“Falta um querer político”, disse Yuka

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marceloyuka2009.jpgMarcelo Yuka, ex-baterista da banda O Rappa, mostrou mais uma vez ser politizado e consciente do seu papel como cidadão. Vítima da violência urbana pela terceira vez no Rio de Janeiro, Yuka não entrega as armas em defesa da Paz. Disse ele em entrevista à imprensa que vai continuar morando no bairro da Tijuca, na zona norte do Rio, e participando da organização não-governamental (ONG) Brigada Organizada de Cultura Ativista (Boca), voltada para a recuperação de detentos da 52ª DP (Nova Iguaçu), na Baixada Fluminense.

Questionado sobre a agressão sofrida, no último sábado, no bairro em que está boa parte de sua história de vida, Yuka foi enfático em dizer que a violência existe devido a falta de um “querer político”. Sugeriu a necessidade da implantação de uma “política de segurança inteligente” como tentativa de reverter a caótica situação.

Diante do constrangimento e de mais um momento de perigo de vida, Yuka declarou que “não iria entrar nesta de parte da sociedade que confunde justiça com vingança. “Quero justiça”, exigiu.

Agressão

A agressão contra Marcelo Yuka ocorreu na Rua Uruguai, a menos de um quilômetro do local onde ele foi baleado em 2000 e ficou paraplégico. No verão de 2005, o músico já havia sido vítima de um arrastão no bairro.

Segundo o músico, ele parou o carro em uma padaria e pediu para o seu motorista comprar um jornal. Quando estava sozinho em sua Cherokee adaptada, ele foi abordado por dois homens. “Eles tentaram me tirar do carro, falei que não andava e mostrei o adesivo (de deficiente)”, contou.

Mesmo assim, segundo Yuka, os assaltantes o agrediram com socos e pontapés e o empurraram para fora do veículo. “Tive escoriações leves. Eu caí, mas a perna ficou presa no carro”, afirmou durante entrevista coletiva nesta segunda-feira.

“Depois, eles conseguiram jogar a perna para fora e ela ficou embaixo da roda. Pensei: ‘consegui escapar de ser arrastado, mas o carro vai passar por cima da perna’. Minha sorte é que não conseguiram dar partida e saíram correndo”, acrescentou.

Surpreendentemente, de acordo com ele, pouco tempo depois, um dos assaltantes voltou ao local e disse que não iria deixá-lo daquele jeito. “Pedi só para me deixar numa posição melhor, no chão. Depois, ele falou ‘foi mal’ e saiu correndo”, disse.

O músico registrou queixa na 19ª DP (Tijuca) e deve ser ouvido pelo delegado ainda nesta segunda-feira. Yuka negou que pretenda se mudar do bairro, cercado por 13 favelas. “Nunca tive problemas na minha rua, que é calma e bucólica. Onde vou achar um estúdio adaptado para cadeirantes como aqui?”, questionou o ex-baterista do Rappa, que prepara seu primeiro disco solo.

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Música e engajamento

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Foi divulgada a programação do Skol Sensation, festival de música eletrônica que acontece em São Paulo no dia 4 de abril. O evento terá participação dos DJs holandeses Fedde Le Grand, Erick E, Ferry Corsten e Mason, do inglês Mark Knight e do brasileiro Gui Boratto.

O festival terá como palco uma árvore de 45 metros de diâmetro, com galhos de onde surgem os efeitos de luz, chamas, fontes e som. Quem quiser ver as performances terá que usar roupas brancas. Pessoas com roupas de qualquer outra cor não poderão entrar.

Veja abaixo a programação do Skol Sensation:

Erick E – das 23h à 0h
Mark Knight – da 0h à 01h
Fedde Le Grand – da 01h às 02h
Skol Sensation Megamix – das 02h às 02h30
Ferry Corsten – das 02h30 às 03h30
Mason – das 03h30 às 04h30
Gui Boratto – das 04h30 às 05h30

Os DJs vão se apresentar em uma área coberta de cerca de 60 mil metros quadrados montada no Pavilhão do Anhembi (Avenida Olavo Fontoura, 1209), na Zona Norte de São Paulo.

Os ingressos para a pista custam R$ 160. Para os camarotes, os preços são R$ 320 (premium) e R$ 1.000 (diamond). É possível comprar pelo site da Ticketmaster (é cobrada taxa de conveniência).

 Deu no Ig

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Viva a Capital Brasileira da Cultura !

