No próximo sábado, dia 15 de abril, o Criolina lança o disco “Radiola em Transe”,  com participação do músico pernambucano Otto.

O show de lançamento será no Sesc Belenzinho Comedoria, na rua Padre Adelino, nº 1000 – Belenzinho (SP).

O Festival BR-135, idealizado pelo Coletivo Criolina [leia-se Alê Muniz e Luciana Simões] figura na lista dos festivais pequenos, grandes, médios, independentes ou não, recomendáveis e programados para acontecer no Brasil, em 2017.

“Dar a César o que é de César”, a dupla Alê Muniz e Luciana Simões colocaram de verdade o Maranhão no eixo da música alternativa ou não produzida atualmente no Brasil. A gente torce para que o festival encontre parceiros eternos e tenha longa vida.

Veja o que vai rolar em 2017:

– JANEIRO –

Planeta Brasil
Belo Horizonte – MG
28 de janeiro

Festival com pegada pop que reúne em 4 palcos, 10 bandas nacionais e internacionais, entre nomes renomados e novidades, além de DJs de música eletrônica.

– Dia 28: Jason Mraz, Skank, Natiruts, Planet Hemp, Slightly Stoopid, Donavon Frankenreiter, Tiago Iorc, Tropkillaz, Raimundos, Illusionize, Projota, 3030, Chapeleiro, Gabriel Boni, Dirtyloud, Anavitória, Jaloo, Shapeless, KVSH ,Chama o Síndico + Zevinipim, Inquilinos + Javalli, Gabriel Elias, Mais Dub Por Favor, Quartoamado, Poison Gas, Guido, Pequeno Céu, Raul Mendes e DZKO.

– FEVEREIRO –

Festival Sêla
Centro Cultural São Paulo
3, 4 e 5 de fevereiro

Festival focado no empoderamento feminino, produzido por mulheres e com programação focado em cantoras, DJs e artistas da nova geração.

– Dia 1: Anna Tréa e DJ Julia Baldi
– Dia 2: DJ Luana Hansen + Érica + SANNI (Alemanha)/ DJ Amanda Mussi
– Dia 3: LaBaq + Marina Melo (+ Mel Duarte)/ Tássia Reis
– Dia 4: Sara não tem nome + Camila Garófalo/ As Bahias e a Cozinha Mineira
– Dia 5:- Natália Matos + Sandyalê/ Tiê

Dekmantel Festival
São Paulo – SP
4 e 5 de fevereiro
www.dekmantelfestival.com.br/

Com origem em Amsterdam, o festival realiza sua primeira edição em São Paulo reunindo grandes projetos eletrônicos, foco do evento, incluindo nomes internacionais conehcidos e outros nem tanto.

– Dia 4: Jeff Mills/ Nina Kraviz/ Bixiga 70/ Azymuth/ Hunee/ Tom Trago/ Makam/ Juju & Jordash (live)/ Young Marco/ Anthony Parasole/ Awesome Tapes From Africa/ Dekmantel Soundsystem/ DJ Nobu/ Kornél Kovács/ Solar/ Aurora Halal (live)/ Sassy J/ Renato Cohen/ Davis/ Marcio Vermelho/ Valesuchi/ Ney Faustini/ Gop Tun DJs/ 40% Foda/Maneiríssimo (live)/ Ben Klock/ DVS1/ Mike Servito/ Vakula/ Veronica Vasicka/ Orpheu The Wizard/ L_cio (live)/ Tessuto/ Luisa Puterman (live)/ Cashu/ EXZ (live)

– Dia 5: Nicolas Jaar (live)/ Moodymann/ John Talabot/ Hermeto Pascoal/ Ben UFO/ Joy Orbison/ Fatima Yamaha (live)/ Palms Trax/ Helena Hauff/ Dasha Rush/ San Proper / Call Super / Lena Willikens/ Joey Anderson/ Huerco S./ Shanti Celeste/ Selvagem/ Carrot Green/ Gop Tun DJs/ Zopelar (live)

Psycho Carnival
Curitiba – PR
24 a 27 de fevereiro

Festival dedicado ao psychobilly, rockabilly, garage e surf music, realizado durante o Carnaval e comartistas de várias partes do país e convidados internacionais.

