Saberes Tradicionais e Etnográfico em debate em SLZ

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Foi aberto nessa quarta-feira, dia 6 de abril, no auditório do Curso de Arquitetura e Urbanismo, localizada na rua da Estrela, e na Casa do Maranhão, na rua do Trapiche, ambos na Praia Grande, o Seminário Internacional Centro de Ciências e saberes: trabalho Etnográfico e Cartografia Social e na Exposição: Saberes Tradicionais e Etnografia.

Lançamento dos livros das coleções Narrativas quilombolas e Luta e resistência quilombolas na Casa do Maranhão. Foto: Divulgação
Lançamento dos livros das coleções Narrativas quilombolas e Luta e resistência quilombolas na Casa do Maranhão. Foto: Divulgação

O evento, promovido pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), vai até sábado, dia 9 de abril, reúne pesquisadores de diferentes Estados e países, quilombolas, pescadores, quebradeiras de coco e indígenas para discutir temas relacionados a etnografia e os saberes de povos e comunidades tradicionais.

Na abertura, o seminário contou com a participação do reitor da UEMA, Gustavo Pereira da Costa, da diretora do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST), Heloisa Bertol Domingues e de agentes sociais que, na oportunidade, apresentam suas experiências sobre a construção de Centros de Saberes em suas comunidades.

O Seminário e a Exposição, de acordo com os organizadores, são atividades do “Projeto Centro de Ciências e Saberes: experiência de criação de Museus Vivos na afirmação de saberes e fazeres representativos dos povos e comunidades tradicionais” financiado pelo CNPq e promovido pelo Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia (PNCSA/UEA), pelo MAST e pelo Programa de Pós-Graduação em Cartografia Social e Política da Amazônia (PPGCSPA).

Integrada à programação do Seminário, aconteceu, também, a Exposição “Saberes Tradicionais e Etnografia”, aberta ao público durante todo o evento, de 9h às 20h, na Casa do Maranhão. Nesse local, além da apresentação de peças escolhidas pelos próprios agentes para representar seus saberes e fazeres, ocorre a exibição de vídeos, apresentações culturais, venda de livros e produtos tradicionais.

Sabedoria Popular

Paralelo a essas atividades, foi realizado, nessa quarta-feira, 6/4, na Casa do Maranhão, o lançamento dos seguintes livros: livros da coleção “Narrativas Quilombolas” e “Luta e resistência quilombolas”;

Nesta quinta-feiram, dia 7/4, será lançado o livro “Regime tutelar e faccionalismo: política e religião em uma reserva Ticuna”, de João Pacheco de Oliveira. Na sexta-feira, dia 8/4 lançamento dos livros das aulas inaugurais do PPGCSPA, pela professora Heloísa Maria Bertol Domingues, Otávio Guilherme Velho e José Sérgio Leite Lopes.

Sobre o Seminário

Ao longo dos três dias estão sendo realizadas mesas de discussão sobre os seguintes temas: “Conhecimentos Tradicionais e Normas Legais na Pan-Amazônia”; “Saberes, literatura dos viajantes na Amazônia e Museus”; “Os Museus e as representações dos povos e comunidades tradicionais” e “As experiências do Projeto ‘Centros de Ciências Saberes’”.

Além da participação dos pesquisadores do Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia e dos agentes sociais, os debates contam com a presença de pesquisadores convidados de diferentes universidades e instituições de pesquisa nacionais e internacionais.

Dentre os convidados internacionais destacamos: Alfredo Vitery (Equador); Eleazar Jose Yriza (Venezuela); Horácio Usquiano, Ministério das Relações Exteriores (Bolívia); Mario Garreta Chindoy (Colômbia); Mille Gabriel, curadora do Museu Nacional (Dinamarca); Richard Kipruto, representante do povo Endorois (Quênia).

O homenageado do Seminário é o doutor de ossos de Canelatiua, Domingos Ribeiro, porta-voz dos interesses de uma territorialidade específica, conhecida como Terra da Pobreza, localizada no território étnico de Alcântara.

