Back2Black: dias de outono. noites de música negra

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Sexta-feira: primeira noite de outono na Cidade Maravilhosa. Temperatura a 22 graus. Musicalidade negra com seus derivados. Uma convergência mais que perfeita para se definir a sexta edição do festival Back2Black na Cidade das Artes, na Barra da Tijuca (RJ), onde foram realizados 14 shows. Na pauta do evento, ainda, houve palestras e debates,

Linton Kwesi Johnson
Linton Kwesi Johnson

Pura magia negra. Um bando de gente na mesma vibe. Magia que não se definiu pela cor da pele, pelo estilo de roupa ou pela crença religiosa. Essa magia se definiu por emoção, por inspiração e muita dança. O poeta dub jamaicano Linton Kwesi Johnson mandou seu recado político e o cantor Damian Marley, filho de Bob, chamou todos para a dança, enquanto a banda carioca que faz apologia a maconha, Planet Hemp – em mais uma das suas esporádicas apresentações desde que voltou à ativa, em 2010 – foi quem mais gente atraiu para a frente do palco, com música de alta voltagem.

Ritmo & Poesia

Escasso ainda era o público (em parte, por causa dos problemas de trânsito no Rio em uma sexta à noite), pouco depois das 21h, quando Linton Kwesi Johnson iniciou sua apresentação, com a multirracial Dub Band, do baixista Dennis Bovell, no Palco Rio. Elegante e bem-sucedido, aos 62 anos de idade, com o vigor de quem tem 25 anos, ele mostrou animação ao lado do grupo, que mostrou categoria, embora o som não tivesse a pressão necessária a um bom show de dub reggae. Com sua voz hipnótica, Linton se moveu pelo balanço do baixo elástico de Bovell para contar as suas histórias.

Expressando seu contentamento em estar num festival negro (e o “máximo respeito” por Gilberto Gil), o jamaicano radicado na Inglaterra passou por canções como “Forces of viktry” (sobre a luta dos imigrantes pelo direito de fazer seu carnaval), “Sonny’s lettah” (uma carta em que um rapaz explica à mãe como ele e o irmão foram presos) e “Licence fikill” (sobre brutalidade policial). Embalado (e esfumaçado), o público seguiu o fluxo
poético, político e altamente rítmico de Linton Kwesi Johnson. Ao lado da Dennis Bovell Dub Band, LKJ emocionou o público e alertou sobre a violência que impera nas periferias dos grandes centros urbanos.

Planet Hemp
Planet Hemp

Quem Tem Seda

Depois de uma apresentação forte do rapper Dughettu no Palco Cidade, o Planet Hemp ocupou o Palco Rio fazendo barulho desde o primeiro minuto. Com “Legalize já”, o grupo dos MCs Marcelo D2 e BNegão abriu o primeiro ato do show, com o repertório de seu primeiro álbum, “Usuário” (1995).

Reduzidos ao power trio do baixista Formigão, o guitarrista Rafael Crespo e o baterista Pedro Garcia, o grupo atacou com admirável fome (e pegada punk) o seu repertório – parecia que o tempo não tinha passado desde os anos 1990, com os rappers trançando rimas na velocidade da luz em “Dig dig dig”, “Fazendo a cabeça”, “Zero vinte um” e “Queimando tudo”. No fim da apresentação, eles ainda lembraram o “Soul Makossa” de Chico Science e Nação Zumbi.

Damian Marley
Damian Marley

Filho de peixe…

Por volta de uma e meia da manhã, depois dos ataques de frequências graves e rimas ferinas da MC Karol Conká (no Palco Cidade, onde o show sempre acabava pouco antes de começar o seguinte, do Rio), Damian Marley, começou o seu espetáculo de reggae festeiro, com uma trupe afiada, da qual fazem parte duas backing vocals e um sujeito que passou o tempo todo agitando uma bandeira da Jamaica.

Com grande animação, o incansável cantor (que une a facilidade para a melodia à pegada rítmica de rapper) foi noite adentro num passeio por vários estilos de reggae (do romântico ao mais combativo), no qual não faltaram, é claro, clássicos do pai, como um “Exodus”.