– Dia 24: Hillbilly Rawhide/ Phantom Rockers/ No Milk Today/ Tampa do Caixão/ Eles Mesmos/ Surf Aliens
– Dia 25: Long Tall Texans/ Ovos Presley/ Crazy Horses/ Red Lights Gang/ Kingargoolas/ Zabilly
– Dia 26: Sick Sick Sinners/ As Diabatz/ The Mullet Monsters Mafia/ Bad Luck Gamblers/ Billys Bastardos/ Frizt da Puta
– Dia 27: The Meteors/ Krappulas/ Cwbillys/ Jinetes Fantasmas/ Asteroids Trio/ Mongo

Curitiba Rock Festival
Curitiba – PR
24 a 27 de fevereiro

Psicodália
Rio Negrinho (SC)
24 de fevereiro a 1 de março

Tradicional festival que acontece numa fazenda durante o Carnaval, reunindo 50 atrações musicais, além de oficinas, workshops, apresentações teatrais, de cinema. Nessa
20ª edição, estão confirmados nomes da nova cena musical brasileira e veteranos, quase sempre com uma dose de psicodelia.

Confirmados: Céu, Metá Metá, Di Melo, Erasmo Carlos, Cálix, Perotá Chingó, Recordando o Vale das Maçãs, Trombone de Frutas.

Festival Rec-Beat
Cais da Alfândega – Recife · Brasil
25 a 28 de fevereiro

Outro tradicional festival que acontece durante o Carnaval, desta vez em Recife. Reúne artistas de destaque na cena local, atrações de peso nacional e artistas da América Laitna.

– MARÇO –

Festival Brasileiro de Música de Rua
Caxias do Sul – RS
14 à 19 de março

Festival Jamboo
Belém – PA
Março

Novo festival focado em artistas da nova geração da música paraense.

Lollapalooza
Autódromo de Interlagos – São Paulo – SP
25 e 26 de março

– Dia 25: Metallica/ The XX/ The Chainsmokers/ Rancid/ The 1975/ G Eazy/ Tove Lo/ Cage The Elephant/ Criolo/ Marshmello/ Vintage Culture – Glass Animals/ Tegan And Sara/ Tchami/ Don Diablo/ Suricato/ Victor Ruiz/ Bob Moses/ Jaloo/ Haikaiss/ Baiana System/ Ricci/ Doctor Pheabes/ The Outs

– Dia 26: The Strokes/ The Weeknd/ Martin Garrix/ Duran Duran/ Flume/ Two Door Cinema Club/ MØ/ Melanie Martinez/ Oliver Heldens/ Nervo/ Catfish And The Bottlemen/ Jimmy Eat World/ Céu/ Illusinize/ Chemical Surf/ Vance Joy/ Borgore/ Silversun Pickups/ Griz/ Daniel Groove/ Gabriel Boni/ Bratislava

– ABRIL –

Festival Sonido
Belém – PA
20 e 21 de abril

Festival paraense focado em música experimental e instrumental.

Abril Pro Rock
Recife – PE
28 e 29/4

O tradicional festival pernambucano completa 25 anose promete uma programação marcante.

Festival Mais Discos Que Amigos
São Paulo – SP
Abril

Novo festival paulista, oriundo do site de mesmo nome e que deve focar em artistas da nova música brasileira.

El Mapa de Todos
Porto Alegre – RS
Abril

Depois de não acontecer em 2016, o festival gaúcho antecipa sua realização para o mês de abril. Na programação nomes locais, nomes de peso nacional e artistas da América Latina.

