O Prêmio da Música Brasileira anunciou nesta segunda-feira (14), a lista de indicados a sua 25ª edição. São 103 nomes, selecionados a partir dos 799 CDs e 88 DVDs inscritos, distribuídos em 16 categorias. A cerimônia será realizada no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, no dia 14 de maio, e marca o quinto ano de parceria com a Vale. Para celebrar as bodas de prata, pela primeira vez a homenagem não será a um artista, mas a um gênero musical, o samba. A apresentação será de Camila Pitanga e Mateus Solano, com roteiro de Zélia Duncan. José Maurício Machline, idealizador do Prêmio, convidou Beth Carvalho para ser a consultora da cerimônia este ano.
“O conselho optou por homenagear o mais autêntico gênero musical brasileiro e será uma alegria imensa celebrarmos esses 25 anos reafirmando nossa parceria com a Vale, que exalta e engrandece o nosso bem maior, que é a música brasileira e seus artistas”, afirma José Maurício Machline.
Este ano, Wilson Das Neves desponta como o recordista de indicações: seis, incluindo as três concorrentes na categoria Melhor Canção, todas de autoria dele: ‘Cara de queixa’ (com Paulo César Pinheiro), ‘Samba para João’ (com Chico Buarque) e ‘Se me chamar, ô sorte’ (com Cláudio Jorge). Das Neves concorre como Melhor Cantor de Samba por ‘Se me chamar, ô sorte’, indicado ainda a Melhor Álbum de Samba. O projeto está indicado também a Melhor Arranjador, o músico Vittor Santos.
A vice-liderança ficou com Ney Matogrosso, com quatro indicações por ‘Atento aos sinais’: Melhor Álbum e Melhor Cantor Pop/Rock/Reggae/Hip Hop/Funk, além de Melhor Arranjador (Sacha Amback) e Melhor Projeto Visual (Cassia D´Elia).
A terceira colocação ficou dividida entre quatro artistas. ‘Recanto ao Vivo’ concorre a Melhor DVD e Melhor Álbum de Pop/Rock/Reggae/Hip Hop/Funk, além de dar a Gal Costa a indicação como Melhor Cantora na categoria. Edu Loboestá indicado como Melhor Cantor de MPB, com ‘Edu Lobo e Metropole Orkest’, finalista como Melhor Álbum. O disco rendeu ainda uma indicação para Gilson Peranzzetta como Melhor Arranjador.
A cantora amapaense Patricia Bastos também conseguiu três indicações: Revelação, Melhor Cantora Regional e Melhor Álbum Regional (‘Zulusa’). Por fim, a OSESP ocupou as três vagas na categoria Melhor Álbum Erudito, pelos discos ‘Concerto Antropofágico’, ‘Heitor Villa-Lobos – Sinfonia n° 6 e n° 7’ e ‘Rachmaninov’.
Com duas indicações estão nada menos do que 14 artistas/projetos. O grupo paulista Bixiga 70 concorre como Revelação e Melhor Álbum Instrumental (‘Bixiga 70’). Na Categoria instrumental, Yamandu Costa e Hamilton de Holanda concorrem como Melhores solistas e também como Melhor Álbum (‘Continente’ e ‘Mundo de Pixinguinha’, respectivamente). O terceiro concorrente a Melhor Álbum na Categoria é ‘Ninho de Vespa’, da Spok Frevo Orquestra, indicada a Melhor Grupo Instrumental. Ainda nessa categoria, Vento em Madeira concorre como Melhor Grupo, além de estar indicado ainda como Revelação.
Ângela Maria e Cauby Peixoto concorrem como Melhores Cantores de Canção Popular, pelo CD que fizeram juntos, ‘Reencontro’, indicado a Melhor Álbum na categoria. Ainda em Canção Popular, o Monobloco também tem duas indicações: Melhor Álbum (‘Arrastão da Alegria’) e Melhor Grupo.
Vitor Ramil concorre em duas categorias, Melhor Cantor e Melhor Álbum de MPB (‘Foi no mês que vem’). Riachão está indicado a Melhor Cantor e Melhor Álbum de Samba (‘Mundão de Ouro’). Lula Queiroga concorre como Melhor Álbum de Pop/Rock/Reggae/Hip Hop/Funk (‘Todo dia é o fim do mundo’), disco indicado ainda a Melhor Projeto Visual (de Zé Mateus Alves).
A categoria Regional tem dois artistas com duas indicações: Quinteto Violado e 3 Brasis concorrem como Melhor Grupo e Melhor Álbum (‘Canta Gonzagão’ e ‘3 Brasis’, respectivamente). Por fim, o projeto ‘Arca de Noé’ concorre como Melhor Álbum Infantil e Melhor Projeto Visual (de Adriana Calcanhotto e Fernanda Villa-Lobos).