Enfim, a fertilidade de Bob Marley ia além do campo musical. A prole que ele deixou para trás é grande não apenas em número, mas também em talento. Damian Marley, um dos membros do clã, mostra ao mundo que “filho de peixinho, peixinho é”, mas longe do legado deixado pelo pai.

Gingado

A primeira noite do Back2Black 2015 encerrou com os moleques de mola do DreamTeam do Passinho. O ritmo das favelas cariocas encontrou com os Kuduristas, bailarinos angolanos que fizeram o público ir ao delírio com muito gingado.

Karla Conká
Karla Conká

Segunda Noite

Com muito axé, a segunda noite do Back2Black 2015 começou com os tambores de candomblé e os metais inusitados do Alabê Ketujazz. A apresentação destacou os ritmos afro-brasileiros no Palco Cidade.

Lenine,  Letieres Leite & Orkestra Rumpilezz
Lenine, Letieres Leite & Orkestra Rumpilezz

Letieres Leite & Orkestra Rumpilezz iniciaram os trabalhos do Palco Rio com um novas e belas roupagens para os sucessos do pernambucano Lenine. Em uma mistura perfeita dos ritmos brasileiros, o encontro ainda apresentou a inédita “À meia noite dos tambores silenciosos”, de Lenine e Carlos Rennó, que fará parte do novo disco do cantor, “Carbono”, que estará nas lojas no final do próximo mês.

Para mostrar que Angola e Brasil têm muito em comum, Aline Frazão e Toty Sa’Med entrosaram os ritmos da Mãe África com a brasileiríssima Natasha Llerena, em um show marcado por delicadeza e beleza.

Angelique Kidjo
Angelique Kidjo

Mãe África

A diva beninense Angelique Kidjo levantou o público com seus grandes sucessos como “Batonga” e o clássico de Miriam Makeba, “Pata Pata”. Para finalizar uma apresentação marcada pela sua energia contagiante, Kidjo convidou um grupo de meninas da plateia para dançar ao seu lado no palco.

Ainda celebrando os ritmos africanos, a marrabenta encantou o Palco Cidade com Mingas + Wazimbo + Moreira Chonguiça. A alma do povo moçambicano fez todo mundo dançar ao melhor estilo “dois pra lá e dois pra cá”. Os mestres de Moçambique ainda tiverem o auxílio valioso das dançarinas que encantaram a plateia.

Cantora portuguesa Raquel Tavares no Tributo ao Samba e aos 450 anos do Rio de Janeiro.
Cantora portuguesa Raquel Tavares no Tributo ao Samba e aos 450 anos do Rio de Janeiro.

Celebração

Logo em seguida, a homenagem ao Rio de Janeiro trouxe um timaço para celebrar os 450 anos da Cidade Maravilhosa. Alcione, Fernanda Abreu, Mart’nália, Xande de Pilares, Gabriel Moura e a fadista Raquel Tavares reservaram grandes surpresas. O fim do show foi marcado pela bela homenagem ao arranjador Lincoln Olivetti, falecido recentemente.

Ludmila
Ludmila

Funke-se Quem Puder

Ludmilla puxou seu bonde no Palco Cidade com hits próprios como “É Hoje” e “Te Ensinei Certin”. O baile funk ficou completo com versões de Anitta e Valesca Popozuda. Fã assumida de Beyoncé, a caxiense que não é de caozada mostrou que é dona de um vozeirão ao cantar “Halo”.

Rapper Belga Stromae
Rapper Belga Stromae

Aplausos

Depois do funk – e voltando ao Palco Rio -, é chegada a hora mais esperada da noite. Stromae, o músico belga que chama atenção por suas composições em francês e instrumental com uma pegada bastante eletrônica, gerava alguns ataques histéricos na pista.

Com todo o charme que a língua francesa pode dar, o rapaz começou o show com “bâtard”. Arriscando algumas palavras em português, ficou variando também entre francês e inglês para se comunicar com o público, mas o idioma ali era o menos importante, já que a própria energia tratava de conectar as pessoas.

Passando seu último CD, “racine carrée”, quase todo a limpo, tocou “ta fête”, “ave cesaria”, “moules frites”, “carmen” e “Formidable”, quando fingiu um desmaio – o que não passava de um charme para chamar a próxima música, “humain a l’eau”. Em seguida, tocou seu maior sucesso, “Alors on danse”, esgotando (ou quase) a energia dos que ficaram até o final.