– MAIO –

Conexão
Belo Horizonte – MG
6 e 7 de maio

Bananada
Goiânia – GO
8 a 14 de maio

Um dos principais festivais independentes do país, realiza mais uma edição reunindo grandes nomes da produção brasileira atual mesclado a estrelas da música nacional

Confirmados: Baiana System (BA)/ Maria Gadú (SP)/ Teto Preto (SP)/ Rakta (SP)/ Black Drawing Chalks vs. Hellbenders (GO)/ Ventre (RJ)/ Tagore (PE)

Maximus
Autódromo de Interlagos – São Paulo -SP
13 de maio

– Dia 13: Slayer/ Rob Zombie/ Ghost/ Red Fang/ Pennywise/ Death Punch/ Prophets of Rage/ Linkin Park e Rise Against.

Hacienda
João Pessoa – PB
Maio

– JUNHO –

Vento Festival
Ilha Bela – SP
15 de junho

Dia da Música
São Paulo – SP
24 de junho

Liberation
Espaço das Américas – São Paulo – SP
25 de junho

– Dia 25: King Diamond e mais

Circuito de Parques – Música, Bike & Meio Ambiente
Belo Horizonte – MG
junho e julho

– JULHO –

S.E.N.S.A.C.I.O.N.A.L
Belo Horizonte – MG
14 ou 15 de julho

CoMA, Convenção de Música e Arte
Brasília – DF
Julho

Feira de música, que acontece durante três dias com cerca de 50 shows e 30 painéis de palestras e debates além de praça de alimentação e uma feira.

Festival de Inverno de Belo Horizonte
Belo Horizonte – MG
junho ou julho

– AGOSTO –

Festival Timbre
Uberlândia – MG
1 a 8 de agosto

Savassi Jazz Festival
Belo Horizonte – MG
agosto

Goiânia Noise
Goiânia – GO
Agosto

– SETEMBRO –

Música Mundo
Belo Horizonte – MG
7 de setembro

Rock in Rio
Cidade do Rock – Rio de Janeiro – RJ
15, 16, 17, 21, 22, 23 e 24 de setembro

O grandioso festival chega a sua a? edição na cidade de origem, reunindo grandes estrelas do rock e do pop.

– Dia 16: Maroon 5
– Dia 21: Aerosmith, Billy Idol
– Dia 24: Red Hot Chili Peppers

Bon Jovi, Guns N’ Roses, Lady Gaga, e Shawn Mendes.

Transborda
Belo Horizonte – MG
17 de setembro

Mimo Festival
Tiradentes – MG
28 e 29 de setembro

Mimo Festival
Ouro Preto – MG
29 e 30 de setembro

MADA
Natal – RN
29 e 30 de setembro
Estádio Arena das Dunas

Coala Festival
São Paulo – SP
Setembro

Radioca
Salvador- BA
Setembro

– OUTUBRO –

Festival Contato
São Carlos – SP
2 a 8 de Outubro

Mimo Festival
Paraty – RJ
6 a 8 de outubro

Festival Zons
Aracaju – SE
Outubro

Indie Sessions
João Pessoa – PB
Outubro

– NOVEMBRO –

Festival DoSol
Natal – RN
Novembro (primeira semana)

Mimo Festival
Rio de Janeiro – RJ
10 a 12 de novembro

Festival Coquetel Molotov
Recife – PE
11 de novembro

Se Rasgum
Belém – PA
14 a 18 de novembro

Mimo Festival
Olinda – PE
17 a 19 de novembro

Demo Sul
Londrina – PR
Novembro

Sangue Novo
Salvador – BA
Novembro

Festivais ainda sem definição de data ou mês:

Festival Mundo
João Pessoa – PB

Macuca do Mundo
Correntes – PE

Festival Contrapedal
São Paulo – SP
Festival focado na nova produção artística latino-americana.

Satélite 061
Brasília – DF

Festival BR 135
São Luís – MA

Festival Fora da Casinha
São Paulo-SP

Festival Maloca
Fortaleza-CE

Depois de Criolina (2007), Cine Tropical (2011) e o EP Latino Americano (2016), Alê Muniz e Luciana Simões lançam agora o álbum Radiola em Transe. São 13 inéditas que vão do reggae do rock, do ragga à dança do lelê, entre outros gêneros e ritmos. As faixas têm autoria da dupla, duas delas em parceria com o poeta Celso Borges.