Mais uma vez, o Rio de Janeiro é o estado com o maior número de indicações, 49, seguido de perto por São Paulo, com 17. A Bahia ocupa a terceira posição, com 11. Logo depois vem Pernambuco, com nove, e Rio Grande do Sul, com seis.
A partir de 15 de maio, a turnê itinerante do Prêmio da Música Brasileira percorrerá o Brasil com o patrocínio da Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. A estreia será no próprio Rio de Janeiro, nos dias 15 e 16 de maio, no Theatro Municipal, seguida de São Luís (20/05), Belém (22/05), Parauapebas (25/05), Belo Horizonte (28/05), Vitória (31/05) e Corumbá (03/06)..
O Sistema de votação
O corpo de jurados de CDs é composto por 20 integrantes: Alê Yussef, Ana Costa, Blubell, Flávio Senna, Gilson Peranzzetta, Janot, Léo Leobons, Mário Adnet, Rodrigo Campos, Sombrinha, Vander Lee, Zé Renato, e os jornalistas Sérgio Cabral, Mauro Ferreira, Antônio Carlos Miguel, Guilherme Rondom, Leonardo Lichote, Lauro Lisboa Garcia, Bernardo Araújo, além do próprio José Maurício Machline. Para analisar a categoria DVD foram escolhidos seis jurados: José Maurício Machline, Giovanna Machline, Antonio Carlos Miguel, Leonardo Lichote, Janot e Alê Yussef. Os três mais votados em cada categoria são indicados ao Prêmio da Música Brasileira.
Todos tiveram acesso a um sistema de votação 100% informatizado. Através do site, os jurados ouviram os trabalhos concorrentes, obtiveram as informações detalhadas sobre cada lançamento e puderam votar. O júri é formado ainda por músicos, o que permite que um integrante seja também um concorrente. Neste caso, ele não vota na categoria da qual participa.
Para eleger os finalistas, o júri fez uma pré-seleção de 388 CDs e 54 DVDs dentre os 799 CDs e 88 DVDs recebidos, incluindo tanto os trabalhos de gravadoras nacionais e multinacionais quanto aqueles distribuídos de forma independente ao longo de 2013 em todo o país. O CD Loopcínico, produzido pelo percussionista Luiz Cláudio, chegou a ser pré-indicado no Prêmio da Música Brasileira, mas não teve o trabalho citado entre os classificados para etapa final do dia 14 de maio. Segundo a Curadoria do Evento, o foco não é apenas os lançamentos em CD, mas também nos novos formatos e configurações da indústria, como mp3s, downloads, etc.
O Prêmio da Música Brasileira possui um Conselho Deliberativo, que determina as regras, define o júri e o homenageado de cada edição. Ele é composto pelos músicos Gilberto Gil, Yamandu Costa, João Bosco, Wanderléa,Arnaldo Antunes, o jornalista Antônio Carlos Miguel, além do idealizador do Prêmio, José Maurício Machline.
Desde o ano de sua criação, quando homenageou Vinicius de Moraes, o Prêmio enaltece um artista brasileiro, que serve como fonte para o roteiro e repertório do show da cerimônia de entrega. Já foram homenageados, pela ordem,Dorival Caymmi, Maysa, Elizeth Cardoso, Luiz Gonzaga, Ângela Maria & Cauby Peixoto, Gilberto Gil, Elis Regina, Milton Nascimento, Rita Lee, Jackson do Pandeiro, Maria Bethânia, Gal Costa, Ary Barroso, Lulu Santos, Baden Powell, Jair Rodrigues, Zé Ketti, Dominguinhos, Clara Nunes, Dona Ivone Lara, Noel Rosa, João Bosco e Tom Jobim.
A Vale
Para a Vale, mineradora presente nos cinco continentes, este patrocínio está em linha com sua política de apoio às manifestações culturais das regiões onde atua. No Brasil, a Vale é um importante agente de estímulo à cultura, associando sua marca a projetos que utilizam a arte para sensibilizar e formar públicos, oferecer diversão e também conhecimento.