No bis, o artista ficou com uma versão bastante prolongada de “Papaoutai”, em que apresentou sua banda, agradeceu à produção, ao Rio de Janeiro e ao Brasil com um imenso carisma, encerrando um dos melhores shows de todo o Back2Black 2015.

Valeu a pena para quem se permitiu pular, cantar, dançar, brincar e se emocionar com a sexta edição do maior festival de cultura negra do país: o BACK2BLACK, no Rio de Janeiro. Muito legal ter no Brasil um evento para mostrar a cultura africana, mãe de todas as outras, e também, a força da cultura afro nas periferias. É nesse contexto que sinto orgulho de ser brasileiro e poder legitimar viver, momentaneamente, num país de Primeiro Mundo.

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Abertas as inscrições para Guarnicê de Cinema

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Estão abertas as inscrições para o 38º Festival Guarnicê de Cinema. Os interessados, com idade mínima de 18 anos, poderão inscrever até dois filmes que não tenham participado na condição de concorrente em edições anteriores do festival. As inscrições podem ser feitas até o dia 22 de abril.

Diego Chaves/O Estado do Maranhão
Diego Chaves/O Estado do Maranhão

O festival é desenvolvido pelo Departamento de Assuntos Culturais da Pró-Reitoria de Extensão, com o apoio de organizações públicas e privadas, e será realizado de 8 a 13 de junho. É vedada a participação de trabalhos que caracterizem promoção institucional ou empresarial. O realizador deverá permitir a doação de uma cópia da sua obra audiovisual em DVD, através do preenchimento da Ratificação de Permissão à UFMA, para incorporação ao acervo do Departamento de Assuntos Culturais, sob o compromisso de jamais serem utilizados para exibições com fins comerciais.

Os filmes serão pré-selecionados pela Comissão de Pré-Seleção, formada por pessoas de reconhecida competência na área de cinema, que não tenham ligação com nenhum dos filmes selecionados. O resultado será divulgado em 29 de abril, contando a partir dessa data, com prazo de 48 horas para entrega de recursos.

O premio vai de R$ 5 mil a R$ 20 mil, nas categorias Melhor Filme Longa Metragem Nacional, Melhor Filme Curta Metragem Nacional e Melhor Filme Curta Metragem Realizado por Maranhenses. Assim como Melhor Direção, Melhor Roteiro, Melhor Direção de Fotografia, Melhor Montagem/Edição, Melhor Trilha Sonora Original, Melhor Trilha Sonora Adaptada, Melhor Direção de Arte, Melhor Ator e Melhor Atriz.

Texto: Assessoria UFMA

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Alteração no ‘Line Up’ do Lollapalooza

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Devido à alteração de última hora na agenda do SBTRKT, a TIME FOR FUN lamenta informar que as participações do artista nos megafestivais Lollapalooza Argentina e Lollapalooza Brasil estão canceladas.

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Apesar de lamentarmos a saída do SBTRKT, estamos orgulhosos em anunciar a entrada da banda irlandesa Kodaline no lineup. O grupo se apresenta, exclusivamente, em São Paulo. Steve Garrigan (vocal/guitarra/teclado), Mark Prendergast (guitarra/teclado), Jason Boland (baixo) e Vinny May (bateria) sobem ao palco AXE, no dia 28 de março (sábado), às 18h45.

Formada em 2005 e mantendo a mesma formação desde 2011, o Kodaline é um quarteto de rock alternativo, que ficou famoso após por emplacar as músicas do debut álbum “In a Perfect World” nas trilhas sonoras do “Greys Anatomy” e dos filmes “A Culpa é das Estrelas” e “Horns”. Com o lançamento deste trabalho, chegaram ao Top 3 no Reino Unido, além de permanecerem durante nove semanas na posição 1# na Irlanda. Neste momento, a banda está em turnê, promovendo o elogiado novo álbum “Coming Up for Air”.

Lollapooza Brasil 2015

O megafestival ocorre, nos dias 28 e 29 de março, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. Serão mais de 10 horas de festival por dia e aproximadamente 55 horasde música e atividades ininterruptas.