Gravado no estúdio ParedeMeia, em Piracaia, a 100 km de São Paulo, em setembro e outubro deste ano, Radiola em Transe sai pelo selo paulistano Sete Sóis e tem direção de Rovilson Pascoal. O disco dialoga com a psicodelia dos anos 70 e experimenta novas texturas sonoras daquele rico momento da música universal.

“Transe de transcender, uma radiola que vai além do que se espera dela, que te joga numa realidade sonora diferente do som do dia a dia”, afirma Alê Muniz. “A gente quis dar à nossa música uma nova sonoridade, próxima de um tipo de experiência ligada aos anos 70, de pedais, sintetizadores, minimoogs e bateria pingüim”, diz Luciana Simões.

O projeto gráfico é assinado por Amanda Simões a partir de fotos de Márcio Vasconcelos, também presentes no encarte do disco. “Fizemos um ensaio num espaço rural do interior da ilha, que se parece com outros lugares espalhados pelo mundo, seja na África ou na Jamaica, um território universal”, afirma Luciana Simões.

Mas Radiola em Transe não é só o CD e o vinil, que será lançado em março, mas é também uma radiola ambulante que vai acompanhar a dupla em discotecagens ao longo de 2017. “A radiolinha foi projetada pelo cenógrafo paulistano Zito Rodrigues de Oliveira e estará também no palco com a gente. Ela vai abrigar todo o arsenal psicodélico usado nos shows: pedais, efeitos etc”, conta Alê Muniz.

RADIOLA EM TRANSE
CD Criolina
Lançamento: quinta-feira, 15 de dezembro
Local: Escadaria da Rua do Giz, às 21h – Às  20h- discotecagem de Jorge Choairy

Ficha Técnica do CD
Direção musical, guitarras, banjo, minimoog e sintetizador – Rovilson Pascoal
Baixo e voz – Gerson da Conceição
Voz, violão e guitarra – Alê Muniz
Guitarra e voz – João Simas
Bateria e voz – Isaías Alves
Percussão – Michelle Abu
Piano e sintetizador – Ricardo Prado
Trumpete – Marco Stoppa
Trombone – Serelepe
Voz e harmônica – Luciana Simões
Projeto gráfico – Amanda Simões
Fotos de capa e encarte – Márcio Vasconcelos

No próximo dia 15/12, a dupla Criolina, formada por Alê Muniz e Luciana Simões, faz show de lançamento do disco “Radiola em Transe”, na Escadaria da Rua do Giz, na Praia Grande, Centro Histórico de São Luís.

O duo Criolina, representado por Luciana Simões participa nesta quinta-feira, dia 8 de setembro, da Semana Internacional de Música de São Paulo (SIM). Clique Aqui e Saiba a Programação.

A cantora e ativista cultural de São Luís/MA vai participar da mesa “Dando voz a elas, as mulheres que fazem alguns dos principais festivais de música do Brasil acontecerem”, das 15h às 16h30, na Sala Lima Barreto, no Centro Cultural de São Paulo.

Na lista de mulheres presentes na mesa, tem ainda: Daianne Dias (Bananada Festival/Goiânia-GO), Maithe Bertolini (Festival Contato/São Carlos-SP), Ana Morena Tavares (Festival DoSol/Natal-RN) e Renee Chalu (Festival SeRasgum/Belém-PA).  Fabiana Batistela será a mediadora do bate-papo.

Reconhecimento

Talvez você não saiba, mas a liderança de vários festivais de música no Brasil é de mulheres. Esse painel traz festivais que você deve conhecer através de seus representantes homens. A ideia desta edição da SIM São Paulo é dar voz a elas (mulheres), que são sócias-diretoras, programadoras, investidoras e realizadoras tanto quanto eles (homens). São muitas por aí e, infelizmente, não foi possível encaixar todas em uma única mesa. Não que elas precisem de destaque pra legitimar seus talentos.

