Quarta tem Halloween mais rock and roll de São Luís

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Essa semana a Fanzine Rock Bar, na avenida Beira-Mar, no Centro Histórico de São Luís, vem com três festas bem legais.

Boys Bad News no Halloween da Fanzine na quarta. Foto: Divulgação

Na quarta, véspera do feriado, tem o Halloween mais Rock And Roll da cidade, com shows Boys Bad News, Matanza Covers e os Vampirões, clipes de terror, dark room da floresta mal assombrada, concurso de fantasias e muitas surpresas.

No sábado a banda Marenostrum faz sua estréia nos palcos com o lançamento do seu primeiro cd, em um show de blues e rock and roll com várias atrações locais e participações especiais.

No domingo a Fanzine recebe duas atrações de fora, Taurus do Rio de Janeiro e Piledriver do Canadá.

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Wander Wildner, Ex-Replicantes, sábado, em São Luís

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Pela primeira vez em São Luis, Wander Wildner, para oportunidade única para que fãs do Punk Rock sintam a energia viva da música desse ícone do gênero. Será neste sábado, dia 20/5, às 21h, na Fanzine Rock Bar, na avenida Beira Mar, atrás da Praça Manoel Beckman, Centro Histórico de São Luís. O show terá a participação das bandas locais, Rockeragem e Velttenz, que está lançando seu novo single.

Wander Wildner – foto © Fernanda Chemale

Wander Wildner foi vocalista do Replicantes, uma das bandas mais importantes do punk rock nos anos 80, com turnês ao lado de Plebe Rude, Cólera e Garotos Podres e tem como clássicos, músicas como Surfista Calhorda, Festa Punk e Astronauta.

Sua carreira solo se iniciou em 1996 com o célebre álbum Baladas Sangrentas, produzido pelo lendário Tom Capone. Com seu novo e 9º disco de músicas inéditas, A Vida é uma Toalha Estendida no Varal, o roqueiro punk folk é capaz de impressionar beberrões de uísque barato que batem o pé em bailões do interior do país ou adeptos de alt-rock que rebolam sua modernidade nas festinhas blasés das capitais, Wander se expõe em tudo o que faz, se define em cada verso. Ou, para facilitar ainda mais as coisas, em cada título. Pode-se dizer que ele é um garoto solitário, meio-hippie-meio- punk-meio- rajneesh, cuja vida oscila entre anjos & demônios, mas que ainda acredita em milagres. É do tipo que segue no ritmo da vida, e nada pode escrever com tanta exatidão este roqueiro que gosta de transformar os conflitos em canções simples, feito um legítimo punk.

Com isto tudo, Wander apresenta um repertório que reúne as novas canções e clássicos de sua carreira, acompanhado por Georgia Branco (Itamar Assumpção, Paulo Miklos, Mercenárias) no baixo e Pichu Ferraz (Nervosa, Paulo Miklos, Mercenárias) na bateria.

A primeira vez de Wander Wildner em São Luis é uma oportunidade única para que fãs do punk rock sintam a energia viva da música desse ícone que marcou seu nome nos Replicantes e vem escrevendo sua história em sua brilhante carreira solo. A noite ainda contará com as participações das bandas Velttenz, com repertório de seus novos trabalhos e Rockeragem, com repertório especial de músicas do rock nacional, além do VJ Nynrod com uma seleção de clipes clássicos.

SERVIÇO

Wander Wildner e banda

Atrações: Wander Wildener e banda, Velttenz, Rockeragem e VJ Nynrod.

Data: 20/05/17

Hora: 21h

Ingressos: R$ 30,00 (primeiro lote antecipado)

Pontos de venda: lojas Over All e site www.fanzinerockbar.com.br

Local: Fanzine Rock Bar – Av. Beira Mar, atrás da Praça Manoel Beckman, entre a Delegacia da Mulher e Viva Cidadão.

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Tanatron festeja 20 anos de carreira dia 11 de março

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Comemorando seus 20 anos de carreira, Tanatron lança seu mais novo álbum, que leva o nome da banda, em show de muito peso e metal na Fanzine Rock Bar, dia 11 de março, no sábado, a partir das 22h.

