Violeta de Outono no Aldeia Sesc Guajajara

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O segundo dia de programação da 9ª. Aldeia Sesc Guajajara tem rock dos anos 80. Depois da primeira noite com a presença da banda pernambucana Mundo Livre S/A, nesta sexta (24), às 22h30, no Ceprama (Madre Deus), é a vez de o público ludovicense receber os paulistas da Violeta de Outono.

Com 30 anos de estrada, a banda é formada por Fabio Golfetti (guitarra e vocal), Gabriel Costa (contrabaixo), José Luiz Dinola (bateria) e Fernando Cardoso (órgão, piano e synth). O vocalista e guitarrista é o único remanescente da formação original, em que beberam em fontes como Pink Floyd e Beatles.

Seu primeiro disco, homônimo, foi lançado em 1987. Um ano antes, haviam lançado um EP, também homônimo. Depois seguiram-se The early years (1988), Em toda parte (1989), Eclipse (1995), Mulher na montanha (1999), Live at Rio Artrock Festival ’97 (2000), Ilhas (2005), Violeta de Outono & Orquestra(2006), Volume 7 (2007), Seventh Brings Return – A Tribute to Sid Barret (2009, dvd), Theatro Municipal, São Paulo 03.05.2009 (2011) e Espectro (2012).

Com sua mescla de progressivo, pós-punk, dark e gótico, o Violeta de Outono vem conquistando cada vez mais fãs ao longo dos anos, apesar de se manter paralela ao mainstrean. Uma espécie de “best of” da carreira será apresentado ao público do Ceprama, amanhã (24).

Abertura – Figura lendária da paisagem do centro histórico da capital maranhense, o DJ Jair Bar Rocko abrirá a programação de sexta-feira, no Ceprama. Proprietário de um bar na Praia Grande, ele tocará o que costuma servir no cardápio sonoro a seus clientes. Uma mistura eclética que vai de jazz e blues a rock e metal. Sua discotecagem tem início às 20h.

Depois dele é a vez da banda maranhense Canyon, cujo rock progressivo dialoga diretamente com a Violeta de Outono. O trio sobe ao palco às 21h. Formada em 2009 por Leo Vieira (contrabaixo e voz), Jobson Machado (guitarra e voz) e Ramon Silva (bateria e voz), o grupo apresentará repertório de seus dois trabalhos: Elegy for the King (2012) e Canyon (2014).

O repertório autoral, diretamente influenciado pelo hard rock e progressivo das décadas de 1960 e 70 já é conhecido de diversos públicos de São Luís, sua cidade natal, em cujos palcos a banda tem se apresentado com frequência.

Entre as principais influências eles destacam King Crimson, Dust, Genesis, Icecross, Rush, Queen, Camel e Jethro Tull, além dos brasileiros Mutantes, Secos & Molhados e O Terço.

A programação de sexta-feira se encerra com o Caia na Rede, quando a 9ª. Aldeia Sesc Guajajara de Artes visita iniciativas artísticas que já acontecem na cidade. Amanhã (24) é a vez de produção, artistas e público visitarem o Tambor de Crioula do Mestre Amaral, na Praça Pedro II, no Centro de São Luís. Na ocasião haverá a tradicional roda de tambor de crioula e discotecagem da Rádio Casarão.

Programação – Confira a programação completa de sexta-feira (24).

Dia 24/10 (sexta-feira)

9h às 18h – Exposição Fotográfica – “Abstraturbano” – João Cosme/MA – Casa de Nhozinho

9h às 18h – Exposição fotográfica “Liturgias do Corpo” (2014) – Dinho Araújo/MA – Casa de Nhozinho

10h às 17h – Instalação Artística: João Carlos Pimentel/MA, Adrianna Karlem/MA – Dois por Cinco – Terminais de Integração

12h – Discotecagem Selecta Groove/RS – Restaurante Sesc Deodoro

12h – Performance “És Redoma – Experimento Aéreo” – Núcleo de Formação Artística/MA Área de Vivência do Sesc Deodoro

12h30h – Intervenção urbana “Ou Isto ou aquilo” – Drao Teatro da (IN)Constância/MA Área de Vivência do Sesc Deodoro

15h – Concerto Sesc Instrumental – Auditório Liceu Maranhense

17h – Intervenção urbana “Aiyê” – Núcleo de Formação Artística/MA – Praça Nauro Machado

18h – Espetáculo teatral “Tenho a leve impressão que lhe conheço” – Drao Teatro da (IN)Constância/MA  – Teatro Cidade de São Luís