INDICADOS PRÊMIO DA MÚSICA BRASILEIRA 2014
CATEGORIA ARRANJADOR
ARRANJADOR
- Gilson Peranzzetta por ‘Edu Lobo e Metropole Orkest’ – Edu Lobo e Metropole Orkest’
- Sacha Amback por ‘Atento aos sinais’ – Ney Matogrosso
- Vittor Santos por ‘Se me chamar, ô sorte’ – Wilson das Neves
CATEGORIA CANÇÃO
MELHOR CANÇÃO
- ‘Cara de queixa’, de Wilson das Neves e Paulo Cesar Pinheiro – intérprete Wilson das Neves (CD ‘Se me chamar, ô sorte’)
- ‘Samba para João’, de Wilson das Neves e Chico Buarque – intérprete Wilson das Neves (CD ‘Se me chamar, ô sorte’)
- ‘Se me chamar, ô sorte’, de Wilson das Neves e Cláudio Jorge – intérprete Wilson das Neves (CD ‘Se me chamar, ô sorte’)
CATEGORIA PROJETO VISUAL
ARTISTA
- Vários, disco ‘Arca de Noé’ – Adriana Calcanhotto e Fernanda Villa-Lobos
- Ney Matogrosso, disco ‘Atento aos sinais’ – Cassia D´Elia
- Lula Queiroga, disco ‘Todo dia é o fim do mundo’ – Zé Mateus Alves
CATEGORIA REVELAÇÃO
ARTISTA
- Bixiga 70, disco ‘Bixiga 70’
- Patricia Bastos, disco ‘Zulusa’
- Vento em Madeira, disco ‘Brasiliana’
CATEGORIA CANÇÃO POPULAR
MELHOR ÁLBUM
- ‘Arrastão da alegria’, de Monobloco, produtores C.A. Ferrari, Celso Alvim, Mário Moura, Pedro Luis e Sidon Silva
- ‘Made in China’, de Carlos Careqa, produtor Marcio Nigro
- ‘Reencontro’, de Ângela Maria e Cauby Peixoto, produtor Thiago Marques Luiz
MELHOR DUPLA
- Chitãozinho & Xororó (‘Do tamanho do nosso amor – ao vivo’)
- Léo Canhoto & Robertinho (‘L&R 40 anos’)
- Zezé di Camargo & Luciano (‘Teorias’)
MELHOR GRUPO
- Banda Calypso (‘Ao vivo no Distrito Federal’)
- Cheiro de amor (‘Flores’)
- Monobloco (‘Arrastão da alegria’)
MELHOR CANTOR
- Cauby Peixoto (‘Reencontro’)
- Lazzo Matumbi (‘Lazzo Matumbi’)
- Serjão Loroza (‘Carpe Diem’)
MELHOR CANTORA
- Ângela Maria (‘Reencontro’)
- Lana Bittencourt (A diva passional – ao vivo’)
- Roberta Miranda (’25 anos ao vivo em estúdio’)
CATEGORIA INSTRUMENTAL
MELHOR ÁLBUM
- ‘Continente’, de Yamandu Costa, produtores Yamandu Costa e Guto Wirtti
- ‘Mundo de Pixinguinha’, de Hamilton de Holanda, produtores Lu Araújo, Marcos Portinari e Hamilton de Holanda
- ‘Ninho de Vespa’, de Spok Frevo Orquestra, produtor Spok
MELHOR SOLISTA
- Hamilton de Holanda (‘Mundo de Pixinguinha’)
- Léo Gandelman (‘Ventos do norte’)
- Yamandu Costa (‘Continente’)
MELHOR GRUPO
- Bixiga 70 (‘Bixiga 70’)
- Spok Frevo Orquestra (‘Ninho de vespa’)
- Vento em madeira (‘Brasiliana’)
CATEGORIA MPB
MELHOR ÁLBUM
- ‘Edu Lobo e Metropole Orkest’ , de ‘Edu Lobo e Metropole Orkest’ , produtores Metropole Orkest
- ‘Foi no mês que vem’, de Vitor Ramil, produtor Vitor Ramil
- ‘Tudo’, de Joyce Moreno, produtor Joyce Moreno
MELHOR GRUPO
- Boca Livre (‘Amizade, Boca Livre’)
- Orquestra Criôla (‘Subúrbio Bossanova’)
- Os Cariocas (‘Estamos aí’)
MELHOR CANTOR
- Edu Lobo (‘Edu Lobo e Metropole Orkest’)
- Milton Nascimento (‘Uma Travessia – 50 anos de carreira ao vivo’)
- Vitor Ramil (‘Foi no mês que vem’)
MELHOR CANTORA
- Maria Bethânia (‘Carta de amor’)
- Rosa Passos (‘Samba Dobrado’)
- Simone (‘É melhor ser’)
CATEGORIA POP/ROCK/REGGAE/ HIPHOP/FUNK
MELHOR ÁLBUM
- ‘Atento aos sinais’ de Ney Matogrosso, produtores João Mário Linhares e Sacha Amback
- ‘Recanto, ao vivo’, de Gal Costa, produtor Moreno Veloso
- ‘Todo dia é o fim do mundo’, de Lula Queiroga, produtores Yuri Queiroga e Lula Queiroga
MELHOR GRUPO
- O Rappa (‘Nunca tem fim’)
- Passo Torto (‘Passo elétrico’)
- Tono (‘Aquário’)
MELHOR CANTOR
- Lulu Santos (‘Canta e toca Roberto e Erasmo’)
- Moska (‘Muito pouco para todos’)
- Ney Matogrosso (‘Atento aos sinais’)
MELHOR CANTORA
- Blubell (‘Diva é a mãe’)
- Gal Costa (‘Recanto, ao vivo’)
- Ná Ozzetti (‘Embalar’)
CATEGORIA REGIONAL
MELHOR ÁLBUM
- ‘3 Brasis’, de 3 Brasis, produtor gravadora Kuarup
- ‘Canta Gonzagão’, de Quinteto Violado, produtor Quinteto Violado
- ‘Zulusa’, de Patricia Bastos, produtores Du Moreira e Dante Ozzetti
MELHOR DUPLA
- Caju & Castanha (‘Meu Deus que país é esse?’)