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Phill Veras canta no Texas, nos Estados Unidos

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O jovem cantor e compositor maranhense, Phill Veras, foi o único artista do Nordeste selecionado para participar do South By Southwest, festival de música, tecnologia e cinema realizado anualmente em Austin, no Texas, nos Estados Unidos.

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O evento, que ocorrerá entre os dias 17 e 22 de março, é realizado desde 1987, abordando temas como tecnologia e internet. Apenas 13 artistas brasileiros participam do festival.

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Planet Hemp no Back2Black 2015

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Adivinha doutor, quem tá de volta na praça?! Planet Hemp, ex-quadrilha da fumaça! Dia 20 de março, no Back2Black Festival 2015 pra manter o respeito.

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Festival de Marchinhas Carnavalescas do Sesc

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Abram alas para os compositores da cidade. O Festival de Marchinhas Carnavalescas do Sesc convida-os para criar novas músicas para animar a edição 2015 do Projeto Sesc Folia – Sua Majestade o Carnaval. O Festival é uma promoção do Serviço Social do Comércio no Maranhão que realiza inscrições de 27 a 30 de janeiro, no Sesc Deodoro.

Compositores e intérpretes maranhenses podem inscrever gratuitamente canções inéditas no gênero marchinha de carnaval tradicional, que não tenham sido apresentadas publicamente e que suas letras façam menção ao carnaval do Sesc, ao Bloco “Vai Quem Quer” e ao Comerciário. Que não contenham conteúdos que venham de encontro com a natureza do trabalho social da instituição, conforme disposto no Regulamento, disponível em www.sescma.com.br.

Além das duas melhores marchinhas, também será escolhido o melhor intérprete. As premiações para cada composição é: 1º colocado (composição): 01 troféu + R$ 2 mil Reais; 2º colocado (composição): 01 troféu + Mil Reais e melhor intérprete: 01 troféu + mil Reais.

Em mais uma edição, o Festival e Marchinhas Sesc visa valorizar artistas e produção local, por meio de evento competitivo, aberto para composições inéditas de marchinhas carnavalescas, para compor o repertório do Bloco “Vai Quem Quer”, organizado pelo Sesc.

A listagem dos selecionados será divulgada no dia 3 de fevereiro e será afixada nos murais do Sesc Deodoro e Sesc Administração e publicada no endereço eletrônico www.sescma.com.br

A apresentação das composições selecionadas acontecerá na Área de Vivência do Sesc Deodoro, no dia 11 de fevereiro, a partir das 19h. Dúvidas e outras informações entrar em contato pelos telefones 3216.3889 e 3216.3869.

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Linton Kwesi Johnson no Festival Back2Black (RJ)

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O festival Back2Black, que acontece nos dias 20 e 21 de março, na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro, anunciou a vinda do rapper belga Stromae para sua sua sexta edição. A programação inclui ainda Angelique Kidjo, Planet Hemp, Damian Marley, Velha Guarda da Mangueira, Lenine com Orquestra Rumpilezz, além do lendário poeta jamaicano do dub Linton Kwesi Johnson.

LInton Kwesi Johnson
LInton Kwesi Johnson

O preços variam de R$ 50 a 200 reais (combo para os dois dias) e começam a ser vendidos na sexta-feira (23).

Novo nome do hip-hop europeu, Stromae, nome artístico do compositor e produtor Paul Van Haver, tem despontado no YouTube com as músicas “Papaotuai” e “Tous Les Mêmes”). Sucesso na Europa a partir dos anos 2010, o músico faz um som eletrônico influenciado pela cultura do hip-hop e pela música latina. Ele canta em francês e está em franca ascensão nos Estados Unidos.

Jamaica e Rio

Serão 14 shows distribuídos entre os dois palcos instalados no andar térreo da Cidade das Artes. No Palco Rio, o maior deles, se apresentarão apenas os nomes consagrados, enquanto o Palco Cidade será dedicado a encontros entre artistas novos e veteranos.

A música jamaicana é um dos destaques do festival. Do país que preserva tantas afinidades musicais com a África e o Brasil, o festival apresenta Damian Marley – filho e discípulo do legado de Bob Marley – e Linton Kwesi Johnson, celebrado poeta do dub. Damian nunca fez show no Rio de Janeiro. Já Linton, que vai dividir o palco com seu habitual colaborador Dennis Bovell (guitarrista e baixista de reggae e dub oriundo de Barbados), é atração inédita em palcos brasileiros.