19h – Espetáculo teatral “ZEN” – Cia. Direto da Fonte/MA – Teatro Alcione Nazareth

20h – Espetáculo teatral “BR Trans” – Coletivo As Travestidas/CE – Teatro Arthur Azevedo

 

AÇÃO FORMATIVA

Mesa de Diálogos: “Tecendo Redes”

Participantes: Ghustavo Távora/PE, Maria Cristina Bunn/PR (UFMA), Fernanda Gomes/MG e Ricardo Marinelli/PR

Dia: 24/10

Horário: 9h às 11h

Local: Auditório A – Mário Meirelles (CCH-UFMA)

 

TURU

24/10

Colégio Vinícius de Moraes

9h às 12h

“Josué e o Pé de Macaxeira” – 12’

“Cuida da tua esquerda!” (1936) – 12’

14h às 17h

“Josué e o Pé de Macaxeira” – 12’

“Cuida da tua esquerda!” (1936) – 12’

 

CINE PRAIA GRANDE

Mostra Temática “Tati por inteiro”

Aberto para a comunidade em geral.

24/10

18h – “Carrossel da Esperança” (1949) – 77’

19h20 – “As férias do Sr. Hulot” (1953) – 74’

20h35 – EXIBIÇÃO DE CURTAS-METRAGENS:

“Cuida da tua esquerda!” (1936) – 12’

“A escola dos carteiros” (1947) – 15’

 

Shows CEPRAMA

20h – Discotecagem Jair Bar Rocko/MA

21h – Canyon/MA

22h30 – Violeta de Outono/RJ

 

Toda a programação da 9ª. Aldeia Sesc Guajajara de Artes é gratuita e aberta ao público. A programação completa pode ser acessada em www.sescma.com.br

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Bandeira de Aço: a estrela da noite

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A versão 2013 da plataforma “BR-135 – Energia Musical” foi aberta com ação social, acesso liberado ao público e o show em homenagem aos 35 anos do disco antológico Bandeira de Aço, trabalho gravado por Papete, em 1978, pela Discos Marcus Pereira. Uma retomada tipo gol de placa, ao reverenciar um disco, que não é qualquer um disco. E tudo começa com a exibição do documentário.

bandeiradeaco2510O filme fez um passeio pela linha do tempo dos compositores Sérgio Habibe, Josias Sobrinho, Ronaldo Mota, César Teixeira e suas músicas, da cena musical ludovicense produzida no fim dos anos 1970 e da importância dela no cenário maranhense da época, em que o Laborarte, o bairro da Madre Deus, a catuaba do Diquinho, as viagens para Alcântara, os bares existentes na periferia e Centro Histórico de São Luís, serviram de apoio para que surgisse um movimento de artes integradas à base de autenticidade, frescor, poesia, lirismo, boêmia, uma curtição sem vaidade, cujo o tempo jamais vai apagar.

Legado

O mais interessante no documentário apresentado com roteiro e direção de Celso Borges, coedição de Beto Pio, Alex Soares e Amanda Simões, assinando a produção do vídeo-cenário, participações de Maristela Sena e Andréa Oliveira, foi o de desmistificar o imbróglio que envolveu a produção do “Bandeira de Aço”, com o depoimento dos cinco protagonistas dessa novela.

O desfecho foi que todo mundo saiu convencido de que o maior beneficiado nessa polêmica, envolvendo direitos autorais, foi o disco, lançado em 1978, em formato de Long- Play (LP). Um trabalho concebido em pleno regime da ditadura militar no Brasil, feito por uma’rapaziada’ que tinha a certeza que estava construindo uma musicalidade consistente, capaz de emocionar ao produtor Marcus Pereira, ao ouvir cada faixa em fita-cassete apresentada a ele por Papete. E no fim da audição, ele conceituar aquela sonoridade, produzida lá pelos anos 70, como algo que ‘representava a alma do povo brasileiro’. Daí, nasceu o “Bandeira de Aço”, um legado que está presente na vida de quem faz música agora. br135510

O Show

Depois de todo o relato, veio o show. A palavra de ordem, então, era vamos ‘Guarnicê’. As nove canções que integram o Long-Play (LP), foram cantadas e o público interagiu naturalmente. Com a direção musical de Alê Muniz, as músicas ganharam nova textura interpretadas por artistas da nova cena da musical local, entre eles, Bruno Batista, numa levada drum´bass, em “De Cajari Pra Capital” (Josias Sobrinho), Madian” em “Boi de Catirina” (Ronaldo Mota), Dicy”, em “Catirina” (Josias Sobrinho), Afrôs, numa atmosfera de afoxé interpretou “Dente de Ouro” (Josias Sobrinho), e Flávia Bittencourt, que cantou divinamente bem “Flor do Mal”, de César Teixeira, acompanhados pela banda formada por: João Simas (guitarra), João Paulo (baixo), Ruy Mário (teclados e acordeon), do percussionista Erivaldo Gomes e e Isaías Alves (bateria), tendo como mestre de cerimônia, o ator César Boaes.