Os idealizadores da SIM/SP só acham que elas merecem o seu reconhecimento. Uma homenagem da SIM/SP a todas as mulheres superpoderosas do mercado da música no Brasil.

Em 2016 o BR135/Conecta Música consolida sua estrada do som com recorde de público – 45 mil pessoas em três dias – e a plena realização do objetivo de fomentar a cultura e colocar o Maranhão no mapa cultural do Brasil. Consolidou ainda a reflexão – iniciada em 2014 – sobre a ocupação do centro histórico com arte.

O evento é uma realização da dupla Criolina – formada por Alê Muniz e Luciana Simões – e integra o programa Vivo Transforma, com patrocínio da Vivo por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura.

– Estamos muito felizes e gratos ao público maravilhoso que entendeu a proposta e abraçou a ideia de ocupar a cidade. São Luís tem vocação cultural e o BR135 demonstra que podemos transformar a cidade através da arte”, afirma Luciana Simões. “A prova disso é que fizemos todos juntos uma grande festa de paz e alegria, sem registro de atos violentos”, completa Alê Muniz.

O BR135 fez tremer o chão das praças com apresentações memoráveis e apresentou, em dois palcos abertos, Nação Zumbi, Di Melo, Liniker e os Caramelows, DuSouto, VengaVenga, Lei Di Dai, Strobo, Nathalia Ferro, Núbia, Tássia Campos, Bruno Batista, Beto Ehongue&Canelaspreta, Boi Unidos de Santa Fé, Patativa e a Turma do Vandico Circo tá na rua, Tambor de Crioula de Mestre Felipe, Orquestra de berimbau Mandingueiros do Amanhã, O vórtice, DJ Patrick Tor4 – Baile Tropical, Pedeginja e Royal Dogs. E ainda a High VibesSound System (Tarcísio Selektah) na escadaria do Beco Catarina Mina.

“A programação contemplou a diversidade cultural de São Luís, onde a música pop contemporânea convive com a tradição popular, que o reggae o rock são irmãos e os bits eletrônicos também podem envolver canções de amor”, destaca Muniz.

E o festival foi ainda mais longe: fez girar a roda da economia com a feira criativa, que reuniu pequenos negócios, como foodtruck, bikefood, comércio de camisetas, cervejas artesanais e produtos ligados ao mundo da arte.Os números dão a noção do tamanho da festa: foram 22 atrações musicais nos palcos e o Conecta Música contou com seis mesas-redondas, 11 oficinas, dois filmes, palestra e rodada de negócios.

A feira criativa reuniu 33 expositores, com movimentação de cerca de R$ 40 mil. Nas redes sociais o evento alcançou quase 200 mil pessoas, com 56 mil visualizações dos vídeos postados só no Facebook. No Instagram foram registradas 100 mil impressões sobre as postagens a respeito do evento.

LINHA DO TEMPO

2012

Começa o embrião do BR135, com o objetivo de formar plateia e desenvolver a cadeia produtiva da música. São shows mensais, realizados na base da colaboração, ocupando o palco do Circo da Cidade. Logo a iniciativa chama a atenção de investidores e em setembro é realizada uma edição em parceria com o Sebrae, na I Mostra Cultura Ativa (Ceprama), e com o Sesc, na Mostra Guajajara de Arte, em novembro. Passam pelo palco do circo, entre outros, Afrôs, Nosly, Dicy Rocha, Madian& o Escarcéu, Phil Veras e as bandas Souvenir e Boys Band News. Nos palcos do Ceprama, Flávia Bittencourt, Tribo de Jah, Preto Nando, Chico Saldanha e Josias Sobrinho, Mila Camões, Bois da Floresta e da Fé em Deus, Tutuca e Cacuriá de dona Teté.

