasileiros Seu Jorge, Moreno Veloso e Domenico Lancelotti, Qinho com Jards Macalé e Paraphernalia com BNegão.

O cantor Prince também estava na programação do festival, mas cancelou sua vinda alguns dias antes. Ouça “Cirandar”, Seu Jorge & Almaz.

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Baile do Baleiro: orgânico, divertido e plural

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Em 13 anos de carreira, Zeca Baleiro deixou de ser conhecido apenas como músico para estender sua produção para outras linguagens. A escrita, que já o acompanhava nas composições, também virou crônica para revista e fruto de seu primeiro livro, “Bala na Agulha (Reflexões de Boteco, Pastéis de Memórias e outras Frituras)”. O Baile do Baleiro surge como mais um trabalho paralelo e uma satisfação pessoal do cantor e compositor maranhense.

Biografia

O Baile do Baleiro é um projeto de Zeca iniciado em 2004 que caiu no gosto dos paulistanos em noites memoráveis, de lotação esgotada, com participação de artistas como Chico César, Zé Geraldo, Tonho Penhasco, Alzira Espíndola, André Abujamra, Lanny Gordin, Vange Milliet, Maurício Pereira etc.

Em 2007, o Baile viajou e promoveu grandes encontros com artistas em cidades como Florianópolis, Porto Alegre, Curitiba, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, além de voltar anualmente a São Paulo. Entre outros, Baleiro já recebeu em seu Baile Anastácia, Odair José, Vânia Abreu, Max de Castro, Criolina, Théo Werneck, Jica y Turcão, Skowa, o cantor e compositor angolano Filipe Mukenga, Márcio Greyck, Chico Amaral, Kleiton & Kledir, Hyldon, Luiz Ayrão e Zélia Duncan.

Inédito

Esta é a primeira vez que Zeca Baleiro traz o seu “Baile” para São Luís, que terá a participação especial de Odair José e Flávia Bittencourt. Muito esperado, o “Baile do Baileiro” ocorre neste sábado, dia 2, a partir das 22h, na Lagoa da Jansen, e contará, ainda, com os ‘deejays’ Pedro Sobrinho e Franklin, além de show com o grupo Argumento.

O músico Zeca Baleiro, que já está articulando um álbum só com canções desconhecidas, conversou com a imprensa local, no Hotel Luzeiros, na [Ponta do Farol], trazendo com ele uma camisa especial do Maranhão Atlético Clube (MAC), clube maranhense do coração (veja). Para Zeca Baleiro, o “baile’ é um patrimônio cultural suburbano brasileiro”. E com relação ao “Baile do Baileiro”, o artista diz que sempre teve vocação para agregar gente de todas as tribos e gerações. Ele propõe uma atualização do modelo do “baile”, cantando e tocando de tudo, com arranjos modernos e sonoridade contemporânea, sem deixar de lado os “hits” da carreira, sempre pedidos feitos pela legião de fãs.

– O Baile do Baleiro virou uma febre no cenário artístico e cultural paulistano. Nós resolvemos apresentá-lo ao restante do Brasil. Ele tem um cárater informativo, sem ser didático. Nele, reverenciamos o passado com o presente para não cristalizar a ideia. Eu me permito com o “Baile” em tocar as músicas que ouvir numa época em que o rádio era mais democrático. Enfim, já que a música é orgânica – explicou.

Questionado da segregação social histórica existente entre o que “MPB chique” e o brega, Zeca Baleiro garante que o “Baile do Baileiro” tem como objetivo desmistificar essa ideia.

– Reconhecemos que na música popular brasileira ainda existe esse tipo de pensamento. O projeto do “Baile” tem como uma das características quebrar com essa ideia.  A minha vocação é a de agregar diferentes artistas em minhas produções. Eu sempre gostei da farra que a música permite. O “Baile do Baleiro” vai de Red Hot Chilli Peppers à Originais do Samba – brincou.

Serão duas horas de show em que Zeca Baleiro será acompanhado Tuco Marcondes (guitarra), Fernando Nunes (baixo), Adriano Magoo (teclados e acordeon)
Kuki Stolarski (bateria e percussão), Hugo Hori (sax e flauta), Jorge Ceruto (trompete), Tiquinho (trombone), Flávia Menezes (vocal) e Rosy Aragão (vocal). Ele dividirá o palco com Odair José e a maranhense Flávia Bittencourt.

