Ferreira Gullar: Acadêmico Brasileiro de Letras
O poeta e dramaturgo maranhense Ferreira Gullar vai ocupar, nesta sexta-feira (5/12), a cadeira 37 da Academia Brasileira de Letras (ABL). Ele será empossado a partir das 21h (horário de Brasília), no Salão Nobre do Petit Trianon, sede da Academia Brasileira de Letras, situada no Centro do Rio de Janeiro.
Em nome da ABL, o Acadêmico e poeta Antonio Carlos Secchin fará o discurso de recepção. Antes, Gullar discursará na tribuna. Logo após, o Presidente da ABL, Acadêmico Geraldo Holanda Cavalcanti, convidará os Acadêmicos José Sarney, decano da Casa, para fazer a entrega da espada, o Acadêmico Eduardo Portella, para fazer a aposição do colar, e a Acadêmica Ana Maria Machado para entregar o diploma. O Presidente, então, declarará empossado o novo Acadêmico.
Fundada por Silva Ramos, a cadeira 37 tem como patrono oficial o poeta Tomás Antônio Gonzaga, e já foi ocupada por Alcântara Machado, pelo presidente Getúlio Vargas, pelo jornalista, empresário e político Assis Chateaubriand e também pelo poeta e diplomata pernambucano João Cabral de Melo Neto.
Eleição
Por 36 votos a favor e um nulo, o escritor Ferreira Gullar foi eleito na tarde de 9 de outubro o novo imortal da ABL (Academia Brasileira de Letras). Na sessão, que aconteceu na sede da instituição no Rio, estavam presentes 19 acadêmicos, e outros 18 votaram por correspondência.
Substituição
Com uma extensa e variada obra, Gullar foi eleito após a cadeira de número 37 ter ficado vaga, em decorrência do falecimento do jornalista e escritor Ivan Junqueira no começo de julho deste ano. Após um pleito, onde teve 36 dos 37 possíveis votos, o escritor maranhense foi eleito em primeiro escrutínio, membro da ABL, em uma votação que foi realizada no Petit Trianon, localizado no Centro da cidade do Rio de Janeiro.
Aos 84 anos de idade, Ferreira Gullar, um dos mais aclamados autores brasileiros vivos, é o pseudônimo José Ribamar Ferreira. O escritor que nasceu em São Luís no dia 10 de setembro de 1930 publicou seu primeiro livro intitulado “Um pouco acima do chão”, ainda aos 19 anos de idade.
Poemas
Dentre suas principais obras, destaque para “A luta corporal”, lançada em 1954, “Dentro da noite veloz”, do ano de 1975, “Poema sujo” de 1976 e “Na vertigem do dia”, que chegou ao mercado em 1980.