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Na próxima terça-feira, dia 10, São Luís vai receber o diploma de “Capital Brasileira da Cultura”. A solenidade vai contar com a presença do Ministro da Cultura, Juca Ferreira, autoridades estaduais e municipais, representantes do trade turístico e de entidades culturais. Enfim, será uma grande ‘balada’ regada a bumba-meu-boi, tambor de crioula, dança portuguesa, entre outras manifestações ‘típicas’ do folclore maranhense.

Será um ano positivo para que a capital do estado do Maranhão possa definitivamente entrar no roteiro turístico nacional e internacional. É bom lembrar, que para virar uma realidade é necessário sensibilizar a população sobre a importância do título e intimá-la para que seja, não apenas platéia, mas parte integrante do projeto.

Acredito que com essa filosofia de trabalho se pode avançar e quem sabe resgatar o sentimento ‘ateniense’ de outrora, que nos dias de hoje serve apenas para mostrar uma autoestima sinônimo de uma vaidade narcisista. 

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Balada das boas em São Luís

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Um mês de março cheio de coisas boas em São Luís, Uma delas é a vinda pela primeira vez do DJ Grace Kelly Dum, um dos “deejays” de ponta da cena eletrônica brasileira. Ele é vencedor de diversos campeonatos e que tem como mentor ninguém menos do que o DJ Marky, que lhe ensinou sobre técnicas de mixagens. A qualidade dos sets levou Grace Kelly Dum à residência de casas como Sound Factory (5 anos) e Overnight (3 anos) e Cabral (1 ano e 8 meses).

Currículo

Toda a trajetória de sucesso teve início por volta de 1989, quando a cena eletrônica de São Paulo estava começando a tomar forma. Quanto ao nome de batismo na e-music surgiu de maneira engraçada. Aliás,  foi na Sound Factory que Eduardo ganhou seu nome de DJ. O club reunia todo o tipo de público, inclusive as Drag Queens mais famosas da cidade. E foi de uma brincadeira delas que surgiu o nome: diziam que ele parecia com o ator Grace Jones, então veio a idéia de Grace Kelly, mas a diva do cinema era loira! A solução veio da linguagem dos RP´s, na qual DUM significa “Preto”. E pronto! Eduardo passou a ser Grace Kelly Dum. O nome é tão original que obteve sucesso imediato.

Em agosto de 2000, Grace foi considerado um dos melhores DJs que se apresentaram na rave Hypnotic. Ele também já concorreu como melhor DJ de Techno/ Techhouse nos prêmios das revistas DJ Sound e Cool Magazine e também da coluna Noite Ilustrada/Folha de S. Paulo, em todas as edições (inclusive a de 2003). Ainda no currículo, aparições nas mais famosas raves e eventos de São Paulo, como a Eletronic Circus, Hypnotic, Parada da Paz, Aniversário da rádio Energia 97FM e os eventos Clubtronic Live. Além disto, Grace foi – e ainda é – presença garantida nas edições do Skol Beats.

Grace tem no currículo apresentações em grandes clubs como Broadway, Lov.e, Mood, Blanco, Lombok, Sirena (Maresias), Car Wash (Maringá), Seven (Joinville), entre outros. E também já tocou ao lado dos maiores DJs do mundo, como Laurent Garnier, Armand Van Helden, Erik Morillo, entre outros.

Eletrizante

2002 foi de grande importância tanto para a cena eletrônica quanto para o DJ. Dois grandes lançamentos: o DVD Clubtronic Live 2002, um dos meus preferidos quando estou em casa. E pra quem não sabe, foi o primeiro DVD de música eletrônica lançado no Brasil. Figuram ainda nomes como o do DJ´s Patife, Marky, Andy, Koloral, Camilo Rocha, Dmitri, Ricardo Guedes, entre outros. 

Ao assistir as performances dos inúmeros ‘deejays’ com um variado ‘setlist’, uns do que me chamou atenção foi o DJ Grace Kelly Dum. Adorei a sonoridade de “Batuke For The World”. Uma simbiose perfeita entre a musicalidade de raiz afro-brazuca e o ‘groove’ do ‘drum´n´bass’.

O DJ Grace Kelly Dum é daqueles que faz um set improvisado, onde tudo acontece naturalmente. Ele toca escolhendo novas músicas e na hora das ‘viradas’ tudo dá certo. Um set perfeito que merece ser prestigiado com a interação e a animação de todos na pista.

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Música para todas as comunidades

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Após o carnaval a vida volta ao normal. Músicos que não integram literalmente a trupe carnavalesca, mas não condenam a festa pagã, dão Graças a Deus de tudo ter acabado na Quarta-Feira, pois só assim o Brasil volta a ser um país funcional. Pra bandas de cá, vai rolar o projeto Soul, Rap e Tambores, que começa nesta sexta-feira, dia 6, no Bar do Nelson (Calhau).