2013

Como integrante da Rede de Festivais do Brasil, o Projeto BR135 articulou e promoveu caravana de artistas do Maranhão para a Feira da Música do Ceará. Com o nome Projeto BR 135 – Energia Musical e patrocínio da Cemar via lei de incentivo estadual, apresenta quatro shows:

– BANDEIRA DE AÇO 35 ANOS, em maio, no Teatro Arthur Azevedo, homenagem ao álbum que marcou a história da música do Maranhão. No palco, Cesar Teixeira, Josias Sobrinho, Sergio Habibe, Bruno Batista, Flávia Bittencourt, Madian, Afrôs, Dicy e Criolina.

– ARTE E CIDADANIA – ESSA É A NOSSA PRAIA!, em julho, na praia de São Marcos, em parceria com o Movimento Nossa São Luís – SLZ. No palco, grupo afro GDAM, Nathalia Ferro, Phill Veras e as bandas Pedeginja, GalloAzhuu, Mano Bantu e DJ Jorge Choairy.

– BR 135 – ENERGIA MUSICAL volta à Praça do Pescador em setembro e apresenta o grupo instrumental Marabrass, Beto Ehongue& Canelas Preta, Marcos Magah e Kazamata Reggae, discotecagem da Rádio Zion e Radiola Reggae O Som do Vinil. Em ação de cidadania, o público é convidado a doar 1kg de alimento não perecível.

– JOÃO DO VALE 80 ANOS, que encerra as atividades em 2013 e reúne Tião Carvalho, Djalma Chaves, Milla Camões, Santa Cruz e banda Vinil do Avesso, em outubro, no Teatro Arthur Azevedo.

2014

Realizado em dezembro, com patrocínio da Cemar, ocupa o centro histórico de São Luís pela primeira vez e estreia a etapa de formação, o Conecta Música,programação que recebeu patrocínio da Vivo. Abre com show de Céu, no Teatro Arthur Azevedo, e depois ocupa as praças Nauro Machado e da Criança reunindo maranhenses e convidados de outros cantos do país: os paraenses Felipe Cordeiro e dona Onete, a banda pernambucana Mombojó, além de 14 bandas selecionadas entre 273 inscritas; e o Conecta Música, com palestras, workshops, oficinas e rodada de negócios com Roger de Renor (Ocupe Estelita), o músico Marcelo Yuka e Maurício Bussab (Tratore), André Martinez (Aprax Inovação Viva) e Marcel Arêde (Conexão Belém).

2015

Também realizado em dezembro, consolida a reflexão sobre a ocupação do centro histórico com arte e o fomento à discussão sobre o mercado da música no Maranhão e realiza mais uma edição nas praças da Praia Grande, dessa vez com patrocínio da Vivo, via lei de incentivo estadual. Nos palcos, Arnaldo Antunes, Siba, Curumim, Criolina e Orquestra Brasileira de Música Jamaicana, além de 15 bandas selecionadas entre 331 inscritas. No Conecta Música recebe os jornalistas Patrícia Palumbo (Rádio Eldorado – SP), Otávio Rodrigues (SP) e Roberta Martinelli (TV Cultura – SP); Marcel Arêde, da produtora AmpliCriativa (Belém); os produtores musicais Melina Hickson (Porto Musical), Otávio Argento e Paulo André (Abril ProRock), Marcelo Damaso (Serasgum) e Foca (Festival do Sol).

Fonte: Assessoria Festival BR-135

Fotos: Laila Razzo

Um mar de gente fez o chão da Praia Grande tremer de diversão, paz e amor, em três noites de Festival BR-135/Conecta Música, idealizado pelo duo Criolina [Alê Muniz e Luciana Simões], com o patrocínio da Vivo Transforma, por meio da Lei de Incentivo Estadual de Cultura.

O que se viu foram as praças Nauro Machado e da Criança, a Escadaria do Beco Catarina Mina, assim como todos os espaços do Patrimônio Tombado pela Humanidade ocupado por juventude e musicalidade plural.

Ali estava presente a cadeia produtiva da música alternativa brasileira visceral e com atitude e que não quer concorrência com o “Mainstream” instituído pela grande mídia. Apenas defende a existência de um espaço da boa convivência e uma plateia para consumo.