A celebração contou ainda, com os compositores César Teixeira, em “Boi da Lua” (de autoria do próprio), Josias Sobrinho em “Engenho de Flores” (de autoria do próprio) e Sérgio Habibe, em “Eulália” (de autoria do próprio). E para encerrar, a dupla Criolina (Alê Muniz e Luciana Simões) conclamou a todos para formação de um grande batalhão e cantasse a faixa título disco “Bandeira de Aço” (César Teixeira), com direito a matraca, pandeirões e a participação do pai da criança: Papete.  Com o Teatro de Apolônia Pinto completamente lotado, o show virou um baile tendo como ‘setlist’ as faixas de um disco perfeito, atemporal, em que cada pessoa que o ouve tem a sua música predileta. Afinal, o “Bandeira de Aço” é uma unanimidade !

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Plateia canta com Gal no Back2Black

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A rapper americana Missy Elliott foi o grande destaque deste sábado (24), segunda noite do festival Back2Black, no Rio de Janeiro . Uma chuva leve mas persistente caiu sobre a cidade no fim da tarde e acabou afastando o público da Estação Leopoldina – ao contrário da noite anterior, que atingiu lotação máxima do local. Mas o mau tempo não impediu Naná Vasconcelos de abrir a noite esquentando o público.
O hip hop se afirmou como dominante, na mão de nomes como o brasileiro Emicida e a americana Missy Elliott. No dia do rap, porém, se destacaram também artistas que trafegaram por fora do gênero. O percussionista Naná Vasconcelos abriu os serviços às 21h50m no palco principal, mostrando na estação maracatu, sob a regência dos tambores do Rio Maracatu – o grupo foi um dos convidados do show. Jorge Du Peixe, outra participação especial, incursionou com “Meu maracatu pesa uma tonelada” e “Macô” – os metais, em diálogo com os tambores, deram frescor e vigor ao repertório, num registro diferente mas tão poderoso quanto a usina de groove da Nação Zumbi.
A mesma potência se mostrou na ancestralidade buliçosa de “Os quindins de Iaiá” e “Urubu malandro”, numa festa que teve ainda a presença da caboverdiana Lura, que temperou a batucada brasileira com a malícia de ritmos como o funaná. O trompetista e compositor Hugh Masekela, segunda atração do palco, é um os símbolos do combate ao sistema segregacionista na África do Sul e amigo de Nelson Mandela nessa batalha pela igualdade racial. O jazzista deu continuidade à noite com elegância e simpatia – dirigiu-se à plateia com expressões em português como “barra limpa?” e afirmou que nunca esteve num país onde as pessoas se gostassem tanto como no Brasil. Seu jazz apoiado em chão africano manteve alta a temperatura (a ótima banda ajudou), permitindo-se momentos mais cool, como sua leitura de “Mas que nada”, de Jorge Ben(jor).
Com atraso, devido a chuva, a noite de hip hop aconteceu no segundo palco com o mineiro Flávio Renegado, que passeia por referências como o reggae e samba, além do rapper paulistano Emicida, que se apresentou com o mesmo swingue de Renegado, porém com mais contundência nas rimas e poesias
No palco principal, a grande atração da noite, Missy Elliott apresentou um espetáculo que valorizou mais a visualidade que a música – mesmo levando-se em conta a força de hits como “Lose control”, “The rain (Supa dupa fly)” e “Get ur freak on”. Um grupo de 16 bailarinos – que trocava incansavelmente de figurino, como a própria – mantinha a ação frenética no palco, sustentando a atenção da plateia, que respondeu bem ao show, Durante a apresentação, a artista reverenciou nomes da música negra, entre eles, Tupac, Michael Jackson e Whitney Houston. Ao fim, ela retribuiu lançando um par de tênis (!) para o público.
O kuduro angolano encerrou a noite, no segundo palco, com Os Pilukas, Noite Dia e Francis Boy. A participação de uma mulher da plateia que dançou ao lado dos artistas encarnou – com graça, calor e de forma incontestável – o elo Brasil-África marca registrada do festival.
Último Dia
A quarta edição do Festival Back2Black chegou ao fim no domingo (25). A abertura do terceiro e último dia do festival ficou por conta da cantora e compositora paraense Dona Onete, 73 anos, que apresentou as músicas de seu álbum de estreia, “Feitiço Caboclo”. Acompanhada de músicos liderados pelo respeitado guitarrista Pio Lobato – responsável pela reinvenção da guitarrada em Belém – Dona Onete pôs o público presente para balançar ao som de carimbós, boleros e sucessos como “Amor Brejeiro” e “Tambor do Norte”.
Diva