Tanatron. Foto: Divulgação

Com duas décadas de estrada, a banda chega ao ponto alto do projeto iniciado em 2016, que contou com uma campanha de crowdfuning para a gravação do novo álbum e o lançamento de um documentário que contará a história da banda.

Com participação em shows e festivais nas regiões norte e nordeste, 3 trabalhos lançados e abertura de shows para bandas nacionais e internacionais como Krisiun, Ratos de Porão, Torture Squad, Korzus, Incantation (EUA), Destruction (ALE), Annihilator (CAN), chegou a vez da Tanatron detonar no palco da Fanzine Rock Bar.

A noite ainda contará com a participação da Brutallian, que tocará músicas novas que estarão no próximo álbum da banda, e da estreante, Ritos Sombrios, banda de Death/Thrash que vem de Itapecuru-MA para seu primeiro show na Ilha.

Serviço:

O que: Show de lançamento do cd da banda Tanatron

Onde: Fanzine Rock Bar – Av. Beira Mar, atrás da Delegacia da Mulher

Quando: 11 de março

Atrações: Tanatron, Brutallian e Ritos Sombrios

Horário: 22h

Ingressos antecipados: R$20,00 inteira / R$10,00 meia entrada

Pontos de venda: lojas Over All e WWW.fanzinerockbar.com.br

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Soulvenir representando o Brasil no “Nos Alive”

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Orgulho de ser maranhense ao saber que o nosso Estado e o Brasil vão estar representado no festival “Nos Alive”, que será realizado entre os dias 7 e 9 de julho, em Algès, Portugal. A banda foi recepcionada com festa pelos fãs na chegada em São Luís e vai retribuir o afeto festejando a conquista neste sábado, dia 11/6, no bar Veneto, na Lagoa da Jansen.

Reprodução: TV Mirante
Reprodução: TV Mirante

A banda de rock maranhense Soulvenir venceu no fim de semana em São Paulo o concurso “Edp Live Bands Brasil” que estava elegendo a banda nacional que vai participar do festival.

Além de vencer o concurso que contou a participação de mais de 50, a banda Soulvenir ainda vai poder gravar o seu mais novo álbum com uma grande gravadora. O Soulvenir que se destacou produzindo música autoral com influências do rock, do pop e da música eletrônica vai representar o Brasil no festival europeu.

Soulvenir recepcionada com festa em São Luís. Foto: Facebook
Soulvenir recepcionada com festa em São Luís. Foto: Facebook

Além de vencer o concurso que contou a participação de mais de 50, a banda Soulvenir ainda vai poder gravar o seu mais novo álbum com uma grande gravadora. O Soulvenir que se destacou produzindo música autoral com influências do rock, do pop e da música eletrônica vai representar o Brasil no festival europeu.

A Soulvenir vai tocar ao lado de grandes e respeitados ícones do cenário musical mundial como o grupo Radiohead e o cantor britânico Robert Plant.

A banda surgiu há cinco anos e, atualmente, é formada por Sandoval Filho, Wilson Júnior, Adnon Soares, Domingos Thiago e Marlon Silva. Todas as letras da banda são interpretadas na língua inglesa.

Eles têm dois discos gravados e estão preparando o lançamento do terceiro, que deve trazer um pouco da experiência pós-festival de Portugal.

Além de vencer o concurso que contou a participação de mais de 50, a banda Soulvenir ainda vai poder gravar o seu mais novo álbum com uma grande gravadora. O Soulvenir que se destacou produzindo música autoral com influências do rock, do pop e da música eletrônica vai representar o Brasil no festival europeu.

Além de vencer o concurso que contou a participação de mais de 50, a banda Soulvenir ainda vai poder gravar o seu mais novo álbum com uma grande gravadora. O Soulvenir que se destacou produzindo música autoral com influências do rock, do pop e da música eletrônica vai representar o Brasil no festival europeu.

A Soulvenir vai tocar ao lado de grandes e respeitados ícones do cenário musical mundial como o grupo Radiohead e o cantor britânico Robert Plant.

A banda surgiu há cinco anos e, atualmente, é formada por Sandoval Filho, Wilson Júnior, Adnon Soares, Domingos Thiago e Marlon Silva. Todas as letras da banda são interpretadas na língua inglesa.