Em cinco anos de existência, o Festival BR 135 atingiu maturidade e cumpriu bem a sua missão, a começar pela pontualidade dos shows, ao estimular o comércio informal, mostrando que a economia criativa é uma alternativa significativa de negócio; assim como refletiu sobre mercado musical e a relação com a mídia pública, privada, virtual. Misturou positivamente o folclore maranhense com vertentes Pop, assim como determina a teoria do hibridismo cultural de Canclini; além de ter levantado a bandeira contra a intolerância ou qualquer tipo de preconceito.

Enfim, o festival mexeu com o comportamento de uma ilha conceituada como provinciana, do amor, porém dona de uma rebeldia de quem tem desejo de convergir com as mudanças do Globo.

Liniker veio para impactar com letras fartas em imagens sensuais, eróticas, delicadas e uma sonoridade black cheia de balanço e swingue. O cara é o tipo de artista cujo o discurso é contrário a qualquer tipo de preconceito, pois aderiu a saia ou vestido para transgredir.

Toda a textura comportamental e musical foi construída ao lado da banda Caramelows, que acompanha o artista no show deste sábado, dia 26/11, na praça Nauro Machado, encerrando a quinta edição do Festival BR 135, idealizado pelo duo Criolina, Alê Muniz e Luciana Simões.

Outras atrações

A festa tem início às 19h com a Orquestra de Berimbau Mandigueiros do Amanhã. Às 20h30 tem show “Bagaça” de Bruno Batista. Às 21h30 tem performance. Às 22h tem a banda paraense Strobo.

Uma sacada legal do Festival BR-135 e do Conecta Música é a roda de samba, que rola neste sábado, a partir das 15h, no Mercado das Tulhas, na Praia Grande.

Acompanhada da Turma do Vandico, a irreverente sambista maranhense Patativa vai passear com um repertório do álbum “Ninguem é Melhor do Que Eu”, produzido pelo conterrâneo Zeca Baleiro, trabalho esse que contou com as participações de Zeca Pagodinho e Simone, além do próprio Zeca.

Você tem mais é que cair na Kizomba. Além da malemolência do samba genuínamente maranhense é de graça.

O segundo dia do Festival BR-135 tem um sabor especial. Além do tambor de crioula do Mestre Felipe, representando muito bem o folclore maranhense, e abrindo os trabalhos por volta das 19h, temos na sequência quatro mulheres, sendo três maranhenses, e uma paulistana Lei Di Dai, no palco da praça Nauro Machado, na Praia Grande, para celebrar a música, numa noite de engajamento feminino.

Dentre tantas demonstrações de empoderamento da mulher que presenciamos desde a ebulição do movimento feminista no país e no mundo nos últimos dois anos, certamente as que têm mais visibilidade são as artistas mulheres, especialmente na música.

Ao meu ver as ativistas e não ativistas falam sobre feminismo como parte fundamental de quem elas são e do trabalho que fazem com a música.

Neste show que já está sendo chamado de “Noite das Pikenas”, as quatro mulheres vão subir no palco da Nauro Machado com suas propostas musicais distintas, mas com algo em comum: o engajamento social, político feito com alma e a sensibilidade feminina.

Inquietação Feminina

Morando em São Paulo, Nathalia Ferro retorna a ilha e chega chegando, cheia de gás, para ocupar e abrir a série de shows da segunda noite do evento.

– Uma coisa linda e oportuna. A gente tá passando por uma onda perigosa de ódio e retrocessos. Então nada melhor do que empoderar e dar voz a quem está na linha de frente desse combate. Fora isso, nesta sexta-feira, dia 25/11, é Dia Internacional de Combate à Violencia Contra a Mulher. O que torna esse palco e essa ideia ainda mais importante e contundente. Vai ser muito bom reverberar a nossa luta num dia tão oportuno, num evento de tanta força como esse – ressalta.

Nathalia aproveita para falar da importância do Festival BR-135 a partir da cena musical local.