Na sequência, foi a vez de Gal Costa abrir o palco principal. A musa baiana reuniu o maior público do dia, que cantou em coro sucessos como “Divino Maravilhoso”, “Barato Total”, “Baby” e “Vapor Barato”. Músicas de seu último álbum “Recanto” – o trigésimo da cantora, lançado no final de 2011. O trio formado por Domenico Lancellotti (bateria e MPC), Pedro Baby (guitarra e violão) e Bruno Di Lullo (baixo) misturou sonoridades experimentais, rock e programações eletrônicas. Destaque para a versão de Gal para a música “Um Dia De Domingo”, em que diverte o público imitando a voz grave e inconfundível de Tim Maia.

A cantora Daúde subiu ao palco enquanto Gal ainda se apresentava no principal e contou com uma parcela menor de público, pelo menos até a metade de seu show. A baiana apresentou músicas de seus quatro discos – incluindo sua versão de “Pata Pata”, [da cantora sul-africana, Miriam Makeba, que foi casada com o trompetista Hugha Masakela], celebrada pelo público presente – e também experimentou canções de seu próximo álbum, que será lançado no primeiro semestre do ano que vem.

Enquanto isso, no palco principal, a compositora, cantora e guitarrista do Mali Fatoumata Diawara – mais conhecida como “Fatou” – apresentou músicas de seus dois discos lançados. A sonoridade leve de seu violão acústico e sua voz afinada encantaram parte do público, que já era visivelmente menor em relação ao show anterior (da Gal). Mesmo assim, alguns fãs fiéis cantavam junto suas canções e, ao final do show, a aguardavam para autografar seus discos.

Tributo

O DJ Sany Pitbull prestou homenagem aos 70 anos de vida e 50 de carreira do rei brasileiro da Black Music Gerson King Combo. Sany apresentou o show Black & White Sound System, onde reuniu o próprio Gerson e a banda AfroReggae em formação especial com 10 músicos – sendo seis percussionistas e quatro violinistas. “Rational Culture”, do mestre Tim Maia, foi uma das músicas preferidas pelo público.

Interação

Mas a grande atração da noite foi a compositora, produtora e cantora Santi White, mais conhecida pelo nome artístico Santigold. A americana voltou a encher o palco principal com fãs que dançavam, vibravam e cantavam praticamente todas as músicas. O repertório foi baseado em seus dois discos lançados: “Santogold”, de 2008 e “Master of My Make-Believe”, que saiu em abril desse ano. Com ótimas bases, boa coreografia e voz hipnotizante, Santigold encantou o público presente e fechou a noite muito bem acompanhada: no meio do show, convidou cerca de 20 pessoas do público a subir no palco e dançar a seu lado.

Ao final dos shows, o público, extasiado, balançou ao ritmo charme do DJ Corello, encerrando o Back2Black Rio 2012 do jeito que foi criado pra ser, no mais alto astral.

Celebração

Foram três noites de pura celebração e diversidade cultural. Segundo o escritor angolano José Eduardo Aqualusa, o B2B veio para contribuir para o reencontro entre o Basil e a África. Uma África moderna, contemporânea, produtora de cultura e pensamento. Para ele, “esse processo é importante, também, para afirmação internacional  do Brasil, enquanto grande potência, e muito mais importante ainda para a autoestima dos brasileiros de ascendência africana”.

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Back2Black: uma Kizomba

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A primeira noite da quarta edição do Festival Back2Black foi marcada por muita ‘Kizomba”. E lá estava [eu] conferindo todos os detalhes da festa/movimento. Mais de 6 mil pessoas, entre gente da televisão e da música. Luana Piovani, Natália Lage, Elza Soares, o casseta Cláudio Manoel, a cantora maranhense Rita Benneditto, Caetano Veloso, Maria Gadú, Ana Carolina e Marcelo D2, e outros desencanados, presentes na Estação Leolpodina, zona portuária do Rio de Janeiro, para degustar Black Music em vários tons.