Eles têm dois discos gravados e estão preparando o lançamento do terceiro, que deve trazer um pouco da experiência pós-festival de Portugal.

Deu no G1 Maranhão

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Soulvenir faz barulho na Cidade Velha Pub na 6ª

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Iniciando a temporada 2016, a banda Soulvenir toca, pela primeira vez, no Cidade Velha Pub, nesta sexta-feira, apresentando em primeira mão algumas canções do seu segundo álbum (Uterearth) que está em processo de finalização e tem lançamento previsto ainda para o primeiro semestre de 2016. Clique Aqui e Ouça a banda.

Soulvenir. Foto: Divulgação
Soulvenir. Foto: Divulgação

Uma das faixas presentes no álbum, lançada como single ao começo de 2015, “Old Evil” está disponível no soundcloud da banda e registrada, ao vivo, no canal da banda no Youtube.

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Dia do Rock: celebremos, apesar de quase tudo

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A imagem histórica ainda reverbera 30 anos depois: ao final do megashow de quase 12 horas no estádio de Wembley, em Londres, o cantor Bob Geldof é erguido por ninguém menos do que Paul McCartney e Pete Townshend, membros cativos da aristocracia do rock, que o carregam pelo palco.

Live Aid. Foto: Divulgação
Live Aid. Foto: Divulgação

Era o final do Live Aid, evento criado por Geldof, vocalista de uma efêmera banda punk/pós-punk (The Boomtown Rats), para arrecadar fundos para os famintos da Etiópia, país africano devastado pela pobreza, pela guerra civil e pela indiferença do chamado Primeiro Mundo.

Os dois megaconcertos – Londres e Filadélfia (EUA) reuniram quase todos os grandes astros do rock na época e geraram milhões de dólares na campanha contra a fome africana.

Trinta anos depois, a ressaca do showbiz musical parece não ter fim, ainda mais quando sabemos que parcela expressiva do que foi arrecadado em 1985 pelo Live Aid foi roubado, desviado ou simplesmente perdido.

Com a triste constatação de corrupção e mesquinharia extrema, e com o rock no desvio, há alguma coisa a comemorar no chamado Dia Internacional do Rock – 13 de julho, data instituída por conta do Live Aid, que ocorreu naquele dia de 1985?

Os costumeiros detratores, adeptos das chamadas “modernidades sonoras da atualidade” – um saco gigante de porcarias que provavelmente sequer sairia das garagens fétidas nos anos 70, 80 e 90 -, regozijam-se ao dizer que, senão desaparecer, o rock no máximo conseguirá ficar restrito a guetos, como supostamente acontece com o blues e o jazz hoje.

É uma visão sombria, mas ainda fora da realidade – mas não muito. Com um mercado deturpado e uma indústria fonográfica desaparecida, há um vácuo que provavelmente jamais será preenchido.

Aparentemente, a pulverização artística promovida pela internet, derrubando uma indústria podre e sem criatividade para encarar os novos tempos, não foi boa para quase ninguém.

Alguns poucos medalhões ainda sobrevivem, o rap tem ainda algum fôlego para se auto-sustentar e as chamadas “paradas de sucesso” mundiais continuam coalhadas de lixos que não sobrevivem a alguma semanas, para serem destronados por porcarias ainda maiores.

Todo mundo parece desgovernado, e a eventual crise joga para o lado qualquer tentativa de soerguimento. No Brasil, os chamados gêneros populares ainda manter algum tipo de mercado em funcionamento, por mais que a qualidade seja inexistente e práticas antigas de “promoção” ainda prevaleçam, entulhando as emissoras de rádio e portais de internet com a mais legítima porcaria existente na música brasileira.

Por enquanto, o cenário independente consegue manter a chama acesa, só que é incipiente demais. Há poucos exemplso aqui e ali de artistas roqueiros que conseguem alguma sustentatibilidade – caso de bandas como Autoramas, Cachorro Grande, Boogarins, O Terno e mais uma duas ou três no Brasil. É muito pouco.