 No ‘cast’ do evento as bandas ClãNordestino, Nego Kaapor, Xaxados e Perdidos, Página 57, Cravo da Ilha, T.A.Calibre 1, Forró Pé de Samba. Elas agitarão à noite com um repertório autoral, de releituras e hibridismo musical.

 

Uma outra boa opção é o São Luís Night Blues, que acontece também na sexta-feira, dia 6, no Espaço Armazém (Praia Grande). Por lá vai rolar um encontro entre Flávio Guimarães e Otávio Rocha, gaitista e guitarrista, respectivamente, do Blues Etílicos. Participação da banda local Tequila Blues.

 

Se você ta a fim de curar a ressaca dos lava-pratos, garfos, talheres, taças, copos e colheres, eis duas boas pedidas em plena Águas de Março.

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Mistureba latino-americana no RecBeat

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Uma “mistureba” latino-americana vinda do Recife agita a cidade neste pós-carnaval. Desde ontem, acontece no Sesc Pompeia o festival Rec Beat, evento criado na folia da capital pernambucana, em 1993, e que virou tradição por lá.

Neste ano, os organizadores decidiram realizar uma edição em São Paulo, que vai até amanhã. Antonio Gutierrez, o Guti, idealizador do festival, aproveitou a passagem das bandas que compõem a festa pela cidade para apresentá-la aos paulistanos. “Queríamos levar para fora de Recife essa grande mistura de músicas”, diz.

Hoje, se apresentam, a partir das 21h, o grupo Bomba Estereo, vindo da Colômbia, e também a DJ brasileira Catarina Dee Jah. Formada em 2005, o Bomba Estereo mescla ritmos caribenhos tradicionais – como cumbia, bullerentue e champeta – com sons eletrônicos, reggae e hip hop. Já o som de Catarina é composto por uma releitura de samba, hip hop, dub e tecnobrega. Amanhã, dominam o palco o DJ brasileiro Dolores e o chileno Original Hamster, também a partir das 21h.

Hamster, outro adepto das misturas, mixa hip hop, funk, rock, techno e folk. Dolores é figurinha carimbada na cena musical de Recife: depois de trabalhar como designer gráfico, passou a remixar faixas de estrelas como Gilberto Gil e Os Tribalistas. Ontem, subiram ao palco os grupos Desorden Publico, da Venezuela, e a brasileira Júlia Says.

Deu no IG

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Lenda viva do “Free Jazz” em Sampa

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Um dos maiores músicos do estilo free jazz, o saxofonista Ornette Coleman se apresenta com seu quarteto em São Paulo no dia 12 de maio, segundo seu site oficial. As datas de turnê incluídas no site também confirmam shows em Santiago, no Chile, e em Buenos Aires, capital argentina.

Ainda segundo o site de Coleman, a apresentação em são Paulo será no Via Funchal, mas a casa de shows não confirmou a data.

Reconhecido pelo álbum “The shape of jazz to come”, disco de 1959 que ajudou a criar o free jazz, Coleman excursiona atualmente com um quarteto que inclui dois baixistas acústicos e um tocando baixo elétrico, além do baterista Denardo Coleman, seu filho.

Em 2005, gravou o disco ao vivo “Sound grammar” na Alemanha, lançado em 2006. O álbum ganhou o prêmio Pulitzer da música em 2007.

Deu no G1

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Moska em DVD do programa Zoombido

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 Paulinho Moska é um artista interessado em diversas mídias. Além da música o compositor sempre teve focos em artes plásticas, filosofia, fotografia e, mais recentemente, em televisão. Há três anos Moska apresenta o programa Zoombido, no Canal Brasil. Estabelecendo papos/parcerias com diversos artistas, Paulinho Moska tenta traçar o perfil e mapear o gênese do processo criativo de diversos colegas. A Biscoito Fino começa a colocar em catálogo esse portrait em uma série de DVDs e CDs, e o primeiro volume traz Moska ao lado de artistas como Lenine, Zeca Baleiro, Chico César, Mart’nália, Pedro Luis e Zeca Pagodinho.

Nos programas Moska não tem a intenção de ser entrevistador em busca do furo de reportagem. Seu papel é de mediador/participante, trocando experiências e impressões com os colegas. Nesse patamar consegue deixar os convidados à vontade para registrar cenas de seus primeiros acordes e também particularidades de seus processos de criação. O formato do programa inclui três números para cada convidado. No primeiro, ele está sozinho com seu instrumento. Depois tem a interação do anfitrião, que registra o número em fotografias inusitadas. O terceiro momento traz um dueto espontâneo, sem ensaio anterior.