Sobre a exposição

imagem exposição “A Exposição “Saberes Tradicionais e Etnografia” agrupa Centros de Ciências e Saberes, que constituem uma rede de associações de base comunitária de pesquisadores e de instituições científicas, que visa fortalecer o patrimônio cultural de povos e comunidades tradicionais na Amazônia, através de uma relação dinâmica entre conhecimentos científicos e saberes tradicionais.

O “Projeto Centro de Ciências e Saberes: experiências de criação de Museus Vivos na afirmação de saberes e fazeres representativos dos povos e comunidades tradicionais” está apoiado em trabalhos de pesquisa etnográfica com povos e comunidades tradicionais, de etnicidade definida, e viabiliza condições efetivas para a consolidação de um novo domínio de investigação acadêmica, abrangendo a produção e a divulgação dos saberes tradicionais.

Como atividades culturais, o evento recebe o Tambor de Crioula, Bambaê de Caixa de Penalva e Cajari e as Encantadeiras.

Os homenageados da exposição são: Manuel da Conceição, liderança camponesa de Imperatriz, que vai estar presente ao evento e a antropóloga Lygia Sigault (in memorian).

Programação

Dia 6/04/2016

Local: Auditório da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo-UEMA. Rua da Estrela, 472, Centro Histórico

17h

Cerimônia de abertura

Gustavo Pereira Costa, Reitor da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA)

Heloisa Bertol Domingues, Diretora do Museu de Astronomia (MAST)

Cynthia Carvalho Martins, Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Cartografia Social e Política da Amazônia (PPGCSPA/UEMA)

Alfredo Wagner Berno de Almeida, Coordenação do Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia (PNCSA/UEA)

Conferência

Homenagem a Domingos Ribeiro

18h30

Caminhada pelo Centro Histórico até a Casa de Cultura do Maranhão

Local: Casa de Cultura do Maranhão

Av. Beira Mar, Centro Histórico

19h

Exposição e Lançamento de livros

Abertura da exposição Saberes Tradicionais e etnografia

Lançamento dos livros das coleções Narrativas quilombolas e Luta e resistência quilombolas

Atividade cultural: Tambor de Crioula

Dia 7/04/2016

Local: Auditório da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo-UEMA. Rua da Estrela, 472, Centro Histórico

8h30 – 12h30

Mesa redonda 1 Conhecimentos Tradicionais e Normas Legais na Pan-Amazônia

Horácio Usquiano. MRE, Bolívia

Sheilla Borges Dourado. PNCSA, Brasil

Alfredo Vitery, Equador

Mario Garreta Chindoy, Colômbia

Eleazar Jose Yriza, Venezuela

Debatedor: Alfredo Wagner, Brasil

Coordenação: Antônio João Castrillón, UFTM, Brasil

14h30 – 18h30

Mesa redonda 2. Saberes, literatura dos viajantes na Amazônia e Museus

Mille Gabriel, Museu Nacional da Dinamarca

Heloísa Bertol Domingues, Museu de Astronomia (MAST)

Rosa Acevedo, UFPA

Camilla do Valle, UFRRJ

Debatedor: João Pacheco de Oliveira Filho, Museu Nacional

Coordenação: Helciane de Fátima Abreu Araujo, UEMA

Local: Casa de Cultura do Maranhão. Av. Beira Mar, Centro Histórico

19h – Lançamento de Livro

Regime tutelar e faccionalismo: política e religião em uma reserva Ticuna, de autoria de João Pacheco de Oliveira

Atividade cultural: Bambaê de Caixa

Dia 8/04/2016

Local: Auditório da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo-UEMA Rua da Estrela, 472, Centro Histórico

8h30 – 12h30

Mesa redonda 3Os Museus e as representações dos povos e comunidades tradicionais

Richard Chemuchuk, EWC, Quênia

Rosa Acevedo, UFPA

Patrícia Portela, UEMA

Debatedor: Sheilla Dourado, PNCSA

Coordenação: Horácio Antunes, UFMA

14h30 – 18h

Mesa redonda 4 As experiências do Projeto “Centros de Ciências Saberes”