Só que há ainda algo a celebrar, por mais que os tempos estejam bem complicados, agravados com a crise econômica forte que assola o Brasil. A internet democratizou o espaço de divulgação para os novos nomes, com ou sem talento.

Se ainda não tem força para empurrar bandas boas a situações de maior visibilidade, ao menos proporcionou chances de manter um contato direto e fácil com apreciadores e fãs.

Celebremos as iniciativas vitoriosas dos festivais de rock e metal independentes que se mantêm, cada vez mais com dificuldades, com dólar alto e com custos cada vez mais elevados – sem falar na burocracia alucinada e nos calotes que eventualmente surgem.

Louvemos os empreendedores que insistem em não deixar morrer um circuito de shows alternativos com artistas estrangeiros, mesmo com o dólar alto.

Que tenhamos mais e mais lollapaloozas, com suas atrações de qualidade duvidosa – melhor isso do que nada. Que o Monsters of Rock venha para ficar, de fato, com suas atrações jurássicas e cartas marcadas para garantir a venda de ingressos para um público cada vez mais desinteressado. Que o Rock in Rio mantenha o seu sucesso inevitável – cada vez mais pop e “diversificado”, que garanta a cada edição o espacinho para o rock…

Esqueçamos o caráter de resistência, não precismaos aceitar a “guetificação” que alguns pretendem impor ao rock. A busca pela sustentabilidade tem de ser constante em tempos onde a sobrevivência, mais do que nunca, depende da criatividade e da inovação.

O crowdfunding (modalidade em que o artista consegue verba diretamente com os fãs/consumidores) não tem capacidade para sustentar (ou dar sustentabilidade) a um ambiente cada vez mais competitivo e com menos recursos à disposição.

Esqueçamos, também, qualquer esperança de ajuda de dinheiro público, por meio de editais, em um país onde o Ministério da Cultura prefere financiar projetos (CDs, DVDs e turnês) de artistas consagradados – coisa semelhante ocorre nos Estados e nos municípios.

Criatividade e inovação são fundamentais para que exista algum tipo de esperança para o rock no Brasil como agente cultural e um meio de promover cultura com algum retorno financeiro na segunda década do século XXI.

Muita gente competente continua militando e insistindo, e apontando alguns caminhos que possibilitem uma renovação e o surgimento de novos artistas.

Ok, a demanda é grande para um espaço muito pequeno, com dinheiro ainda mais escasso. Só que nunca se produziu tanta música e arte como na atualidade.

Se está cada vez mais difícil chamar a atenção e reverter a sensação de que a música e arte estão descartáveis, novas ideias precisam surgir. Existe capacidade suficiente para isso, tanto no Brasil como no exterior. Isso, por si só, já é motivo mais do que suficiente para comemorar.

Texto de Marcelo Moreira, publicado no UOL.

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Pearl Jam vai tocar em SP, RS, MG, DF e RJ

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O Pearl Jam anunciou nova turnê brasileira em novembro. A banda confirmou em sua agenda de shows apresentações em cinco capitais do país: Porto Alegre, no Arena do Grêmio, dia 11; São Paulo, no estádio do Morumbi, dia 14; Brasília, no estádio Mané Garrincha, dia 17; Belo Horizonte, no Mineirão, dia 20; e no Rio de Janeiro, no Maracanã, dia 22.

Ainda não há informações sobre venda de ingressos e valores.

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Há a possibilidade de a banda divulgar mais duas datas na América Latina. Na agenda anunciada pela banda nesta sexta (13), duas datas (7/11 e 22/11) estão reservadas, porém, sem outras informações.

Antes de vir ao Brasil, o Pearl Jam também fará show em Santiago, no Chile, no dia 4 de novembro. Após encerrar a turnê brasileira no Rio de Janeiro, a banda segue para o México, com apresentação em 28/11.

O Pearl Jam esteve no Brasil recentemente, como uma das principais atrações do Lollapalooza Brasil 2013. A última visita da banda em show fora de festivais aconteceu em 2011.