Rapper Belga Stromae
Rapper Belga Stromae

Do Benim, vem a politizada cantora e compositora Angelique Kidjo. De Angola vêm Aline Frazão e Toty Sa’Med, jovens talentos que vão dividir o palco com a carioca Natasha Llerena.

Um show-tributo aos compositores negros cariocas, sob o comando do diretor musical Alexandre Kassin e com a participação de diversos artistas, deve incorporar uma homenagem póstuma a Lincoln Olivetti, o maestro, músico e arranjador fluminense que faleceu em 13 de janeiro deste ano. Os rappers Duguettu e Carol Conká – naturais do Rio de Janeiro e de Curitiba, respectivamente – completam a programação.

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Festival Back2Black 2015

Local: Fundação Cidade das Artes
Av das Américas, 5.300
Barra da Tijuca – Rio de Janeiro
Tel: (21) 3325.0102

Preço do ingresso (por dia): R$ 150,00 (inteira) / R$ 75,00 (meia)
COMBO para os dois dias : R$ 200,00 (inteira) / R$ 100,00 (meia)

Para compra de ingressos e informações sobre pontos-de-venda na cidade, acessar o site da Ingresso Rápido (www.ingressorapido.com.br)

Ponto de Venda sem Taxa de Conveniência:
Cidade das Artes – Av. das Américas, 5300, Barra da Tijuca – Rio de Janeiro – RJ
Horário de Funcionamento: terça a domingo, das 13h às 19h.

PROGRAMAÇÃO

SEXTA, 20 DE MARÇO DE 2015

PALCO RIO
– Linton Kwesi Johnson + Dennis Bovell Dub Band (Jamaica/Barbados)
– Planet Hemp (Brasil)
– Damian Marley (Jamaica)

PALCO CIDADE
– Duguettu
– Karol Conká
– Dream Team do Passinho (Brasil) + bailarinos de kuduro (Angola)
SÁBADO, 21 DE MARÇO DE 2015

PALCO RIO
– Lenine + Orquestra Rumpilezz (Brasil)
– Angelique Kidjo (Benim)
– Grande celebração aos compositores negros cariocas
Homenagem ao samba/soul/black carioca
Direção musical de Alexandre Kassin
Arranjos de Lincoln Olivetti
– Stromae (Bélgica)

PALCO CIDADE
– Velha Guarda da Mangueira (Brasil)
– Mingas + Moreira Chonguiça + Bailarinos de Marrabenta (Moçambique)
– Aline Frazão (Angola) + Toty Sa’med (Angola) + Natasha Llerena (Brasil)
– DJ (nome a confirmar)

 

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Diálogo entre o clássico e o eletrônico

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Pra quem é da ilha e resolveu passar o fim de semana no Rio de Janeiro, e tá a fim de sair do lugar comum, a boa é o Festival Rc4 de música erudita contemporânea, que começa nesta sexta-feira, dia 16/1, com continuidade nos dias 23/1 e 24/1, no Oi Futuro Ipanema – Rua Visconde de Pirajá, 54 – Ipanema, um espaço cultural recomendável, pois conheço e tive a oportunidade de assistir ao show solo do cantor e compositor Lucas Santtanna, em outubro do ano passado.

Mas, falando sobre o Festival Rc4, será com artistas que nunca se apresentaram na Cidade Maravilhosa. O evento traz shows e performances de artistas de Berlim, Londres, Barcelona, Zurique, Luxemburgo, São Paulo e Rio.

Buscando aproximação da nova geração com a música erudita, o festival promove encontros entre a música clássica e o universo da música eletrônica clube pop. A marca dos artistas que se apresentam no Rc4 é o caráter inovador e experimental de suas composições.

Além das quatro noites de shows, o evento promove o encontro “Novas direções da música clássica”, com o músico Gabriel Prokofiev, neto de Sergey Prokofiev, um dos grandes compositores russos, e Joan Martí Frasquier. O evento será na sexta (16), às 14h30, na Sala Villa Lobos da Unirio (Av. Pasteur, 436 – Urca), as inscrições podem ser feitas gratuitamente pelo email [email protected].