Samba, Semba, Kuduro, Hip Hop, Soul, R&B, Ciranda, Coco, Frevo, Maracatu, Afrobeat. O Back2Black explora as influências africanas fazendo a ponte do passado e presente, legitimando a linguagem universal da música. O que se viu é que a plateia comprou ingresso priorizando o soul e hip hop das cantoras Nneka e Lauryn Hill e acabou descobrindo uma negadinha bacana que faz som no continente africano.

É maravilhoso ver as raízes africanas representadas por um hibridismo tão grande de artistas, de países tão diferentes. Martinho da Vila abriu à noite e constatou que essa celebração é possível. Como um autêntico mestre de cerimônia soube misturar samba com semba e chamar para o palco os baianosVirginia Rodrigues, Riachão e os africanos Manecas Costa ´(Guiné-Bissau) e Tito Paris (Cabo Verde), além da flha Martn´ália. Apenas a configuração do som no momento da apresentação dele deixou a desejar.

O festão não pára por aí, além do que rolava em um palco B, com shows do grupo carioca Novíssimos, o pernambucano Siba e o animado grupo congolês Jupiter & Okwess International, que esteve presente na versão londrina, realizada entre os dias 29 e 1 de julho deste ano, a cantora nigeriana Nneka fez a festa com a casa já lotada.

A artista que já foi chamada de a ‘Lauryn Hill da África” fez um show em que valorizou a crítica social em músicas inseridas em três discos. Acompanhada de uma banda com cinco músicos, fez o público dançar.

A principal atração da noite, Miss Lauryn Hill entrou por volta de 2h da manhã. Antes o público delirou com o ‘freestyle’ dançante do ‘deejay’ integrante a banda de Hill. O cara fez um passeio pelo raggamuffin de Damian Marley, Dee-Lite e até o ‘single’ do Gotye rolou em seu ‘set’.

Um aperitivo que deixou todo mundo pilhado para receber a dama da noite. Laury Hill cantou as conhecidas do grande público que foi ao delírio.
Um aperitivo que deixou todo mundo pilhado para receber a dama da noite. Laury Hill cantou as conhecidas do grande público que foi ao delírio.
A cantora também lembrou o Dia da Consciência Negra, e chamou ao palco Gabriel O Pensador para traduzir sua canção/poema intitulada “Black Rage” (“Fúria Negra”, em português), um grito contra a opressão dos negros no mundo inteiro. “Fúria negra é fundada naqueles que nos serviram autoflagelo. Mentiras, abuso… traição espiritual”, enumerou. “Quando o bicho pega, me lembro de todas estas coisas e não temo”, completou o Pensador.

Mais ‘groove’

Um vagão da antiga estação de trem da Leopoldina também chamava a atenção do público. Batizado de Vagão da Petrobras, o espaço era reservado para quem quisesse se inscrever e cantar com uma banda do evento. Em um outro vagão funcionava a Rádio África cheia de ‘groove’ para animar a galera. A festa continua neste sábado (24) e domingo (25).

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Lauryn Hill e Nneka no Back2Black