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Rock Brasileiro é raridade no Rádio

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Para quem curtiu o ‘boom’ do rock nacional lá pelos anos 80, fica a refletir sobre o atual estágio da vertente no Brasil. Cada vez mais presente no ‘underground’ e esquecido pelo público brasileiro de rádio e shows. Segundo um levantamento da empresa de aferição Crowley, entre as músicas mais tocadas no dial em 2014 no país, a única banda nacional a figurar no top 100 é o Skank, que ocupa a 93ª posição com a canção “Ela me deixou”, do último disco dos mineiros, “Velocia”. Enquanto isso, figura em primeiro lugar “Domingo de manhã”, dos sertanejos Marcos & Belutti, Anitta, Pablo, entre outros novos nomes da Música Brasileira. O Ecad (Escritório Central de Arrecadação) divulgou seu top 50 nacional — o top 100 só será conhecido em abril —, em que não há representantes do rock nacional. O número 1 nas mais tocadas é “Mozão”, interpretada pelo também sertanejo Luccas Lucco.

O rock deixou de ser preferência do grande público porque também não se reinventou, enquanto o rock gringo faz o contrário. Para Samuel Rosa, vocalista do Skank, é necessário a renovação no rock brazuca. “Se novas bandas aparecessem , estar entre os 100 em 2014 é uma vitória tão grande quanto estar entre os 10 em 1994. A gente talvez deixasse de conhecer o Renato Russo se ele estivesse começando hoje, porque as pessoas só dão atenção para Gusttavo Lima. Na época da Legião Urbana já existiam esses Gusttavos, mas o rock conseguia romper as barreiras. O músico diz que “o Brasil precisa amadurecer para gostar de músicas mais elaboradas, sem refrões pobres”. Para um bom entendedor, o problema passa pelo processo de educação, cada dia em baixa nesse País. As pessoas lêem menos e consomem mais futilidades.

Por que os ouvintes estão indo na direção oposta ao rock nacional? Alexandre Hovoruski, diretor artístico da Rádio Cidade, faz sua aposta:

— O rádio ainda é o grande veículo associado à música no mundo. Temos tentado mostrar trabalhos novos, mas bandas consagradas nunca agradaram tanto. Legião Urbana, Paralamas do Sucesso e Cazuza dominam boa parte da execução. É legal por um lado, mas problemático por outro, pois significa que a nova geração não está tendo vida fácil. Mas, assim que estourarem algumas, mudará tudo — aposta Hovoruski. — O rock no Brasil passa por um momento de grande mudança. O “quase” fim das gravadoras, a falta de investimentos, a curadoria, o fato de ficarmos oito anos sem rádios dedicadas ao gênero (no Rio) foram pontos negativos e decisivos nessa queda. É a hora de reinventar. A internet chama a atenção, mas, se não houver consistência, vira mais um caso de 15 minutos de fama. No Brasil, o sertanejo vem dominando as paradas, pois é, sem dúvida, o braço musical mais organizado e com mais dinheiro hoje.

Com os álbuns “Titãs” (1984), “Televisão” (1985) e “Cabeça Dinossauro” (1986), a banda de Tony Bellotto, Paulo Miklos e companhia lançou hinos de rock que são cantados até hoje em shows lotados. Há mais de 30 anos na estrada, o guitarrista Bellotto já ouviu inúmeras teorias sobre a morte do rock.

— Daqui a pouco, o público brasileiro vai se cansar do sertanejo e voltar a ouvir rock, que é um movimento sempre presente na História — diz Bellotto. — Fora do Brasil, ele se mantém entre os grandes, aqui está no subterrâneo. Nós é que estamos vivendo uma fase complicada, cultural, social e politicamente. E há coisas que só o rock consegue fazer, como música de protesto. O ano de 2014 foi muito rico em produção artística no rock, muitas bandas fizeram discos de excelência. É uma dicotomia, porque nada aparece nas rádios.

Num cenário justo, o Brasil deveria ter ao menos 20 bandas de rock entre as 100 mais tocadas. As gravadoras precisam fazer a roda girar e buscar outros nichos. Enfim, o mercado é cíclico. A única certeza que temos é que a internet é fundamental. Ela já saiu da obscuridade da pirataria para a absoluta relevância, talvez mais até que o disco físico, em muitos casos. É preciso que algum artista lidere um novo movimento.