Veja a programação completa do festival Rc4:

Sexta (16)

Francesco Tristano (Luxemburgo): o pianista apresenta em seu repertório misturas de clássico, barroco, jazz e música eletrônica.

Sábado (17)

Gabriel Prokofiev (Grã-Bretanha) + Cello Multitracks, Hugo Pilger (Brasil) e Joan Martí Frasquier (Espanha): compositor e DJ, Gabriel Prokofiev abre novos caminhos na música clássica, compondo obras que dialogam com a tradição da música de concerto.

Sexta (23)

Etienne Abelin (Suíça) + Music Animation Machine Live, Wilson Sukorski (Brasil) + Katia Baloussier (Brasil): Etienne se dedica a promover inovações na música clássica levando o gênero para outros espaços, além das salas de concerto convencionais.

Sábado (24)

Brandt Brauer Frick Trio (Alemanha): um dos grandes nomes da música clássica contemporânea, o grupo combina instrumentos acústicos e sons eletrônicos.

Serviço

Festival Rc4

Quando: 16, 17, 23 e 24 de janeiro de 2015. Sextas e sábados às 21h.

Onde: Oi Futuro Ipanema – Rua Visconde de Pirajá, 54 – Ipanema.

Quanto: R$20 (inteira).

Mais informações: www.festivalrc4.com.br

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Festival BR-135 começa nesta quinta-feira em SLZ

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Começa nesta quinta, 18, o Festival BR-135, com a proposta de ocupar o Centro Histórico de São Luís com arte e cidadania. Na estreia, o evento recebe a cantora Céu, em show no Teatro Arthur Azevedo, às 20h. E antes, às 17h, no Centro de Criatividade Odylo Costa, filho, o produtor cultural pernambucano Roger de Renor abre a programação da etapa de formação do evento, o Conecta Música. Na ocasião, ele fala do movimento Ocupe Estelita, que tem mobilizado artistas do país e até de além Brasil, contra o desenvolvimento urbano guiado apenas por interesses econômicos, promovendo uma ideia ultrapassada de progresso e modernização.

Depois da abertura, os shows continuam na Praça Nauro Machado, na Praia Grande, com Felipe Cordeiro e Dona Onete, a grande dama do carimbó do Pará, na sexta-feita, e Mombojó, no sábado. Junto com eles e simultaneamente na Praça da Criança, o festival apresenta as 14 bandas selecionadas para participar dessa festa da música. No domingo, 21, será realizada a rodada de negócios, reunindo representantes de distribuidoras de fonogramas e artistas.

As palestras, oficinas, workshops e rodada de negócios do Conecta Música serão concentrados no Centro de Criatividade Odylo Costa Filho, com exceção do painel que será apresentado pelo músico Marcelo Yuka. Entre os convidados para a etapa de formação estão Maurício Bussab, sócio-fundador da Tratore, a maior distribuidora de música do Brasil, André Martinez e Marcel Arêde. A progrmação completa está disponível no site: http://www.br135.com. Na mesma plataforma ainda estão abertas as inscrições para os paineis e oficinas.

Pontes e BRs – “Nossa intenção é mapear o Brasil, trazendo artistas de várias regiões, para criar pontes e BRs, aproximando os vários brasis por meio da música”, afirma Alê Muniz, idealizador do projeto ao lado de Luciana Simões, a outra metade da dupla Criolina.

“Esta edição do BR 135 propõe uma reflexão sobre o centro histórico de nossa cidade, tombado pela Unesco e ao mesmo tempo abandonado pelo poder público. Essa realidade que se repete em várias capitais do país, como São Paulo, Rio e Recife, não é diferente por aqui. Por isso estamos trazendo o Roger de Renor, de Recife, e o pessoal de São Paulo, entre outros, para contar suas experiências em ações de valorização do centro de suas cidades”, afirma Luciana. “Entendemos que o nosso maior patrimônio não é simplesmente o conjunto arquitetônico, mas a relação dele com as pessoas da cidade”, completa Alê.

Os dois eventos são realizações do projeto BR 135. O Festival contou com apoio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura e patrocínio da Companhia Energética do Maranhão. O Conecta Música tem patrocínio da Vivo.