– O BR-135 é fundamental nesse processo de redescoberta e fomento da cena maranhense. É incrível observar como em cinco anos ele cresceu e tomou essa proporção e importância. Mas nunca perdeu o foco de sua proposta inicial, que era fazer com que o público entrasse em contato com a música produzida no Maranhão. E que os agentes dessa cena pudessem elevá-la a outro patamar dentro do cenário nacional, através das trocas profissionais, palestras e rodas de conversas que rolam no festival. E o mais lindo é ver isso acontecer de maneira gratuita e extremamente organizada. E ainda tem a questão da valorização do Centro Histórico, da ocupação dessas praças com arte.. Eu acho genial – elogia.

Selvagem/Transcendental é o nome do show que Nathalia vai apresentar ao público.

– O meu show no BR-135 vai se chamar Selvagem/Transcendental. Ele é o resultado de um processo de desenvolvimento interno e observação externa. Fala da força selvagem que existe em nós, e do quanto ela é importante pra fazer a gente transcender as estruturas que atrapalham o nosso desenvolvimento. Tem muito foco no feminino esse show. E não poderia ser diferente, porque esse é talvez o espírito mais insinuante dos nossos tempos, muito responsável pelas revoluções que a gente está vendo acontecer nos seres – admite.

No show ela vai contar com as bases eletronicas feitas pelas PE.ACE, que estarão no palco, juntamente com (Rafael Paz, Ruan Paz e Jacksciene Guedes). Nathalia terá a alegria de novamente poder reunir a banda que fez o primeiro álbum dela, “Instante”. São eles: André Grolli, João Simas e Marlon Silva.

Alma Feminina

Tássia Campos sobe ao palco às 21h. Para a artista, participar do Festival BR-135 foi uma surpresa.

– Como profissional de música é deveras importante ocupar espaços nunca antes ocupado – complementa.

Indagada sobre o que acha do festival, Tássia afirmou que não acompanhou as edições passadas, mas elogia a iniciativa.

– Apenas participei da Mostra Cultura Ativa, no Ceprama, há anos. O Festival BR 135 ainda era uma semente. É bom ver iniciativas que visam dar visibilidade para artistas independentes criando corpo.

No que diz respeito ao show, Tássia revela que preparou um diálogo para o festival.

– Canto coisas que meu coração grita no momento. É a liquidez do tempo, a solidão, o amor, a falta dele, as relações com os homens e quem eu sou no tempo-espaço. Como me vejo. É o show de uma mulher que transborda – define.

A artista será acompanhada por João Simas (guitarra), João Paulo (baixo), Rui Mário (teclado) e Thiago Guerra (bateria).

Figura Feminina

E que vem logo em seguida, ou seja, às 22h, é a jovem cantora Núbia, de apenas 21 anos (que vai estar no Plugado, na Mirante FM, no domingo dia 27/11). Ela apresenta o show “Núbia” em que todas as músicas de autoria dela vão compor o ‘setlist’, acompanhada pela banda que levam o nome da artista “Núbia” e formada por: Carlos Silva (bateria), Rodrigo Nascimento (baixo), Jordão Otsuka (teclado), Felipe Lisboa (guitarra), Erivan Neri (flauta transversal) e Nathalia Rodrigues (backing vocal).

– Vou fazer um show literalmente autoral. Será um show especial em todos os sentidos. Queremos convocar a plateia para uma celebração cheia de sentimento, generosidade, engajamento, dança, libertação espiritual. Enfim, a força das mulheres. Noite das “pequenas”, quatro mulheres com estilos diferentes, mas concentradas com o mesmo propósito. Será um encontro de respeito a figura feminina – assegura.

Pelo fato de ter uma carreira ainda precoce, Núbia diz com humildade que participar pela primeira vez do Festival BR-135 é um marco em sua história com a música.

– São cinco anos e o festival já é uma referência e resistência cultural na ilha. Além do processo de cultura representativa no palco têm as manifestações das ideais disseminada de forma positiva. O festival dá uma visibilidade legal, formação de plateia, convivência com músicos locais e de outros lugares. É uma vitrine. Uma grande oportunidade para todos nós artistas e vem ganhando força nacional – finaliza.