– Tocar com Odair José e Flávia Bittencourt é um gesto de um artista apaixonado por música. São dois artistas de gerações distintas. Flávia é uma artista jovem que admiro muito a produção artística dela e resolvi convidá-la para o “Baile” – comentou.

Flávia Bittencourt não quis revelar o seu ‘setlist’ para o “Baile”, preferiu destacar o trabalho de Zeca Baleiro e dizer que estava emocionada em participar da festa.

Além do sucesso do “Baile do Baleiro”, que o músico tem a intenção em transformá-lo em um programa de TV, Zeca Baleiro tem outro motivo de sobra para festejar. O programa na Rádio UOL, o Biotônico faz aniversário de um ano. Com 31 programas no ar, publicados quinzenalmente, o Biotônico festeja com uma edição especial, que será apresentada direto dos estúdios da TV UOL (http://tvuol.uol.com.br/aovivo/), nesta terça-feira (5 de julho), às 17h.

Biotônico

Criado e apresentado por Zeca Baleiro e os amigos Otávio Rodrigues, jornalista e dj, e Celso Borges, poeta e jornalista, o Biotônico tem formato de almanaque, com curiosidades, bate-papos, aforismos, poesia e muita música.

Rock In Rio

Zeca Baleiro é um dos convidados do Palco Sunset, do Rock In Rio. Ele se apresentará no dia 1º de outubro, em dueto com o músico africano Lokua Kanza. Esse palco foi criado pelos organizadores do festival e tem como objetivo parcerias musicais inusitadas, ou seja, uma autêntica Jam Session.

Fotos: Paulo de Tarso Jr./Imirante

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“Faremos um show inesquecível”

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O quinteto do Scorpions, formado por Klaus Meine (vocal), Rudolf Schencker (guitarra), Matthias Jabs (guitarra), Pawel Maciwoda (baixo) e James Kottak (bateria) aterrisou em São Luís para um show histórico na única capital brasileira fundada pelos franceses. Em conversa na noite desta quinta-feira, (23), com a imprensa local no Hotel Luzeiros, na Ponta do Farol, os roqueiros alemães é um privilégio visitar a cidade.

– São 40 anos em que estamos em evidência tocando no mundo inteiro.E São Luís se tornou um novo pólo em nosso mapa. Estamos bastante excitados em tocar aqui. Faremos um show inesquecível para vocês – prometeu Klaus Meine. O show será realizado nesta sexta-feira, (24), às 22h, no Centro Histórico e Complexo Cultural da Praia Grande.

Maior banda de rock da Alemanha nos últimos tempos retorna ao Brasl para a sua despedida dos palcos e divulgar o seu mais novo álbum, “Sting and Tail”. As duas passagens pelo País foram em 2005, no Rock In Rio, e 2007. São Luís é parada final da turnê mundial “Get Your Sting and Blackout World Tour 2010”. Para que o sonho dos fãs da banda que residem na ilha se tornasse uma realidade, o grupo ICEP realizou uma parceria com a Top Link, responsável pela turnê da banda na América Latina.

Durante o bate papo, os alemães de Hannover falaram da importânca de tocar em território brasileiro. Disseram que levarão para casa muitas imagens diferenciadas desse retorno ao País, destacando as apresentações de João Pessoa (PB), São Paulo (SP), Curitiba (PR), Brasília (DF) e São Luís (MA).

– A gente tem recebido um apoio sempre positivo do povo brasileiro. Sentimos uma conexão muito forte com esse País. É sempre um prazer tocar no Brasil, pois é um orgulho para banda – destacou Rudolf Shencker.

Indagados do encerramento da carreira com um disco novo e uma turnê, o quinteto foi categórico em afirmar que o CD “Sting and Tail” é uma conexão perfeita com a biografia da banda.É uma celebração a ser dividida com os fãs da banda mundo afora. E nos dá o priilégio de fechar um ciclo de trabalho em grande estilo – Klaus.

Sobre o setlist do show, Rudolf Schencker garantiu que o público ouvirá as canções do novo disco intercaladas com clásscas da banda, entre as quais, “Still Loving You”,  “The Best is Yet to Come”, Rock You Like a Hurricane” e “Wind Of Change”.

