Cada macaco…
Li o manifesto escrito pelo jornalista, produtor e empresário da noite, Alex Palhano, reivindicando por uma ‘Noite Honesta em São Luís’. Concordo em muitos aspectos, pois somos a única capital brasileira onde o ‘ecletismo’ acontece às vezes de maneira incoerente e apelativo quando a boa é conviver com o mesmo espaço, e o pior, em um só palco. O argumento é de que o jovem ludovicense pensa assim e o mercado diz amém. Lógico, sou defensor da tal ‘diversidade’, mas não do ’samba do maluco doido’, onde pagode namora com tecno, forró estilizado com Pop Rock, axé com psytrance, calypso com heavy metal, funk das poposudas com reggae das radiolas da Jamaica Brasileira e o “new’ sertanejo com o rap.Toda essa mistura se caracteriza como bizarra e de mau gosto.
É necessária uma tomada de consciência, pois estamos construindo uma juventude viciada e descontextualizada com o movimento de festas temáticas, festivais, entre outras manifestações de diversão com música que acontecem no País. A percepção é notória quando se atravessa o Estreito dos Mosquitos, ou então quando se busca como outra opção, o Aeroporto Internacional Marechal Cunha Machado. Não quero aqui dizer que esse ‘ecletismo’ visto pras bandas de cá não seja visto pras bandas de lá, porque gente querendo se dar de bem na vida existe em qualquer lugar. Agora, a segmentação é uma realidade, uma postura nobre. Não defendo em momento algum que ‘cada macaco tem que ficar eternamente no seu galho’.
Quando o papo é misturar sons e ocupar o mesmo quadrado, às vezes em palcos distintos, acredito que a melhor receita é a de usar os ingredientes com algo em comum. A tarefa não parece fácil, mas basta usar a sensibilidade e bom senso, atitudes que estão fora de moda diante da Globalização Capitalista e cada vez mais Selvagem.