O grupo Madian e o Escarcéu realiza sua primeira apresentação internacional em Quito, capital do Equador, dentro do GRITO ROCK QUITO 2014. O show ocorre na Praça do Teatro Nacional Sucre, no dia 29 de março. O show será apenas uma das atividades dos maranhenses naquele país, pois farão ainda uma palestra sobre música independente no Brasil e uma oficina de violão voltada para os ritmos brasileiros. Clique e Ouça a entrevista de Madian e o Escarcéu, no Plugado, na Mirante FM.
Madian credita o convite feito pela organização do evento aos shows que tem feito na intenção de divulgar o disco Sinfonia de Baticum, show que já percorreu mais de 10 cidades, em 20 apresentações.
– Fomos convidados para nos apresentar em Quito, no Teatro Nacional Sucre e para nós isto é fruto do trabalho que estamos desenvolvendo em todo o país com nosso show – diz Madian.
Palestrantes
Antes de subir ao palco, os maranhenses falarão, na Universidade Simon Bolívar, sobre a música independente no Brasil, mídias digitais, direitos autorias e outros temas ligados ao assunto em palestra a ser ministrada dia 27. No dia seguinte, na mesma instituição, ministrarão uma oficina de violão na qual abordarão ritmos brasileiros.
Turnê Nacional em 2014
A volta ao Brasil será no dia 31, quando o grupo descerá em Brasília para uma temporada de shows.
– Faremos três shows no Distrito Federal, retomando a turnê nacional que deverá continuar até o fim deste ano – adianta Madian.
Esta é a segunda parte da turnê nacional de Madian e o Escarcéu, que já percorreu as capitais do Nordeste e cidades do Sudeste. O Centro-Oeste e Sul serão os novos alvos do grupo após o retorno do Equador.
– Esta turnê tem nos rendido boas propostas e é uma oportunidade de apresentar nosso trabalho, que muita gente já conhecia apenas do disco ao vivo – destaca o artista.
Eles já passaram por São Luís, o ponto de partida onde foram realizados dois shows em outubro do ano passado. Da capital maranhense o grupo seguiu para Recife (PE), João Pessoa, Sousa, Patos e Vieirópolis (PB); Juazeiro do Norte, Fortaleza e Sobral (CE), Belo Horizonte (MG), entre outras. Em algumas destas cidades realizaram duas apresentações.
A motivação para realizar a turnê foi o fato de o disco “Sinfonia de Baticum”, lançado em 2012, está sendo vendido em grandes lojas de todo o Brasil, bem como em países como a Austrália e o Japão, além de sites como Itunes e Amazon.
– Temos um produto que é o disco. O show é outra ciência. Já nos definiram como uma mistura de Zappa e Luiz Gonzaga ou Chico Science com Black Sabbath. Fazemos, digamos assim, um Metal do Mato”, explica Madian.
Formação
Para o show no Equador viajarão Madian (voz, violão e cavaco), Érico Monk (direção musical e guitarra), Miguel Ahid (contrabaixo) e Oliveira Neto (bateria) que compõem a atual formação do Escarcéu. Os músicos foram os mesmos que acompanharam o cantor na gravação do CD Sinfonia de Baticum. À frente dessa missão, o guitarrista e diretor musical do show, Érico Monk.
– Estudamos os arranjos originais com muita precisão e ajustamos o formato do show para um quarteto. O show tem uma pegada mais rock, mais forte. O público tem respondido positivamente a isso por onde já perambulamos – ressalta.
Na Estrada
Os números da turnê nacional são significativos e históricos. Contabilizam apresentações em 09 (nove) estados mais o Distrito Federal (DF), 17 cidades, 55 dias na estrada, 8 mil quilômetros, 2.700 minutos de música.
– Somos uma banda independente que conseguiu articular uma turnê pelo país com muito trabalho, dedicação e persistência. Não existe fórmula. Existe, sim, trabalho de equipe – ressalta Miguel Ahid, baixista da banda e responsável também pela assessoria de imprensa.
Essa turnê nacional, explica Madian, pode ser traduzida perfeitamente pela música ‘Perambuleio’, última faixa do ‘Sinfonia de Baticum’.
– Um dia na estrada, roda de madeira falava… Não rogo agouro por esse chão aço, meu lume no peito é bumba no cangaço – declamou Madian.
‘A Sinfonia’
O CD ‘Sinfonia de Baticum’ é uma leitura da música afro-maranhense com letras poéticas e arranjos orquestrais, elaborados em parceria com o maestro e arranjador
Vidal França. Em uma mesma música, uma pluralidade de estilos musicais compõe uma verdadeira ópera regional. É o primeiro álbum do grupo e apresenta 10 faixas inéditas.
– Ele é a base do repertório que apresentaremos nesses lugares. Porém, também serão tocadas músicas do próximo álbum da banda, “Nonada”, em fase de pré-produção” – explica o guitarrista e o diretor musical, Érico Monk.
As composições autorais flertam com elementos de jazz, rock, metal, reggae, além da mistura singular dos batuques da cultura brasileira como frevo, samba, bumba meu boi, tambor de crioula e maracatu.
Em 2012, o grupo recebeu o Prêmio Rádio Universidade FM, categoria “Revelação”. Em 2013, a versão ao vivo da música “Um rei”, sétima faixa do álbum – gravada com exclusividade para a Coletânea do Projeto BR-135 – recebeu o Prêmio Rádio Universidade FM na categoria “Melhor Música Pop”.
O disco é distribuído em todo o Brasil pelo selo Fonomatic Tratore e facilmente encontrado na internet em grandes portais como ITunes, FNAC, Americanas.com, Livraria Saraiva, dentre outros.