Essa última canção composta em 1989, dois meses antes da queda do Muro de Berlim, e que acabou virando um hino da reunificação da Alemanha. quando foi tocada em Potsdamer Platz no ano seguinte, no mais espetacular show de todos os tempos. A impressão na audição é como se os ‘Escorpiões’ tivesem derrubados o Muro de Berlim com essa música. Como já não há mais muros para derrubar, está bom demais.

– “Wind Of Changes” tem uma importância especial na vida da banda. Foi composta num momento que a Alemanha passava por uma transformação histórica e que o mundo festejou. Portanto, ela representa muito e nessa turnê emocionante que fazemos pelo mundo, “Wind Of Changes”, não representando apenas a derrubada do muro de Berlim. Sempre que a cantamos procuramos derrubar outros muros existentes, ainda, na humanidade, tais como, o muro do preconceito  – explicou Klaus Meine.

Fotos: Paulo Jr. – Imirante

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Um Carnaval Qualquer Nota !

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Tão logo acaba o carnaval vem a velha e furada análise sobre a folia no Maranhão. É a música que não toca no rádio. É a escola de samba que deixou de desfilar por falta de verba. É a comissão julgadora que deu o voto errado para escola de samba. É o reggae que invadiu o carnaval sem ser maranhense. É a decoração que foi feita no dia da folia. É a música baiana, cearense, pernambucana, paraíbana que atrapalham o artista maranhense. Enfim, algumas pessoas ainda apostam que esses são os empecilhos para o bom andamento da consolidação da Maranhensidade.

Não gostaria de falar sobre o assunto, mas alguns detalhes vivenciados no carnaval me chamaram atenção. Ao assistir o Carnaval da 2ª, no Laborarte, presenciei um grupo formado por meninas no palco misturando axé com música maranhense. Essa fusão me fez questionar o conceito de maranhensidade.

Primeiro, era um grupo de artistas maranhenses, ou seja, teoricamente inserido na Maranhensidade. E porque cantar axé ?

A indústria cultural tem nos ensinado desde a revolução industrial que nada está incólume a ela: a China, o MangueBeat, o RecBeat, o BumbaBeat, Fatboy Slim com Daniela Mercury e Caetano Veloso em cima do trio, Bono Vox cantando com Gilberto Gil, escola de samba do Rio de Janeiro em cima do trio elétrico em Salvador, o frevo comemorando 100 anos e sempre se reinventando e as marchinhas da época do vovó flertando com o funk da Zona Norte carioca.

Essas meninas que me chamaram atenção fazem parte de uma geração que combina festas por Blogs e Orkuts, baixam música pela internet e provavelmente pensem a questão étnica como uma forma plural. Afinal de contas, acabamos de assistir ao lançamento mundial do filme Antonias, onde mulheres escolheram como expressão maior a linguagem do hip hop, mesmo sendo da Terra da Garoa de Adoniran Barbosa.

Baseado no profissionalismo, Chico Science, entre outros homens carangüejos, da grande Recife, tentaram mostrar ao mundo o maracatu e a música de raiz de Pernambuco processadas com elementos musicais universais que soassem familiares e cotidianos aos ouvidos de londrinos, parisienses, nova-iorquinos, entre outros terráqueos sem xenofobia. Sem fazer uma leitura exótica, desses ritmos nativos vieram todos a Pernambuco conhecer o estado bruto e autêntico da música de raiz: essa é grande sacada do mestre Science.

Mas voltando ao conceito filosófico da Maranhensidade, reclamações à parte, é bom lembrar que a música de Chico Science não toca em rádio. Essa é uma das discussões mais antigas quando se refere à chamada Música Popular produzida no Maranhão, discussão essa que aborreceria até Ramsés III.

Já que o carnaval envolve musicalidade é bom que se diga que nós temos um carnaval histórico, cuja as brincadeiras alavancaram São Luís na condição de terceiro melhor carnaval do Brasil. Isto pôde ser notado na matéria veiculada pela Rede Globo de Televisão, recentemente, enfocando a ilha, Salvador e Recife no contexto nacional. Agora, o que será que aconteceu com o nosso carnaval ?

E foi pensando no Carnaval da 2ª do Laborarte e na performance daquelas destemidas meninas que me lembrei de uma frase célebre de Humberto Gessinger, vocalista dos Engenheiros do Hawaii: “o Papa é Pop” e para acrescentar o raciocínio é bom dizer que com música não se duela e nem se cria fronteiras.

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