O Mundo das Baladas

0comentário

Mais que uma pergunta, um dilema. Após várias saídas desastrosas você mais uma vez se predispõe a sair e tentar conhecer alguém, porém você não faz o tipo de pessoa que acha que o termo quantitativo supre o qualitativo.

Primeiramente, você chega à balada e observa que metade das mulheres está com um vestido que parece uma toalha enrolada ao corpo, já a outra metade está com uma regata branca, um casaquinho de couro, saia alta, uma bolsa transversal e o insistente 212, mas até aí tudo bem pois o uniforme faz parte.

Não muito distante disso você vê alguns homens com uma camisa polo com “número 43” nas costas, barriga saliente e com as mulheres mais bonitas da festa. Alguns gastando dinheiro que não tem, outros gastando por gastar e outros como eu agora, pensando em como funciona tudo isso…

Nesse instante por algum motivo você se sente diferente daquelas pessoas.

Culturalmente instruídos a sempre segurar um copo na mão seguimos o nosso caminho em busca de algo que no fundo não sabemos se realmente faz sentido.

Alguns caras querendo se divertir e outros numa disputa inútil para ver quem é o mais frouxo. Frouxo simplesmente por não conseguir pegar uma mulher só com o papo, por não saber jogar esse jogo de homem para homem, mas, novamente, até aí, tudo bem pois cada um usa as armas que tem.

Em meio a tudo isso me pergunto: onde está a conquista? Cadê o charme, o ato de arrancar um sorriso sincero, de você ficar. Infelizmente,  na maioria das vezes é isso que eu vejo, mulheres que só querem levantar seu ego e homens que acham que baixar um litro de bebida lhe faz ser o macho “alpha “da festa.

Cada vez mais as pessoas têm a necessidade de mostrar ser uma coisa que não são, e principalmente terem seu ego exaltado. Agora, só falta elas perceberem que isso não leva a lugar nenhum.

Chegamos num ponto chave da sociedade, onde máscaras valem mais do que expressões. Garrafas de bebida em cima da mesa valem mais do que apertos de mão e companhias falsas valem mais do que uma conversa sincera com a menina menos atraente da festa.

Por fim entenda que você pode ser uma pessoa super charmosa, educada, inteligente ou qualquer outro adjetivo, mas se a outra pessoa não for equivalente a ela não irá perceber o quanto valiosa você é.

Texto de Frederico Elboni

sem comentário »

Feliz Aniversário, Nelson Mandela…

0comentário

Se existe um símbolo, uma referência humana do século XXI, aponto Nelson Mandela. Ele é o cara, que sempre esteve a serviço da coletividade, em defesa da igualdade racial, e, nesta quinta-feira (18/7), festejando 95 anos.

Cada cidadão do mundo é convidado nesta quinta-feira (18) a dedicar simbolicamente um minuto de reverência a esse homem, que permaneceu 27 anos de prisão pelo regime segregacionista do apartheid, foi libertado sem uma palavra de vingança. Ao deixar a cadeia, em 1990, negociou com o poder uma transição pacífica para a democracia. Eleito presidente, em 1994, ele demonstrou dispensar o mesmo tratamento para negros e brancos no país.

Símbolo de luta contra o apartheid (o regime de segregação racial da África do Sul), Mandela é apontado como herói nacional. Por iniciativa do governo sul-africano, cada cidadão do mundo é convidado a dedicar simbolicamente 67 minutos do seu tempo à serviço da coletividade em homenagem a Mandela e seus esforços, há 67 anos, pela igualdade racial.

– Nunca na história da humanidade alguém foi reconhecido universalmente ainda em vida como a encarnação da magnanimidade e da reconciliação – disse o ex-arcebispo anglicano e primeiro negro a assumir o posto na África do Sul Desmond Tutu, também Prêmio Nobel da Paz de 1984 referindo-se a Mandela por seus esforços contra a segregação racial.

Para o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o sul-africano é “o exemplo extraordinário de coragem, de gentileza e de humildade”. Feliz aniversário, ainda, é muito pouco para esse imortal sul-africano, que liderou um processo de transição pacífico para a democracia baseada na reconciliação nacional.

sem comentário »

É preciso educar a alma, se quisermos mudar o mundo

1comentário

A sociedade brasileira acordou. De uma hora para outra resolveu reivindicar, cobrar os seus direitos junto à classe política nacional, colocada no cargo, por meio do voto, para legislar pela causa de todos. Infelizmente, poucos parlamentares conseguem enxergar do seu papel como legislador e do compromisso com o povo que o elegeu. E ao perceber que os seus anseios não eram atendidos, e em momento oportuno, veio a tomada de consciência. Agora, no meio dessa revolução nas ruas, louvável, é necessário sabedoria para que o manifesto não perca o foco e caia no lugar comum.

