O ator e poeta maranhense Dyl Pires, lança nesta sexta-feira (9), a partir das 19h, no Chico Discos, o torcedor, seu terceiro livro de poesia. Fruto de sua relação com a cidade de São Paulo, onde mora há 6 anos, a obra mostra através de seus lugares e personagens, a metrópole confrontada a partir de suas fragilidades.
Para o sociólogo Matheus Gato de Jesus, o torcedor revela um “andarilho que caminha sobre a utopia cotidianamente derrotada da conjunção entre progresso técnico, racionalidade e felicidade geral (…) O torcedor não pretende a fusão entre o instantâneo e o eterno com que Baudelaire nos revelou o poder estético da grande cidade, mas entre o espaço e a memória.”
Com programação musical do poeta e jornalista Eduardo Júlio e participação do cantor e compositor Marcos Magah, a noite de autógrafos terá ainda os lançamentos dos livros Manoel ama lembrar e Cão infância, de Samarone Marinho. O primeiro resultado de pós-doutoramento do escritor e o segundo, poesias.
Agenda:
O que: O Torcedor
Quem: Autor: Dyl Pires
Quando: Lançamento Livro – Sexta-feira, 9 de janeiro, às 19h
Onde: Chico Discos, esquina das ruas dos Afogados com a São João, Centro.
Perfil
Dyl Pires, nome artístico de Eldimir Faustino da Silva Júnior, nasceu na cidade de São Luís, Maranhão, no dia 1 de setembro de 1970. Formado em Teatro, Licenciatura, pela Universidade Federal do Maranhão, é ator e poeta.
Inicia sua carreira teatral em sua cidade natal, realizando performances com o ator Uimar Junior. A seguir, participa dos espetáculos: “A Bela e A Fera” (1995), “Morte e Vida Severina” (1996), “Viva El Rei D. Sebastião” (1999), “Paixão – Segundo Nós” (2000) e “Auto de Natal” (2001), todos com a Cooperativa Oficina de Teatro (Coteatro), sob direção de Tácito Borralho.
Em 1997, cria juntamente com o poeta Paulo Melo Sousa o grupo Graal de Performance e Poesia. Em 2002, integra o elenco do espetáculo “Auto do Boi”, direção de Américo Azevedo Neto, com a Cia. Cazumbá de Teatro e Dança.
Na universidade, foi co-fundador da Cia. Nós Cinco de Teatro, com a qual realiza três encenações: “Medeamaterial (Medeas Não Precisam de Auxílio)”; “Nós Filhos Medea”; “Nós, O Fragmento que nos Resta”. Além de atuar em “Torres de Silêncio”, dirigido por Cássia Pires, e “Baal”, sob direção de Gisele Vasconcelos.
Além do teatro, tem a atividade literária como expressão. Seus primeiros poemas foram publicados na “Antologia Poética Safra 90”, editada pela Secretaria de Cultura do Estado do Maranhão. Publica também no Jornal Rascunho de Literatura, Revista Literatura em Debate, Revista Pitomba, Germina Revista de Literatura e Arte e Revista Acrobata.
É autor dos livros: “O Círculo das Pálpebras” (1999), vencedor do Prêmio Sousandrade de Poesia, e “O Perdedor de Tempo” (2012).
Entre os anos de 1998 e 2008, escreve críticas teatrais nos principais jornais da cidade de São Luís; assim como exerce a função de comentarista no programa “Panorama Cultural” da Radio Mirante AM, apresentado pela jornalista e radialista Maria José Costa.
Em 2009, muda-se para a cidade de São Paulo. Começa a integrar o elenco da Cia de Teatro Os Satyros. Na companhia participa das seguintes montagens: “Roberto Zucco” (2010), vencedor dos prêmios Shell, APCA e Cooperativa Paulista de Teatro de melhor espetáculo e direção; “Satyros Satyricon” (2012), sob direção de [[Rodolfo García Vázquez), “Edifício London” (2012), de Lucas Arantes, (que permanece censurada), sob direção de Fabricio Castro e supervisão do [[Rodolfo García Vázquez]), “Édipo na Praça” (2013), de Sófocles, roteiro de Rodolfo García Vázquez, Óscar Silva e Reinol Sottolongo, com direção de Rodolfo García Vázquez.
Em 2013, desenvolveu com o Coletivo Mínimo, a intervenção EUPRESENTE, sob direção de Roberto Áudio.