Para o show de abertura, no Teatro Arthur Azevedo, o público deverá trocar um ingresso por um quilo de alimento não perecível. Esses alimentos serão doados a creches comunitárias cadastradas pela organização.

FESTIVAL BR 135

Dias 18, 19 e 20/12

SHOWS

Teatro Arthur Azevedo, 20h

Céu 18/12

Entrada: Mediante doação de 1kg de alimento não perecível.

Praça Nauro Machado, 20h

Felipe Cordeiro e dona Onete 19/12

Mombojó 20/12

Programação completa, informações e inscrições: www.br135.com

Fonte: Assessoria

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Palestrantes e palestras no Conecta BR-135

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Palestras do Conecta Festival BR-135. Inscrições gratuitas.

+ CONECTA

• PAINÉIS

18/12
CENTRO DE CRIATIVIDADE ODYLO COSTA FILHO

17h – Abertura do Conecta Música
Painel – Ocupe Estelita
Com ROGER DE RENOR (PE)

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Roger de Renor fez parte do movimento manguebeat. Mentor do Som na Rural, Roger de Renor vem arrastando centenas de pessoas pelas praças do Recife, desburocratizando a ideia de eventos em lugares fechados e provocando a reflexão sobre as intervenções urbanísticas por parte do poder público.

Integra o movimento Ocupe Estelita que luta contra o desenvolvimento urbano guiado apenas por interesses econômicos, que destrói a identidade da cidade e promove uma ideia ultrapassada de progresso e modernização, desejando uma cidade mais inclusiva.

19/12
CENTRO DE CRIATIVIDADE ODYLO COSTA FILHO

10h às 12h
Painel- Música para os olhos: Uma viagem pelas capas de discos
História de capas de discos • importância do design para a música
Cases • Recomendações para projetos gráficos.
Com ALEX SOARES (MA)

Alex Soares é arquiteto e designer gráfico, sócio-fundador da Genial Propaganda, professor do curso de design do UNICEUMA e mestrando em design. Sempre envolvido com música e arte, busca promover eventos relacionados a esse tema na Ilha de São Luís-MA, a exemplo do Zupi Academy. Assinou alguns projetos gráficos de CDs como: Herbet Lucena (PE), Azulão (PB), Pataugaza (MA), Bandida (MA) e Gallo Azhuu (MA).

CENTRO DE CRIATIVIDADE ODYLO COSTA FILHO

15h às 16h30
Painel – Jornalismo Cultural
Tema: “A imprensa e a crítica musical em tempos de internet”.
Com MARCUS PRETO (SP)

Marcus Preto é jornalista e produtor musical. Cobre música brasileira desde 2001. Trabalhou para revistas como “Rolling Stone”, “Bravo!”, “MTV”, “Época” e “Trip”, entre outras. Em 2007, criou o precursor Música de Bolso, site que publicou quase 400 vídeos inéditos de artistas brasileiros tocando ao vivo em lugares inusitados. Entre 2009 e 2012, foi crítico e repórter musical da “Folha de S.Paulo”.

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PRÉDIO DA FACULDADE DE ARQUITETURA (CENTRO HISTÓRICO)

17h às 18h30
Painel- Arte e Cidadania
“Arte como ferramenta para transformação social”
COM MARCELO YUKA (RJ)

Considerado um dos principais compositores da música brasileira dos anos 90, como baterista e letrista da banda O Rappa, Yuka é um ativista cultural.

Com seus relatos de alguém que precisou se reerguer após nove tiros e uma cadeira de rodas, e que foi vítima da violência urbana e do desequilíbrio social, mas que não se vitimiza, ele proporciona aos participantes uma experiência inspiradora. Realiza pelo Brasil debates sobre a arte, valorização da cidadania, importância da educação e como evitar a criminalidade e o preconceito, além de contar suas experiências com crianças e adolescentes que viviam no mundo das drogas.

20/12
CENTRO DE CRIATIVIDADE ODYLO COSTA FILHO

9h30 às 11h
Painel – Gestão de Carreiras 2.0: trabalhando no mercado midstream.
Com MARCEL ARÊDE (PA)

Com a crise do mercado fonográfico diversos artistas tiveram que aprender a trabalhar de forma independente e ultrapassar a fronteira do undergroud para acessar esse novo mercado emergente, denominado como midstream.

