Andar de Cima

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Acordei com uma notícia que me deixou triste. O clarinetista, saxofonista e elegante, Paulo Moura, de 77 anos, partiu para o andar de cima. O músico morreu de câncer, no fim da noite desta segunda-feira, 12, na Clínica São Vicente, na Gávea, Zona Sul do Rio de Janeiro. Paulo Moura estava internado desde o dia 4 de julho.

Tive o privilégio de um contato rápido com o músico, natural de São José do Rio Preto, São Paulo, em uma das edições do extinto Free Jazz Festival, no Rio de Janeiro. Conheci o músico em uma daquelas boas e saudosas “Jam Sessions” que aconteciam no “Jazzmania”, em Ipanema. Lembro, ao lado dos amigos Gilberto Mineiro e Ricardo Gonçalves, da afeição que o músico tinha pelo Maranhão. Chegou a dizer que uma das suas grandes vontades seria visitar o Maranhão. Ele tinha uma relação muito boa com o violonista maranhense Turíbio Santos, e sem falar do desejo pela gastronomia maranhense.

Infelizmente, isto não será possível. Agora, Paulo Moura vai tocar em uma outra freguesia, ou seja, integrará o time do céu com as estrelas. Pra quem não sabe, Moura foi um dos saxofonistas e clarinetistas mais requisitados no Brasil e no exterior. Foi reconhecido no ano 2000 com o Grammy – o maior prêmio da música mundial, com seu trabalho “Pixinguinha: Paulo Moura e os Batutas”. Em 2009, ele se apresentou na Tunísia e no Equador., e lançou o CD AfroBossaNova.

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