Morre o indomável baixista Jack Bruce, do Cream

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Jack Bruce, o mítico baixista do Cream, morreu hoje aos 71 anos.

A notícia está no site oficial do músico, seguido de um inspirado epitáfio: “O mundo da música será um lugar mais pobre sem ele, mas ele continua a viver com sua música e para sempre em nossos corações”. Detalhes sobre a causa da morte ainda não foram divulgados, mas sabia-se que Bruce sofria de problemas no fígado.

Ótimo cantor e instrumentista excepcional (ele inspirou toda uma geração de baixistas, de Geddy Lee do Rush a Geezer Butler do Black Sabbath) e dono de uma das personalidades mais marcantes da era clássica do rock, o escocês Bruce era uma força da natureza no palco e também fora dele. Em mais de 50 anos de carreira, fez de tudo, tocou com todo mundo (de Ringo Starr a Frank Zappa) e jamais abandonou a música e o contrabaixo que tanto o caracterizou – o último disco solo dele, “Silver Rails”, foi lançado em março desse ano.

Mas certamente, sua maior e mais duradoura proeza foi conseguir duelar de igual para igual com os outros dois gênios difíceis do Cream, o guitarrista Eric Clapton e o baterista Ginger Baker, naquele que foi um dos power trios mais tecnicamente impressionantes da história. Durou apenas três anos e rendeu quatro discos, mas garantiu a eternidade dos três músicos excepcionais na galeria de heróis do rock. E por uma estranha coincidência, a gravadora Universal revelou essa semana que irá relançar em novembro toda a discografia do Cream em vinil.

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Valeu, Chico Coimbra

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O jornalismo, o teatro, o carnaval e a moda no Maranhão estão de luto. Morreu Francisco de Sousa Coimbra Neto, o Chico Coimbra, aos 65 anos, na madrugada desta sexta-feira (7). Não tinha uma ligação direta com o artista, mas o admirava pelo jeito singular como exaltava o Maranhão, especialmente São Luís, seu Porto Seguro. E isso, ele expressava na maneira de fazer Carnaval, como estilista na passarela e na prática diária do jornalismo. Chico deixou bem claro, pela sua passagem na Terra, que não veio a passeio. E como legado comprovou que a vida é bela e intensa, quando se produz arte com originalidade e autenticidade com honestidade.

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Rossi: odiava a expressão brega e amava Kurt Cobain

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Escrito por:  Xico Sá (Jornalista, Cronista, Escritor e Poeta)

Reginaldo Rossi, recifense do bairro dos Coelhos, não tinha pressa amorosa , amava, pronto, demoradamente, as mulheres. Amava lentamente a vida, como quem enxerga um ovo colorido na vitrine –madaleine uma ova velho Proust. Reginaldo está sendo celebrado pelo que mais odiava: ser chamado de brega. Um dia perguntei como ele queria a lápide. Ele disse:

“Amo o amor e canto essas coisas, sou uma espécie de Frank Sinatra, mais ou menos um Roberto e infinitamente Serge Gainsbourg. Tá bom pra você, xará?”

E continuou: “É ridículo que pensem a gente de forma reduzida ao chifre mínimo. Como se o chifre não fosse o principal assunto de Shakespeare e Kurt Cobain”. Yes , Reginaldo amava o Nirvana, que onda.

Ele sabia que eu gostava de tudo isso. E ainda mais ele sabia que me chamo Francisco Reginaldo por causa dele. Fiz questão de procurá-lo desde que cheguei ao Hellcife from Cariri, pense rua do Progresso com rua das Ninfas.

Minha mãe amava a Jovem Guarda e ele fazia parte dessa coisa toda. Era o quente, como me explicava ontem José Teles , pense num cabra que sabe de música!

Brega? Esse rótulo que a classe média pregou nos cantores românticos brasileiros como forma de diferenciá-los e separar os talheres da CasaGrande & Senzala. O necessário, importantíssimo e genial historiador baiano Paulo César de Araújo, autor de “Eu não sou cachorro não” (ed. Record), deixou isso patente. Eis o volume-mor da formação, tô falando.

Reginaldo amava esse livro. “Bicho, escreve sobre essa tese”, me cutucava. “Paulo matou a pau, xará”. Passei 24 horas com Reginaldo, gravando o maior depoimento do meu Flaubert, minha educação sentimental, com Paulo Caldas , diretor do cinema pernambucano. Ele mostrou a importância de ser Reginaldo.