Acompanhando ‘in loco’ os protestos em São Luís, percebo algumas aberrações por parte de alguns militantes do movimento. Tem muita gente fazendo do ato democrático um evento festivo. Tem gente descompensada, sem lenço e sem documento, sem saber porque está na rua. É preciso ter um direcionamento para que as manifestações não percam o sentido.  É preciso que antes de protestar pelo fim da corrupção, por uma educação, saúde, transporte de Primeiro Mundo, seja feita uma avaliação interior.

Entendo que democracia e cidadania passam pelo um processo de humanização. É muito fácil cobrar do outro, mas é necessário que a gente enxergue primeiro para o nosso umbigo. Penso, que para transformar e modificar o mundo o qual estamos inseridos é preciso se romper com uma série de manias, preconceitos, vaidades, individualismo, arrogância, mentira, rancor, ódio, egoísta, hipócrita, entre outros defeitos materiais que são inerentes do ser humano.

Às vezes aquela pessoa que está na rua exigindo por um mundo melhor é o mesmo que oprime o que ele considera mais fraco. Pratica “bullying”.  Gente na base da pirâmide corrompendo e cooptando o outro com a sua fala. É gente metida a besta e arroigante porque tem muito dinheiro e ocupa lugar de destaque na sociedade. É emergente tirando onda de rico. É alpinista social. Gente afetada e preconceituosa, porque o que está ao seu lado é negro, pobre,  homossexual, de religião diferente, torce pelo outro time e não gosta da mesma música que o dono da verdade absoluta diz ser a melhor. É gente dizendo ser partidário de oposição e, muitos desses, não passam de um tremendo 171. Enfim, é gente que cospe no chão, não respeita o sinal de trânsito, tira a vida do outro por causa de 20 centavos. E para que esses valôres legitimados pela sociedade moderna sejam invertidos é preciso a educar a alma. Tomada de decisão essa que parece impossível.

Até gostaria de um mundo melhor para todos nós. Mas, na convivência em uma sociedade complexa, plural e cheia de diferenças, “eu preciso de uma ideologia para viver”.

1 comentário »

“A Nossa Insatisfação é maior que o Futebol”

0comentário

Os protestos espalhados pelo Brasil mudaram a imagem de integrantes da Fifa em relação à população do país. “Enxergávamos os brasileiros como um povo alegre, que adora festa. Agora conhecemos um outro lado”, disse ao blog do Perrone, um cartola da federação internacional antes de Brasil x Itália, em Salvador.

A fama de gente acolhedora e festeira foi usada pela Fifa para justificar a confiança de que o país pode realizar uma boa Copa do Mundo. Os cartolas também sempre alardearam que o Mundial aconteceria num país livre de atos terroristas e conflitos internos.

Agora estão assustados e dizem que os jovens brasileiros precisam aprender que não se pode mudar um país em algumas semanas. O medo aumenta em Belo Horizonte, palco de alguns dos confrontos mais violentos entre  polícias e manifestantes. A cidade recebe Brasil x  Uruguai nesta quarta.

Ralação

Não somos terroristas. Continuamos sendo um povo ordeiro, hospitaleiro, e tenho certeza, o mais feliz do mundo. E,  continuamos a adorar praia, futebol e a cerveja.  Só que dirigente da maior entidade do futebol mundial está esquecendo que um País não se sustenta apenas de Pão e Circo.  A Copa das Confederações, a Copa do Mundo, têm lá sua importância. Para muitos representam festa, celebração, lazer, e por aí vai. Enfim, nenhuma das duas competições é prioridade e como resposta para os problemas da maioria de (nós) brasileiros.

O povo acordou e não aceita mais o descaso, da falácia, da “ralação” pela sobrevivência, e quer ser tratado a pão de ló. São mais de 500 anos de sofrimento e, lógico, que não serão mudados em semanas. Mas, essas manifestações traduzem o sentimento de uma sociedade que não aguenta pagar o imposto mais caro do mundo e em troca ter o pior serviço público do mundo.

