Terra: CD com vários significados para Anna Torres
A cantora Anna Torres, acompanhada de banda, faz show neste sábado, dia 11, a partir das 21h, no Teatro Artur Azevedo, com produção de Guilherme Frota. Será o show de lançamento do mais recente CD Terra, de comemoração dos 25 anos de convivência com a música, e terá como convidados os músicos Erasmo Dibell, Marco Duaillibe, Mano Borges, Célia Sampaio, Samuel Jafé e Alessandra Queiroz. Indagada sobre essas participações, Anna diz que são artistas com as quais têm ligação. “São pessoas que eu conheço, tenho admiração e quero compartilhar esse momento no palco com todos eles”, complementou.
O disco
Anna Torres falou do CD “Terra” e da importância dele em sua trajetória de 25 anos.
– O Terra é um disco significativo, pois ele legitima a minha preocupação com o Meio Ambiente. É uma forma que encontrei para falar da Terra como o chão que nos alimenta. A Terra como sinônimo de ser latina, brasileira e ter nascido em Lago da Pedra, no Maranhão” – ressaltou.
O Terra traz quinze faixas com destaque para “Ilha do Amor”, de autoria de Anna Torres, em que ela reverencia São Luís, a cidade em que ela diz ter um contato mais amplo com a música.
Tem ainda, “Terra”, de autoria dela e Humberto Pereira, além de “Mãe”, dela e Christophe Baterry. “Essa música é dedicada a minha mãe Maria, que morreu há três meses. Foi uma grande perda em minha vida. No processo da criação dessa música, ao ouvi e cantá-lo sempre me emociono. Tenho a certeza que a minha mãe está em um bom lugar”. A música “Mãe” tem a participação da sua filha, Mariana de cinco anos.
Na canção “Latina”, Anna Torres faz uma homenagem à sua terra natal, Lago da Pedra.
Versão
Outra canção, que virou ‘single’ do disco, é a “Feliz”, uma adaptação feita por Anna Torres, para a música “Chandelier”, da cantora e compositora australiana Sia, e já toca na programação da Mirante FM.
Questionada sobre a versão feita para a música da Sia, Anna Torres foi categórica em dizer que o seu disco “Terra” é pop, passeia por várias texturas sonoras e timbres.
– Ouvi essa música da Sia e me toca muito. Resolvi fazer uma adaptação em portugues..falando de um sentimento universal em que todos querem ser felizes e temos o direito de ser felizes”, ressalta.
Celebração
Anna Torres disse estar feliz em voltar à ilha e dividir esse seu momento com o público local.
– Nesse disco eu fiz uma radiografia da minha vida, da minha história com a música. Fui buscar minhas origens que me fortaleceram como ser humano. Me deu a certeza para onde eu quero ir. Eu tenho a noção exata quando olho para trás e percebo que andei muito. Fico orgulhosa de mim. Deixei Lago da Pedra, uma cidade do Maranhão em que não tinha acesso à música. Cheguei em São Luís onde aprendi a conviver com a música. Hoje, eu vejo que sou uma das artistas brasileiras mais conceituadas na França. Isso me deixa orgulhosa, o fato de ter conquistado esse espaço. Foi uma missão difícil. Mas, fui perseverante. É um privilégio ! – declarou.
Anna Torres prometeu um show de uma hora e meia, mas afirmou que tudo vai depender do público.
– Se o público estiver a fim de festa, a gente estende – brincou.
Anna Torres mora em Paris, capital francesa, há quase 20 anos.