- César Oliveira & Rogério Melo (‘Era assim naquele tempo’)
- Valdo & Vael (‘Brasil com ‘S’)
MELHOR GRUPO
- 3 Brasis (‘3 Brasis’)
- Quinteto Violado (‘Canta Gonzagão’)
- Ticuqueiros (’Foto do mundo’)
MELHOR CANTOR
- Felipe Cordeiro (‘Se apaixone pela loucura do seu amor’)
- Sérgio Reis (‘Questão de tempo’)
- Victor Batista (‘Manchete do tico-tico’)
MELHOR CANTORA
- Bia Goes (‘Bia Goes’)
- Maria da Paz (‘Outro Baião’)
- Patricia Bastos (‘Zulusa’)
CATEGORIA SAMBA
MELHOR ÁLBUM
- ‘Matéria-prima’, de Sombrinha, produtor Arlindo Cruz
- ‘Mundão de ouro’, de Riachão, produtores Cássio Calazans e Serginho Rezende
- ‘Se me chamar, ô sorte’, de Wilson das Neves, produtores Wilson das Neves, Paulo César Pinheiro e Berna Ceppas
MELHOR GRUPO
- Casuarina (’10 anos de Lapa’)
- Orquestra Imperial (‘Ao vivo’)
- Sururu na roda (‘Ao vivo’)
MELHOR CANTOR
- Riachão (‘Mundão de ouro’)
- Wilson das Neves (‘Se me chamar, ô sorte’)
- Zeca Pagodinho (’30 anos – vida que segue’)
MELHOR CANTORA
- Alcione (‘Eterna alegria’)
- Fabiana Cozza (‘Canto Sagrado – uma homenagem a Clara Nunes’)
- Mariene de Castro (‘Ser de luz – uma homenagem a Clara Nunes’)
FINALISTAS – ESPECIAIS
DVD
- Criolo & Emicida / ‘Criolo & Emicida – ao vivo’, diretores Andrucha Waddington, Ricardo Della Rosa e Paula Lavigne
- Gal Costa / ‘Recanto, ao vivo’, diretores Dora Jobim e Gabriela Gastal
- Zélia Duncan / ‘Totatiando’, diretor Regina Braga
ÁLBUM LINGUA ESTRANGEIRA
- ‘As canções do rei’ / Leny Andrade, produtor Raymundo Bittencourt
- ‘Canta Billie Holiday in Rio’ / Leila Maria, produtor Paulo Midosi
- ‘Zeski’ / Tiago Iorc, produtor Maycon Ananias
ÁLBUM ERUDITO
- ‘Concerto antropofágico’ / OSESP, produtor Arthur Nestrovski
- ‘Heitor Villa-Lobos – Sinfonia n° 6 e n° 7‘ / OSESP, produtor Arthur Nestrovski
- ‘Rachmaninov’ / OSESP, produtor Arthur Nestrovski
ÁLBUM INFANTIL
- ‘A família’ / Cria, produtor Vinicius Castro
- ‘Arca de Noé’ / Vários, produtor Dé Palmeira
- ‘Rabiola, ola, catibiribola’ /Silvia Negrão, produtor Caio Gracco
ÁLBUM PROJETO ESPECIAL
- ‘Ao vivo’ / Marcos Valle e Stackey Kent, produtores Marcos Valle e Jim Tomlinson
- ‘Caymmi’ / Nana, Dori e Danilo, produtor Dori Caymmi
- ‘Sambabook’ / Martinho da Vila, produtor Alceu Maia
ÁLBUM ELETRÔNICO
- ‘Carnaval beach club Vol.1’ / Rodrigo Sha, produtores Rodrigo Sha e André Bastos