Quisera seu dirigente anônimo da Fifa passar uns anos morando no Brasil e escolher uma periferia de qualquer grande centro desse País para morar ? É muito fácil falar quando se está em uma situação confortável, analisando as coisas à distância.

Não esqueça que a nossa luta é justa, legítima, legal e que jamais deve ser confundida com vandalismo, para exigir dos governantes que encontrem uma solução para problemas de ordem social, político e econômico que têm nos incomodado ao longo da nossa história. n

Não somos contrário a realização da Copa do Mundo em nosso território.  Apenas gostaríamos de um tratamento “Vip” igual ao que está sendo dado a ela. Se o governo brasileiro tem capacidade de patrocinar qualquer grande evento esportivo, tem por obrigação olhar para o seu povo com mais dignidade. Isso é o mínimo que todo brasileiro deseja.

E,  respondendo em trocadilho a frase do, “Sir” todo-poderoso, Joseph Blatter, presidente da Fifa:  “a nossa insatisfação é maior que o futebol”.

sem comentário »

‘Webativismo”, Juventude e o “Status Quo”

0comentário

protesto2A juventude brasileira, independente de qualquer tipo de conceito ou preconceito, resolveu deixar de lado o individualismo e aderir ao espírito coletivo para protestar num movimento sem face e sem líder. Mais de 250 mil pessoas participaram de protestos em várias cidades de norte a sul do Brasil nesta segunda-feira (17). A onda de protestos, que nas últimas semanas tinha como foco principal a redução de tarifas do transporte coletivo, ganhou proporções maiores e passou a incluir gritos de descontentamento com várias causas diferentes. Houve registro de confrontos e violência em Belo Horizonte, no Rio de Janeiro, em Porto Alegre e em Brasília. Manifestantes invadiram o Congresso Nacional, Assembleias Legislativas, Câmaras de Vereadores, Palácios de Governo e ganhou repercussão internacional. É a maior mobilização popular do Brasil desde os protestos pedindo o impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello (hoje senador), em 1992.

Compartilhadas ou não pelas redes sociais, webativismo ou não, o que se vê é uma sociedade insatisfeita, em que desperta nela, uma consciência crítica muito motivada pela dor. Existe uma teoria na espiritualidade em que  quando não se vai por amor, se vai pela dor. As pessoas parecem estar cansadas de tanto sofrimento, do descaso da classe política, da corrupção,  da violência urbana e no campo, da política do Pão e Circo, das políticas de assistencialismo, que viciam e criam uma atmosfera de dependência e alienação.

Esse grito de não aguento mais, dá a impressão de que o povo reconhece a legitimidade da democracia, e sem bandeira partidária, começa a exigir da classe política uma outra postura. Se ela existe e está para legislar pelo bem comum, é necessário que se reinvente e já.

Se o Brasil pode construir estádios de Primeiro Mundo, pode também oferecer educação, saúde, transporte público, saneamento básico, enfim, qualidade de vida de Primeiro Mundo. Parece utopia o combate à corrupção, contra a desigualdade social e econômica. Mas, mobilizações consistentes, unânimes, legítimas, que preservam o patrimônio e a ordem pública, são capazes de gerar reflexão profunda de quem detém o Poder nesse País.

Baderneiros ou não,  classe média ou não, gente da periferia ou não, gente em situação de rua ou não,  idosa ou não, preto ou branco, manifestação organizada ou não, se vai resultar em políticas públicas concretas ou não: “eu vejo um novo começo de era. de gente fina, elegante, sincera e com habilidade” (Lulu Santos), frase citada no facebook do parceiro Jonathas Nascimento.

sem comentário »

Muito Prazer ! Nós somos os ONdivíduos

0comentário

ONdivíduos

 Por Marcos Hiller*

Este texto, escrito no início de junho de 2013, tem grande chance de tornar-se obsoleto em poucos meses. Este, aliás, é um risco que, certamente, corro: sou daquelas pessoas que tentam entender como ocorrem essas novas lógicas sociais e de consumo.

Minha grande inquietação atual é entender como ocorre a apropriação social de dispositivos, tecnologia e marcas nesse ecossistema que vivemos. Assumo o risco! Não me importo! Vamos lá!

No universo interconectado que estamos inseridos, a tecnologia, indiscutivelmente, tornou-se uma das metáforas mais sedutoras para tentar entender a construção da subjetividade das pessoas hoje em dia.