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Aparentemente Jimmi Hendrix e Janis Joplin parecem ter feito o caminho inverso pela música. E, para muitos. o conceito do pretinho de alma branca que enveredou pelo rock. Ela,  a branquinha de alma preta que fez opção pelo blues. Entre rótulos criados pela indústria cultural e perpetuado por meio mundo, traduz que assim como a alma, a música não tem cor. E um dos bons exemplos para legitimar essa tese está resumida no festival Back2Black, que chega em sua quarta edição na Estação Leopoldina, zona portuária do Rio de Janeiro, além de uma versão gringa realizada, entre os dias 29 e 1 de julho deste ano, no Old Billinsgate, em Londres, pegando carona pelos Jogos Olímpicos, na capital da Inglaterra.
Segundo os organizadores do evento, a meta é reconstruir a conexão da sociedade moderna com as raízes africanas. Estarei acompanhando de perto o festival que usa a coerência e a contextualização dos fatos para mostrar que a tradição e a modernidade são filhas das mesma mãe. E jamais se deve ignorar a importância do continente africano como o verdadeiro berço da humanidade.
Plural
A partir desta sexta-feira (23), até domingo, uma diversidade de atrações marca registrada do Back2Black, desde que foi criado em 2009. Nomes como o de Macy Gray, Gilberto Gil, Marisa Monte, Criolo, Marcelo D2, Arnaldo Antunes,  o senegalês Youssou N’Dour, Nação Zumbi, Seu Jorge, Martn´ália, além da cubana Omara Portuondo. O cantor Prince chegou a ser convidado para o festival, mas bateu fofo.
Na versão brasileira de 2012, uma nova seleção musical – que vai do samba ao hip-hop, passando pelo jazz, rhythm and blues, funk, maracatu e carimbó, entre outros -, acompanhada de uma mostra de artes e de um ciclo de debates. Nas três edições anteriores, o festival recebeu um público de 60 mil espectadores.
De acordo com os organizadores do evento, este ano o festival contará com dois palcos – no ano passado foram três. No entanto, a arena montada ao redor dos palcos terá capacidade para receber uma quantidade maior de pessoas. Entre as 20 atrações musicais, o destaque fica por conta da forte presença de mulheres no elenco internacional.
Primeiro, as damas
Inéditas para o público brasileiro, vão se apresentar no festival as cantoras americanas Missy Elliott, rapper detentora de cinco prêmios Grammy, e Santigold, sucesso no estilo pop contemporâneo. A cantora nigeriana Nneka, a malinesa Fatoumata Diawara e a cabo-verdiana Lura vão garantir a presença feminina africana. 
A música africana também será representada pelo sul-africano Hugh Masekela e pelo congolês Jupiter & Okwess International, entre outros. A lista de atrações brasileiras inclui a cantora Gal Costa, com seu elogiado show Recanto, o percussionista Naná Vasconcelos, Martinho da Vila, Mart’nália, Virginia Rodrigues e os rappers Flávio Renegado e Emicida.
Fórum
Os debates serão realizados nos dois últimos dias do evento, no auditório da desativada estação ferroviária, e terão a curadoria do escritor angolano José Eduardo Agualusa. Uma discussão sobre o lugar da mulher na literatura e nas sociedades africana, cubana e brasileira inaugura o ciclo, às 18h do dia 24. Com a mediação da jornalista Paula Cesarino Costa, o tema será debatido pelas escritoras Paula Chizane, de Moçambique, Karla Suarez, de Cuba, e Ana Maria Gonçalves, do Brasil.
A segunda conferência do dia, às 19h45, será dedicada ao tema A Presença do Samba na Literatura Brasileira e dos Poetas e Escritores no Samba. O escritor Paulo Lins, autor dos romances Cidade de Deus e Desde que o Samba é Samba, e os músicos Nei Lopes e Martinho da Vila, também escritores, dividirão a mesa, que terá como moderador o jornalista Vagner Fernandes.
No domingo (25), às 16h30, a presença dos orixás na literatura brasileira e as razões de Jorge Amado para não ter deixado sucessores à sua obra serão debatidas pelo sociólogo Reginaldo Prandi e pelo escritor Alberto Mussa, com a moderação a cargo de José Eduardo Agualusa.
No encerramento da série de palestras, às 18h15, o músico sul-africano Hugh Masekela e o escritor cubano Carlos Moore, autor de uma biografia do músico nigeriano Fela Kuti, debaterão as relações da África com o Brasil e o papel da música no combate ao apartheid e ao racismo.
A mostra de arte do Back2Black homenageia este ano o pintor argentino radicado no Brasil Carybé (1911-1997), que retratou a cultura negra brasileira em suas obras. Trinta painéis com ilustrações do artista, incluindo a série retratada no Livro dos Orixás, de Jorge Amado, vão decorar a Estação Leopoldina.  Mais informações sobre a programação e os ingressos estão disponíveis no site do festival
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Back2Black confirmado

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Os artistas Missy Elliott, Lauryn Hill e Martinho da Vila são destaques do festival Back2Black, que ocorre na Estação Leopoldina, no Rio de Janeiro, de 23 a 25 de novembro.

Além deles, também participam Santigold, Nneka, Fatoumata Diawara, Hugh Masekela, Fatoumata Diawara, Hugh Masekela, Jupiter & Okwess International. O elenco nacional contará com Gal Costa, Naná Vasconcelos, Emicida, Siba, entre outros.

Os preços do primeiro lote de ingressos (os mil primeiros) são os seguintes: R$ 120 (inteira) e R$ 60 (meia), para um dia; R$ 220 (inteira) e R$ 110 (meia), Combo para 2 dias; e R$ 300 (inteira) e R$ 150 (meia), Combo para 3 dias.

A venda de ingressos se inicia a partir de 0h01 do dia 8 de outubro, através do site da Ingresso Rápido (www.ingressorapido.com.br), do call center 4003-1212 e de pontos de venda físicos.