Nice Machado Aires, MIQCB

Querubina Silva Neta, MIQCB

Leonardo dos Anjos, MABE

Francisco Paredes, AARJ

Altaci Corrêa Rubim e Edney Samias, Kokama/PNCSA

Maria de Fátima de Jesus, Pará

Debatedores:Alfredo Wagner, PNCSA e Heloísa Bertol Domingues

Coordenação: Cynthia Carvalho Martins, UEMA

Local: Casa de Cultura do Maranhão – Av. Beira Mar, Centro Histórico

19h Atividade cultural: Show das Encantadeiras

Dia 9/04/2016

8h30 – 12h30

Reunião de intercâmbio e cooperação científica do Projeto Ciências e Saberes

Local: prédio do Programa de Pós-Graduação em Cartografia Social e Política da Amazônia, Campus da UEMA

16h – 18h

Visita à Casa das Minas

18h

Visita ao Centro de Cultura Negra do Maranhão

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Dia da África será festejado na Casa do Maranhão

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O Dia da África será festejado no Maranhão. Nesta segunda-feira, dia 25/5, em São Luís, a capital do Estado, a data será comemorada na Casa do Maranhão, na Praia Grande.

Jô Brandão, Diretora da Casa do Maranhão
Jô Brandão, Diretora da Casa do Maranhão

 

De acordo com Jô Brandão, diretora da Casa do Maranhão, o evento terá início às 17 horas, com intervenção artística: “África, o Tambor do Mundo”. Às 18 horas, será exibido o documentário, “Yorubá”, do nigeriano Olusegun Akinruli.

Ela disse, ainda, que a celebração se encerra com uma roda de tambor de crioula e capoeita. A ação, em comemoração ao Dia da África, é uma iniciativa da Secretaria de Estado da Cultura (Secma), em parceria com a Casa do Maranhão.

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Sexta-Feira: reinauguração da Casa do Maranhão

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Uma exposição permanente reunindo história, tradições, patrimônio, artes e saberes que compõem a formação cultural maranhense. Um equipamento com múltiplas possibilidades educacionais erguido com técnicas museológicas contemporâneas. Um novo e moderno espaço para exposições no coração do Centro Histórico de São Luís. Este é o primeiro Centro de Interpretação Turístico-Cultural brasileiro, a Casa do Maranhão, que será reinaugurado nesta sexta-feira, (19) a partir das 18h, na Praia Grande.

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Com olhar holístico e visão antropológica, a Casa do Maranhão proporciona aos visitantes um roteiro completo sobre o Estado reunindo textos, vídeos, softwares e experiências que narram a história desse pedaço do Brasil a partir das forças que forjaram seu caminho nos campos social, econômico e cultural.

A edificação foi completamente reconfigurada. Vitrine para o Centro Histórico ludovicense e paralelo ao Cais da Praia Grande, o espaço pretende tornar-se o ponto de partida para turistas e uma referência cultural para os maranhenses.

O público conhecerá os fatos mais marcantes da memória do Estado, como a tentativa de instituir uma colônia francesa, entre outros acontecimentos da história recente. Os visitantes poderão estudar os primeiros mapas, percorrer as ruas do Centro Histórico e conhecer suas principais edificações e atrações. Os detalhes da própria Casa do Maranhão, antigo prédio do Tesouro Estadual datado de 1873, e o Palácio dos Leões, elegante sede do Governo Estadual, estarão ao alcance do público.

A Casa no Maranhão localiza-se na Rua do Trapiche, em espaço do governo do Estado. A exposição foi viabilizada pelo Programa de Incentivo à Cultura do Governo Federal, por meio da Lei Rouanet, com o patrocinado da Vale e gerenciamento da Sacma (Associação Artística e Cultural do Maranhão).

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