As pessoas com as quais vivemos e interagimos, principalmente jovens, percebem e assumem as relações de convivência com os outros, como uma experiência norteada pelos afetos e pela sensibilidade. No interior deste mundo difuso, não linear e de complexas relações está um indivíduo cada vez mais e mais conectado. Aliás, muito conectado. São os ONdivíduos que, embora cada dia mais conectados, por outro lado tornam-se individuais.

Individuais e conectados digitando, furiosamente, olhos fixos em telas sensíveis apenas ao toque. Vale ressaltar que, o fato de estar conectado não significa, necessariamente, que se esteja interagindo, muito pelo contrário.

Conectividade significa, simplesmente, estar logado. A partir do momento em que faço um login em um site de rede social, por exemplo, já faço, imediatamente, parte da intimidade das pessoas. Torno-me o “melhor amigo” e fico sabendo o que elas pensam, dizem e até mesmo como pretendem se apresentar e obter validações alheias de seus afetos.

A pergunta é: o que existe, realmente, de social nos sites de redes sociais? Eu, pessoalmente, acredito que pouco ou quase nada.  Vejamos o Facebook, esta imensa arena virtual onde mais de um bilhão de terráqueos esfalfam-se tentando construir jogos discursivos e narrativas envolventes com o único objetivo que outros usuários tomem conhecimento de sua presença/existência e validem, a bel-prazer, aquela enxurrada de conteúdos emocionais, com direito a traumas, mágoas, separações etc.

Inegavelmente, esse mundo virtual comporta significativo teor de sedução, mas, em contrapartida, é assustador, pois nos afasta do contato direto, olho no olho.

Por outro lado, certos autores afirmam que a arena online é tão atrativa e convidativa porque não apresenta as exigências do mundo real. É fato que a vida nos exige muito e há obrigações sociais que nem sempre queremos, ou podemos, cumpri-las naquele momento, naquela hora, naquele dia. Parabenizar um amigo na data do nascimento implica dar um telefonema – que envolve tempo e dinheiro, isso sem falar que há pessoas que não estamos interessados em bater um papo naquele dia. Então surge o salvador Facebook, onde escrevemos aquelas mensagens piegas e, supostamente, sinceras e “profundas” e… Pronto: em segundos estamos livres e os colegas felizes porque, devidamente, felicitados pelo aniversário. Simples, rápido… Eis que somos perfeitos ONdivíduos.

Internet das Coisas, Big Data, Cultura da Convergência são apenas exemplos de felizes achados/expressões criadas para rotular essas transformações que impactam nosso dia a dia.

Quando penso nas potenciais transformações que ainda estão por vir vejo-me, paradoxalmente, apreensivo, assustado, mas também – por que não confessar? – animado. Afinal, o que mais a tecnologia será capaz de nos mostrar?

Em um futuro próximo, dizem alguns visionários, quando estivermos nos aproximando de nossa Starbucks favorita, eles se anteciparão e, antes mesmo de termos entrado, eis nosso café favorito à espera.

Em Las Vegas já há hotéis cujos quartos possuem luzes personalizadas, som e claridade das janelas em função da preferência do hóspede: tudo pronto, antes mesmo do turista chegar ao andar.

Rapidez e eficiência surpreendentes: o Wi-Fi, um dos mais potentes amálgamas que unem todas essas coisas, é ainda um pré -adolescente, com apenas uma década de existência. Nesse andar da “carruagem”, muito em breve, nosso smartphone será nosso melhor aliado, nos avisando, por exemplo, que uma ex-namorada – que queremos manter como ex – estará vindo em nossa direção. Graças à tecnologia desviaremos nossa rota seguindo, alegre e ingenuamente, por outro caminho, livre de ex.

Muito prazer! O mundo está, definitivamente, interligado, e nós somos os ONdivíduos.

* Marcos Hiller é coordenador do MBA Marketing, Consumo e Mídia Online da Trevisan Escola de Negócios e autor do livro Branding: A Arte de Construir Marcas, da Trevisan Editora

 

sem comentário »

Por um São João democrático e sem Xenofobia !

3comentários

Estamos no mês de junho e diante da maior festa popular do Maranhão. Trata-se dos festejos juninos que para nós maranhenses tem uma singularidade. Aqui prevalece a diversidade das brincadeiras  {que não são minhas. Não são suas. São da humanidade]. Por conta disso, fazemos o diferencial. Agora, não podemos esquecer que a mistura dá um sabor especial na festa.