O programa também propõe uma saudável brincadeira: uma criação coletiva. Moska iniciou uma música e cada convidado contribui com um verso e a melodia da música. Assim, criam a coletiva Pra se fazer uma canção, composição colada entre Frejat, Zé Renato, Jorge Vercilo, Joyce, Gilberto Gil, Zélia Duncan, Oswaldo Montenegro, Lenine entre muitos outros, em um total de 26 autores. “E a canção é de ninguém”, conclui Chico César. A cada temporada uma canção é composta.

Nesse primeiro volume Moska junta um time especial de criadores e faz o retrato de artistas de forte personalidade e expressão. A exceção fica com o programa de Zeca Pagodinho, que foge do formato e apresenta uma roda de samba e amigos. Entre histórias e músicas, Zeca está ao lado de Arlindo Cruz, Monarco, Mauro Diniz e Juliana Diniz.

A bem vinda edição do programa em uma série de DVDs documenta focos diferentes dos tradicionais. Moska busca a semente da criação de seus colegas e, falando a mesma língua e trocando experiências, estabelece um papo revelador de grandes artistas brasileiros. Inquieto, Paulinho Moska multiplica sua forma de expressão e proporciona uma visão não tradicional dos artistas.

por Beto Feitosa

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Carnaval da debandada

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Às vezes fazer comentários contrários sobre determinado tema gera polêmica e logo vem o discurso de que você é contra tudo, é pessimista ou não gosta do lugar onde mora. Lógico, temos que tomar cuidado para não tornar a crítica em algo depreciativo, mas sim como um discurso que venha somar, acrescentar no dia-a-dia de alguém que você tem afinidades, admira e gosta.

São Luís é uma das minhas paixões. Aqui construi a minha história de vida, cultuo e cultuarei essa conquista eternamente. Agora, temos que ser sinceros: está difícil entender como as coisas são idealizadas e colocadas em prática na cidade. O maior exemplo é o carnaval. Dois anos atrás o classifiquei como um ‘Carnaval Qualquer Nota’. O texto foi baseado na criação da ‘Maranhensidade’. Na minha opinião, a expressão que ainda ecoa de forma segregacionista diante da palavra ‘cultura’. Agora, quem sou eu para dizer o que é certo ou errado na vida.

Lá se foram os dois anos e a sensação é de que nada mudou, ou melhor, piorou. O nosso Carnaval, antes citado por muitos como o terceiro melhor do País, perdendo apenas para o Rio e Salvador, agora agoniza em praça pública. Não se sabe o(s) fenômeno(s) que tirou ou tiraram o brilho da folia na capital. A única coisa certa é que a diversidade rítmica, as manifestações, o tradicionalismo, existem, mas não têm convencido o folião, que optou mais uma vez por brincar em outra freguesia.

Se não fosse o Carnaval de Passarela, o tradicional Carnaval da 2ª do Laborarte, a folia isolada e expontanea feita em comunidades, praias, bares e residências, ou mesmo em alguns momentos tímidos no circuito da Madre Deus, João Lisboa, e o Bicho Terra que arrasta multidão, não se teria festa, pois o carnaval de rua está triste, assim como “a Camélia que caiu do galho deu dois suspiros e depois morreu”… 

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Cordel faz show antológico no RecBeat

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Antológico. Não há melhor palavra para descrever o show do Cordel do Fogo Encantado, que encerrou a 14ª edição do festival Rec Beat, que ocorreu no Polo Mangue, no Cais da Alfândega. A apresentação marcou os dez anos de carreira do grupo, que estreou no Rec Beat como banda. “Tá f… aqui dentro”, disse o vocalista do grupo, Lira Paes, o Lirinha, batendo no peito.

Há exatos dez anos o Cordel do Fogo Encantado — formado por Lirinha, Clayton Barros, Emerson Calado, Rafa Almeida e Nego Henrique — subiu ao palco do Rec Beat para apresentar uma adaptação, em formato musical, do espetáculo cênico montado pelo grupo, natural de Arcoverde.

O Cais da Alfândega estava lotado de fãs e foliões que não queriam que o Carnaval terminasse. “Vamos ver se a gente espanta a quarta-feira de cinzas. Vamos estender a terça-feira de Carnaval, é só viajar!”, convocou o poeta, já durante o bis. Antes de deixar o palco, Lirinha fez questão de apresentar toda a família Cordel do Fogo Encantado, do iluminador ao produtor — e jogar seu pandeiro para a platéia.

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