A importância da canção romântica brasileira. A narrativa da dor. A dor amorosa do chifre e da traição que, por medo ou preconceito, a classe média nacional trata como folclore.

Carnavaliza.

Nessa hora esquece que é a vida, é o mesmo tema de Dostoievski.

Esquece.

Chega de tese.

Reginaldo sabia, teve um sonho com Beethoven, numa das suas melhore s e desconhecidas canções: “Cante, e Junto com Haendel e o amigo Bach/Cante deixe quem quiser falar/Cante, que quem for jovem vai gostar”.

Regi é maior do que o folclore em torno da dor de corno. Reginaldo Rossi é uma forma de contar a vida que todos nós escondemos: é o que escondemos enquanto manifestação amorosa acovardada.

É o meu Walter Benjamim, minha escola do Crato .

Vejo aqui da minha janela da rua da Aurora: o Capibaribe e o Beberibe se juntam para -sem desmentir a secura cabralina- formar um oceano de lágrimas pelo meu ReiGinaldo.

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Salve, Salve, João do Vale

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Salve, Salve, João do Vale…6/12/1996 morreu o Carcará de Pedreiras, do Maranhão, do Brasil e mundo afora. Uma data para ser lembrada e festejada sempre.

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Salve, Salve, Dona Teté do Cacuriá

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Um SALVE à Dona Teté. Essa arquiteta e operária da Cultura Popular Brasileira, em especial, Maranhense, que fez escola com o seu Cacuriá.  Hoje, dia 27 de junho, completaria 88 anos de vida. Seu carisma, sua alegria e, principalmente, sua irreverência serão lembrados eternamente.

 

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Centenário

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A Polícia Militar do Maranhão (PMMA) realizou, nesta terça-feira (12), às 8h, solenidade em homenagem aos 100 anos de nascimento de João Carlos Dias Nazareth (in memorian), pai da cantora Alcione de Nazaré, tenente regente da Banda de Música da Corporação e autor da canção da PMMA. A cerimônia ocorreu no Quartel do Comando Geral, no Calhau.

Alcione participa de homenagem ao pai, o maestro João Carlos Nazaré. Foto: Handson Chagas

Histórico

João Carlos Dias Nazareth nasceu na fazenda Aliança, no município de Cururupu, em 10 de abril de 1911, filho de Anastácio Dias Nazareth e Assunção de Farias Nazareth.

Dentre seus trabalhos com a música, além de muitos dobrados para banda em homenagem a comandantes e governadores, existem valsas, hinos, como o da Polícia Militar, hino a bandeira do Maranhão além de músicas populares como ‘Cajueiro velho’, ‘Itelvina minha nega’, gravadas por Alcione e sucesso nacional.

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Centenário

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CoxinhoNo dia 24 de agosto de 1910 nascia no lugarejo Fazenda Nova, nas proximidades de Lapela, (considerado um dos maiores redutos de afrodescentes no município de Vitória do Mearim, nascia Bartolomeu dos Santos, popularmente conhecido por Coxinho.

Considerado um dos nomes mais expressivos da cultura popular do Maranhão, Coxinho, completou o centenário de nascimento e passou batido entre nós (mea culpa). Destaque para o artigo jornalístico “Coxinho 100 Anos”, escrita pela jornalista Dinacy Mendonça Corrêa, do caderno Alternativo, de O Estado do Maranhão.

Em seu texto, ela mapeou a história de Coxinho e destacou o ano de 1972, quando o cantador do  Boi de Pindaré, no sotaque da baixada, ou batalhão de João Câncio, gravou o seu primeiro disco (em vinil). Um trabalho antológico em que está registrada a clássica “Urrou do Boi”, adotada pelo Poder Público, como o hino oficial do folclore maranhense. O artista popular maranhense representava pra gente e para o Brasil o mesmo que  os músicos Ibrahim Ferrer para os cubanos, Charlie Parker para os norte-americanos.

O legado de Coxinho foi consumido pelo grupo Boca Livre, reeditado por meio mundo. A pergunta que não quer calar. Será que o Boi de Pindaré ou alguém da família do artista recebeu o pagamento de direito autoral ? È isso aí, Coxinho morreu em 3 de abril de 1991. “Companheiuro/Coxinho foi morar no céu/Deixou o chapéu/Do cantador da Baixada…”

Foto:  (A. Baêta) Arquivo do Jornal O Estado do Maranhão.

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