Paradoxalmente, a produção de rock no Brasil só aumenta. Festivais como o Bananada, em Goiânia, e o Picolé, que acontece há dois verões no Circo Voador, promovem a circulação de novos nomes. Mas a postura das bandas talvez seja muito diferente daquelas que dominaram o país há 30 anos.

— O rock hoje está mais sisudo. O interesse das bandas em conversar com o grande público diminuiu. Elas querem cada vez mais estar na cena alternativa, com canções mais conceituais e menos comerciais — opina Samuel Rosa. — A Legião Urbana dialogava com o público de rock, mas também com quem não era desse nicho, assim como Titãs e Paralamas do Sucesso. Eles faziam um trabalho de qualidade e ao mesmo tempo abrangente. A MTV também tem culpa, porque deixou de ser uma plataforma de vanguarda e passou a ser divulgadora de bandas de molecada. Quando o Skank surgiu, ao lado dos Raimundos, todos ouviam “Garota nacional” e “Mulher de fases”, porque sempre tivemos vontade de falar para o grande público. A Nação Zumbi, por exemplo, preferia o underground. Eu sempre falava com o Chico Science: “Vocês estão privando a população de conhecer música de qualidade”, porque eles se recusavam a ir a meios populares, como o Faustão.

Passividade Política

A banda de “Mulher de fases” também precisou se reinventar para não depender das rádios e gravadoras. Novamente em alta depois de uma década de vacas magras, os Raimundos usam a internet e o boca a boca para manter seus shows cheios. Assim, Digão e companhia foram escolhidos para abrir os shows do Foo Fighters pelo Brasil, em janeiro. O cantor e guitarrista aponta a passividade política como um dos fatores de fraqueza para o rock nacional:

— O que aconteceu com o Brasil? Um país que aceita calado toda essa roubalheira está longe de ser rock’n’roll, pois foi sempre através do rock que se questionou o que estava errado. O verdadeiro rock não morreu, está no seu habitat natural, o underground.

Texto: Michelle Miranda – O Globo

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Rock The Beach dia 7 de setembro em São Luís

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rockthebeat

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Redbeer Club lança EP nesta sexta-feira, dia 11

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A banda maranhense de heavy metal Redbeer Club começa a dar os seus primeiros passos na cena metaleira brasileira. Antes conhecido como Hellride, o grupo, formado em 2010, já coleciona várias apresentações na carreira e se prepara para o lançamento do seu primeiro EP homônimo. O compacto, que conta com sete faixas, será lançado na quinta edição do Festival Revolution Rock, no dia 11, no Bar do Nelson.

A banda, que vem se firmando como uma das principais bandas de rock da capital maranhense carrega influências não somente do heavy metal, mas também do hard rock, do rock/metal progressivo e do bom e velho rock and roll. A banda é formada por Victor Bossal nos vocais, Gabriel “Hiena” e Rafael Goes nas guitarras, Pedro Muller no baixo e Raul Campos na bateria.

O EP, gravado no Estúdio Base 17, em São Luís, terá sete faixas, com lançamento previsto tanto em meio digital, quanto físico. Algumas das faixas do EP já são conhecidas do público, como a faixa “It’s Just Rock And Roll”, primeira delas a ser lançada, tanto no perfil do grupo no SoundCloud, quanto no YouTube. Posteriormente, a banda lançou outros dois singles: “One Night Stand” e “This Ain’t A Kind Of Love” Além do lançamento do disco, a Redbeer Club se prepara para o lançamento do primeiro videoclipe, com previsão para o fim do ano.

O disco poderá ser adquirido nas lojas Mad Rock do Centro, Monumental e Rio Anil Shopping, e, também, no dia da apresentação, por R$ 15.

Para mais informações sobre o grupo, acesse:

https://www.facebook.com/redbeerclub

https://www.youtube.com/channel/UCfrALhLHjNV5tSnDR1usyTQ

Serviço

Lançamento do EP homônimo da Redbeer Club no Revolution Rock V

Atrações: Alcoholic Avenger; Orr; Redbeer Club; Royal Dogs; e Tanatron.

Data: 11 de julho, a partir das 21h

Local: Bar do Nelson, no Calhau (Av. Litorânea)

Ingressos: R$ 20

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