É natural os protestos de quem faz cultura e quem consome cultura com o discurso que não está se valorizando o local. Está legitimado na calçada da fama do folclore mundial, a importância do auto do bumba meu boi, a história de Pai Francisco e Mãe Catirina, do rufar do tambor de crioula, do remelexo e a sensualidade do coco e do cacuriá. Em meio a esse caldeirão efervescente ímpar que temos mostrar para o Brasil e para o Mundo, é necessário um pouco de multiculturalismo.

Eu nasci e cresci em São Luís vendo que as festas juninas eram feitas nos bairros em formato de mutirão. Depois, virou uma festa mercantilista em que todo mundo quer tirar proveito financeiro, seja com um produto de qualidade ou não. O importante é faturar. E quando esses grupos sentem seus interesses ameaçados por editais e a presença de artistas de fora, vem o discurso xenofóbico, utópico e populista de que estão desvalorizando “a cultura do Maranhão, em detrimento da produção de fora.

Até comungo da ideia do artista que vem de fora ter o cachê maior que o local ? Ao mesmo tempo, tenho resposta, que talvez não seja a mais convincente, para tal questionamento. Existe uma coisa chamada mercado e profissionalismo. Quando essas duas necessidades são alcançadas com êxito pelo artista, a valorização é reconhecida no palco. Aos oportunistas que se dizem eternamente prejudicados, restam duas alternativas: “pegar ou largar !”

Pois bem, maior que a polêmica, sempre, gerada em torno do assunto, é a participação de quem consome arte na festa. Desta forma, estamos contribuindo para a economia da cidade, para que ela fique mais enfeitada, colorida, alegre, atraente, principalmente, para quem vem de outro lugar prestigiar a nossa maior festança.

Assim como o Carnaval, nosso São João é na rua e não se paga ingresso para curtir as atrações. E se a democracia impera, nada melhor que deixarmos as “birras”, “marras” e “picuinhas” de lado, lamentar pelos que não vão à festa, curtir e vibrar com a mesma intensidade ao som de Elba Ramalho, Waldonys, Geraldo Azevedo, Nando Cordel, os bois da Maioba, Maracanã, Morros, Axixá, Pindaré, Pindoba, Madre Deus, Fé em Deus, Leonardo, Barrica, Seu Apolônio, Chagas, Chiador, Humberto de Maracanã, e todos arraiais espalhados em cada ponto de São Luís. Salve, a Cultura Popular do Maranhão e Brasileira e seus arquitetos !

3 comentários »

Siba e Papete trocando figurinhas em São Luís

0comentário

papeteesibaEm flagrante de Gustavo Sampaio, do Imirante.com, com os músicos pernambucano Siba e o maranhense Papete trocando figurinhas e discos na redação de O Estado do Maranhão.

Siba está em São Luís, onde se apresenta nesta quarta-feira (5), no Barulhinho Bom (Praia Grande).  O show terá a participação de Alê Muniz e Luciana Simões,  além da discotecagem de Jorge Choairy.

Já, Papete está divulgando o álbum duplo,  Senhor José… de Ribamar e Outras Praias.

É o 23º trabalho do percussionista maranhense, que terá uma audição e noite de autógrafos  dia 11 de junho no restaurante L’apero, praia de São Marcos. Nesta quinta-feira (6), Papete é atração no Plugado, na Mirante FM.

sem comentário »

Bandeira de Aço: a estrela da noite

4comentários

A versão 2013 da plataforma “BR-135 – Energia Musical” foi aberta com ação social, acesso liberado ao público e o show em homenagem aos 35 anos do disco antológico Bandeira de Aço, trabalho gravado por Papete, em 1978, pela Discos Marcus Pereira. Uma retomada tipo gol de placa, ao reverenciar um disco, que não é qualquer um disco. E tudo começa com a exibição do documentário.

bandeiradeaco2510O filme fez um passeio pela linha do tempo dos compositores Sérgio Habibe, Josias Sobrinho, Ronaldo Mota, César Teixeira e suas músicas, da cena musical ludovicense produzida no fim dos anos 1970 e da importância dela no cenário maranhense da época, em que o Laborarte, o bairro da Madre Deus, a catuaba do Diquinho, as viagens para Alcântara, os bares existentes na periferia e Centro Histórico de São Luís, serviram de apoio para que surgisse um movimento de artes integradas à base de autenticidade, frescor, poesia, lirismo, boêmia, uma curtição sem vaidade, cujo o tempo jamais vai apagar.