Confira a programação do Back2Black 2012

PALCO SEXTA (23) SÁBADO (24) DOMINGO (25)
Estação Martinho da Vila, com Manecas Costa, Tito Paris, Riachão e Mart’nália
Nneka
Lauryn Hill
Naná Vasconcelos e Maracatus, com participação de Lura
Hugh Masekela
Missy Elliott
Gal Costa
Fatoumata Diawara
Santigold
Petrobras Novíssimos
Siba
Jupiter & Okwess International
Flávio Renegado
Emicida
Os Pilukas + Noite Dia + Francis Boy
Dona Onete e Dançarinos de Carimbó
Daúde
Sany Pitbull apresenta Black & White Soudsystem com Gerson King Combo e Igor Cavalera

Anteriormente, o festival estava programado para ocorrer em agosto deste ano.

Mais informações podem ser obtidas através do www.back2black.com.br.

Serviço

Festival Back2Black

Quando: 23 a 25 de novembro

Onde: Estação Leopoldina (Av Francisco Bicalho, s/nº – Santo Cristo)

Quanto:

1º LOTE Individual (1 dia): R$ 120,00 inteira / R$ 60,00 meia Combo (2 dias): R$ 220,00 inteira / R$ 110,00 meia           Combo (3 dias): R$ 300,00 inteira / R4 150,00 meia (Para os primeiros 1.000 ingressos)

2º LOTE Individual (1 dia): R$ 150,00 inteira / R$ 75,00 meia Combo (2 dias): R$ 260,00 inteira / R$ 130,00 meia Combo (3 dias): R$ 370,00 inteira / R$ 185,00 meia

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Back2Black: adiado para novembro

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O evento Back2Black que estava para acontecer entre os dias 24 a 26 de agosto, na Estação Leopoldina, no Rio de Janeiro, foi adiado para novembro.   O Festival que irá acontecer na semana da Consciência Negra, de 23 a 25 de novembro, no mesmo local, conta com a cantora Jill Scott,  os artistas Fatoumata Diawara, a dupla Amadou e Mariam, Concha Buika, o rapper somali K´Naan, o sul-africano Hugh Masekela e Jupiter Okwess, além dos artistas nacionais, Flávio Renegado, e o rapper Criolo, também farão apresentações.

A primeira edição internacional do festival brasileiro, ocorreu em Londres no dia 30 de junho, às margens do rio Tâmisa, e contou com artistas africanos, europeus e americanos, além das apresentações de Gilberto Gil, Jorge Ben Jor e Luiz Melodia.

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Versão brasileira do Back2Black, no Rio

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A cantora norte-americana Jill Scott se apresenta na quarta edição do Back2Black, que ocorre de 24 a 26 de agosto, na Estação Leopoldina, no Rio.

A idealizadora do evento, Connie Lopes, afirmou que o evento terá ainda a cantora Fatoumata Diawara e a dupla Amadou e Mariam, ambos do Mali, a intérprete guineense Concha Buika, o rapper somali K´Naan e o jazzista sul-africano Hugh Masekela, além dos brasileiros Flavio Renegado e Criolo –que faz show com a participação do vibrafonista etíope Mulatu Astatke.   Criolo e Mulatu Astatke retomam a parceria da versão londrina e primeira edição internacional do festival brasileiro.

A festa ocupou um antigo mercado de peixes, nas margens do rio Tâmisa, onde promoveu performances de Gilberto Gil, Jorge Ben Jor e Luiz Melodia, entre outros artistas nacionais, africanos, europeus e americanos.

O rapper paulistano Criolo é uma das atrações do Back2Black, no Rio, em agosto. Divulgação/Getty Images.

De Volta ao Rio

A edição carioca do B2B traz pela primeira vez ao Brasil a cantora Jill Scott, ganhadora de dois prêmios Grammy. Ela mostrará sua mistura de jazz, soul, hip hop e “spoken word” registrada em discos como “Who Is Jill Scott? Words and Sounds Vol. 1” (2000) e “The Light of the Sun” 2011).   Três atrações da versão inglesa do Back2Back também vêm ao Rio. A malinesa Fatoumata Diawara faz um show enérgico, mesclando referências de soul, jazz, blues e rimos tradicionais de seu país, cantando, tocando guitarra e realizando coreografias africanas.

Também do Mali, a dupla Amadou e Mariam faz uma performance empolgante de afro-blues, um mix de música do Mali, rock e blues, com percussão marcante e barulhentas guitarras. O casal apresenta no Rio canções de seu disco mais recente, “Folila” (2012), que tem participações de Kyp Malone e Tunde Adebimpe, do TV on the Radio, Santigold, Theophilus London e Jake Shears (Scissor Sisters), entre outros.   Outro artista que fez apresentação de alto nível em Londres e vem ao país é o trompetista e cantor sul-africano Hugh Masekela, que faz jazz com referências de música da África do Sul, num show suingado e bem-humorado.