O workshop apresentará ferramentas para promover e monetizar diversos produtos para os músicos e/ou compositores como: shows, fonogramas físicos e digitais, videofonogramas, edição, sincronização, execução pública e merchandising.

Nascido em Belém, Marcel Arêde é um dos principais responsáveis pelo boom da música paraense, foi idealizador do Festival Se Rasgum, gestor do programa Conexão Vivo no Pará, responsável pela carreira da Gaby Amarantos, Gang do Eletro, Felipe Cordeiro, La Pupuña entre outros artistas ligados à produtora AmpliCriativa.

Tem uma atuação mais focada em lançamento de produtos musicais no mercado, circulação de artistas, direitos autorais, arrecadação sobre a execução pública, gerenciamento de carreiras e leis de incentivo, atualmente é comissário de música na CNIC/Minc, no qual atua nas discussões de políticas públicas para música e na avaliação de projetos para a Lei Rouanet.

CENTRO DE CRIATIVIDADE ODYLO COSTA FILHO

11h às 12h30
Painel – Mercado Internacional da Música
Com DAVID MCLOUGHLIN (SP)

Nasceu na Irlanda e estudou comunicações (com especialização em cinema e rádio). Era gerente de importação da loja Tower Records, em Londres; foi gerente internacional em empresas como Eldorado, Atração, MCD, Sum e Trama.

Desde 2007 é consultor internacional da BM&A e o projeto Brasil Music Exchange.

CENTRO DE CRIATIVIDADE ODYLO COSTA FILHO

15h às 16h30
Painel – Cultura Digital
Música: possuir ou acessar?
Com MAURÍCIO BUSSAB (SP)

Mauricio Bussab é sócio-fundador da Tratore, a maior distribuidora de música independente do Brasil, empresa criada em 2002 que se especializa em levar a musica de mais de 3000 artistas de todo o Brasil para lojas e sites de venda de música de todo o mundo, em CD e como musica digital.

CENTRO DE CRIATIVIDADE ODYLO COSTA FILHO

17h às 18h30
Roda de Conversa
Viver de música no mundo de hoje
Mauricio Bussab(Tratore), David McLoughlin(BM&A), Marcus Preto(Oi Fm), Web Mota(musicoteca), Alê Muniz(Projeto BR135). Mediador: Marcel Arêde(CNIC)

• OFICINAS

18/12
CENTRO DE CRIATIVIDADE ODYLO COSTA FILHO

9h às 12h
Oficina – Elaboração de projetos na Lei Incentivo a Cultura do Maranhão
com Comissão CAPCI SECMA

19 e 20/12
CENTRO DE CRIATIVIDADE ODYLO COSTA FILHO

Oficina – Gestão Sociocriativa
Carga horária:
DIA 1 – Imersão – 8h
DIA 2 – Diálogo – 8h
Como reinventar a realidade a partir da convergência cultura, inovação e sustentabilidade?
com ANDRÉ MARTINEZ (SP)

Dirigido a artistas, empreendedores, gestores e educadores da área da música o Laboratório Sociocriativo BR-135 combina imersão em conteúdos, roda de diálogo e prática de pesquisa participativa com uma excelente oportunidade para problematizar e propor novas práticas profissionais, tecer redes e novas conexões.

Atuando há mais de 20 anos na economia criativa, André Martinez é pioneiro no desenvolvimento de modelos de gestão para lidar com as transversalidades da cultura no contexto brasileiro. Consultor de empresas e fundações que estão entre as de maior influência no país, dedica-se principalmente ao estudo, design e ativação de estratégias e arranjos que buscam inovação social de forma sustentável e a partir de fluxos e processos criativos. Sua pesquisa independente é gerida pelo Laboratório de Inteligência Sociocriativa, startup cocriada com a realizadora Claudia Taddei para a investigação-ação de métodos de design e gestão.

• RODADA DE NEGÓCIOS

21/12
GRAND SÃO LUÍS HOTEL – SALA JAPIAÇU

9h às 12h
Com Maurício Bussab (Tratore), David McLoughlin(BM&A), Web Mota(Musicoteca), Marcelo Damaso (Festival Se Rasgum), Juliano Gentile (Centro Cultural SP), Alê Muniz (Projeto BR 135)

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