Legado

O mais interessante no documentário apresentado com roteiro e direção de Celso Borges, coedição de Beto Pio, Alex Soares e Amanda Simões, assinando a produção do vídeo-cenário, participações de Maristela Sena e Andréa Oliveira, foi o de desmistificar o imbróglio que envolveu a produção do “Bandeira de Aço”, com o depoimento dos cinco protagonistas dessa novela.

O desfecho foi que todo mundo saiu convencido de que o maior beneficiado nessa polêmica, envolvendo direitos autorais, foi o disco, lançado em 1978, em formato de Long- Play (LP). Um trabalho concebido em pleno regime da ditadura militar no Brasil, feito por uma’rapaziada’ que tinha a certeza que estava construindo uma musicalidade consistente, capaz de emocionar ao produtor Marcus Pereira, ao ouvir cada faixa em fita-cassete apresentada a ele por Papete. E no fim da audição, ele conceituar aquela sonoridade, produzida lá pelos anos 70, como algo que ‘representava a alma do povo brasileiro’. Daí, nasceu o “Bandeira de Aço”, um legado que está presente na vida de quem faz música agora. br135510

O Show

Depois de todo o relato, veio o show. A palavra de ordem, então, era vamos ‘Guarnicê’. As nove canções que integram o Long-Play (LP), foram cantadas e o público interagiu naturalmente. Com a direção musical de Alê Muniz, as músicas ganharam nova textura interpretadas por artistas da nova cena da musical local, entre eles, Bruno Batista, numa levada drum´bass, em “De Cajari Pra Capital” (Josias Sobrinho), Madian” em “Boi de Catirina” (Ronaldo Mota), Dicy”, em “Catirina” (Josias Sobrinho), Afrôs, numa atmosfera de afoxé interpretou “Dente de Ouro” (Josias Sobrinho), e Flávia Bittencourt, que cantou divinamente bem “Flor do Mal”, de César Teixeira, acompanhados pela banda formada por: João Simas (guitarra), João Paulo (baixo), Ruy Mário (teclados e acordeon), do percussionista Erivaldo Gomes e e Isaías Alves (bateria), tendo como mestre de cerimônia, o ator César Boaes.

A celebração contou ainda, com os compositores César Teixeira, em “Boi da Lua” (de autoria do próprio), Josias Sobrinho em “Engenho de Flores” (de autoria do próprio) e Sérgio Habibe, em “Eulália” (de autoria do próprio). E para encerrar, a dupla Criolina (Alê Muniz e Luciana Simões) conclamou a todos para formação de um grande batalhão e cantasse a faixa título disco “Bandeira de Aço” (César Teixeira), com direito a matraca, pandeirões e a participação do pai da criança: Papete.  Com o Teatro de Apolônia Pinto completamente lotado, o show virou um baile tendo como ‘setlist’ as faixas de um disco perfeito, atemporal, em que cada pessoa que o ouve tem a sua música predileta. Afinal, o “Bandeira de Aço” é uma unanimidade !

4 comentários »

Devemos curtir um ao outro !

2comentários

A necessidade de se institucionalizar uma Cultura de Paz no Brasil, haja vista o caos vivenciado pela sociedade moderna, parece inetivável. Também pudera a violência no campo e urbana estã tão desenfreada que temos a sensação de um “Apocalipse Now”. O mais preocupante nesse contexto é a guerra fria provocada pela tal da violência simbólica, criada pelo pensador e sociólogo francês Pierre Bourdieu, em que a maioria da humanidade está contaminada. Nela, prevalece os conceitos da vaidade humana, da opressão, submissão e ideologias, que geram conflitos e desagregação social.

Para que a cultura de paz se efetive, é necessário um grande mutirão envolvendo órgãos governamentais e a sociedade civil. E que o tema não seja discutido apenas com o olhar do ‘fulano que matou cicrano’, mas de uma forma global, em que as relação social seja o principal tema na mesa de discussão. Pois, se queremos mudar alguma coisa é preciso que nós deixemos de atirar a primeira pedra e tenhamos a capacidade de curtir um ao outro, independente da cor da pele, opção sexual, time de futebol ou da música que ouve. Enfim, evitar a intolerância. Uma missão difícil, mas não impossível !

2 comentários »
https://www.blogsoestado.com/pedrosobrinho/wp-admin/
Twitter Facebook RSS