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Back2Black: celebração de ritmos

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O festival Back2Black, pioneiro na valorização da cultura negra mundial no Brasil, crescerá em sua edição 2012, firmando-se como um dos mais completos eventos culturais do país. De 24 a 26 de agosto, a centenária Estação Leopoldina servirá novamente como plataforma para shows, debates, exposições e intervenções artísticas. Esse ano o B2B terá uma edição em Londres, integrando a programação paralela às Olimpíadas de 2012. O b2bUK acontecerá em um antigo prédio de Old Billingsgate, entre 29/06 e 01/07.

No line-up:

29 JUN – Macy Gray, Luiz Melodia, Marcelo D2, Linton Kwesi Johnson & Dennis Bovell, Emicida e Sany Pitbull

30 JUN – Roots Manuva, Criolo, Hugh Masekela, Femi Kuti, Fatoumata Diawara, Tono, Renegado

1º JUL – Gilberto Gil, Amadou & Mariam, A Curva da Cintura (Toumani Diabaté + Arnaldo Antunes + Edgard Scandurra), Mart’nália + Lura, Natasha Llerena + Aline Frazão.

Celebração ao ritmo

“O Back2Black é um projeto nascido da urgência em refazer pontes, devolvendo a África ao Brasil. Ninguém contesta a forte matriz africana da cultura brasileira, embora ela tenha sido ignorada durante algumas décadas”, defende Connie Lopes, uma das idealizadoras do festival, ao lado de Julia Otero, que completa: “A ideia é mostrar a influência africana na nossa cultura contemporânea. O festival é uma celebração ao ritmo, ao som, à consciência social e econômica, às cores e aos estilos de um mundo pop e novo”.

O sucesso extraordinário das primeiras edições do festival demonstrou o interesse dos brasileiros pelos ritmos, artes e pensamentos produzidos na África, e em todos os territórios de matriz africana no mundo.

Passaram pela Leopoldina nos últimos dois anos quase 30 mil pessoas, que tiveram a oportunidade de ouvir a música ou os ensinamentos de grandes figuras do mundo contemporâneo, como o criador do Live Aid Bob Geldof, a escritora africana Dambisa Moyo, o rapper MV Bill, o diretor de cinema Gavin Hood, o poeta Breyten Breytenbach, Banda Black Rio, Macy Gray, ASA, Tono, Chaka Khan, Oumou Sangaré, Jorge Ben Jor, Seu Jorge & Almaz, Aloe Blacc, Tinariwen, Ed Motta, Dona Ivone Lara, Gilberto Gil, Erykah Badu, Angélique Kidjo, Seun Kuti, Vieux Farka Touré e Carlinhos Brown, entre outros, além de encontros musicais inéditos, como o de Marisa Monte com Youssou N’Dour, o de Arnaldo Antunes com Toumani Diabaté e de Ana Moura com Gilberto Gil.

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Back2Black em Londres

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O festival brasileiro Back2Black terá sua primeira edição na capital britânica como marco do Festival de Londres 2012, a grande festa cultural organizada por causa dos Jogos Olímpicos.

Gilberto Gil, um dos principais expoentes da música popular brasileira, estará no cartaz deste festival criado em 2009 para exaltar a cultura africana e sua diversidade, em sua primeira incursão fora do Rio de Janeiro, anunciou a organização Barbican, coprodutora do evento.

Entre os outros artistas que se apresentarão durante três noites do festival, de 29 de junho a 1º de julho, figuram também Macy Gray, Marcelo D2, Luiz Melodia, Linton Kwesi Johnson & Dennis Bovell, Roots Manuva, Femi Kuti, Amadou & Mariam, Arnaldo Antunes e Mart’nália.

Os organizadores informaram que esta primeira edição do Black2Black dá ênfase especial às “conexões britânico-africanas” através de uma mistura de gêneros que vão do samba ao hip hop, passando por blues, reggae e rock.

Para recriar o ambiente da estação Leopoldina do Rio, o lugar escolhido para o Back2Black londrino é o agora restaurado mercado de peixes de Billingsgate, no leste da capital.

Além das apresentações ao vivo em três palcos simultâneos, o festival incluirá também bate-papos, oficinas e exposições como a da artista brasileira Bia Lessa que servirá como pano de fundo, assim como comida e bebida típicas do Brasil e da África.

O Back2Black faz parte do Festival de Londres 2012, no auge da Olimpíada Cultural que acontecerá entre 21 de junho a 9 de setembro para acompanhar os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos.

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